quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tesão no Joelho


   Passei o dia todo pensando em ir à sauna mas só consegui chegar depois das oito da noite. A sauna fecha às 23:00h e eu estava certo de que seria uma ótima noite. O otimismo arma ciladas. Logo no vestiário um senhor alto de cabelo grisalho cacheado, com uma barrigona peluda, pernas finas e cara de pato, se engraçou pro meu lado. Foi como uma punhalada pro meu coraçãozinho esperançoso. Não tinha quase ninguém. Se muito, 25 homens; destes, 22 repulsivos. Perambulei pela sauna, antes mesmo de tomar banho, e nada que abrandasse minha inquietação. Um rechonchudo jovem japonês me seguia onde eu fosse, em seus passos e olhares feminis. Pensei em me mandar.

   Fui olhar a parte escura. Até a TV estava desligada nessa noite e só a mangueira luminosa da escada trazia uma mínima iluminação para o ambiente. O que se conseguia ver não era nada animador. Desci correndo, fui escovar os dentes e tomar um banho pra pensar melhor. O Japonês veio junto e ligou a ducha ao lado da minha. Ele me secava tão insistentemente e ostentava a própria bunda com tamanha desfaçatez que demorei a perceber um carinha que estava tomando banho na última ducha. Primeiro o vi de costas e fiquei apreensivo esperando que se virasse. Bem baixinho, mas o corpo era bonito, bem equilibrado, com quadris estreitos, nemhuma gordurinha fora do lugar, costas largas, pernas bem feitas. Quando virou, parecia muito mal humorado, cenho franzido. Mas era um tesãozinho. Tinha alguns pelos curtos no peito musculoso e um pouco de gordura na região do umbigo. Uma barriguinha muito discreta e que me pareceu tremendamente sexy, masculina. Não olhava pra mim nunca, concentrado no seu banho. Terminei o meu e fui me secar na sauna seca. O japonês já estava lá, sentadinho, pernas curtas cruzadas, balançando o pé gorducho em ritmo acelerado. Tinha também outro cara sentado perto, que me pareceu familiar. Era até um tipo interessante, mas eu não conseguia lembrar quem era. Só tinha a certeza de que era furada. Fechei a porta e parei bem na entrada, de pé. É um cara bem alto, de cabeça raspada. Olhando melhor, era meio acabadão. Ele e o japonês me olhavam. O careca abriu a toalha, o japonês o imitou e começou a se masturbar de um jeito tão esquisito que mais parecia estar retirando uma dúzia de alfinetes espetados no pau. Fui lembrando aos poucos do careca. Encontro com ele em vários lugares e sempre é muito insistente, chato, forçado.

   Fui andar mais um pouco. O baixinho emburrado lia jornal numa mesinha no corredor, continuava sério, e tentava me ignorar a todo custo, parecia até hostil. Eu já estava desanimado quando vi de relance um cara saindo do banho e que parecia atraente. Era chamativo de onde eu o vi, mas pra ter certeza de que valia a pena, tive de chegar mais perto. Lembrei imediatamente de um  conhecido: amigo lindo do meu irmão, mas uma figura detestável. Este era alto, acredito que em torno de 35, 40 anos, tinha traços bonitos, embora um pouco enjoativos. Soube depois que chama Mauro, é gaúcho, de passagem pela cidade. Pele excessivamente escurecida pelo sol e/ou bronzeamento artificial, musculatura típica de quem toma bomba, inteiro depilado, cabelo curtinho totalmente descolorido, expressão botulinizada: uma "beleza" artificial, produzida. Ponho beleza entre aspas não porque ele não fosse belo, mas porque seria muito mais se não fizesse tudo isso. Ele me olhou com interesse também, era só esperar a oportunidade. Mais tarde eu entrei na salinha do saco de pancadas e ele vinha saindo. Passou por mim no estreito corredor, nos olhamos e em poucos segundos ele voltou para o interior da sala e parou perto de mim. Visto bem de perto, era um cara interessante, sem dúvida. Seu peito, duas bolas douradas e macias. Nariz arrebitado, boca bonita, mas... É terrível escrever isto, mas eu senti um cheiro muito desagradável. Tinha passado perto do Rio Pinheiros naquela tarde. Sempre me impressiona o cheiro do Pinheiros. Pra quem não conhece, é um rio importantíssimo na cidade de São Paulo que há décadas recebe poluentes de todo tipo. O cheiro é insuportável, parece uma mistura de excrementos com thinner. Eu até teria uma definição mais precisa, mas fiquemos com esta, menos grotesca. Pois não sei se o cheiro ainda estava na minha cabeça, mas a verdade é que senti o mesmo cheiro, idêntico. Tinha fortes suspeitas de que vinha do bonitão. Fiquei atônito. O que fazer? O cara bem acima da média dando mole pra mim, numa sauna minguada, só com gente feia, perto do horário de fechar... como dispensar?! Em contrapartida, como lidar com a situação? Confirmei que era sua bonita boca que exalava o mau cheiro. Estávamos perto da porta e entrou um outro cara. Aproveitei a deixa e saí, abandonei o barco.

   Dei mais uma volta pela sauna toda, que desespero! Só gente horrorosa: raquíticos esquisitos, gordos sem expressão, tiozões relaxados, ninguém que me despertasse um mínimo interesse sexual. O careca que eu já conhecia de vista tinha uma cara de doido quando me olhava. Não tenho nada contra cara de doido, em alguns caras cai bem. Nele, definitivamente, não.

   -E aí, beleza?

   -Tudo bom? - saí de fininho.

   Subi de novo pro andar claro, tudo vazio. Sentei sozinho na sala de vídeo e tentei me concentrar numa cena S&M. Sempre me parece meio ridículo, meio patético: um barbudo vestido de couro dava choque no pinto de outro barbudo semi-vestido de couro. Caras&bocas.

   O gostosão gaúcho estava na porta, pegando no pau e olhando pra mim - vi com o canto dos olhos. Como continuei olhando o vídeo, ele saiu. Voltou depois e bastou olhar em sua direção pra vir sentar do meu lado. Sentou bem junto e tirou o pau duro pra fora. De boca fechada ele era um gostoso. Nos tocamos. Pau macio, todo depilado. Saco grande, pele fininha, bolas graúdas. Eu estava com vontade de chupar seu pau, mas só de entreabrir a boca pra sorrir, o cheiro reapareceu. Senti com o dedo uma bolinha na ponta do pau dele. Fiquei ainda mais encanado, mas continuei punhetando o gauchão. Olhava-me a um palmo de distancia, como se quisesse me beijar. Brinquei com as bolas e deslizei o dedo pro cuzinho. Apareceu outro cara e sentou do meu lado. Feioso, desengonçado, cara de bobo. Levantei. Quando desci, o baixinho enfezado passou por mim e me olhou diferente, parecia interessado agora. Sentei e esperei um pouco. Em alguns minutos ele voltou, já acompanhado pelo gaúcho. Olhava pra mim, como se me chamasse. Subiram juntos, o baixinho me olhava a cada volta na escada caracol. Fui atrás. Eles já tinham se enfiado numa cabine do banheiro, as duas toalhas penduradas na porta. Ficaram lá bastante tempo, uns 45 minutos. Eu tentava imaginar como o baixinho, que dava pra ver só de olhar pra ele que resplandecia limpeza, como ele aguentava aquele cheiro por esse tempo todo. Fiquei muito irritado. Naqueles 45 minutos eu rodei a sauna, marchando de raiva por só ter homem feio naquela noite. Um moço magricelo chegou perto, passou a mão no meu peito. Pensei que se ele me chupasse, não seria má ideia. Mas não dava pra encarar. Tenho péssima impressão de segurar num corpo magrinho, fininho.

     -Ó, vou dar um rolê.

     -Beleza.

   Felizmente o careca já tinha ido embora. O japonês também. Dois caras interessantes apenas naquela noite. Os dois trancados num banheiro e eu ali, sozinho. Se fosse calcular melhor, um tinha um hálito insuportável e àquela hora ninguém mais chegaria ali, já ia fechar. Se depois dessa canseira o baixinho ficasse satisfeito e fosse embora, eu tava fodido. No mau sentido.

   Sentei numa mesinha e fiquei lendo jornal. Mesinha estratégica, de cara pra escada caracol por onde eles provavelmente desceriam. Primeiro veio o fortão gaúcho que fiz questão de ignorar. Demorou um pouco e o baixinho desceu também. Desceu escorrendo água do banho recente, e me lançou um olhar cheio de intenção. Dirigiu-se à área dos armários, lá na frente, e gelei pensando que pudesse estar indo embora também! Mas voltou, passou por mim, me encarando e entrou na salinha do saco de pancadas. Não era hora para orgulhos e brios. Abandonei os jornais desarrumados em cima da mesa e entrei logo em seguida. Ele estava parado no meio da saleta, me esperando. Ai, que imenso alívio saber que ele tinha o halito intacto mesmo depois de ficar quase uma hora beijando aquele boeiro. E que beijo bom! E que mãos!  Ele me segurava e era como se cem mãos me massageassem. Um toque que parecia intencional, consciente, talvez alguma técnica de massagem. Ele estava encharcado de água fresca e eu o lambia todo. Entrou um coroa barbudo e parou do nosso lado. Fomos lá pra cima, pro banheiro. Ele me chupou, nos beijamos muito. Eu o chupei também e lambi sua bunda. Minha língua entrava no cuzinho dele, macio, molhado, quente, doce. Agarrava meus cabelos e puxava minha cabeça contra a bundinha musculosa. Nunca perdia o contato com sua boca, que parecia me querer tragar. Excitava-se   enfiando a boca nas minhas axilas, abocanhava-as e depois ia afastando a boca, até que os ultimos pelos escapassem de entre seus lábios. Olhava pra mim, me convidando. Fui lamber minha própria axila junto dele. Me virou de costas e lambeu minha bunda também. Ele era safado, mas nunca vulgar, ou forçado - era guiado apenas pelos próprios instintos e desejo, e isso me excita. Seu olhar profundo e honesto, o toque seguro e carinhoso me deixavam muito à vontade. Perguntou se eu queria que ele pegasse camisinha e gel no armário. Eu disse que estava com a camisinha ali, mas ele achou que precisaria do gel. Saiu e deixou a porta do banheiro aberta. Sensação estranha de estar ali, sem roupa e de pau duro sem qualquer proteção. Resolvi sair um pouco e circular pela casa, aproveitando que não tinha mais ninguém naquele andar inteiro. Encostei na porta da sala de vídeo. Quando ele voltou, sugeri que fizéssemos ali mesmo, no sofá. Ele topou nas hora. Pus a camisinha e ele arcou o corpo sobre o braço do sofá, ficando com a bunda bem alta. Eu comi o cara ali, no meio da sala. Lá pelas tantas um cara que eu não tinha visto antes chegou perto e ficou do nosso lado, querendo entrar na dança. Eu, que já tinha perdido um pouco a sensibilidade no pau, perdi o tesão e parei, constrangido. O cara percebeu e saiu. Deitei no sofá e pedi pra ele deitar em cima de mim. Foi antes ao banheiro e pediu pra eu olhar suas coisas que estavam em cima de um banquinho (toalha, gel, camisinha). Voltou e retomamos os carinhos. Ele por cima de mim, me beijava inteiro. Ergueu minhas pernas e lambeu minha bunda. Massageou meus pés e depois o joelho esquerdo. Senti o que nunca imaginaria sentir na vida: tesão no joelho! Uma sensação totalmente nova pra mim, e muito intensa.

   -Quer dar pra mim?

   Eu ri.

   -Só estou perguntando, não se sinta pressionado - voz bonita, segura, reconfortante. Sotaque carregado.

   -Carioca?

   -Sou do interior do Rio, mas moro em Copacabana.

   Eu o olhava e me sentia à vontade. O pau dele era pequeno, não seria um grande esforço.

   -Voce tem mais camisinha aí?

   Ele pegou no banquinho, colocou e se lubrificou.

   -Vai com calma, tá? Não sei se vai rolar...

   Foi assim, com calma, e gostoso. Uns cinco minutos. Até que passou alguém e eu me contraí.

   -Está doendo?

   -Tá meio incômodo agora.

   Ele tirou. Nos beijamos mais, na mesma posição, eu deitado e ele por cima. Me masturbei passando o pau naquela bundinha. Gozei, na minha barriga. Ele também se masturbou e gozou em mim, quase juntos.

   -Se fodeu, ficou todo sujo.

   -Isso não é sujeira.

   -Quero ver voce limpar esses pelos agora.

   -Vamos tomar um banho?

   Saímos nus, despreocupadamente, com a tolha na mão. Peguei sabonete liquido na pia e fui para a ducha me lavar. Ele veio também e conversamos mais. Médico, 33 anos, chama Davi. Estava em SP para o feriado de 15 de novembro. Me contou que o fortão era Gaúcho e que entramos os três quase juntos na sauna. Descemos e ficamos conversando bastante, sobre medicina, a doença que ele estuda (de nome complicadíssimo que não guardei), filmes, teatro, a programação dele em SP nos dias subsequentes. Estava na minha hora e ele quis ir embora junto. Fomos conversando ainda até o metrô, pedi seu telefone e ficamos meio conversados de irmos à festa Gambiarra antes do feriado, na The Week. Mais tarde trocamos algumas mensagens mas não consegui revê-lo antes do retorno. Uma pena.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A História Não Se Lembra Dos Fracos


   Mais um feriado e decidi ir à For Friends, sonhando com uma tarde tão divertida como em 12/10/2011, também uma quarta feira. Cheguei por volta das 17:00h, tarde ensolarada de muito vento, rua deserta, típica de feriado. Um rapaz alto vinha na calçada oposta, a da sauna. Eu atravessei a rua para entrar, ele me viu, abaixou a cabeça e passou reto. Quando percebeu que eu entrei na sauna, voltou e entrou também. Já tive esse tipo de paranoia, todo mundo já teve. Fiquei com peninha dele... e uma pontinha de raiva. O recepcionista habitual não estava. Em seu lugar, uma mulher.

   Enquanto me despia, um cara parou perto; um olho na TV, outro em mim. Enquanto tomava meu banho ele estava lá também, me encarando. Era gostoso, corpo ótimo, mas não gostei muito do jeito dele, não interessou. A casa estava bem animada, com muita gente feia e o público tradicional da casa, de senhores. De bonitos mesmo, só lembro de ter visto cinco, e devem ter passado pela casa uns duzentos caras enquanto estive lá. Mas claro que não estou contabilizando os não bonitos, porém satisfatórios (o que seria do mundo sem estes?!).

   O primeiro bonitão que chegou era aquele tipo cheio de não-me-toques. Tenho quase certeza de que ele não ficou com ninguém. Grandão, olho azul, cara bonita. Sei que conheço, mas não lembro de onde. Sou ótimo fisionomista mas às vezes não consigo fazer a conexão da fisionomia com um lugar ou fato. Até faço, mas demoro, chego a demorar meses pra saber quem é. O cara chegou e entrou direto no banho, que durou uns quarenta minutos, sem exagero. Corpo bom, um pouco acima do peso. Ficou sentado na sala principal por bastante tempo e mais tarde vendo vídeo pornô na sala escura, em pé, totalmente isolado. Ele me olhava bastante. Leva um tremendo jeito de babaca, mas fisicamente me atrai. Acho que não tenho mais paciência pra ficar paparicando por muito tempo um indeciso só por ser bonitinho.

   Resolvi esperar... quem sabe depois das 18:00h? Realmente melhorou um pouco, mas continuava bem fraquinho de caras bonitos. Tinha um, de beleza vulgar, cabeça raspada (gosto), tatuado (dependendo do cara, gosto - como no caso) e um puta corpão (quem não gosta?). Eu é que não o agradei, pelo visto... Mais tarde o vi entrar num banheiro com um coroa bem alto, pele queimada como um pimentão e feio pra caralho. Acho válido... Vamos apelar também?!

   Lá no escuro (onde, desde que comecei a escrever isto, percebi que tenho muito mais facilidade pra me aproximar dos caras) tive dois encontros rápidos e não exatamente memoráveis. O primeiro foi um garoto. Devia ser bem novo, mas muito alto, um corpo que voce via que não exige nenhum grande esforço pra ser bonito. E era. Pés lindos, mãos lindas, cabelo lindo, pele linda. Mas o carinha não era lindo. O rosto tinha alguma proporção errada que danava com tudo. Todos os traços bons, mas não funcionavam muito bem em conjunto. Não era lindo, mas parecia ser gente boa, meninão. E o combo (altura-corpo-jeito-cara-pau) era bem interessante. Sim, eu já o tinha visto tomar banho e ele tinha um pau hipnotizante.

   Subi para o escurinho (horário de verão, ainda bem claro) e ele estava lá, ficou rodeando e parou próximo de mim. Nos olhamos por um tempo e ficou claro para ambos que estávamos a fim. Por que a maioria dos caras fica, como antigas donzelas, esperando sempre que eu tome a iniciativa? É difícil tomar um toco pra todo mundo, imagino. E sei que, pra quem não me conhece, tenho a cara séria, fechada. Mas mesmo quando estão dois homens seminus, numa sauna gay, olhos nos olhos, há um metro de distância um do outro no confortável escurinho, ambos em estado de visível ereção (propositalmente denunciada e estimulada pelo movimento de suas respectivas mãos)... tudo isso parece insuficiente para que a grande maioria ouse se aproximar. Se não é receio, é capricho. Sei que tem uns travados que querem apenas isso: ficar se estimulando há uma distância segura, sem toque, sem troca de fluidos. Mas é minoria absoluta. Eu tinha um professor que sempre dizia: "A História não se lembra dos fracos": dei dois passos e sentei no sofá diante do qual ele estava parado, minha perna roçava a  dele. Sentou do meu lado imediatamente e nos beijamos. Estava todo cheiroso e tinha um toque delicado, o beijo suave, quase inocente. Em oposição a essa delicadeza e à carinha de menino, aquele pauzão. Duro era bem maior do que eu imaginava; macio e tão grosso que minha mão não fechava em seu redor. Quis chupá-lo ali mesmo. Pele levemente adocicada. Queria ver tudo melhor, no claro, e o chamei pra descer comigo. Meu objetivo era alcançar o banheiro iluminado mas parei ali embaixo pra não esfriar a coisa toda. Encostei numa grade e nos beijamos. Ele parecia excitado, pau duro, mas acho que nos estendemos demais ali, eu estava começando a ficar entediado. De repente ele bateu meu corpo contra a grade, não com muita força. Eu não entendi. A grade vibrava e meu corpo também, uma sensação estranha, como quando uma bateria de escola de samba se aproxima. Ele não tinha muita expressão facial e eu não saquei a proposta (se é que havia alguma). Do nada despediu-se com um tapinha no meu peito e um olhar enigmático. Simples assim. Seria tão divertido ter um vídeo da nossa própria cara nesses momentos!

   Teve um outro cara com quem fiquei rapidamente ali no escuro, fazendo hora até que alguém realmente interessante aparecesse. Era um coroa bem conservado, alto, bronzeado, um pouco calvo atrás, grisalho, corpo forte, peitos bem desenvolvidos, com alguns pelos. O rosto até era interessante, mas de perfil faltava-lhe queixo - o que é uma grande falta num homem. Não é o tipo que geralmente me atrai. Nos cruzamos várias vezes e ele tentava chamar minha atenção com olhares e esbarrões. Até que o deixei chegar lá no escuro. Mas era ativo também, e sem negociação. Trocamos sexo oral, nos beijamos. Era um cara muito carinhoso, ficou me elogiando o tempo todo. Foi simpático mas uma hora tive de sair. Aproveitei que a sala onde estávamos começou a encher de gente e disse que ia dar uma volta. É meio constrangedor sair assim. Provavelmente foi o mesmo que o garoto pintudo havia feito comigo.

   Fui andar mais um pouco e tive uma surpresa boa quando passei pelo vestiário: despia-se um dos caras com quem fiquei no último feriado. No outro dia nós ficamos rapidamente no escuro, depois de longa e muda negociação. Ele não estava, então, muito bem asseado mas encarei bravamente. Um garoto lindo e cheio de atitude. Desta vez pareceu-me ainda mais bonito e fiquei torcendo pra ele tomar um banhinho... Mas passou direto pelos chuveiros e foi pro escuro. Fui atrás, já mais seguro que no primeiro encontro: olhou pra mim mais que dois segundos, já cheguei perto. Ótimo constatar que estava com cheiro de banho. Custou muito a escurecer naquele dia, já devia ser perto das 20:00h e tinha luz ainda entrando pelas venezianas. Parou perto da porta, no mesmo lugar em que "empacou" da outra vez. Mal cheguei perto, nos atracamos com volúpia. Aturdido, eu segurava seu rosto entre as mãos: puta que o pariu, que coisa linda! Arrastei pro outro canto e sentamos num sofazinho. Dependendo de como a luz batia em seu rosto, era inacreditável de se olhar: O desenho da boca, a forma como nasce a barba, como o cabelo se ajeita, como me olha nos olhos sem um traço de inibição. O sorriso é bonito mas um pouco antipático. Ele é um pouco antipático. Senti, depois, conversando um pouco, que essa antipatia pode ser uma forma de defesa. Gosto de me enganar, então estamos combinados que era defesa. Ele pegava no meu pau com vontade, mas não chupava. Usava uma corrente fininha no pescoço, com um pingente (depois, no claro, vi que era uma estrela de Davi). Não sei porque eu punha a corrente e o pingente na boca enquanto o beijava, e menos ainda sei o por quê disso me dar tamanho tesão. Pegava na minha bunda e tentava enfiar o dedo, de forma meio grosseira. Ou eu que não gosto. Pra ser sincero, prefiro até um pau que um dedo. Acho incômodo demais.

   -Quero comer esse cuzão delicioso, sussurrou.

   Fiquei chocado! Como assim "cuzão delicioso"??? Sem noção pra caralho, hein?! Falei que não gostava de dar, e ele disse que também não. Mas continuamos ali. O nome e dele é Luiz. Descemos, eu na frente, ele atrás. É um percurso longo até o banheiro, talvez uns 70 metros. Detesto gente andando comigo que vai na frente ou fica pra trás. Eu diminuía o passo pra ele me alcançar, ele também diminuía; se parava pra ele vir pro meu lado, ele parava também e esperava, olhando pra mim. Não entendi, mas continuei liderando a caminhada. Chegando perto do banheiro, entrei na ducha sem avisar, e ele passou reto. Em poucos minutos fui encontrá-lo olhando num espelho. Beijei a sua nuca, escolhi uma cabine. Agora prefiro esse banheiro com cabines maiores e luz azulada. Foi um prazer estar com ele ali, poder olhar toda sua delícia no claro. A única coisa que me desagradou foi que ele tinha a sola dos pés ásperas. Eu adoro pés bonitos, ele tem pés lindos, mas essa textura é bem desagradável. Não me chupava e isso me incomoda, me deixa inseguro. Era o tempo todo querendo minha bunda. Consenti que ficasse com o pau ali. Ele estava certo de que ia me comer, e eu incerto como sempre. Seu pau é grandinho mas não é grosso. Pedi pra vê-lo de costas e ele se negou.

   -Como assim?!, Perguntei indignado e rindo da sua insegurança besta. Repetiu que não, simplesmente não ia me deixar sequer ver sua bundinha.

   -Que porra é essa? Deixa de bobagem, pô...

   Só depois de muita insistência ele virou. Todo lindo, bundinha pequena, redondinha, poucos pelos clarinhos, cintura estreita, costas largas. Ele é magro mas todo gostosinho, músculos no ponto e ótimas proporções. Agachei e mordi a bundinha, fui mordendo a lombar e subi até a nuca. Passei meu pau no rego e ele se virou. Voltou a brincar com o pau na minha bunda e eu dei uma camisinha pra ele. Acho que nem estava pensando em tentar, foi mais por segurança. Ele a vestiu, lubrificou com saliva e foi pondo devagar. Rolou. Já disse aqui que é muito raro, tipo uma vez por ano acontece. Este ano foi o segundo e acho que não dá tempo do terceiro. Não foi difícil, mas quando ele punha até o fim, era muito incômodo, doía, pedia pra esperar. Só lá pro final da transa que me acostumei.

   -Vou gozar...

   -Vem, goza...

   Pedi pra ele esperar, queria gozar com ele dentro. Já que é tão raro, vamos aproveitar até o fim que o pior já passou! Ficamos nos olhando de um jeito estranho depois, falei alguma coisa pra descontrair, mas ele parecia numa espécie de transe, calado, esquisito. Tomamos nossos banhos separados.

   Vi um cara que eu já conhecia, um loiro que tem um corpo fabuloso, Bruno, dono de um restaurante na Consolação. Outro conhecido também tinha chegado, homem belíssimo que estava sempre na 269, mas que nunca notou a minha existência. Este estava bastante envelhecido (fazia uns 3 anos que não o via), mas continuava muito bonito. Fiquei sentado na sala principal, a do jardim, vendo o movimento, e o Luiz voltou e sentou numa mesinha próxima:

   -E aí, sr. Yuri.

   Sorri. Acho que eu ficava com cara de bobo toda vez que ele se aproximava, tamanha a impressão que me causa sua figura. Perguntei sua idade e ele mostrou dois dedos com a mão esquerda e três com a direita.

   -Como?!

   Ele cruzou as mãos e então li "23"

   Ele perguntou a minha, 37.

   -Nossa, não parece nunca!, exagerou.

   Olhava de um modo estranho, algo entre curioso, desconfiado e insinuante. E eu não conseguia desgrudar os olhos dele.

   Levantei e me dirigi para uma sala mais íntima ao lado de onde estávamos e o chamei. Ele demorou um pouco e veio sentar do meu lado no sofá de couro branco. Veio com um ar de má vontade. Conversamos sobre a sauna (ele vai em média duas vezes por semana, e em quase todos os feriados - já é conhecido pelos funcionários pelo nome), lembramos da 269, baladas que frequentamos, onde moramos, trabalhamos etc. Comentei do nosso encontro no último feriado e ele pareceu sinceramente surpreso ao dizer que não lembrava de nada. Comentamos sobre o movimento e eu disse que tinha visto dois caras bonitos entrar.

   Gosto de pegar, fazer carinho. Passava a mão nos seus cabelos e ele parecia incomodado.

   -Não gosta que desarrume o cabelo?

   -Não! - respondeu como se fosse a pergunta mais imbecil do mundo.

   -Não dá pra você ficar feio, você é ma-ra-vi-lho-so!

   -Eu não acho.

   -Ah, vá! E olha que sou chato pra caralho.

   -Devia ter avisado antes... Eu ficava longe.

   Quis ir pro escuro comigo, "fazer a cega", disse, brincando de tatear. Eu fui. Iria pra onde ele quisesse. Já estava completamente escuro lá em cima e muito cheio. Embrenhou-se numa das salas entre homens invisíveis. Tentei ir junto, mas a sensação de contato com corpos úmidos e ansiosos que não posso identificar é absolutamente insuportável para mim. Me deu uma raiva dele! Lembro até agora de seu vulto desaparecendo no escuro. Andei um pouco por onde tinha um pouco de luz e voltei para procurá-lo. Nos encontramos e conversamos um pouco. Queria que eu me enfiasse lá com ele. Enganchei dois dedos na toalha presa na sua cintura e fui a reboque. Em um minuto ele encostou com outro cara numa parede e me afastei. Fiquei incomodado. Talvez ele esperasse que eu fosse ficar com eles, mas eu o queria só pra mim. Sou desses, possessivo com desconhecidos.

   Desci. Na ala mais escura da casa tem duas pequenas celas, uma do lado da outra (eram dois lavabos antigamente). Não têm porta, só duas cortinas de correntes plásticas pretas. Notei uma movimentação atraente na cela da esquerda e entrei na da direita, que estava vazia. São celas realmente pequenas, de aproximadamente 1 m², separadas apenas por uma espaçada grade de ferro. É escuro mas na cela direita tem uma abertura circular bem no alto, que joga, principalmente para a cela esquerda, uma luz lilás, oblíqua e difusa. Esta luz atravessava a grade e a imprimia num corpo. Um homem muito alto - aquele cara lindo que eu costumava ver na 269 e que parecia muito mais velho agora - de pé, sua toalha pendurada num canto da grade que nos separava e um garoto ajoelhado o chupava. Este outro eu já tinha visto, e não era de todo mau. Pela expressão, via-se que o grandão estava muito excitado e que o moleque estava mandando muito bem. Perceberam minha presença, claro, mas em nenhum momento olharam para mim. Fiquei ali, na minha, sem querer atrapalhar e absorto naquele quadro, tão perto, a dois palmos de distância. Não sei calcular a idade desse cara, mas ele tem um corpo de atleta, bem trabalhado, aproximadamente 1,90 m, sempre bronzeado, cabelo bem curto, grisalho. Rosto muito interessante, de traços duros e certos como os dos personagens de quadrinhos de antigamente; um homem que até transparece uma elegância natural. Nunca tinha visto o pau dele e era bonito, grande, com a base mais grossa e uma certa inclinação para cima. Respiração ofegante de ambos. Sentia-se em volta deles uma grande energia concentrada, que beirava o desespero. Pensei em abaixar pra olhar o cara chupando de perto mas fiquei com medo de ser inconveniente e cortar o clima entre eles. Também dava uma vontade quase irresistível de estender a mão pela grade e tocá-lo.

   Quando dei por mim, já tinha mais alguém na minha cela. Já havíamos nos esbarrado e ele tinha passado a mão em mim quando nos esbarramos numa escadaria. Corpo bonito mas o rosto não me atraía muito. Alisei seu peito, o abdome: era um homem relativamente pequeno mas tinha músculos saltados, arredondados, sob fina camada de pele, com pelos bonitos, bem posicionados. Pegou no meu pau e me masturbou, sem muita habilidade.

   O coroa do lado estava para gozar e preocupado se o garoto aceitaria que ele gozasse na boca. Abaixou e conversou com ele, que continuava chupando sem parar. Vieram as contrações, todo seu corpo tenso, suando. Gozou e o garoto engoliu tudo. E continuou chupando até ele próprio gozar. O grandalhão o ergueu delicadamente e partiram juntos.

   Quando retornei ao claro dei de cara com o Luiz, recostado no corredor. Conversamos um pouco. Eu já estava me preparando pra ir embora.

   -Vai embora direto ou vai comer alguma coisa antes? - perguntou.

   -Vou embora... você vai comer onde?

   -Na Bela Paulista, onde viado come.

   -Ah não, não vou até lá agora.

   -hum...

   Beijei sua boca acintosa, vermelha, quente. Entramos aos beijos na saleta do saco de pancada. Ele estendeu sua toalha numa espécie de maca de massagista que tem lá, e sentou-se completamente nu. Eu ficava deslumbrado com sua imagem - e ainda agora, escrevendo, meu pau fica duro só de lembrar. Enfiava minha língua na sua garganta, deslizava minhas mãos pelo seu corpo todo e voltava a me afastar um pouco para admira-lo. Deitou na maca e olhava pra mim, intimando. Pus meu pau do lado do rosto dele, que não tinha me chupado ainda nenhuma vez. Segurou e olhou meu pau com atenção, expressão séria. Eu estava para explodir. Passei meu pau pelo seu rosto todo, contornando seus traços com a cabecinha. Deslizou o indicador pela ponta do meu pau e verificou o óbvio - estava melado. Fez carinha de nojo. Eu caí na risada:

   -Nossa, que moleque chato!

   Finalmente me chupou. Chupou! Foi uma realização! Também subi na maca, em posição de 69. Logo entraram na sala dois caras, dois gordos, e foram para o outro canto, oposto ao nosso. Fiquei intimidado e levantei. O Luiz se sentou e ficou olhando fixamente pros dois, numa dessas expressões indecifráveis:

   -Deixa eu te comer de novo?, falava comigo sem me olhar.

   -Nem fodendo!

   -Quero te comer assim, ó..., indicou os gordos.

   Eles estavam transando mesmo, um de quatro e o outro atrás, como se estivessem sozinhos, em casa. O moleque continuava com aquela expressão indefinida.

   -Deixa eu comer esse cuzão delicioso de novo!, ordenou.

   -Não, caralho!

   Eu disse que tinha de ir embora. Ele mudou o humor completamente.

   -Você é feio! - disse com muxoxo.

   Saímos da sala, ele de costas, sem me olhar. Parou num canto de frente pra um espelho grande. Fui até ele, o abracei pelas costas e me despedi com um beijo no rosto.

   -Vai continuar ai?

   -Lógico.

   -Está animado, hein!

   -Sempre.

   Estava bem vazia a sauna já. Sentia-me contagiado por ele na saída. Queria que tivesse vindo comigo, ou ter pedido um telefone, e-mail, algum contato. "A História não se lembra dos fracos."

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Língua no Cérebro


    Sauna For Friends, Vila Mariana. Meu alvo havia passado rumo ao lado escuro da casa (não tão escuro nesse horário). Subi as escadas e fui encontrá-lo numa das salas: cerca de oito homens em roda, uns sentados, outros deitados e alguns em pé, se masturbando e se olhando. Como só ele era bonitão, me senti meio constrangido e logo deixei a sala. Voltei em seguida e parei do lado de fora, de onde podia vê-lo facilmente e me sentir mais protegido dos outros olhares. Não demorou muito para vir até mim - passou perto e sorriu, desajeitado. Foi para a sala do fundo e o segui, lentamente. Com simplicidade me segurou e beijou meus lábios delicadamente. Fico apreensivo com esta velocidade, mas foi bom, estava limpo, cheiroso. Ficamos ali um tempinho, mas a claridade e os intrometidos que já nos rodeavam começaram a incomodar. Não lembro qual dos dois sugeriu pra irmos pro outro lado da casa, acho até que fui eu.

   Quando passamos para o claro, notei que seus pés eram meio esquisitos. Eu realmente tenho um problema com pés, mas não dava pra escolher muito àquela hora, preferi evitar olha-los diretamente. Aproximadamente 40 anos, em boa forma, estatura mediana, clarinho, poucos pelos bem distribuídos, traços elegantes, barba linda. Tinha algumas tatuagens que contrastavam desfavoravelmente com toda a sua aparência. A das costas (logo abaixo da nuca) era horrorosa, toda em azul, confusa. Tinha um leão, tenho quase certeza de que vi um pavão também. No peito tinha outra grande - tribal, tosca. Ele me guiou pra a cabine dum banheiro, ambiente mais iluminado e reservado. Havia água pelo chão. Penduramos nossas toalhas na porta e nos beijamos. Nos apresentamos mas esqueci completamente o nome dele. Era bonito nu. Gostosinho, macio. Lembro dos mamilos pequenos e claros, quase cor de salmão. Quando engoli seu sexo fiquei alarmado por sentir na língua algumas protuberâncias. Pensei que fosse alguma doença, verrugas, sei lá! Reparando melhor, vi que eram cicatrizes de uma circuncisão, talvez tardia. Ele me chupou também, e bem gostoso. Eu sou louco por barba e não posso resistir ao impulso de bater com meu pau na cara dum barbudo. No começo ele pareceu não entender, mas depois entrou na onda.

   Seu comportamento alternava-se entre doce e levemente grosso ou vulgar; vulgaridade e grossura que pareciam aprendidas, postiças. Enquanto me chupava, notei a aliança dourada na mão esquerda que acariciava meu peito - dourado, aliança, casamento: tudo tão cafona. Me perguntei se ele era casado realmente, se com uma mulher, e qual seria o significado disso tudo, pra ele, pra o/a cônjuge e até pra mim. Fiquei confuso. Um pouco de pena, outros tantos de culpa, raiva, tédio e, admito, até tesão. Não deu pra pensar muito porque ele me virou de costas e enfiou a cara na minha bunda. Geralmente eu gosto muito, claro: língua é bom em qualquer parte do corpo, deve ser bom até no cérebro. Mas ele era meio afoito, sem noção. Essa é a parte mais delicada pra mim, tem que saber fazer pra eu curtir. E não tava muito boa a sensação, só deixei continuar porque ele estava muito excitado. Se exagerava na força, eu oferecia o pau mas ele sempre me virava novamente, com certeza pensando que estava mandando bem. Até que, inevitavelmente, veio tentar me comer. Pôs a camisinha todo crente e se colocou na posição. Era um pau relativamente grande, e eu não estava com a mínima vontade. Acho que na vida toda só dei umas 10 vezes, é como um evento anual (sem trocadilho, por favor). A boca dele já tinha incomodado, o pau doeu e nem chegou a entrar nada, mas ele ficou insistindo. Eu parava, chupava ele, lambi a bundinha dele também, nos beijávamos... juro que me esforcei para distraí-lo, mas ele sempre voltava à fixação de meter. Cansei.

     -Cara, vou tomar um banho, beleza?

   Ele pareceu desapontado. Eu também estava e não tinha nem vontade de conversar.

   A essa altura já tinha mais gente na sauna. Sentei pra ver um vídeo pornô. Tinha um ator lindo, também de barba, mas um senhor veio sentar do meu lado e ficava se masturbando, olhando pra mim. Eu via com o canto do olho, tentando me concentrar no filme, mas ele insistia, queria chamar atenção e logo fugi.

   Depois das 18:30h que começou a ficar mais animado. Cheguei cedo, por volta das 15:00h e estava muito fraco. O barbudo supostamente casado ficou lá até tarde da noite também e sempre que nos cruzávamos, sorria pra mim, todo galanteador. Até pensei em tentar novamente, mas pra quê?

   Nesse dia, pelo que lembro agora, com todos os caras com quem fiquei, houve aproximação lá no escuro. O próximo foi um loiro. Não o tinha visto no claro, surgiu do nada e nos interessamos um pelo outro imediatamente. Com o horário de verão ainda havia claridade e dava pra ter uma boa noção da sua figura: pele muito clara, nariz comprido, expressivos pequenos olhos escuros, aproximadamente 1,80m, corpo definido, gostosinho, naturalmente sem pelos. Não era nenhuma beleza, mas me agradava. Parecia um rato branco (ah, tá...), mas me agradava! Pedro, o nome dele. Me levou para o pequeno banheiro ali no escuro mesmo. Ele estava molhado de um banho recente (imaginei que acabara de entrar na sauna).

   - Que boca boa, eu disse.

   Boa de beijar, ótima pra me chupar. Elogiou muito o meu pau e ficava chupando até suas pernas não resistirem à posição agachado. Então levantava e me beijava. Eu não estava com vontade de chupar, só queria que continuasse me chupando e beijando. Perguntou se eu queria buscar uma camisinha. Não respondi. Parecia adivinhar o que me daria mais prazer - lambia deliciosamente meus mamilos, minhas axilas, meu pescoço. Me chupou até me fazer gozar. Perguntei se ele queria gozar também: "-Lógico." Foi rápido que ele se masturbou e quase tombou quando atingiu o orgasmo. Nesse tempo eu fiquei me sentindo egoísta com o cara, eu quase não tinha feito nada, só o beijei e me deixei chupar. Pensando melhor, a gente não se conhecia, estávamos ali por algum prazer apenas: ele queria me chupar e chupou; eu não queria chupar e não chupei. Não queria ir pegar a camisinha para penetrar e não fui. Tava tudo certo. Excesso de autocobrança, ou simplesmente porque foi gostoso e ele parecia uma pessoa simples e afável, pelo jeito e as parcas palavras que trocamos ali. Ele próprio não parecia insatisfeito. Nos despedimos e fomos tomar banho separados. Ele entrou no banheiro de baixo e eu subi. Diante dos chuveiros tem uma vidraça que dá para o jardim maior da casa. Através do vidro embaçado pelo vapor, fiquei observando as árvores. A For Friends tem 35 anos, era o que informava um banner na escadaria, e imagino que as árvores tenham bem mais que isso, algumas são enormes, ultrapassam o telhado do antigo sobrado.

   Deitei na espreguiçadeira da piscina e fiquei observando o movimento. Às vezes dava uma volta, olhava quem chegava. O Pedro passava e acenava com a cabeça, com um meio-sorriso cúmplice. Eu desejei que ele viesse sentar do meu lado. Fui falar com ele no bar. Contou que era de São Paulo mas mora em Minas faz muitos anos. Tinha vindo fazer um curso patrocinado pela empresa em que trabalha. Tem 37 anos como eu e aparenta bem menos. Contou que a família mora aqui mas ele nem avisou que viria, pois era muito fora de mão de onde estava hospedado (perto do curso). Curiosamente ele comentou depois que um irmão dele mora na Vila Mariana, há poucas quadras da sauna. Perguntei se ele morava só e disse que sim. Eu ri pela forma vacilante como havia respondido e o deixei sem graça. Eu disse que de certa forma é positivo não saber mentir. Perguntei se era com um namorado que ele morava e ele confirmou, claro. Chamei pra sentar comigo numa salinha mais reservada que tem ao lado do bar. Nos beijamos e ficamos ali uns 20 minutos, batendo papo e trocando carinhos. A camisinha caiu da minha toalha, no sofá. Ele a recolheu e me chamou pra subir para um banheiro, numa ala que eu quase nunca uso, mais espaçoso e iluminado por uma luz bem azulada que ficava linda na sua pele muito branca e sardenta. Eu estava bem mais à vontade com ele e comecei a chupar, o pau era bonitinho, não muito grande, com bastante sobra de prepúcio na ponta. Consegui colocar toda a cabeça do meu pau dentro do prepúcio dele. Quando voltei a chupar pensei que ele tivesse gozado ou urinado, tinha muita secreção de sabor salgado, me assustei um pouco até entender.

   -Meu pau baba muito - balbuciou, meio envergonhado, meio contrariado.

   Ele me chupou mais e mais, sabia como fazer. Lambeu minhas bolas e foi descendo com a língua para a minha bunda. Me virou e lambeu gostoso, sem comparação com o modo grosseiro do outro cara. Eu o levantei, virei contra a parede e deslizei o pau por sua bunda enquanto beijava e mordia a nuca. Ele se arrepiava todo e virava a cabeça pra trás:

    -Roça a barba no meu pescoço!

   Pus a camisinha e continuamos. Quando começou a entrar, ele pôs a mão no meu quadril e pediu pra esperar:

   -Deixa eu me acostumar com ele.

   Eu fazia pequenos movimentos de retração e voltava a enfiar, cada vez uns milímetros a mais, até sentir que podia ir com tudo. Gosto de segurar firme na cintura com as duas mãos, me dá uma sensação de domínio. Fazia tempo que eu não fodia com muita força, não é todo mundo que gosta e geralmente prefiro mais suave. E foi ótimo! Não demorei muito a gozar e ele pediu pra eu ficar dentro até ele chegar lá também. No fim, estávamos zonzos, suados, os corações acelerados, respirações ofegantes. Encostei na parede e o puxei e abracei com força. Rimos de nada.

   Fui tomar banho lá em cima mesmo e ele veio junto. Só tinha uma ducha disponível e ele ficou de fora esperando. Desci e ele foi tomar seu banho. Ficou um clima meio esquisito, eu nunca sei se o cara com quem acabei de transar quer continuar do meu lado ou se quer procurar outro cara. Sentei numa poltrona lá embaixo, perto do jardim e poucos minutos depois ele veio sentar comigo, reclamando que eu havia sumido. Fala tão baixo quanto eu. Conversamos mais sobre a sua viagem, sobre o curso e tentei perguntar mais sobre o namorado, mas ele parecia reticente. Como reparou que eu estava olhando pra dois garotos que tinham acabado de entrar, sugeriu:

   - Se eu estiver atrapalhando alguma coisa, me avisa...

   Fiz média:

   -Não! Agora só preciso de um descanso!

   Rimos. A conversa ia morrendo e ele decidiu fazer uma sauna para relaxar.

   Eu já estava querendo ir embora mas sempre fica a vontade de encontrar mais alguém. Não sei exatamente o que é essa compulsão que me prende por tantas horas na sauna. Se é desejo, carência, vaidade, querer aproveitar por não ser todo dia que eu tomo a decisão de ir para a sauna ou simplesmente falta de opções mais excitantes. Um dos dois garotos que eu já tinha notado, despertou minha curiosidade: parecia muito jovem, castanho, perfil bonito, queixo forte, nariz reto, corpo muito interessante também, lembrava muito meu inquilino, numa versão melhorada. Reparei que eles falavam de mim. O outro era bem baixo e magro, clarinho, de bigode e cavanhaque, cabelo curto - nada atraente para mim. Cheguei a ir ao armário pra me vestir, mas resolvi subir e procurar o garoto. Ele tinha ido pro escuro. Estava sentado num sofá de frente para o vídeo, imóvel, pernas esculturais abertas. Alguns caras passavam e mexiam com ele, que continuava impassível. Aquele primeiro cara com quem fiquei, o de barba, passou por mim e falou alguma coisa que não entendi. Eu o puxei pelo braço e perguntei o que era:

   -Voce é o homem mais bonito da noite.

   Eu ri. Pelo gracejo e pela obviedade da cantada, tão desnecessária. Ele riu também e soltou mais uma:

   -Casa comigo?

   Talvez vício de homem que leva uma vida "hétero", acostumado a cantar pobres mulheres com clichês desse nível. A indignidade mundana. Meu riso virou careta malcriada. Passei perto do garoto que estava no sofá, ele acompanhou meus passos virando a cabeça. Me aproximei, quase encostado no seu braço que pendia do sofá. Tinha as pernas bem mais desenvolvidas que o tronco. Alisou minha coxa e me olhou nos olhos. Dei a volta e sentei junto. Conversamos um pouco. Coincidentemente também chamava Pedro, 26 anos, primeira vez na sauna. Tinha um sorriso lindíssimo, iluminado. Um longo beijo e ele me chupou, ali mesmo. Disse que o amigo estava na sala ao lado, acompanhado. A gente ficou se pegando no sofá e era muito gostoso - apesar dos curiosos que sempre tentam passar a mão ou ficam ali do lado, esmolando atenção. Fomos para uma sala mais escura que estava vazia, semiocultos por uma parede. Depois de algum tempo um carinha realmente lindo entrou, parou na nossa frente, encostou numa parede com pernas e braços cruzados. Parecia nervoso, agitado. Um pouco menos de 1,80 de altura, jovem, ombros largos. O corpo bem definido sobressaia por estar molhado e no contra-luz da TV. O rosto era muito bonito, fresco, olhos claros, nariz perfeito, feições de menino, em traços rápidos e certeiros. Veio até nós e disse alguma coisa nada a ver, como:

   -E ai, pessoal - e saiu rápido, antes que respondêssemos.

   Rimos e continuamos o beijo. Mais um tempinho e o garoto estava de volta. Eu o queria perto, mas queria ter certeza de que o Pedro aprovaria. Como ele também o olhava, eu acenei. E ele veio, agitado ainda, pulsante. De vez em quando um cara me arrebata em segundos, pela simples presença, ou por deixar escapar algo de imensamente humano e vivo. Cabelos pingando, corpo que desafiava minhas mãos. Pegava na gente também mas não se detinha muito. Parecia inexperiente. Molhado, e cheirando a sabonete. Toquei seu sexo, e ele segurou o meu e o do Pedro juntos, por alguns segundos. Sempre interrompia brevemente cada ação que iniciava. Os dois começaram a se beijar e eu fiquei atrás do garoto, abraçando os dois e bolinando a bundinha firme e tensa. Os infelizes de sempre chegaram para estragar tudo, e o moleque saiu correndo. Nós descemos também, empolgados. Vimos que tinha ido tomar banho de novo. O Pedro encontrou o amigo no meio do caminho e paramos para conversar. Era uma figura engraçada, muito simpática. Contou que tinha ficado com um cara que dizia ser espanhol mas falava como um português. O garoto voltou do banho, passou por nós, cumprimentando e falou qualquer coisa de ininteligível. Parecia fazer um esforço para se comunicar, passar a ideia de alguém descolado, porém faltava-lhe traquejo. Pedro e eu nos entreolhamos, sorrindo. O amigo dele percebeu o clima e perguntou:

   -Voces três estavam juntos? Ué, vamos a quatro: quem nunca?!

    Mais um penetra...

   O carinha passou por nós mais uma vez, fez o mesmo cumprimento gauche e entrou na sauna seca. Ao mesmo tempo em que era desajeitado, tinha muita altivez. Largamos o baixinho e fomos atrás dele. Logo que entrei, senti meus olhos arderem muito e começarem a lacrimejar. O nariz também ardia, acho que tinham derramado todo o pinho na sauna. Estava sentado, lindo, sozinho. Sorriu e falou mais alguma bobagem. Senti um pouco de pena dele, queria muito me aproximar, conversar, saber quem ele era e como tinha chegado ali. Reclamei daquela ardência e eles concordaram:

   -Tá estranho, né?

   Eu saí e o Pedro veio também, tínhamos certeza de que o garoto viria junto, mas não veio. Passei o resto da noite esperando que ele reaparecesse. Acho que por algum tempo, sempre que voltar lá, vou esperar por isso. Provavelmente vi a mim mesmo, alguns anos atrás, naquele menino. Não tão bonito, ainda mais inibido; mas provavelmente tão solitário e canhestro quanto ele. Essa segunda etapa com o Pedro foi gostosa. Deitei num sofá na sala de vídeo com ele por cima, estava tudo tranquilo, quase vazio, só no chamego. Eu fazia cafuné, ele pegava no meu pau, acariciava meu peito. Ficamos conversando. Me contou que vinha de outro estado, era bailarino, tinha estudado no Bolshoi e, apesar da pouca idade, dançado em grandes salas. Era um rapaz bem bonito e agradável. Fez algumas perguntas e atestou que eu não gosto muito de falar de mim. Conversamos um pouco sobre o outro garoto, que o tinha impressionado também. Ele o definiu como "arisco". Contou sobre sua roommate, sua trajetória até chegar a São Paulo, sua família. Seu amigo baixinho entrou quando ele segurava meu pau e fingiu um susto. Saiu da sala mas voltou em segundos, dizendo que se o Pedro fosse demorar, ele iria embora sozinho. Resolveram sair. Nos despedimos. Eu estava ansioso para procurar o outro carinha. Pensei em trocar telefone com o Pedro e achei que ele pensou a mesma coisa, mas foi uma despedida meio esquisita, acabou assim. Eles desceram pela escada que dá para o vestiário, e eu pela outra, que dá para a sala do jardim. Andei pela sauna toda e o carinha já tinha vazado. Ia embora mas fui encontrar o Pedro sentado ainda, esperando pelo amigo que estava no banho. Ficou um clima estranho, não sabíamos o que dizer. Ele me chamou a atenção para a TV, um ginasta nos Jogos Pan-Americanos, competindo numa prova de solo. Eu não conseguia prestar atenção, só pensava em ir embora. Levantou-se e se aproximou da TV. Seu amigo juntou-se a nós e ficamos assistindo. Aquilo foi me irritando, mas não sabia como sair, os dois de costas pra mim... Enfim me despedi friamente e fui me vestir. Vieram logo atrás. Me vesti rápido e ainda pisquei um olho para o Pedro na saída.

   Fiquei sete horas lá dentro. Saí cansado e um pouco triste.

domingo, 16 de outubro de 2011

Toalha com Bolso


   Não sabia onde ir. Saí do cinema e desci a Frei Caneca, pensando em entrar na Labirinthos. Cheguei perto, mas desisti. Não gosto do lugar, nem do público que o frequenta. Desci no metrô Ana Rosa pensando agora no RG bar. Era bem louco, anos atrás eu só ia lá, mas depois que mudou de endereço fui uma vez e me decepcionei. Ainda ia demorar um pouco para abrir e o tempo estava horrivel. Melhor ir para a For Friends mesmo, onde tenho ido ultimamente, depois de um período de "luto" pelo fechamento da 269. Medo de encontrar o Roger por lá, ele é gente boa mas pega no meu pé e eu não sei me safar. Sei dos horários dele em dias normais, mas era feriado. Precisava de sexo, de gente nova.

   Às 17:56h, poucos minutos após a ingestão duma pílula azul, ultrapassei o conhecido jardim cheirando a vapor de pinho e toquei a campainha. Fazia exatas quatro semanas que não entrava lá: quatro semanas sem um mísero beijo, sem contato físico algum. Havia conversa na lateral da casa. Reconheci o tonitruante atendente. Sentia-me ansioso. Um feriado numa quarta-feira chuvosa não parecia tão promissor. E ainda o receio de encontrar com o Roger. A porta automática soou e a empurrei. Identifiquei-me e recebi minha chave.

   Via-se que estava lotado, muitos homens perambulavam pela região dos armários, de chinelo e toalha branca na cintura. Um atendente me dirigiu a um armário que eu não conhecia, no corredor (provavelmente só usado em caso de superlotação) e entregou o meu par de chinelos. O meu compartimento ficava bem no fundo, embaixo, numero 114. Abri, guardei minhas roupas, peguei a necessaire com itens de higiene oferecida pela casa, tranquei e subi para o banheiro. Toda a casa estava animada, já notei vários caras interessantes, um ou outro conhecido. Escovei os dentes, tomei banho e desci para guardar a necessaire no armário. Prendi um preservativo entre a toalha e meu ílio direito.

   Primeiro dei uma circulada por toda a sauna, percebendo o ambiente e localizando as possíveis "presas". É uma casa grande, aquecida e bastante limpa. Eu a divido em duas partes: a clara e a escura. A clara é toda branca e fartamente iluminada. No piso inferior tem a recepção, a área dos armários, uma grande jacuzzi, uma pequena piscina interna, saunas seca e a vapor, bar, área para fumantes, chuveiros, banheiros, uma área de convivência com jardim, poltronas e quase todos os mais importantes jornais e revistas, além de mais alguns ambientes pouco habitados, como uma saleta com alguns pufes espalhados e um saco de pancadas pendurado no meio (oi?). O acesso à parte escura é atravéz de  uma porta de vidro escuro entre o bar e a piscina. Ali todas as paredes são pintadas de preto e tudo é pouco ou nada iluminado. Uma sala de vídeo, um corredor com algumas celas cenográficas (oi?) com camas onde alguns seres tristonhos ficam deitados como mortos, esperando que alguém vá tocá-los. Mais ao fundo, uma outra sala de vídeo e uma escada de madeira que leva a um dos pisos superiores (há dois, sem conexão entre si). Lá em cima não tem luz, só a de uma TV, e, durante o dia, alguma luz que vaza pelas venezianas. Um hall com a TV e 2 sofás, 2 banheiros e 3 pequenas salas com camas turcas estreitas forradas de couro sintético encostadas em quase todas as paredes. O outro piso superior fica na parte iluminada, com dois acessos: uma escadaria de madeira bem próxima da recepção e uma escada caracol, perto do jardim. Lá em cima tem sauna a vapor, chuveiros, alguns quartos privados (pouco usados), uma sala de vídeo com sofás e dois banheiros grandes, com várias cabines.

   Aproveito a descrição do ambiente para me descrever também: Yuri é meu nome fictício (saiu meio sem pensar, mas sei que me inspirei no de um garoto da academia que, de tão bonito e viril, tem me aparecido em sonhos esquisitos ultimamente). Logo completo 38 anos, tenho 1,79 m, aproximadamente 72 kg, pele clara, olhos e cabelos castanhos escuros (lisos e começando a ficar grisalhos), tenho pêlos no peito, pernas, braços, que mantenho quase sempre aparados, assim como a barba (esta sim, já bem grisalha no queixo). Discreto, dentes e pele bonitos e bem tratados. Tenho um tipo interessante e marcante, mas sou um tanto acanhado na maior parte das situações que envolvam interação com outras pessoas. Este blog narrará documentalmente estas aventuras sexuais, é uma experiência anônima portanto. Comentários serão sempre bem vindos.

   Voltando ao dia 12/10/2011.

   Logo que entrei, vi um conhecido com quem já fiquei 3 vezes na 269, sempre de um jeito esquisito. Fábio tem um corpo excelente, que me excita muito. O rosto é diferente, pode-se dizer até que feio: excessivamente anguloso, de faces encovadas, nariz grande (ele é bem alto), boca rasgada, cabelos cacheados, barba castanha. A mim, lembra um Fauno, e o acho um tesão. Desta vez o achei magro demais, e as experiências anteriores foram realmente frustrantes, nada conectava. Tinha também outro conhecido, este só de vista. Ele é conhecido no meio gay por ser associado a uma balada famosa. É também modelo (meio passado já), ator (péssimo entre os péssimos) e um homem lindo (claro que não vou citar nome por ser uma pessoa pública - ou quase isso). Sempre que nos cruzamos (esta foi a primeira vez numa sauna) ele me olha bastante. Infelizmente ainda não foi desta vez que nos aproximamos.

   Antes de subir para a escuro, tinha reparado num carinha: estatura mediana, magro mas de boas proporções, traços delicados, uma barba cheia de personalidade. Lá em cima, no escuro, ele se aproximou e me conduziu em silêncio ao banheiro. É tudo escuro e eu não me sinto à vontade. Tentei fechar a porta mas faltava uma parte do trinco. Ele me disse que usava um truque com a toalha para que ficasse fechado. Nos beijamos um pouco e ele logo agachou para me chupar. Eu não estava muito empolgado com ele, ao tato me pareceu magro demais, o pau muito pequeno e mole, as carnes moles, a pele com um toque oleoso, não muito excitante. Tenho um problema com cheiros. Ele não estava fedendo, mas não era um cheiro que me agradasse. Acredito que esses detalhes todos seriam irrelevantes se eu o conhecesse um pouco e tivéssemos um envolvimento emocional, mas, nessa situação, me incomodam. Chupava razoavelmente bem e conseguiu me excitar. Instintivamente ergui seu corpo, beijei e pus de costas para mim. Pegou meu pau e começou a passar entre as nádegas. Tinha um envelope de lubrificante que abriu com os dentes e besuntou-se e ao meu pau. Cadê minha camisinha? EU SEMPRE PERCO A CAMISINHA, É UMA MERDA! Fica aqui meu apelo para que as saunas façam bolsinhos porta camisinha nas toalhas! Uma ideia simples e útil. Podem patentear, não ligo! Brigado. De nada. Então: já lubrificado, pegou meu pau e meteu fundo, sem camisinha. Me assustou um pouco e, apesar da sensação boa de deslizar bunda adentro, tirei logo. Só que não consegui abandonar o cara naquele clima. Claro que estava bom. Ele meteu de novo e eu comecei a bombar, escorregava gostoso, justinho. Fico preocupado com doenças, e muitas vezes o que falta mesmo é vergonha na cara. Depois de algum tempo, me veio a seguinte frase à boca: "Não curto bare." Eu me senti um pouco ridículo de ter dito nestes termos, fora do meu vocabulário cotidiano e num inglês que naquela hora eu nem tinha certeza da pronúncia correta. Mas, vá lá, eu não curto bare mesmo. E saí andando de ré, para tirar o pau de dentro dele, que não se conformou e veio de ré também. De ré e se movendo, sendo fodido a minha parcial revelia e completa imbecilidade. Continuei no meu micro movimento de ré até que cheguei à porta, que se abriu por estar fechada apenas com a toalha. Lavei meu pau logo ali, na pia em frente da cabine (não, isso não previne o contágio de doenças). Desci para tomar um banho completo. Na sala de vídeo, o bonitão da balada estava chupando um cara, agachado, encostados numa grade. Fiquei um pouco ali, queria ver e talvez me aproximar, mas um outro cara achou que era nele que eu estava interessado, veio se encostar e me mandei.

   Depois do banho, li um pouco, bobagens numa revista cafona de celebridades. Vi um trecho de um filme sem prestar atenção. Nem sei do que se trata, só lembro do Robert Redford na tela, já velho e, digo com dor no coração, medonho. Vi mais uns caras interessantes que chegavam a toda hora.

   Subi mais tarde para o escuro. Encostado na entrada de uma das salas, perto da TV, que o iluminava, tinha um cara muito bonito, que me lembrava demais um antigo conhecido da net. Jovem, clarinho, cabelos escuros e lisos, curtos com uma franja mais longa e bagunçada (talvez fosse mais pra um topete que estava derrubado), cavanhaque, olhos amendoados, boa altura, corpo definido, lisinho, peito musculoso, boca vermelha, carnuda, sexy.

   De cara percebi que ele me notou e pareceu interessado. Também logo de cara percebi ainda que ele jamais se aproximaria de mim ou de qualquer um. Ia dar trabalho. Deu preguicinha. Fiquei por ali um tempo. Passava perto, olhava, ele correspondia mas não se mexia. Tentei atrai-lo para uma sala mais vazia, onde eu ficaria mais à vontade, mas nada acontecia. De saco cheio, desci novamente. Fui à sauna a vapor e saí correndo com a cena que vi - abstenho-me de contar pra não precisar me lembrar de detalhes. Saí esbaforido, mas não deixei de notar um cara muito atraente tomando banho. Altão (uns 2m), loiro, olhos verdes, cara de bebezão, corpo bonito, forte e um pau imenso. Mole e imenso. Parei alguns segundos para olhar. Fiquei na sala de convivência, a do jardim, que fica logo na saída dessa sauna. Sentei ali e esperei que ele saísse. Veio sentar-se ali também, a uns 5 m de distância de mim. Nos olhamos. Ele parecia estrangeiro e tímido. Toda hora me olhava e desviava o olhar em seguida. Os cabelos loiros molhados, puxados para trás, a testa vasta, nariz pequeno, cara de bom moço. Bons moços, quando bonitos, me enchem de tesão. Os maus moços, quando bonitos, também... Eu não sabia se chegava nele, morro de vergonha. E de raiva de ser tão banana. Chegaram antes: um feioso, magricelo com uma barriguinha estranha, se aproximou e puxou conversa. Ele foi atencioso, simpático, sorriu, mas não aceitou a proposta. O feioso ainda tirou a toalha, ficou nu ali no meio da sala, pegou uma cueca horrorosa, listrada de verde e preto e vestiu. Ele estava mesmo segurando alguma coisa que eu não identificava - era a tal cueca. Sem dobrar os joelhos, abaixou com a bunda ossuda apontando pro teto, se mostrando pro cara, e vestiu a cueca. Pouco depois, partiu sozinho. O loiro continuou me olhando timidamente. Fiquei excitado, mas só consegui me levantar e subir ao outro andar pra ver se ele vinha atrás. Não veio. Tinha um outro carinha bem gostosinho lá em cima, bombadinho, queimado de sol, lisinho, tatuado. Me olhou significativamente. Entrei na sauna e ele veio atrás. Fez menção de sentar ao meu lado. Tinha mais gente lá, uns coroas "qualquer nota" e ele desistiu. Desci e o loiro não estava mais. Tava difícil. Um banana no meio de um bananal.

    Voltei ao escuro e ao branquinho de franja. Ele estava na mesma posição, no mesmo lugar, como um tonto. Eu ainda desconfiava que ele fosse o tal do cara da internet, depois analisei melhor e vi que não era. Uns caras mexiam com ele, e ele nem aí. Mas me olhava sempre. Dei a volta e entrei pela porta em que ele estava encostado, relei meu corpo no dele e me posicionei exatamente do seu lado esquerdo. Ficamos nos olhando com evidente desejo, mas não esboçamos qualquer reação. Cansei e saí. Sou assim, eu me canso. Não sei se é impaciência realmente ou algum tipo de estratégia para não reconhecer minha inépcia social. Pois voltamos ao velho jogo de nos olharmos de longe. Tinha um outro cara que também fazia bem o meu tipo lá em cima. Sei que o conheço mas não lembro de onde: alto, magro, rosto muito bonito e elegante, jovem, levemente arrogante. Pegou na minha bunda com força. Achei grosseiro, acho deselegante e nada respeitoso que me toquem assim só porque estou num ambiente como esse. Finalmente o da franja resolveu se mexer, e veio pra perto de mim. Parou do meu lado e encostei meu corpo no dele. Um baixote chegou junto e pegou no meu pau. Eu o afastei e puxei o carinha pro outro canto. Encostou na parede e me pegou com força, tentando me dominar. Prefiro dominar a situação geralmente. Já notei que ele estava com um cheirinho de quem não tomou banho quando entrou na sauna. Quando você está sem roupa  numa casa de banho, cheia de chuveiros, sabonetes, shampoo, escova e pasta de dente, desodorante, hidratante, tudo à mão e, sobretudo se gosta de dar uma de durão e ficar parado esperando que venham te adular, e você obviamente pretende fazer sexo, por que diabos não se lavar?! Considero isso uma profunda falta de sensibilidade, e até de respeito! Mas ele era tão atraente... Beijava bem também... E parece que dificultar um pouco dá resultado, tanto que continuei ali. O jeito era respirar pela boca e tentar abstrair. Ele estava todo salgado de suor. Tava todo meio rançoso. E queria me comer, ali na frente de todo mundo. Eu tentava virá-lo de costas pra mim (estávamos em pé), mas fincou os pés no chão e não saía dessa posição por nada. Ele me virou de costas e ficou brincando com o pau na minha bunda. Sentei na cama e chupei um pouco o pau dele. Pau mais pra fino, e tenho de confessar que também não tinha o cheiro dos meus sonhos. Mas encarei. Depois cuspi no chão. Afastei as pernas dele e meu pau passou pelo períneo, alcançou o buraquinho. Ele pareceu curtir. Ficamos ali brincando um tempo, nos beijando. Juntou gente em nossa volta e começaram a querer passar a mão e entrar na brincadeira (não sei como esse povo enxerga tudo naquela escuridão). Eu ia afastando as mãos e empurrando os caras, e ele nem aí. Chamei o garoto pra descer comigo, dei um puxão e disse: "- Chega aí". Fui andando na frente e ele vinha atrás, meio de longe, parecia desconfiado ou de má vontade. Fiquei pensando se era estranho não andarmos juntos, talvez ele pudesse considerar frieza da minha parte. Odeio andar de mão dada com qualquer pessoa, me sinto ridículo, falso. Descemos e entrei numa daquelas celas. Tem  duas delas que não são fechadas, só tem uma cortina de correntes de plástico preto. Entramos e voltamos à ação, tentando retomar, com dificuldade, o clima de lá de cima. Mas veio gente atrás e ficaram perturbando. Sou bem mais voyeur que exibicionista. Sei lá se isso é verdade, mas o fato é que eu queria o carinha só pra mim. Falei pra ele vir comigo de novo, mas desistiu no meio do caminho.

   Logo que saí dali, cruzei com um carinha muito bonitinho, um tipo que me interessa muito. Ficou me olhando, passamos um pelo outro e ambos olhamos pra trás, paramos um segundo e fomos em frente. Jovem (depois soube ter 26 anos), grandes olhos verdes bem claros, pele dourada, cabelo castanho claro de comprimento médio. Estatura de aproximadamente 1,70m, corpo perfeito, forte, largo, com boa definição, pêlos nos lugares certos, uma coisinha! O vi mais algumas vezes, nos olhamos muito, mas parecia titubeante também. Dei mais uma circulada, escovei os dentes de novo e voltei ao escuro. O gatinho de franja estava na mesma posição inicial, e eu nem queria mais lembrar que ele existia. Quem também estava lá era esse fortinho de olhos verdes. Depois de um pouco de rodeios, parou do meu lado (eu estava perto da TV de novo, onde dá pra enxergar melhor) e nos tocamos. Ficamos de pau duro imediatamente (tá, eu tinha tomado meu remedinho milagroso pra compensar a ansiedade) e começamos a nos beijar. Foi legal, mas o percebi meio esquisito, ainda inseguro. Fiquei encanado de que eu estivesse impregnado com o cheiro do carinha de franja (não tinha tomado outro banho, só escovei os dentes). Dei um tapinha carinhoso (pelo menos essa foi a intenção) na bunda dele e desci, fui tomar banho.

   Logo que saí da ducha, reparei num cara na sala, encostado na parede de espelho. À primeira vista não era bonito, mas me chamou a atenção. Alto, aproximadamente 40 anos, cabeça raspada, barba por fazer, rosto forte, largo, quase rude. O corpo era muito bonito, musculoso na medida certa, peludo na medida certa. Sentei e ele me olhou. Logo também sentou a uma distancia de uns 4m e ficamos nos olhando. Seus pés ficaram sob um foco de luz e eram surpreendentemente belos, largos, másculos, com bonitas veias. Pareciam macios. Pernas fortes, panturrilhas arredondadas. Ele me olhava nos olhos, longa e despreocupadamente e esboçava um ar de riso. Meu coração vagabundo acelerou. Meu pau vagabundo subiu. Nesse estado, com a toalha mal cobrindo minhas "vergonhas", subi a escada caracol. Veio atrás, meio sem jeito. Homem é quase sempre tão sem jeito... Passou por mim, roçado o corpo no meu. Fui atrás e me aproximei. Nos apresentamos, ele tem um nome diferente, acho que é Jucélio (achei estranho na hora, mas falei que era legal). Me chamou pra entrar numa das cabines do banheiro com ele. Tiramos as toalhas e penduramos na porta. Ele tinha um pau muito lindo, bem grande e muito, muito grosso. Nos beijamos bastante, nos masturbamos um pouco. Caras grandes me dão uma sensação boa, de acolhimento. Abaixou e me chupou por um tempão. Com muita técnica e sentimento. Eu acariciava suas costas largas, musculosas, a cabeça cujo cabelo recém raspado causava uma eletricidade nos meus dedos. Dobrei o corpo e passei a mão na sua bunda, no pau. Observei de perto ele concentrado me chupando. Depois de um longo beijo, retribuí o oral: foi bom pra caralho! Elogiei seu pau, comentei do tamanho e ele disse que era "normal" (será que ninguém está contente?). Voltou a me chupar. Muito mais. Parecia tentar me fazer gozar. Tava calor lá dentro, ele começou a transpirar muito, o rosto derretendo. Me deu um beijo e disse que precisava de um banho. Fiquei chateado porque adorei o contato com ele, minha imaginação foi longe, bem mais longe do que deveria. Fui passar uma água também.

   Dei um tempo. Vi o tal Jucélio indo embora com o bonitão da balada. Belo casal (inveja detected). Aquele garoto bonito de olhos verdes enormes que eu já tinha beijado, passava muitas vezes por mim, me olhando. Eu não consegui entender o que aquele olhar queria dizer: se era de avaliação ou pra mostrar interesse. Pareceu indeciso entre mim e outro cara, sem saber em quem investir. O outro era um gatinho-tatuado-bombado-bronzeado que provavelmente estava esperando algum outro gatinho-tatuado-bombado-bronzeado aparecer. Fui encontrar com o de intrigantes olhos verdes lá em cima, na parte iluminada. Pareceu mais decidido agora. A sauna tinha esvaziado bastante. Foi para a sala de vídeo, e fui atrás. Sentei num sofá de frente pra ele, abri a toalha e comecei a me masturbar olhando em seus olhos. Que eu também sei ser intrigante. Tomou coragem e veio sentar do meu lado. Retomamos os beijos, pegou no meu pau e abri sua toalha. Pode parecer palhaçada, mas nesse dia peguei 3 caras com paus muito grandes e bonitos (calma que ainda falta contar um). Curiosamente os 3 tinham as bolas pequenas. Acho lindo bolas grandonas. Esse não era o maior pau, mas o mais bonito! Menino cheiroso, bonito, um certo ar desprotegido, inexperiente. Comecei a chupar e alguns caras passavam por ali. Não me senti muito incomodado porque ninguém veio perto. Pedi pra ele deitar no sofá e ficou meio sem jeito. Perguntou:

   -Mas aqui?
   -Não tem mais quase ninguém!

   Deitou. Disse que chamava Carlos, 26 anos. Esqueci a profissão. Elogiei seu corpo, e ele queria me comer. Expliquei que não curtia:

   -Mas nem um pouco?

   Alguém sabe o que é dar o cu "um pouco"? Com ele deitado estava uma delicia de chupar, confortável e mais íntimo. Ele tirava quando eu brincava com o dedo no cuzinho, depois foi cedendo. Não forcei pra dentro, fiquei só massageando ali em volta. Insistia ainda pra me comer. Alisei suas pernas: grossas, peludas. Vi que tinha pés lindos também. Adoro pés. Adoro todas as partes do corpo, valorizo tudo que é bonito. Peguei o pé esquerdo e fui engolindo os dedos. Fiquei pensando que ele estava andando de chinelo naquela sauna úmida e cheia de gente de todo tipo, mas estava com muito tesão e continuei. Será que preciso tomar um vermífugo? Acho que ele curtiu também porque quando voltei ao pau, ele quase gozou. Pediu permissão pra gozar na minha boca. Isso me excitou.

   -Ainda não, quero te chupar mais.

   Ele me olhava com seu jeito misterioso, mas sempre muito atento e presente. Beijei a boca de novo. Parecia se excitar com as pessoas que às vezes iam lá pra nos ver. Quis pôr meu pau na cara dele e ele se virou.

   -Tu não chupa?
   -Não.

   Isso me irrita, e muitas vezes me broxa pra sempre. Mas queria muito lamber a bundinha dele e sabia que ali, na frente de outros caras, seria bem difícil, ou impossível.

   -Chega ae.

   Seguiu-me a  uma cabine do banheiro. Lá era mais claro e foi surpreendente ver melhor seu pau.  Quanta beleza e poesia num pedaço de carne. Girei seus quadris com as duas mãos, fazendo com que ficasse de costas pra mim. Que bunda mais gostosa! Estreita, máscula, redondinha, carnuda, coberta de finos pêlos castanhos. Pensei que ele fosse resistir, mas me deixou lamber numa boa. No meio das nádegas tinha bastantes pêlos, foi meio difícil no começo sentir a pele na minha língua. Felizmente, mesmo sendo ativo, ele estava irrepreensivelmente limpo. 

   Fiquei alternando minhas atenções entre a bunda e o pau e ele sempre pedindo pra gozar na minha boca. Uma hora eu disse sim e continuei chupando. Quando ia explodir, ele ainda perguntou se podia mesmo - achei bonitinho esse cuidado. Porra na minha boca é um lance que me excita em fantasia, mas raramente eu topo. Tenho medo de doenças, tenho medo de enjoar, passar mal e o cara ficar constrangido. Gozou bastante e o esperma era muito salgado. Cada cara tem seu gosto, alguns me dão vontade de engolir (só fiz isso 2 vezes na vida), alguns me dão nojo. O dele era só salgado, só senti o sal. Cuspi pro lado e quis beijá-lo de novo, mas ele não achou boa ideia, deu um selinho. Tomamos banho juntos e nos despedimos rapidamente. Fui escovar os dentes de novo.

   Desci e vi outro cara interessante. Alto, claro, cabelos escuros, tipo bonito. Sentou do meu lado na sauna  seca e ficou me olhando. Olhar bonito, profundo. Talvez carente. Provavelmente muito carente. Nos tocamos. Nos beijamos um pouco. Mas o hálito dele era meio desagradável. Cortei o beijo, mas não sabia como parar com tudo, ele ficava me alisando, masturbando, abraçando com muita força. O Carlos entrou na sauna também, ficou parado um tempo nos olhando e saiu. Depois de um tempo eu disse que precisava ir ao banheiro. Perguntou se eu voltaria.

 -O que? (pergunta cretina de quando não se sabe o que responder)
   -Quer continuar depois?
  -Espera um pouco... (foi o que saiu... sim, fiquei bastante decepcionado comigo...)

   Corri pro banheiro. Na verdade eu estava mesmo sentindo umas dores de barriga, dores no saco. Estava me excitando havia umas 3 horas, sem gozar. Mijei e dei um tempo ali, pro cara perceber que eu não ia voltar mesmo.

   Saí com medo de encontrar com ele. Subi correndo e tive uma boa surpresa. Lembra daquele loiro tipo de gringo que tinha visto tomando banho e depois conversando com o magricelo da bunda pontuda? Tava lá. Só ele e eu naquele andar inteiro. Fez o mesmo que eu havia feito: sentou no sofá da sala de vídeo de frente pra mim, tirou o pau pra fora e começou a se masturbar olhando pra mim. Eu fiz o mesmo que o Carlos: sentei do seu lado. Se o pau já era enorme em estado flácido, agora eu calculei que tinha mais de 23 centímetros. Lembro que uma hora eu segurei a base com uma mão, coloquei a outra mão e sobrou um espaço pra mais de uma mão, devia ter uns 25 centímetros. Um pau bonito, não muito grosso, um pouco torto pra baixo, cabeça de um cor de rosa vivo. Ele não era estrangeiro como pensei. O que rolou ali foi mais ou menos a mesma ação que aconteceu com o Carlos: beijei, chupei, pedi pra deitar, chupei mais, brinquei no cuzinho, ele afastou minha mão etc. Só que um cara (vestido, aliás) veio sentar perto da gente. Isso me incomodou. Chamei o grandão pro banheiro. Foi divertido, sobretudo por ser um pinto tão grande. Ele brincava com o prepúcio, cobrindo toda a cabeça do pau, e deixando toda aquela sobra de pele na ponta. Tenho um tesão louco em prepúcio. Além de ser um homem muito grande, é também muito masculino, e parece bem tradicional, meio careta. Quando virei a bundinha e comecei a lamber, reagiu muito bem. Ele mesmo afastou as nádegas com uma das mãos pra me ajudar. Eu metia a língua nele. Puxei o pau e chupei por trás também. Puxava minha cabeça contra a bunda, com força. Eu estava enlouquecido! Levantei e comecei a brincar com o pau na bunda, e ele ia deixando. O cara é grande demais, se tiver menos de 2 m, são alguns poucos centímetros. Meu pau começou a entrar, ele dando mostras de grande excitação. Eu tava de novo sem a porra da camisinha, mas meti. Tudo. Brinquei um pouco e ele tirou e me virou de costas pra ele.

   Tenso.

   Pôs o pau na minha bunda e começou a forçar. Também sem camisinha. Eu só dei sem camisinha uma vez na vida, acho MUITO arriscado. É MUITO arriscado. Ele realmente acreditou que conseguiria enfiar aquele poste em mim. Fingi que estava tentando, mas logo parei, rindo, e disse que não rolava. Voltei a chupar o pau, virei a bunda de novo e meti minha língua. Não tinha nada de passivo mas com certeza estava preparado pra dar, tudo continuava limpíssimo e cheiroso depois de meu pau já ter entrado todo ali. Talvez por ter um pau tão grande ele tenha de se garantir de todas as formas. Buraquinho rosado, tenro. Esfregava a bunda pelo meu rosto todo. Meti de novo e fodi, quase a ponto de gozar desde o primeiro segundo. Só a altura dele que atrapalhava um pouco. Falou que ia gozar e tirou, virou o pau pra mim. A visão daquele gigante jorrando longe seus jatos grossos de porra me fez gozar também, quase ao mesmo tempo. Não costumo ejacular muito, mas posso dizer que ali não saí perdendo. Por alguns segundos vimos nossos paus gozando muito, um do lado do outro, foi bem bonito. Tomamos banho, me despedi com um aceno de cabeça que, de tão canhestro, ele pareceu nem ter compreendido, e fui me preparar pra ir embora. Tava tarde, quase 22:15h. Passei pelo primeiro cara com quem fiquei nesse dia, o do "eu não curto bare". Bebia uma cerveja, sorriu e perguntou minha idade. Respondi e disse que tinha de ir embora. Fez questão de informar que tem 35 e sorriu, meio abestalhado. Enquanto me vestia, apareceu um outro cara bem bonito no corredor. Me deu uma pena enorme de ter de ir embora, mas não podia ficar mais.

   Ainda assim, depois 6 homens e de todo esse vazio de contato humano real, saí de lá feliz da vida.