domingo, 5 de julho de 2020

Mais de Meia Xícara de Porra


Sempre tive fantasias com porra. Acho lindo ver o cara gozar e acho fascinante a sensação de engolir uma secreção do corpo de uma pessoa. A primeira vez que gozaram na minha boca foi no susto, de surpresa. Foi num cinema pornô na rua Aurora. Acho que chamava cine Aurora. Estava na platéia com um boy bem gatinho e simpático, eu me curvei sobre o colo dele pra chupar e, de repente, o jato na boca. Eu não esperava, e tinha muito medo. Tenho ainda, por conta do HIV. Veio direto na garganta e quase engasguei. Fiquei sentindo o dia inteiro vestígios da porra do moleque no fundo da garganta. Mas me deu um tesão danado. Outra vez, no cine República, também na platéia, com um loiro bem gato. Eu estava excitadíssimo com o cara, com o pau dele e ele também estava quase gozando. Eu tinha muito medo e pedi que não gozasse na boca. Mas no fundo eu só pensava na porra dele na minha boca. Quando ia gozar, avisou, tirou da minha boca e continuou se masturbando, mas eu fiquei com a boca ali, lambendo a cabecinha. Ele gozou na barriga. O cheiro me deixou louco de tesão, lembrava um pouco o cheiro de abacate (por mais improvável que possa parecer, me excitou). Lambi toda a porra da barriga e o gosto era uma delícia, suave, morna. Eu queria muito engolir, mas acabei cuspindo no chão. Uns meses mais tarde, encontrei esse mesmo cara no RG31, clube nudista que merecerá um futuro  post aqui. Chupei ele outra vez até gozar, a porra era mesmo deliciosa como da primeira vez, mas não tive coragem de engolir.
Não lembro da primeira vez que eu engoli. Não foram muitas vezes porque sou cismado. Lembro de um cara de Brasília que conheci na 269 e me levou para o seu hotel, na Consolação. Era um moço muito bonito, forte, pai de uma menina linda. Estava em SP a trabalho. Ele estava deitado e eu chupando. Gozou e engoli tudo. Depois ele gozou na barriga e puxou minha cabeça pra lamber. Lembrei do loiro do cinema. Mais recentemente, no hotel 269 no centro, fiquei com um rapazinho paraguaio, lindo de doer. Um corpo, um rosto, um boy dos sonhos. Era bem jovenzinho, uns 23 anos no máximo. Levei pro meu quarto. Estava deitado na cama chupando ele, que estava de pé ao lado da cama. Quando foi gozar, não deixei tirar. Engoli tudo, tudo, um puta tesão. Ele falou que nunca tinham feito isso com ele. Uma vez, na For Friends, fiquei com um médico hematologista chamado Otávio, se não me engano. Ele era tão gentil e agradável quanto gostoso. Eu estava chupando e ele disse que queria gozar, mas que gozava muito e era pra eu "tomar cuidado". Fiquei louco de tesão e continuei. Nunca tinha visto nada parecido, e poucas vezes vi na vida, só em filme. O cara jorrava porra pra todo lado, em jatos grossos e longos, e não acabava mais. O primeiro jato, infelizmente, pegou meu olho, o que foi bem desagradável. Sem exagero, foi mais de meia xícara de porra! Fiquei encantado. Outra vez vi um cara gozar até mais que ele. Foi no shopping Frei Caneca. Não lembro como me aproximei do cara, mas ele era aluno da escola do Wolf Maia. Me chamou pra descer ao estacionamento. A gente se chupou numa escadinha lá embaixo. Lembro que ele era um tipo afobado, entusiasmado. Não exatamente bonito, mas interessante, alto, de traços fortes. Pediu pra eu me afastar: "só olha, você nunca viu nada assim". Batata. Os jatos voavam a mais de um metro de distância e pareciam não ter fim. Chegou uma hora que eu comecei a rir. Fiquei imaginando tomar tudo aquilo de porra. Era um namorado assim que eu queria, pensei. Também no shopping Frei Caneca, certa vez, chupei no banheiro, no mictório mesmo, um executivo bem bonito. Alto, loiro, de barba, cabelo curtinho, olhos verdes, pele corada de sol. Vestia um terno bege escuro que ficava lindo nele com uma camisa azul. Eu tava chupando e a babinha do pau dele era bem doce. Aquilo me deixou intrigado e doido de tesão. O pau não era muito grande, mas era tão bonito! E todo aquele mel que escorria e eu engolia. Chegou gente no banheiro e nos separamos. Alguns minutos depois, o reencontrei no banheiro grande perto do cinema e tinha um monte de cara lá se pegando. Chupei ele de novo, na frente de todo mundo. Tentei fazê-lo gozar, mas não rolou. Até hoje eu penso em como teria sido delicioso engolir a porra docinha. Uma vez eu o vi na rua e quase fui atrás, louco por porra.
Mas tem algumas porras que são repulsivas. Uma vez, no Cabines bar da Consolação, tava chupando um cara bem bonitão (mas meio babaca, infelizmente) pelo glory hole entre duas cabines e continuei até ele gozar. Mas quase vomitei. Era uma porra super salgada com uma textura gelatinosa, muito nojenta. Curiosamente, esse mesmo cara gozou na minha boca uma outra vez e foi daora. Também no Cabines, uma noite tinha um cara muito bonito. Um cara mais maduro, de barba e cabelos meio grisalhos, usava uma camisa de linho linda, um gato. Tinha um olhar bonito, profundo. Demoramos para nos aproximarmos, mas fomos parar numa cabine. Foi muito gostoso e afetuoso o contato com ele. Eu o chupei até gozar. Não cuspi e fui beijar sua boca, ficamos trocando a porra de uma boca para a outra, até a porra ficar fria e eu cuspir, meio enojado. Mas foi um tesão. A última vez que tomei porra, foi lá também. Um carinha cubano, lindo, loiro de olhos azuis, corpinho bem liso, uma delícia de menino. Comi ele bem gostoso enquanto lambia sua axila depilada, depois chupei seu pausão e tomei todo o leite de rola. Uma fantasia que eu tenho é chupar dois ou três caras ao mesmo tempo até o fim, me encher de porra e engolir tudo.

Resfolegantes

Outra história da lendária sauna 269, que funcionou em plena Bela Cintra por alguns anos. A vizinhança, totalmente residencial, tratou de comprar o espaço para construir um prédio. Era um lugar como nunca se tinha visto em SP, no Brasil. Imensa, com boa estrutura, moderna e cheia de homem bonito. Eu era assíduo. Tinha trinta e poucos anos, no auge da forma física, com alguma estabilidade financeira e a libido bombando. 
Eu estava, como de costume, numa carência braba, mas a tarde tinha sido fraca, chovia e não tinha gente muito interessante ali. O Fábio, que já apareceu em algumas histórias aqui, passou desfilando de mãos dadas com um garoto lindo pela área dos chuveiros. Parecia um príncipe o menino, e eu tinha a impressão de conhecê-lo, sem conseguir lembrar de onde.
Estatura mais para baixa, corpo perfeito, mais para magro, mas tudo muito proporcional e harmonioso. O rosto parecida desenhado a bico de pena. Cada traço minuciosamente encaixado na métrica da perfeição. Pele clarinha, cabelos escuros cacheados, de comprimento médio, olhos muito azuis, grossas sobrancelhas escuras, nariz meio arrebitado e a boca mais linda que se pode imaginar. Fiquei encantado e cismado com a impressão tão nítida de já ter visto toda aquela beleza e não lembrar de onde. Como isso seria possível? Seria alguém muito parecido ou alguém que teve uma grande mudança na aparência?
Os dois se enfiaram na suite do Fábio e demorou para rever o garoto. Fui reencontrá-lo no andar de cima, onde ficava o labirinto.  Ainda não tinha anoitecido e a luz azulada ainda entrava pela clarabóia. Ele estava sozinho, encostado numa divisória preta de madeira (divisórias que formavam uma série de cabines do labirinto). Parecia indeciso ou inseguro. Eu também me sentia indeciso e muito inseguro diante de sua beleza. Mas ele me olhou, e no fundo do azul dos seus olhos tristes, queimava a brasa desesperada. Era hipnotizante o seu olhar, e fui me aproximando como a lebre atraída pela imóvel serpente. Toquei seu corpo delicadamente, a pele suave, o corpo delgado se aninhava no meu calor. Eu, que me tremia a princípio, fui me empoderando e controlando a situação. Gosto tanto de corpos pequenos, que meu abraço podem conter. É outra sensação, completamente diferente de um homem grande em que eu poderia me aninhar ou de alguém do mesmo tamanho. Cada tipo estabelece uma relação diferente, com suas particularidades que enriquecem essa ideia que criamos de alguém ou de nós mesmos em relação a esse alguém. Isso foi em 2008, há 12 anos, e ainda lembro do seu cheiro, do seu hálito, do seu gosto. Nos beijamos e foi muito intenso, nossos corpos se enroscavam, ele tinha os cabelos e pele ainda úmidos do banho recente. Segurei seu rosto onde a luz da clarabóia incidia e tive que dizer: Como você é lindo! Ele falou com voz baixa e frágil no meu ouvido, enquanto apertava meu pau com a mão: Quero te chupar.
Parecia tímido. Fui conduzindo seu corpo para dentro de uma das cabines. Não tinha trinco para fechar a porta e fomos para a do lado. Tiramos as toalhas e as penduramos sobre a porta. Foi, sem dúvida nenhuma, das experiências mais intensas da minha vida toda. Tudo fluía com tanta naturalidade e tesão. Meu coração batia forte, a respiração funda. Seu corpo passou inteiro pela minha boca quente. Eu metia a língua naquele cuzinho rosado, abocanhava os dedos dos seus pés, seus mamilos eriçados, seu pescoço e pau, o abdômen definido (pela yoga, soube depois), as axilas, a boca fresca. Ele me chupou até eu quase gozar. E passou meu pau naquela bundinha arrebitada. Foi sem camisinha mesmo. Fodi o cuzinho em todas as posições possíveis naquela cabine. No final, eu estava agachado com ele sentado no meu pau, de frente pra mim. Gozamos muito e juntos, num abraço, passionais.
Demorou um pouco pra recobrarmos os sentidos. Ficamos ali, abraçados, calados, suados, resfolegantes. Numa sintonia muito forte, num daqueles momentos em que um desconhecido parece fazer parte de você. Depois fomos tomar um banho e conversamos. Fomos para o bar e finalmente descobri de onde o conhecia. Ele é ator, faz TV às vezes. Mas eu o tinha visto no teatro, 7 ou 8 anos antes. Ele fazia um adolescente rebelde. Na época, estava bem mais forte, musculoso, e usava o cabelo curtinho. A peça era ótima, tinha um jogo de cena muito interessante com a cenografia, elenco jovem e afinado. Quando ele apareceu no palco, fiquei pasmo. Era tamanha a sensualidade que aquele garoto exalava, seu andar, seu jeito com o corpo, sua beleza impressionante, que fiquei vidrado. Meses pensando nele, apaixonado mesmo, bobalhão que eu era. Assisti a uma das últimas apresentações da peça, então não pude voltar. Foi chocante descobrir que era o mesmo cara com quem eu tinha acabado de transar com aquela volúpia toda. Eu disse que o vira na peça, mas não contei dessa paixonite toda, claro. Ainda menti que tinha visto uma outra peça importante que sabia que ele tinha protagonizado. Ele morava no Rio e estava em SP com um Shakespeare ao lado de uma grande estrela, um grande ator que admiro muito. Disse que estivera na 269 na véspera de natal e foi divertidíssimo. Tomamos um drink, conversamos um pouco e nos separamos. Eu queria mais. Agora que sabia quem ele era, seria ainda mais emocionante tocar seu corpo. Ele se fez de difícil, blasé. E sou orgulhoso. Voltamos ao labirinto e ficamos nos olhando de longe, como dois bestas. Ele ria às vezes. Eu deveria ter ido, dado em cima. Fiquei intimidado provavelmente. Anos depois, ele estava fazendo uma novela das 21h, um papel meio polêmico, apareceu seu perfil no Facebook e mandei uma mensagem. Disse que estava gostando do trabalho, que estive com ele anos antes. Ele disse que eu parecia conhecido, mas fiquei com vergonha de contar essa história. Recentemente o vi no Sesc Pinheiros, saindo do elevador, ainda bonito, um tanto pálido com os cabelos descoloridos para um personagem. Parecia um desconhecido completo, e é.

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

As Três Cabeçonas Na Boca Ao Mesmo Tempo


Já faz alguns anos essa história. Nunca mais entrei no hotel 269 desde que seu proprietário declarou apoio ao então candidato Bolsonaro. Quase certo de que era uma segunda feira e percebi um burburinho logo que entrei: tinha uma obra no banheiro do térreo e uma sessão de fotos na piscina. Um modelo, bonitinho até, porém não muito talentoso, posava para a capa de uma revista gay. Aliás, "A Capa" era o nome da revista. Vi um cara que já conhecia da finada sauna 269 na Bela Cintra. Achava ele bem interessante, pelo que lembro seu nome é Sílvio. Bronzeado, de óculos, uns 35 anos,  corpo bonito, cabeça raspada, rosto harmonioso. Na sauna ele tinha um comportamento bem esquisito. A gente trocava ideia, mas ele só me chupava pelo glory hole. E nada mais rolava. Mesmo nas conversas, impunha seus limites - pelo que me lembro era enrolado com um namoro. Fiquei tomando sol numa espreguiçadeira, olhando a sessão de fotos, e ele veio sentar-se ao meu lado. Contou que também era fotógrafo (publicitário, acho) e comentou algo sobre a técnica de iluminação que estavam usando. Ficamos ali um bom tempo papeando, mas uns caras nada-a-ver vieram se chegando e fugi.  Logo o reencontrei no primeiro andar, no alto da escada próxima do banheiro. Ali o papo foi mais relaxado e nos beijamos, nos pegamos gostoso pela primeira (e última) vez. Tinha uma bundinha maravilhosa, do jeito que eu gosto: estreita, mas bem redondinha, polpuda. Meti a cara no meio dela ali mesmo onde estávamos, tamanho o tesão. Logo saquei que ele queria público. Me puxou para o corredor central, por onde todos circulam todo o tempo. Tinha bastante gente por ali. Continuei me esbaldando com aquela bundinha, e um cara chegou perto e botou o pau pro Sílvio chupar. Aí eu meti nele, sem camisinha mesmo. Ia juntando gente em volta, e eu  não tava nem aí. Havia, aliás, um certo prazer na exposição. Grande maioria de caras sem atrativos, mas tinha dois bem bonitões no meio: um mais moreno, de cabeça raspada e um branquelo de barba negra. Os dois eram altos e fortes. E começaram a se pegar ali do lado, ambos completamente nus. Não lembro bem como larguei da bundinha do Sílvio, mas logo eu tava me atracando com os dois grandões. Era feroz nossa interação. Íamos num fluxo gerado por muito tesão que anulava qualquer resquício de pudor. Nos beijamos, nos esfregamos, nos chupamos. Eu chupava o cu do careca que mamava a rola do barbudo. Lá pelas tantas, eu estava agachado chupando os dois pausões no meio do corredor dos quartos. Olhava pro lado e a turma se punhetava como se assistisse a um show erótico. Um garoto bonitinho, magrinho, se enfiou entre os dois e pôs o pau pra jogo. Eu tinha agora três paus lindos e grandes pra mim, e uma platéia. De vez em quando ainda uso essa cena pra tocar uma punheta até hoje. Lembro de enfiar as três cabeçonas na boca ao mesmo tempo. Era um esforço, nada confortável, mas a imaginação, a fantasia, voa longe. Eu já queria que eles gozassem pra mim, seria um banho de porra. Mas comecei a pensar bem, pesei o risco e a exposição desnecessários, e saí fora, de cabeça baixa ao passar pela frustrada platéia. É triste pensar que abandonei o Sílvio num momento de clímax e depois abandonei os três paus, e tantos outros pela vida.
Depois de uma ducha, um coroa bonitão começou a me olhar. Era alto, bronzeado, corpo ótimo, cabelos grisalhos bem aparados. Estava na porta do quarto e dividia as atenções a mim dirigidas com um jovem bonitinho. Confesso que fico envergonhado nessas situações, sobretudo quando tem gente olhando. O mais novo também olhava pra mim e sorria, entre tímido e safado. O coroa entrou no quarto, deixando a porta aberta e nos chamava para dentro com um gesto discreto de cabeça. Lá dentro descobrimos que o menino era argentino, de férias em SP, e que o coroa, além de gato, tinha uma bela jeba. O argentino deitou na cama e nós ficamos por cima dele. O coroa estava louco pela minha bunda. Não parava de lamber meu cu, com a cara toda enfiada no meio da minha bunda e isso foi me excitando. Ele metia a língua inteira em mim, se esfregava todo. O garoto era meio sem atitude mas se mantinha sempre atento e com um sorriso no rosto. O coroa pôs uma camisinha e me comeu. Eu deitado em cima do boy, cara a cara, e o outro me fodendo a bunda. O garoto dizia em espanhol clichês como "brasileiros são quentes!", mas parecia realmente maravilhado com o que via. Lembro bem pouco de detalhes dessa transa, mas foi uma das vezes em que eu adorei dar a bunda. O pau dele era grande mas estava tão bem encaixado, meu rabo o engoliu tão avidamente até o talo, eu arrebitava a bunda e o cara me fodia forte, até gozar.  Pedi pra ele deixar dentro e gozei também. É um tesão gozar com uma rola grande no cu. É difícil, mas o prazer é redobrado. Depois de toda a sacanagem, já cansado, tomei um banho e fui embora, parcialmente suprido de algo que busco no sexo anônimo, mas provavelmente nunca vou encontrar.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Uma Chupeta

Faz alguns anos que isso aconteceu. Era tarde da noite e eu estava voltando de São Paulo. Tinha descido do ônibus perto da minha rua e caminhava para casa, cansado de um dia de aulas, compras, muita correria. Chegando na esquina de casa, a menos de 30 metros do meu portão, percebi um carro negro de vidros filmados desacelerar e me acompanhar. Fiquei com medo, claro. A janela abaixou e o motorista me abordou com voz tímida. "Moço, por favor". Eu sentia que ele tinha medo de falar. "Sabe onde eu consigo..." Pensei que estava procurando droga. "Você conhece algum lugar por aqui onde eu possa fazer uma chupeta agora?" Uma chupeta. Talvez usasse esse termo pra se safar caso minha reação fosse ruim. Alegaria que o carro estava sem bateria. Talvez. Mas a minha reação foi surpreendentemente boa até para mim mesmo. "Vamos lá", eu disse, abrindo a porta e entrando no carro de um estranho. Ele também ficou bastante  surpreso. Era um homem comum, acho que tinha 28 anos na época. Loiro, barba rala, baixo, um pouco acima do peso, bem mauricinho. Não era feio, mas estava longe de ser alguém atraente. Entrei no carro pela aventura, pela surpresa do que me pareceu uma oportunidade divertida de sexo. Também pela situação constrangedora e triste em que vi o rapaz. Já fiz algo assim na minha adolescência. Devia ter menos de 18 anos e saí pelos bairros da cidade onde morava na época determinado a ter uma primeira experiência sexual. Eu não conhecia ninguém, vivia reprimido e sofria abuso sexual dentro de casa. A vida era dor, e eu queria que fosse mais.  Tinha todo o direito de querer mais. Só não tinha a menor idéia de como encontrar um ponto de virada. Passaram-se 20 anos e ainda não sei. Saí andando a esmo por horas sob o sol até avistar numa casinha azul, bem interiorana, um moço bonito carregando alguns tijolos. Ele estava sem camisa, de calça jeans baixa e surrada. Tinha os longos cabelos castanhos meio empoeirados pela obra. Corpo lindo, bem definido e bronzeado, pêlos no peito, traços finos e sobrancelhas espessas. Lembro nitidamente da sua aparência até hoje, embora só o tenha revisto, de relance, uma única vez, na mesma época. O desejo me dizia que ele era "o cara", e agora? Como notou que eu olhava, cumprimentou. Tremendo de medo e aflição, perguntei se era ali a casa da Débora. Débora Bloch era minha atriz favorita na época. Respondeu que não e tentou me ajudar a localizar a casa da minha "amiga". Fui embora quase flutuando de nervoso. Mas, feito o primeiro contato, não podia desperdiçar a investida. Parei numa sombra na rua de baixo, respirei, e voltei. Desta vez eu precisava ser definitivo. "Te ganhar ou perder sem engano". Entrei novamente no quintal tomado de material de construção e entulho. Ele estava com uma pá mexendo na terra ou cimento. Cheguei bem perto e perguntei. Eh... Posso chupar o seu pau? Foi o que consegui articular na época. E ninguém pode me acusar de não ter sido direto como intencionava. Engraçado que o rapaz não pareceu muito surpreso ou contrariado. Disse simplesmente que não podia, que estava trabalhando. Ainda insisti. Horrivelmente. Nunca faça isso diante de uma negativa!
-É rápido, vamos naquele banheiro ali.
Era uma porta entreaberta no quintal. Ele olhou pra onde eu indiquei e disse que não ia rolar, que tinha a dona da casa. Comecei a ouvir ruídos de cozinha e saí correndo. Voltei pra casa nervoso e toquei uma punheta pensando nessa história, lembrando de ter falado "posso chupar o seu pau?" pra um moço bonito, pensando no seu corpo e que ele só não aceitou porque estava trabalhando e a situação não contribuía. Por incrível que possa parecer, toda essa história de quase 20 anos antes me fez entrar no carro do carinha que queria fazer uma "chupeta". Ele estranhou a naturalidade com que agi. Então é assim?! Vamos lá?! Fácil assim?! Ele perguntava, chato pra caralho. Acho que o nome dele era Mário, ou talvez Mauro, advogado, filho único de um casal idoso. Perguntou se o carro estava cheirando a pizza, porque a pizza dos pais estava no porta-malas. Tinha saído pra comer com amigos do tempo de escola e me pareceu deprimido com esse reencontro. Fiquei imaginando que ele reviu um crush antigo e ficou mal, mexido. A rua estava bem deserta e paramos um pouco mais pra frente. Perguntou de onde eu era, achou que era forasteiro por causa da mochila cheia. Me abordou só por pensar que eu estava na cidade de passagem... Contou que era noivo. Uma vidinha de merda como a de todo mundo. Quis beijar, encheu minha bola e pediu pra pegar no meu pau. Tirei pra fora e ele chupou rapidamente, sem muito jeito. Achou meu pau grande e bonito. Como apareceu gente na rua, fomos pra uma mais tranquila. A polícia apareceu. Fomos pra outra e um mendigo começou a gritar. Tentamos uma última. Estávamos tensos. Minha mãe ligou perguntando por que eu ainda não tinha chegado. Ali estava tranquilo e chupou com mais calma e elogiou até a baba do meu pau.  Pediu  que o chupasse também. Era um pau pequeno e bem fino. Lembro que depois que estávamos ali um tempo, o carro da frente acendeu o farol bem alto na nossa cara e saiu disparado. Depois ele me levou pra casa, passou seu celular e foi embora. Nunca mais nos falamos. Lembro de tê-lo visto no shopping pouco tempo depois com, suponho, a noiva e seus pais.



sexta-feira, 15 de setembro de 2017

É Meio Nojento Mas Me Deu Tesão

Começo da noite do dia 13 de junho de 2013, uma quinta-feira tensa na avenida Paulista, quando era esperada uma das já históricas manifestações daquele período. Por onde quer que se olhasse na região, sobretudo na rua Augusta por onde passei, a população assustada ia dando lugar à tropa de choque que em minutos tomou todo o espaço público com capacetes e escudos, helicópteros e centenas de motos, criando um cenário angustiante. Os comércios iam fechando e viaturas desesperadamente tentavam incrementar o clima de terror com alta velocidade, sirenes e gritaria. Eu tinha ido encomendar uns cartões de visita numa gráfica que fica na galeria em frente ao Espaço Itaú de Cinema e tinha ingresso para ver um show mais tarde. A dona da gráfica estava muito nervosa, desculpou-se e desceu a porta. Até me decidir se valeria a pena ir ao show tão aguardado, abriguei-me no Shopping Center 3. Fui fazer um lanche e dar uma checada nos banheiros, onde sempre se encontravam garotos bem animadinhos. O banheiro da praça de alimentação foi reformado alguns anos depois para impedir essa prática e conseguiram acabar com a alegria. Enquanto comia, a confusão foi tomando conta do shopping também. Seguranças corriam e gritavam com seus ternos pretos e intercomunicadores, as pessoas sobressaltadas esgueirando-se pelas paredes. A manifestação vinha pela Paulista em direção à Consolação e fecharam as imensas portas de aço do shopping, que eram estrondosamente golpeadas por alguns grupos de manifestantes. Nada a fazer senão esperar. No tal banheiro da praça de alimentação, antes da maldita reforma, encontrei um cara que já tinha visto no Shopping Frei Caneca e tocado uma punheta no banheiro do terminal rodoviário do Tietê. Um dos caras mais interessantes que já encontrei nessas situações. Uns 25 anos, sempre bem vestido, rosto muito bonito, cabeça completamente raspada, corpo sexy e um belíssimo pau. Eu tinha muita vontade de chupar aquele garoto, que exalava sensualidade e magnetismo, mexendo com minhas emoções em míseros segundos na sua presença. Estava no mictório de pau duro. Quando se masturbava, notei um pouco de esmegma na glande. É meio nojento, claro, mas confesso que me deu tesão. O jeito como segurava a rola e o movimento que fazia me excitavam. Tinha um grupinho ali nos mictórios, mas ninguém interessante, exceto dentro de uma das cabines, um cara grisalho que se masturbava com a porta entreaberta e de olho no careca. Esse eu também já conhecia de vista, da extinta sauna 269, e depois encontrei várias vezes nos banheiros e escadas do Frei Caneca e até eventualmente na academia onde eu treinava. É gato, charmoso, chama Cristiano e soube que morava nos arredores com um cara bem mais novo. Achei ótimo ter dois gostosos no mesmo banheiro, mas a verdade é que o Cristiano estava a fim do careca e, não só me ignorou, como o levou embora. Veio até ele, deu uma chupada no cara, cochichou no seu ouvido e partiram. Eu me senti totalmente excluído e não tinha mais o que fazer ali. Dei uma andada pelo shopping e a confusão continuava. Cerca de 20 minutos depois, lembrei de visitar o banheiro do andar superior, próximo às salas de cinema. Mal sabia o que me aguardava atrás daquela porta. Quem conhece, sabe que é um espaço exíguo, praticamente um corredor estreito de talvez 10m². Na parede da direita de quem entra uns cinco mictórios e duas cabines ao fundo e, na parede oposta, o grande espelho dos lavatórios. Com a confusão na rua, o banheiro estava esquecido pelos seguranças, mas espremiam-se lá dentro mais de quinze caras, incluindo o careca e o Cristiano. Logo que perceberam que não me choquei com o ambiente, voltaram às suas atividades. Era uma orgia sensacional. Eu não me atrevia a atravessar todo o banheiro, mas do outro lado tinha um outro cara bem bonito. Altão, moreno cor de canela, vestindo terno cinza claro e gravata, pau gigante. Ninguém dava a mínima atenção para ele, que me olhava sacudindo a jeba meia bomba e sorrindo maliciosamente. Ao seu lado, o centro das atenções era o boy careca. O Cristiano ajoelhou e o chupava, assim como a todos que chegassem perto. Encostei na pequena parede que encobre a porta, abri a calça e comecei a tocar uma punheta. Logo as duas cabines abriram e mais dois caras sairam para a festinha. Só os dois já conhecidos e o altão me atraiam, então tinha que me manter afastando mãos e bocas dos outros caras. Agora todos olhavam pra mim e senti o careca ficar meio ressentido. O próprio Cristiano chupava o cara olhando pra mim. Era uma cena de sonho, despertou um frenesi estranho ver toda aquela sacanagem rolando solta bem ali num shopping em plena avenida Paulista. Tinha um gordinho que se dispôs a ficar de vigia na porta. O Cristiano atravessou o banheiro e veio me chupar, enquanto dois garotos assumiram juntos o pau lindo do careca, que olhava séria e simultaneamente pra meus olhos e pro meu pau. Queria muito ver a bundinha daquele cara. O Cristiano chupava muito bem, beijava minha boca e eu apalpava sua bundinha musculosa. Voltou ainda a chupar o careca, mas logo veio insistir pra irmos só nós dois para a escadaria de incêndio ali ao lado. Achei um tanto despropositado deixar aquele banheiro incrível, mas fui. Talvez tenha ido só por ter me sentido preterido e ignorado no outro banheiro, mas é verdade também que ele é bem o tipo de cara que me atrai. Na escada, a sensação de estar num local público era mais clara e isso foi um tanto excitante. Ele me chupava e beijava e começou a me masturbar, pedindo porra na boca. Não demorei a gozar violentamente. Ficamos pouco tempo ali, mas quando voltei ao banheiro, já não havia mais ninguém. A manifestação já tinha passado, a rua estava quase vazia e as portas foram abertas para liberar o público. Achei curiosa a disparidade de ação entre a acuada grande maioria do público do shopping, a multidão nas ruas e nós dentro do banheiro. Pelos resultados que a manipulação dessas manifestações trouxe para o cenário político brasileiro, tenho orgulho do atentado ao pudor. E sim, ainda consegui assistir a um dos mais lindos shows da minha vida naquela mesma noite.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Todos os Paus que Já Existiram e Existirão


Ainda morava no interior quando comecei a estudar em São Paulo, então passava quase diariamente pelo Terminal Rodoviário Tietê. Antes das últimas reformas nos banheiros masculinos dali, rolava uma pegação pesada, apesar da constante grosseria e falta de tato dos funcionários. As reformas visaram, além da revitalização, evitar áreas mais escondidas. Ainda assim, toda vez que passo por lá, vejo muita coisa rolando.
Uma vez, há uns 10 anos, logo de manhã cedo a caminho da aula, passei num dos banheiros, o único que era gratuito na época (hoje todos o são, exceto o que serve para tomar banho).  Ficava ao lado da lan house, que nem existe mais, e hoje encontra-se desativado. Na parede do fundo tinha uma parte do mictório que ficava oculta por um muro de aproximadamente um metro de largura (lateral das bancadas onde ficavam as cubas e espelhos). Ficou bem manjado esse esconderijo e ali atrás os caras se mostravam, tocavam, chupavam e cheguei a ver uma penetração atrás da paredinha. Nessa manhã havia alguns caras por ali, e é desnecessário mencionar o quanto a grande maioria era desinteressante. Eu observava enquanto fingia lavar as mãos até que, pelo espelho, vi um moço que me chamou a atenção imediatamente. Todo vestido de preto, sapato e calça social, um tricô ajustado, cabeça bem desenhada, cabelo curto com o topo meio bagunçado, ainda molhado do banho recente. Era moreno, de estatura baixa, corpo gostosinho e um rosto muito bonito: olhos amendoados, nariz fino e um pouco arrebitado, boca sexy, covinha no queixo, barba por fazer. Tinha um jeito bem masculino, até meio ostensivo. Andava pra lá e pra cá sem rumo e comecei a desconfiar de que também estivesse procurando sacanagem. Parou na área da paredinha pra usar o mictório e fui lá. Meio tímido, olhei pro pau dele e fiquei aturdido. Mais pra curto e muito grosso, circuncidado com uma cabeçona gorducha, morena, de onde jorravam fartos jatos de mijo. Veias grossas sob a pele delicada. Já vi milhares de pênis na vida (sem contar fotos e filmes, claro) e nunca tinha visto nada sequer parecido com aquele. Aliás, minto: trazia vagamente a lembrança do pinto do meu pai quando eu era criança e o via sair do banho, e foi imediata a conexão. Mas o formato, cor, tamanho, textura, eram únicos, e enlouquecedores aos meus olhos. Imagino qual era a minha expressão diante daquela beleza toda. Percebi que ele estava correspondendo. Quando terminou de mijar, começou a tocar uma punheta olhando pra mim. Meu coração disparado já precisava daquele pau, tocar, vê-lo de perto (e a minha aula que se fodesse). O tiozinho que cuidava do banheiro entrou pra limpar e tivemos que sair, mas o cara me deu uma olhada, como se dissesse "vem comigo". Fui seguindo pela imensa rodoviária de concreto aparente, e dava pra sacar, pelo trajeto errante, que ele não sabia pra onde ir. Do nada, subiu uma escadaria. Eu ia atrás, trêmulo, imaginando que chegara a hora. O desejo mal nascido já me consumia. A escada parecia levar a lugar algum e no meio dela chegamos a uma plataforma com guarda-corpo de alvenaria que nos cobria até a cintura. Ele já estava com o pau pra fora. Era meio vertiginoso tocá-lo enquanto via a vida correr noutro ritmo lá embaixo.  Como era lindo o pau daquele cara. Infelizmente não tenho capacidade de descrição pra algo tão único. Até porque a comoção que me causava era algo muito íntimo e pessoal. Lembro que conversamos um pouco e eu disse que estava "louco pra chupar esse pau". Incentivou, meio enlevado também "chupa, aqui mesmo, chupa", mas tive medo. Um segurança apareceu subindo a escada e pediu que descêssemos. Continuamos caminhando, agora juntos, e ele ia me explicando o seu plano. Descemos para o desembarque, onde se encontra um banheiro menor e mais tranquilo que até hoje não foi reformado. Explicou que esperaríamos a última cabine estar desocupada e entraríamos juntos nela. Eu flutuava, sem entender direito o que estava acontecendo, só pensando naquele naco de carne humana. Entrou na minha frente, pagou a entrada e apontou para mim, indicando que também a minha estava paga. Quando cheguei ao corredor onde ficam as cabines, ele já estava diante da última, com expressão maliciosa ao constatar que estava vazia. Fui me aproximando e tentando entender o que fazer. Entrou, deixando a porta entreaberta e posicionou-se atrás dela. Estava tudo muito calmo ali, ninguém por perto, e entrei também, rápido e decidido. A proximidade dos nossos corpos naquele ambiente estreito, com menos luz, me atravessava, no que costumo chamar "felicidade".  Ele cheirava a sabonete, shampoo e creme dental. Fechei a tampa do vaso e me sentei com as pernas cruzadas para evitar que se pudessem ver quatro pés pelo vão abaixo da porta. Mas a verdade é que as dobradiças da porta deixavam um vão bem grande e qualquer um com um pouco de curiosidade poderia nos ver do lado de fora. Diante do meu rosto eu o tinha agora, todo meu. Abriu meu zíper e puxou o meu pra fora também. Sussurrei meio infantil "como é lindo o seu pau!". Era de fato ainda mais impressionante visto tão de perto. Era como se contivesse todos os milhares de paus que já passaram pelas minhas mãos, todos os bilhões de paus do mundo, da história, todos os paus que já existiram e existirão. Fico agora pensando se esse aspecto arquetípico de "rei de paus" tem relação com o que me lembrou do pênis do pai. Como o primeiro pau adulto que se vê, a figura paterna inevitavelmente fundida ao masculino ancestral. Mas sou um péssimo psicólogo, como se pode perceber. Foi um momento de grande impacto emocional e tesão. Eu engolia e beijava a gigantesca glande de formato arredondado. Tinha um aspecto rústico aquele pau, uma beleza agressiva. E triste. Embora estivesse duro e babando de tesão, era um pau tristonho, cuja angústia se irmanava à minha. Tinha nele algo de fruto proibido, condenável, mas que me atraía irresistivelmente. O rapaz puxou minha cabeça e me beijou a boca, com desespero. Me chupou com tanta avidez quanto a minha. De vez em quando andavam e falavam ali fora, mas estávamos em outra dimensão, nada poderia interromper aquilo. Depois o segurei pelos quadris e o virei de costas pra mim. Ele mesmo abaixou a calça e mostrou aquela bundinha musculosa. Posicionei suas mãos abrindo a bunda pra mim, e abocanhei o cuzinho pálido e diminuto. Fiquei de pé atrás dele e passei o pau na bunda. Ele correspondeu jogando a cabeça pra trás. Mordi sua nuca, virei seu rosto de lado, beijei a orelha direita e sussurrei "gosta de dar?". Ele não respondeu. Eu poderia estourar de desejo a qualquer momento. Apareceu outra vez gente do lado de fora e voltei à posição sentada. Abaixou e voltou a me chupar com grande perícia. A excitação era tamanha que em poucos segundos eu estava próximo do clímax "velho, tô gozando...". Ele continuou até o fim, até eu encher sua boca de porra. Meu corpo ainda sacudia em transe e ele se encostou na porta com a cabeça pra cima, de olhos fechados. Voltou a me beijar, com muito carinho. Era um beijo normal inicialmente, até que sinto minha boca ser inundada de porra. Não entendi até hoje como ele fez aquilo, pois no início do beijo eu não sentia nada e, de repente, estávamos nos beijando e trocando minha porra de uma boca para a outra. Foi um dos momentos mais surpreendentes e excitantes de que consigo me lembrar. Tentava assimilar o que nunca me teria passado pela cabeça. Depois, tendo gozado havia pouquíssimo tempo, fui perdendo o tesão e cuspi a porra na lixeira. Disse que queria gozar na minha boca também. Eu não soube dizer não, nem tinha como, depois de tudo aquilo. Pediu pra ocupar o meu lugar sentado. Masturbava-se chupando meu pau, agora flácido. Puxou minha cabeça e gozou forte dentro de mim. Mesmo sendo aquele cara lindo, aquele pau, já tinha perdido parte do tesão e senti uma certa repugnância. Cuspi imediatamente no lixo. Não sei se o ofendi. Já limpos e recompostos, nos despedimos com um olhar cúmplice e e minhas mãos seguravam seu corpo sólido. Lembrei da aula, mas precisava tanto ainda da sua presença. Ele saiu primeiro e avisou que estava tudo tranquilo pra eu sair. Conversamos brevemente. Ele também estava atrasado para o trabalho, era segurança do Shopping Center Norte, ali perto da rodoviária. Eu disse que queria muito vê-lo novamente naquela tarde mesmo e pedi o número. Disse que era comprometido e passou um número que nunca respondeu. Típico.

domingo, 27 de agosto de 2017

Várias Maçãs no Cu

O muso pornô dos anos 80, Ken Ricker

Era 1998. Eu tinha então 24 anos e era virgem, pois nunca tinha tido uma relação adulta consensual. Usava longos cabelos à moda "grunge" e era um garoto bonito mas tímido, apagado - apesar da imensa energia sexual reprimida por todos aqueles anos. Sem amigos, sem dinheiro, vivendo no interior de SP no seio duma família tradicional e cheia de preconceitos. Os tempos eram bem mais complicados que hoje. Era absolutamente inconcebível ver um casal homossexual de mãos dadas ou trocando afagos em público e a mídia praticamente só não nos invisibilizava quando era para tratar do perigo que representávamos no contexto da AIDS, um terror presente no imaginário do mundo todo já havia quase duas décadas. A internet engatinhava e eu sequer tinha um computador. Só me restava um contato esporádico com revistas pornográficas gays, que eu preferia furtar a ter que encarar o jornaleiro (apesar de me martirizar depois por arrependimento). Havia alguns títulos nacionais, todos de péssima qualidade, como a tosca Homostory, publicação baratinha que aparecia na minha cidade. Quando eu ia para a capital sozinho, encontrava as cobiçadas (e caras) revistas gringas: Playgirl, Playguy, Showcase, Mandate, Unzipped, Blueboy, Honcho, Macho, Torso. Uma vez, em viagem de família, estávamos todos numa grande livraria de um shopping e eu tive a capacidade de furtar uma Blueboy com um loiro vestido de boxer na capa. Não tenho certeza se na época já existia sistema de alarme, e fico imaginando se eu tivesse sido pego na frente dos meus pais, que constrangimento terrível teria sido. Mas minha revista favorita, com resenhas dos filmes pornôs dos grandes estúdios americanos, fartamente ilustrada com fotos de boa resolução e muitos homens lindos, chamava Adam Gay Video XXX Showcase. Era um delírio quando tinha uma comigo, tanto de tesão, quanto de medo de que alguém a descobrisse. Eu descartava as páginas que não me interessavam e dobrava a revista em quatro para guardar dentro da cueca, encaixada no púbis. Conforme enjoava das fotos, ia descartando as páginas na privada, previamente picadas e amolecidas com água (não sem algumas vezes entupir o encanamento). Lembro de uma vez que contei onze orgasmos num período de 24 horas. Depois que fui pego roubando uma Honcho numa pequena livraria duma cidadezinha vizinha e a proprietária me passou uma descompostura daquelas (que ouvi de cabeça baixa), aprendi que se quisesse uma revista teria que assumir a compra e o custo.
Apesar dessa sanha por sexo, tinha uma visão bastante romantizada sobre como (e com quem) deveria ser a minha primeira experiência sexual. Achava inclusive que eu seria outra pessoa, muito diferente depois disso. Eu era no fundo um grande ingênuo, tinha 24 anos e a experiência de um menino de 12.  Muito solitário, preso a uma autoimagem burra de bom-moço-de-família, todo travado e sem o apoio de ninguém. Hoje sei que me roubaram um desenvolvimento emocional sadio, a possibilidade de ter um namoradinho na escola ou dar uns amassos numa baladinha onde eu não corresse o risco de apanhar por isso. Roubaram o primeiro beijo, a primeira transa, conversas francas em família, enfim, a possibilidade de ser eu mesmo em sociedade por não me sentir capaz de enfrentar todas as terríveis prováveis consequências. Talvez a face mais cruel do preconceito seja a negação de existências, o que destrói qualquer possibilidade de autoestima e proporciona situações de abuso como vivi em casa por toda a minha adolescência e que repercutem até hoje na minha vida. Se não houvesse preconceito, meu irmão provavelmente teria experimentado sexo com os amigos dele em vez de abusar de mim. E se mesmo assim tentasse, se não houvesse preconceito eu teria tido voz pra pedir ajuda da minha família e interromper aquele pesadelo que arrastei por quase dez anos e que por muito pouco não me levou ao suicídio.  Sente-se que as coisas estão mudando aos poucos e torço muito pelas gerações futuras. Pois bem, lá um dia nessa época, li uma reportagem de jornal sobre os cinemas pornô de SP. Fiquei pasmo (e maravilhado) por saber que os caras se pegavam lá dentro. Nos classificados do mesmo jornal encontrei um anúncio de um cinema gay na rua Aurora. Aquilo virou uma obsessão. Fui até lá várias vezes antes de criar coragem para entrar na espelunca. Na minha fantasia, eu seria descoberto por conhecidos e a minha vida desmoronaria (hoje me parece comovente eu considerar então que havia algo ainda por ser desmoronado naquele tipo de vida que eu levava). Lembro da primeira vez que entrei e olhei para a tela onde garotões pelados, agigantados pela projeção, faziam sexo diante dos meus olhos. Parecia um sonho, me emocionei de verdade ao ver aquilo em movimento pela primeira vez na vida. Entre outros títulos, passava The Other Side of Aspen IV, da Falcon Studios, com direito a uma orgia com uns 10 caras, incluindo o muso Ken Rycker, e algumas coisas que chegaram a me chocar, como fisting e um cara que enfiava várias maçãs (além de um extintor de incêndio) no cu de um magrinho com máscara de vinil. Andei pelo cinema, que tinha várias salas e banheiros onde rolava de tudo, mas eu tinha muito medo. Da AIDS, de ser "desmascarado", de ser  rejeitado, de intimidade, de sentir prazer. Frequentei por dois anos até conseguir me aproximar de um carinha e ter meu primeiro contato sexual, com 26 anos. Era um rapaz jovem, agradável mas não exatamente bonito. Magrinho, de estatura baixa, pele clara, cabelos cacheados e sotaque nordestino. Era tímido como eu. No fundo da sala de projeção tinha uma salinha escura. Estávamos encostados na parede e eu me aproximei dele aos poucos. Foi torturante encostar no corpo dele com receio de que me rejeitasse. Lembro que ele usava um perfume excessivamente forte. Trocamos uma ideia, rolou um beijo e fomos para o banheiro. Não houve penetração, só oral. Lembro perfeitamente como me pareceu extraordinário lamber um cu de homem, que era a minha maior fantasia. Ele foi carinhoso e, apesar da impessoalidade da situação, felizmente acabou sendo uma recordação honesta de um primeiro beijo, uma primeira transa - deixando a idealização de lado, consegue-se encontrar beleza no possível. Esse cinema bombava na época e apareciam vários caras bonitos que fui experimentando nos anos seguintes. Um menino lindo e inexpressivo (provavelmente drogado) que batia ponto por lá; um cara lindo, de sorriso largo e pau gigante que fiquei chupando por horas até convencê-lo a me beijar e chupar também; a primeira gozada na boca, de surpresa; um musculoso bonito de gateados olhos verdes (Marcelo o nome dele, por quem tive uma paixãozinha) que se acabava dando pra qualquer um que chegasse junto, sem camisinha mesmo, na frente de todo mundo; o cara feio de voz sexy e muita lábia e pegada; um casal bem fofo e gostosinho, primeira vez com dois caras; o jornalista gato que foi o primeiro que eu comi na vida; o loirinho pai de família que se juntou comigo e mais dois num banheiro pra fazer de tudo... Muitas histórias. Nesse tempo era muito comum nesses ambientes caras casados que levavam uma vida dupla. Hoje, felizmente, isso é quase incomum. Depois o cine Aurora foi reformado, ficou um espaço péssimo, pequeno e com frequentadores raros e nada apetecíveis. Existe até hoje, mas eu nunca entraria ali novamente. No começo dos anos 2000 passei a frequentar o espaçoso Cine República, uma ruína pestilenta que se tornou point do Centrão. Depois também virou um lixo, mas tive muitos encontros inesquecíveis ali. Na época eu considerava sauna a coisa mais degradante do mundo,  onde eu só encontraria homens horríveis, velhos, depravados e doentes. Os cinemas eram o que eu conhecia e aceitava como a única chance de viver minimamente minha sexualidade. Uma vez encontrei no República um advogado super bonito de Santa Catarina. Era noivo lá e estava em SP a trabalho. Loiro, olhos azuis, um puta corpo. Fomos pro banheiro. Não beijava, não chupava (considerava uma traição à noiva), mas, depois que chupei o cu dele, topou dar pra mim. Disse que nunca tinha ficado com um cara antes e que era muito estranho estar diante de mim sem roupa. Me tocava com curiosidade e algum desconforto "o cara tem mais pêlo e músculo que eu! Nao tô acostumado!" Não tínhamos camisinha. Me vesti e fui buscar uma no bar do andar superior, só que estavam em falta. Pensei em sair pedindo pra outros caras, mas fiquei com vergonha. Foi uma frustração e tanto. Ele disse algo como "deixa, é porque não era pra eu fazer coisa errada", depois pediu pra me ver gozar. Mas de todas as histórias que rolaram ali, a mais freqüente nas minhas lembranças foi a de um cara com mais de dois metros de altura, tipo de árabe, moreno, forte, barbudo, vestido como jogador de basquete e de boné. Não era bonito, mas achei bem atraente logo que o vi. Parecia nem me notar, mas entrou numa das apertadas cabines do banheiro e me chamou com um movimento de cabeça. Tímido, me aproximei. Fechou a porta e me tocou gentilmente, enchendo de elogios e beijando com surpreendente delicadeza. Pediu pra ver a minha bunda. Nessa época eu detestava a ideia de ser penetrado e já esclareci esse ponto. Virei e ele desceu minha calça jeans. Apalpou meus glúteos com as mãos gigantes enquanto sussurrava no meu ouvido. Tirou o pau gigantesco pra fora e o pôs dentro da cava da minha cueca, roçando minha bunda. Depois desnudou minha bunda e ficou louco por ela. Implorou pra me comer. "Cara, que bunda é essa?!" Tentou agachar pra me fazer um cunete, mas ele era muito grande e o banheiro muito pequeno. Eu o chupei um pouco, mas como me disse que ele não chupava de jeito nenhum, parei e me recusei também. Ele ainda insistia pra me comer "deixa eu pôr só a cabecinha, por favor!". Como não topei, pediu pra eu subir no vaso sanitário pra ele poder lamber meu cu. Me ajudou a subir, sempre bastante cuidadoso. Quando me viu naquela posição, ficou visivelmente encantado. "Que que é isso! Que coisa linda, meu" Ele abria minha bunda, alisava os pêlos, massageava meu cu. Puxei a cabeça do gigante contra mim. Eu, sempre tão tímido, sendo admirado daquela forma, soltei toda a safadeza pracima do grandão. Abria e empinava a bunda rebolando na cara dele, dizendo: "vai, mete a língua inteira dentro de mim, fode esse cuzinho com a língua", "quero ver você esfregar essa cara toda no meu cu, quero sentir sua barba", "morde essa bunda! Tá gostando, seu safado?", "chupa os pêlos desse cu de macho", "Arregaça essa bunda e lambe". Eu empurrava meu pau latejante na direção da cara e do pescoço dele, que o ignorava solenemente. E não cansava nunca da minha bunda. A cada ordem minha, obedecia e ficava mais excitado. Isso demorou bastante, ele nunca se fartava da minha bunda. Pra minha surpresa, na hora que disse "Vô gozá", imediatamente pegou o meu pau, deu uma lambidinha e gozou como louco, o que quase me desequilibrou e derrubou dentro da privada imunda daquele cinema.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Um Jato Quente No Meu Rosto





Imagens do post com o meu modelo preferido do momento: Pablo Oliveira

Parecia uma tarde comum no Hotel 269. Estava encostado na brilhante parede vermelha da área de intersecção dos corredores centrais do primeiro andar. Esta história já tem algum tempo, certamente mais de dois anos, mas quero deixar o registro por ter sido uma das mais intensas experiências da minha vida. Estava encostado ali, meio desanimado, esperando que algo acontecesse. E tinha esse homem diante de mim. Não conseguia decidir se ele me atraía ou não. E ele também me parecia indeciso sobre me abordar. Tinha formas atraentes: alto, magro, ombros e costas largos. Os cabelos castanhos eram finos, de comprimento médio e a pele pálida. O rosto também tinha linhas elegantes, eu reconhecia sua beleza, mas também uma impressão de abatimento, o que o fazia parecer até mais velho (devia ter cerca de 30, 35 anos). Aproximou-se, finalmente. Enquanto falava, ia me tocando com bastante suavidade. Entreabriu minha toalha e segurou meu pau. "Que gostoso", sorriu. Era um homem educado e decidido. Ao menos para quem já estava se excitando, como eu, aquele despudor com meu corpo não pareceu ofensivo. Também pus a mão por dentro da sua toalha e seu pau era grande e bom de tocar. "Quer vir até o meu quarto?", sugeriu. Era bem ali ao lado de onde estávamos. Entrei, um pouco nervoso, inseguro, sem saber se devia ter ido. Pendurei minha toalha num gancho e me deitei na cama estreita e branca, com a cabeça abaixo da luminária, para auxiliar a minha visão. Preciso da ilusão de controle para me sentir confortável. Ele também ficou completamente nu. Era um corpo bonito, mas eu não tinha vontade alguma de tocá-lo. Me olhava com muita atenção. Debruçou-se sobre mim, ainda com os pés no chão, e, beijando meu corpo docemente, chegou ao meu pau e me chupou. Era foda o contato da sua boca: calor, umidade, pressão, movimentos - o paraíso. Exalava gentileza e carinho, me fazia sentir desejado e acolhido. Segurou meu pau e passou a beijar minha virilha, abocanhava cada uma e lambia de uma forma que eu nunca havia sentido. Minha respiração foi ficando intensa, ritmada. Lambeu meu saco, minhas bolas e o períneo. A cada área desbravada, a mesma sensação de surpresa e prazer. Juntou então minhas pernas e as dobrou de lado, como em posição fetal, deitou-se ao meu lado com a cara enfiada no meio da minha bunda. Seu corpo quente e macio encaixado ao meu. Tudo que ele fazia parecia ter um conhecimento profundo do meu corpo. E dos prazeres que eu ignorava. Sua língua penetrava em mim, seu rosto deslizava por toda a minha bunda, e eu não esboçava qualquer reação externa. Ficou por muito tempo assim, lambendo, chupando o meu cu. Depois virou meu corpo, massageou as pernas e abocanhou meus pés. Outra vez a mesma sensação de estar entregue a um homem que sabia mais do que eu próprio sobre o meu corpo. E o mais excitante era perceber quanto prazer ele tinha em se servir do meu corpo daquela maneira tão desprendida. Passou muito tempo explorando cada milímetro sem que a magia se quebrasse por um segundo sequer. Passava do pau pro cu, do pé pro mamilo, da axila pro umbigo, da virilha pro joelho, das costas pro períneo, da nuca para a boca. Ele me beijou os lábios e eu não quis beijá-lo de fato. Sempre que me lembro dessa história, culpo-me pela passividade, por não retribuir o que ele me dava com tanto gosto, empenho e sabedoria. Eu só ficava deitado ridiculamente, como um pachá. Essas "preliminares" duraram bastante tempo, duas horas talvez, sempre em silêncio, e sem que eu sentisse qualquer pressão para agir desta ou daquela forma - ele parecia aceitar a minha imobilidade. Meu egoismo, eu diria. Creio que eu tenha entrado num estado muito próximo da hipnose. Continuava deitado de costas e seu pênis intumescido roçou então meu ânus e o penetrou com parte da cabeça. Geralmente, tenho dificuldade em ser penetrado. Tanto por acanhamento, como por restrição física mesmo, falta de capacidade de relaxamento e distensão. Ele me olhava nos olhos e naquele momento era o homem mais lindo do mundo. Eu o desejava profundamente. Como raramente sou penetrado, quase nunca faço a higiene própria para essa finalidade. Lembro que fiquei um pouco preocupado com isso. Pegou uma camisinha e lubrificante. Pedi que fosse com cuidado, mas era desnecessária a preocupação: foi tão natural a penetração, tão orgânica e precisa, que seu pau grande encaixou-se perfeitamente e, para minha surpresa, não havia desconforto, não havia acanhamento, nada de dor. Ele se movia e ondas de prazer percorriam todo o meu corpo e a minha mente; tudo junto, tudo confuso e misturado. Eu não tinha mais controle algum, abandonei-me. E desconhecia absolutamente que fosse possível que essa intensidade de prazer pudesse se dar no meu cu, no meu reto sendo massageado e logo bombeado freneticamente, sobretudo pela rola grande e grossa de um completo desconhecido. Jamais tinha sentido algo parecido, era quase enlouquecedor. Acho que a posição de frente tenha sido importante também por facilitar o atrito do pau com a próstata. Eu sequer conseguia me reconhecer em tal nível de prazer, nem nos gritos alucinados que a minha voz produzia sem qualquer possibilidade de censura. Beijou minha boca então. Foi o ápice quando retribuí ao seu beijo, eu queria ficar ali, beijando e sendo fodido para o resto da vida. Ou morrer ali, sem me desprender jamais daquele momento. Mal tocou meu pau e gozei. Não foi qualquer gozo. Foi o mais desconcertante e imenso orgasmo que já experimentei. Um grito rascante, meu coração batendo forte, a pele arrepiada, meu ventre e peito inundados de porra, um jato quente no meu rosto, todo meu corpo pulsando de energia e vida, se debatendo loucamente. Nunca senti nada parecido, antes ou depois disso, e talvez não venha a se repetir. Não tenho capacidade de descrever aquele momento, mas nunca vou esquecer dessa sensação. Ele também gozou em seguida e me pareceu extraordinário conseguir sentir claramente seu esperma encher a camisinha dentro de mim. Eu estava zonzo, sabia que era o fim e não queria. Ainda preocupado com algum acidente, pedi que tirasse com cuidado. Segurei a camisinha, puxei e joguei na lixeira. Agora eu estava outra vez inseguro com a possibilidade de estar sujo ou algo assim, embora não houvesse qualquer indício. Queria muito falar com aquele cara, precisava agradecer por aquelas horas que ele me proporcionou, e, obviamente, queria revê-lo. Beijei sua boca e disse que ia tomar um banho rápido e logo voltaria. Em minutos encontrei o quarto aberto e vazio. Fiquei desconcertado, arrasado. O que teria acontecido? Desci e o encontrei secando os cabelos no espelho do corredor. Fingimos não nos conhecermos. Muitas vezes voltei ali achando que fosse reencontra-lo. 

domingo, 13 de novembro de 2016

Sextas-Feiras Costumam Ser Pródigas


    Minha ansiedade era tamanha para fazer massagem tântrica outra vez que nem esperei ter a grana que eu tinha estabelecido como meta para me conceder tal presente. No site do centro de massagem mais tradicional do país, busquei um terapeuta na lista dos que atendem em SP. O site exibe uma foto e o currículo de todos eles. Procurei os que me pareceram mais bonitos e mandei uma mesma mensagem de Whatsapp para 5 deles. Um deles foi super simpático e me passou muita confiança. Outro foi mais técnico, mas era um homem belíssimo, também atencioso e pareceu manjar da história toda. Dois descartei por me parecerem desinteressantes no papo ou foto. Um outro disse que não atedia mais, apenas dava cursos, e se ofereceu para indicar alguém. Adicionei o número que ele me passou e reconheci a foto que tinha visto na lista do site. Eu o tinha achado um rapaz bonito, mas sem sal. Cabelos claros cacheados, bronzeado de sol, cavanhaque e bigode. Mandei a mensagem para ele (Ctrl C + Ctrl V) e a mensagem veio em gravação de voz. Voz é uma coisa que mexe demais comigo. Foi muito gentil e atencioso, paciente ao explicar todo o processo, respondeu a todas as minhas dúvidas. Tinha um carregado sotaque carioca e um ar talvez excessivamente seguro de si. A voz, o jeito de falar, me lembravam muito a minha mais recente paixão platônica: um cara lindo que conheci num trabalho. A gravação do terapeuta tântrico era ao mesmo tempo sexy e profissional. Perguntei sobre marcarmos uma sessão e ele disse que iria viajar, voltaria em 10 dias. Nessa data eu estava em SP e mandei mensagem pra tentar marcar, pois haviam desmarcado minha reunião daquela noite. Ele já estava com a tarde toda comprometida e deixamos combinado para sexta, 11/11. Na noite anterior stalkeei seu perfil no Facebook e vi que ele tinha cortado o cabelo bem curtinho, quase raspado, e que parecia um cara adorável, bem mais interessante que na foto do perfil do site.

    Era uma tarde semi nublada e muito abafada. Cheguei esbaforido (havia me enganado com o endereço e me atrasei alguns minutos) e derramando suor. Reconheci sua voz no interfone, me identifiquei e subi. O achei ainda mais bonito pessoalmente, o que me deixou um pouco tímido. Foi delicado e atencioso. Bebi água e subimos para o quarto. É uma casa bem grande, decorada sem qualquer vestígio de vida ou calor humano. O quarto era praticamente vazio: duas cadeiras num canto, na mesma parede da porta, um colchão de solteiro atravessado no chão e mais algumas poucas peças, tão insignificantes que eu seria incapaz de descrevê-las. Luz fria no teto e, na parede oposta à da porta, uma instalação com 3 ou 4 lâmpadas tubulares apagadas, formando um desenho também impossível de me lembrar. O rapaz estava vestido de preto e usava sandálias de couro, que deixavam os bonitos pés à mostra. Fazia o estilo riponga gostoso. Sorriso lindo, olhar límpido, bem alto e queimado de sol, porte atlético. Jeitão de garoto, mas convencia quando falava sério, justamente por não ter se mostrado arrogante em nenhum momento.

   Perguntou o que me levava ali e conversamos um pouco. Fez questão de mencionar a namorada mais de uma vez durante esta breve conversa, além de "outras mulheres" que teriam entrado na sua vida e que teriam despertado a insegurança da tal namorada. Eu sabia que todo esse papo era para esclarecer de vez que ali não haveria sexo. Imagino que muitos pacientes devam ser inconvenientes. Simplesmente porque ele é gato e o ser humano sem noção. Sim, ele é hétero e massageia genitálias masculinas até o orgasmo. É contraditório? Não necessariamente. É uma terapia sexual, envolve técnicas que prometem ampliar nossa consciência do próprio corpo e da energia sexual, que é bem mais complexa e descentralizada do que julgamos, além de libertar de bloqueios e traumas. Desenvolve a sexualidade, mas não é sexo. Ele explicou que, além da terapia tântrica, também trabalha com hipnose, renascimento, programação neurolinguística e outras coisas sobre as quais nunca havia ouvido falar e provavelmente não me interessariam. Contei que tenho tido nos últimos anos alguns problemas de queda de libido e de ereção, principalmente para mantê-la na penetração. Um pouco exitante, lembrei que sofri abuso sexual dentro de casa por toda a minha adolescência e que isso me marcou muito profundamente, o que acredito que deva ter relação com todas essas minhas questões sexuais (além de muitas outras). Tive a impressão de que ele ficou um pouco desestabilizado com essas informações. Imagino que seja complicado tocar o corpo de alguém que foi molestado.

    Explicou como seria a sessão, pediu que eu me despisse e ficasse de pé sobre o colchão, virado para ele. Começaríamos com uma meditação, um exercício respiratório. A luz clara não ajudava em nada para que eu me sentisse confortável ao me despir. Tentei agir naturalmente, mas sentia-me vulnerável e feio. Estou uns quatro quilos acima do meu peso ideal e isso ajuda a baquear minha auto estima. Além disso, farei 43 anos muito em breve. Saber que estou nu diante de um jovem muito atraente, hétero (que não teria motivo para sentir atração sexual por mim), de certa forma me abala. Não entendi o porquê, mas ele decidiu mudar de estratégia antes de começarmos. Pediu que eu me deitasse, acendeu as lampadas tubulares azuis e apagou a outra lâmpada. Fiquei muito mais confortável na penumbra azulada. Ele andava em torno do colchão e me dava instruções. De olhos fechados, eu deveria imaginar uma luz azul nas plantas dos meus pés, que iria subindo e tomando meu corpo inteiro até explodir e queimar, ainda azul celeste, no meu peito e depois na minha fronte. Agora eu estava no vazio, um vazio azul e silencioso, onde veria meus traumas se desfazendo e apagando lentamente. Eram instruções breves e eu mal tinha tempo de pensar direito para formular essas imagens. Sob meus pés cresciam flores, alfazemas azuis que formavam um caminho por onde eu andava serenamente. Essa imagem me trouxe a ideia de uma morte em paz.

    Não lembro se houve mais instruções antes de inciar a me tocar. Toques sutis e pontuais, muito rápidos pelo corpo. Alguns estalos de dedos e palmas pareciam afugentar algum tipo de energia, ou servir para dispersar a minha atenção. Meu indicador direito começou a se mover sozinho sem parar. Eu não sabia se era tensão ou se alguma reação já estava se dando. Sentia-me calmo e relaxado, mas fiquei com vergonha de que ele percebesse os espasmos. Esses estímulos foram ficando um pouco mais lentos e duradouros, ainda percorrendo toda a parte dianteira do meu corpo, incluindo o pênis, escroto e períneo. Eu me sentia um pouco constrangido com as reações do meu pau. Como se me fosse proibido levar aquilo como um estímulo sexual, como se não fosse para reagir. Virou meu corpo de um lado, estimulando da mesma forma, depois do outro lado e de costas. Então, começou uma massagem extremamente surpreendente com as pontas dos dedos. Tem um efeito delicioso, como milhares de mãos me acariciando ao mesmo tempo. Eu poderia ficar dias ali. Seus dedos ágeis percorriam todo o meu corpo com um toque que me fazia vibrar. Eu não entendia o movimento de seus dedos na minha pele, mas era um estímulo muito novo e potente para mim. Sentir o seu corpo tão próximo e inatingível dava um tilt no meu cérebro. O meu primeiro massagista tinha feito isso e foi apenas agradável. Pode ser química, energia; pode ser técnica mais apurada ou dom. Pode ser minha fantasia agindo. Quando ele massageava minha bunda ou os genitais, eu ficava confuso e agradecido. Imaginava se ele sentia aversão pelo meu corpo ou se havia alguma possibilidade de sentir desejo ou se via apenas como mais um corpo.

    Não consigo recordar se houve alguma etapa de transição para a Lingam Massagem. Esta é concentrada nos genitais. Eles fazem questão de ressaltar que não se trata de masturbação, mas é. Alguns movimentos, ou manobras como eles chamam, são realmente diferentes dos métodos convencionais da masturbação. Mas estimular genitais com as mãos no intuito de provocar orgasmos é masturbação sim. O que diferencia, neste caso, é a consciência do operador e também do cliente, que já está com a percepção alterada pela massagem anterior. Afastou minhas pernas e se ajoelhou entre elas. Calçou luvas de látex e derramou óleo sobre meus genitais.

    Confesso que fiquei bem nervoso, sem saber como me comportar (ou como me deixar levar simplesmente), outra vez inseguro e tímido. Já não tinha excitação e meu pau estava quase flácido. Ele me pedia para relaxar o corpo e destravar a mente. Que me concentrasse nas sensações do meu corpo, sem fantasiar, sem psicologismos. É difícil. Um rapaz adorável, gato, que eu acabara de conhecer, me masturbava agora. Eu queria olhar, queria muito tocá-lo e que ele me desejasse. Percebia que ele se esforçava fisicamente para que eu chegasse a um nível de excitação e autoconhecimento, e meu corpo se travava. Chegou a ser desconfortável. Ele ia me guiando com a voz e sempre voltava a acariciar meu períneo, saco, ventre e peito. Era o que mais me trazia prazer, bem mais que as manobras no pênis. O fato de usarem luvas já é um banho de água fria para mim. Corta o contato. É óbvio que se o cliente ejacula, o massagista tem que estar protegido por luvas. Mas vai explicar isso pra mim... Já fiquei me sentindo rejeitado e repugnante:

    "Ele é hétero, está me masturbando e eu nem pra ficar de pau duro. Se eu tiver uma ereção, ele vai perceber que estou atraído e criar barreiras para me mostrar que não podemos ter sexo. Será que estou muito feio e gordo? Tem nojo do meu pinto? Acha que sou um idiota? Se eu abrir os olhos, vai ficar irritado ou me passar uma bronca?"

    Eu evitava o contato das minhas pernas com o seu corpo, tão próximo e desejado. Levantou-se e ergueu minhas pernas, massageando meus pés. Disse que era para levar mais sangue aos genitais e conseguir uma melhor ereção. Achei meio humilhante isso daí, garoto! Depois de mais um tempo de massagem, tive alguns espasmos. Contraí a bunda e o abdômen, movendo a coluna vertebral, e ele disse para eu continuar com esse movimento, contraindo e relaxando. Funcionou. Comecei a experimentar uma ereção. Outros espasmos vieram, fazendo meu corpo serpentear em ondas de prazer. Eram como orgasmos secos, sem ejaculação. Muitos, centenas deles, continuamente, por muitos minutos. Eu precisava gozar, minhas bolas já estavam doendo quando ele encostava. Em alguns momentos, eu sentia que ele levantava o corpo, aproximando o quadril do meu. Minhas pernas já não tinham controle e se apertavam ao seu corpo. Minha voz também não tinha controle, gemidos estranhos saíam sem eu me dar conta. Fiz esforço para ejacular, mas não rolou. Quando ele terminou, me pediu que ficasse deitado, conectado ao meu corpo, às sensações que tinha vivido e ao meu estado do momento. Tirou as luvas e foi para o banheiro. Demorou uns minutos e voltou. Sentou-se ao meu lado e deu mais algumas instruções. Disse para eu abrir os olhos e acendeu a luz. Sentei encolhido e ele veio pro meu lado conversar sobre a experiência. Ele pareceu muito fofo, interessado no meu processo. No começo eu tinha timidez de olhar para ele logo após tamanha intimidade fisica, mas fui ficando à vontade, mesmo nu e na claridade. Fui explicando como tinha sido e ele disse que foi muito positiva essa reação espiral da minha coluna, a energia kundalini. Fui tomar um banho e pensei em me aliviar e ejacular me masturbando, mas nem assim. Tava osso de remover o óleo do corpo. Saí do banheiro com a toalha na mão, meio que me escondendo. Quando estava vestido e acabou o assunto, disse que o pagaria com cartão. Para minha surpresa, eles não usam máquina de cartão. Ele não havia me informado pelo Whatsapp. Fomos juntos ao posto de gasolina a algumas quadras para eu fazer o saque, pois ele diz não ter qualquer vínculo com instituições bancárias. Nesse trajeto, conversamos um pouco:
      -Ele é do Sul e "contraiu" o sotaque carioca carregadíssimo quando ficou no rio para um curso, o que desgosta demais a sua família
    -Tem apenas 20 anos de idade (o que nos leva a dar uma idade sempre mais elevada a quem é alto?)
    -Não tem residência fixa. Revesa-se entre a casa da namorada, a de um amigo e a própria clínica onde atende.
    -Está juntando uma grana (fiquei imaginando como fazer isso sem ter uma conta nem residência fixa) para abrir um espaço próprio, pois discorda de algumas limitações impostas pelo centro onde atende.

    Paguei a sessão e nos despedimos. Mudei de caminho para procurar um sebo de livros que havia visto na ida e notei um rapaz indo uns 30 metros à frente. Loiro, jovem, corpo musculoso, olhava para trás e percebeu que eu olhava para ele.  Tinha uma grande mochila preta nas costas. Decidi me aproximar e ele continuava olhando para trás. Numa esquina, como tivesse parado por causa do trânsito, o alcancei. Atravessei na frente e ele foi ficando para trás agora. Senti-me um otário. Parei sob uma pequena árvore e encostei num muro, olhando para ele. Passou olhando timidamente, deu três passos, voltou e me cumprimentou. Começamos a andar lado a lado. Ele disse que tinha me confundido com um amigo idêntico a mim que mora na mesma rua em que nos encontramos. Fiquei confuso. Contou que mora por ali e estava indo para casa. Por mais que eu quisesse, não conseguia acreditar que ele me chamaria para ir a sua casa. Era um carinha bonito, suave, uma beleza angelical. Não sexy, mas gostoso de corpo e bastante interessante. Perguntei como chegar à rua do sebo e me fui.  Assim! Sem ao menos dizer que curti o cara, sem fazer uma tentativa. Sou um tosco, que raiva me dá! Comprei um livro de partituras do bamba Wilson Batista e me mandei para a sauna. Precisava desanuviar tanta contenção. Tento evitar a sauna, mas é o único lugar onde tenho sexo razoável. E sextas-feiras costumam ser pródigas. Escolhi um quarto no andar silencioso. De cara achei que estava um dia ótimo: ao meu lado um cara lindo tomava banho. Mas não foi bem assim. Ao todo, foram três caras. Nenhum era lindo. Sequer bonito. 

    O primeiro encontrei no escurão lá do fundo do primeiro andar. Me aproximei, nos beijamos e apalpamos. Eu o convidei para o meu quarto. Mal entramos e nos deitamos, ele estava de pau mole e disse que ia dar uma volta. Pronto, minha autoestima desceu mais alguns andares. Um cara que nem era lá essas coisas me deu esse fora abrupto!

    O segundo também encontrei ali no escuro. Bem musculoso, estatura baixa, se aproximou e foi logo pegando no meu pau. Me chamou para uma cabine. Ele tava de cueca branca. Nos beijamos e eu enfiei a cueca no cu dele. Acho um puta tesão fazer isso. Enquanto nos beijávamos intensamente, eu puxava a cava da cueca com uma mão e massageava a bunda com a outra. Ele virou e ofereceu a bundona musculosa. Pedi pra me chupar e ele se recusou. Deu uma camisinha, queria levar na bunda mesmo. Fomos pro meu quarto. Lá eu vi que ele é mestiço com japonês, com pernas e braços curtos de japonês. Rosto grosseirão, mais pra feio, mas passável. Corpo bombadão, trincando. Se jogou de quatro na cama, eu de pé ao lado dela, e pediu: Vai com calma. Tem gel? Tenho. Meti com jeito e logo estava fodendo com força. Eu precisava gozar, minhas bolas estavam me matando. Ele se contorcia, gritando. Gozei, nem cinco minutos de foda. Eu tinha certeza de que ele tinha gozado (ô cara mais escandaloso!), e gozei. Achou ruim, reclamou. Eu ri, acanhado. Pediu que eu mostrasse os dentes de novo. Caramba, perfeito! Você é dentista? Pois é. Deu um tapinha de leve no meu rosto. Não posso com isso. Mantive a postura impassível e ele continuou com aqueles tapinhas, aumentando a força, me testando. Segurei seu braço com olhar sério e ele se foi.

    O terceiro foi na hora em que eu já estava precisando ir embora. O encontrei sozinho sentado no cinema. No escuro, era um corpo do tipo que eu curto: altão, magro, com músculos bem desenvolvidos mas sem exagero, cabeça raspada. Sentei ao seu lado e vi que era feioso, mesmo no escurinho do cinema não enganava. Pau grande, grosso. Eu não tinha chupado ninguém, fazia tempo que não chupava uma rola. Fiquei a fim. Me beijou, bom hálito. Queria me comer. Dá pra mim, por favor, vai. Fomos pro quarto. No claro pude constatar: sim era feio pra caralho. Velho, mal cuidado, calvo, esquisito. Mas eu tava louco de tesão. Chupou meu cu e eu chupei muito a rola dele. Rola boa, bem grossa. Perguntou se podia pôr a camisinha. Eu tava com medo, mas peguei o resto do gel que tinha sobrado do japa e me lambuzei. Ele pôs duas camisinhas - o que foi bizarro, mas beleza. Lubrifiquei sua rola e ele veio me comer de lado. Diminuí a luz para encarar a situação. Foi muito difícil de entrar. Levamos uns bons minutos tentando. Mas foi. Nem cheguei a me acostumar com aquela rola dentro de mim, me esticando o esfincter ao limite, mas fodeu forte e eu curti sim. Curti muito dar a bunda pra aquele cara. Ele me virou de frente e me fodeu de frango assado, segurando minhas pernas. Eu sentia o pau roçando a minha próstata, um puta tesão do caralho. Beijava minha boca gostoso enquanto fodia e eu delirava. Gozei com o pau  dele lá dentro, estrangulando a jeba com o cu. O tempo todo pensando no terapeuta, fingindo que era ele quem me comia e beijava com tanto carinho e tesão.























Nas fotos, o muso absoluto Lucas Bernardini

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Fidelização de Cliente


Atravessei a avenida Brigadeiro Luis Antonio ao avistar, na porta de um prédio mal cuidado, o número que me haviam informado. Uma senhora de cabelos tingidos e óculos escuros segurava a porta para uma moça sair. Pois não. Tenho hora marcada, é agora às três. É no número um? Ih não sei... Mas deve ser sim, disse em tom malicioso. É só subir a escada, primeira porta à esquerda.

Sentia-me nervoso, muito ansioso. Massagem tântrica. O site explica um pouco os princípios da técnica indiana e diz não haver sexo nas sessões; apesar da nudez, toque genital, orgasmos. Pelo whatsapp me informaram que o próprio massagista também fica nú durante a sessão. O site conta com fotos de vários profissionais, dois realmente bonitos, mas foi um deles que me chamou muito a atenção. Ao tocar a campainha estava temeroso por quem abriria a porta. Foto engana, sabe-se. Nunca tinha passado por algo assim. Nunca, por exemplo, contratei um garoto de programa por foto, pela internet. Aliás, só havia pago por sexo quatro vezes na vida. É bem verdade que quatro não é exatamente pouco para quem sempre consegue sexo fácil.

A primeira vez foi quando descobri um bordel de garotos que funcionava na praça Roosevelt, anos atrás, comecinho do século 21. Era definitivamente uma espelunca, mas sempre que passava por lá via garotos interessantes e fiquei tentado. Tinha tido poucas experiências sexuais até então. Ainda mais duro que hoje, juntei a grana e fui. Posto diante de uma mesinha redonda numa sala improvisadíssima, recebia os garotos que vinham um a um se apresentar e negociar. Os que eram bonitos não queriam ser passivos, sequer aceitavam receber uma lambida no rego ou fazer oral. Não me admira que não tenham prosperado. Escolhi um garoto magrinho, muito bonito de rosto e um tanto arrogante. Pareceu-me triste. Contou histórias sobre a sua vida, algumas muito claramente fantasiosas. Ele não deu pra mim e também não aguentei o pau dele.

Na segunda vez, fui abordado na rua da Consolação por um rapaz com quem estava, na minha ingenuidade, flertando. Garotão bonito, moreno, tipo de malandro, perfumado e cheio de lábia. Aproximou-se, ofereceu seus serviços, cobrou míseros 20 reais na época e advertiu: mas meu pau é pequeno. Era tarde da noite, ali próximo à Roosevelt também, quando a região era bem deteriorada, sem movimento àquela hora, e acabamos nos pegando na rua mesmo. Chupei atrás de uma caçamba de uma construção. Outros tempos. Eu me arriscava por ingenuidade, completamente sem noção.

As outras duas vezes foram na Thermas Lagoa, na Vila Mariana, sauna frequentada por michês. O primeiro foi um gato atlético e bronzeado, com brilhantes cabelos na altura dos ombros. Fomos para um quarto e foi a terceira vez na vida que eu dei a bunda. Na semana seguinte, por coincidência, o encontrei no metrô e conversamos - ele me chamou para ir à sua casa. Recusei porque estava indo a uma festa, mas me arrependi depois. Ele era bonito, carinhoso e a festa foi horrorosa. Por fim, na mesma sauna, um cara magro e baixinho, de rosto bonito e pau descomunal que vi tomando banho. Se bem me lembro, disse que tinha 27 centímetros. Era lindo de morrer aquele pinto. Branquinho, uncut, grosso. Só faltava mesmo levantar... Dá pra entender: encher aquela monstruosidade de sangue poderia levar o menino a óbito. Negociei para lamber a bunda dele e foi muito difícil fazê-lo concordar. Fiquei chupando o pau meia bomba numa cabine do banheiro e quando toquei o cu, tive um choque. Acredito que ele tinha hemorróidas. Era muito estranho ao toque, pareciam bolhas de carne. Eu imediatamente achei que fosse uma DST e brochei.

Mas, voltando. Nas fotos, o massagista era belíssimo. Um homão de nome e aparência árabes, de pele bem clara toda tatuada, barba e cabelos muito negros e olhos azuis translúcidos. Parecia alto e bastante musculoso (a única coisa que me desagradou um pouco - prefiro caras mais magros). Mais que apenas bonito, nessas fotos ele tinha algo que me interessou profundamente. Virava e mexia eu me lembrava dele e entrava no site para olhar as fotos. Não sei se a barba serrada dava um peso à sua imagem, um ar sério, que me passava segurança. Ou o olhar profundo e misterioso. É raro e excitante alguém bonito revelar algo humano, uma vida por trás da aparência. Já fazia um tempo que estava ensaiando para experimentar a massagem tântrica. Encontrei um centro especializado que me pareceu muito mais sério, conversei diretamente com alguns dos massagistas, alguns bem bonitos também, mas foi esse, do centro terapêutico que me pareceu de araque, mais calcado em prostituição disfarçada, que me instigou. Da próxima vez vou procurar um terapeuta carioca super atencioso (e gatinho) do outro site pra sacar a diferença (se é que ela de fato existe). 

Tenho percebido ultimamente que desenvolvi minha sexualidade de forma muito superficial, muito focada nos genitais, na bunda, em fetiches, em ver vídeos pornô (e pulando partes para chegar logo ao ponto). Sempre muito focado, como todo ocidental, em cumprir aquele ritual babaca de beijo/oral/penetração, em querer atingir o orgasmo e, se possível, logo se livrar do parceiro e partir em busca do próximo. O sexo pode e deve ser muito mais que isso, não se pode nivelar algo tão rico e importante à essa miséria sensorial e afetiva. Pelo que entendo, a massagem tântrica é uma forma de explorar o seu corpo inteiro para ser capaz de perceber sensações intensas e novas de prazer. E também de estabelecer uma relação interpessoal num outro nível, menos ansioso e egoísta. Vinha adiando por pão durice. Ironicamente, quando estou mais quebrado em minhas finanças, resolvi começar.

Todos os medos e inseguranças me tomavam quando toquei a campainha. Sentia o coração disparado e aquela vergonha de que o rapaz percebesse. Tinha medo de achá-lo tosco e ter que passar 90 minutos sendo massageado, com ele pelado em cima de mim e ainda pagar 300 paus ao final.

Logo abriu a porta e disse meu nome sorrindo. À primeira vista, e naquela situação, era um dos homens mais interessantes que eu me lembrava de ter visto na vida. Bastante alto, esguio com ombros e costas largas, braços fortes. Nada do mastodonte que imaginei pelas fotos, felizmente. Sorriso encantador, aquele mesmo olhar. A barba estava mais longa que nas fotos, negra e extremamente fechada, contrastando com a pele muito clara, algo rosada. Todo vestido de negro, elegante e simpático. O ambiente era agradável, bem arrumado, e fui ficando mais confiante. Na verdade, enquanto caminhava atrás dele, eu ria exultante. Levou-me ao quarto e conversamos brevemente.

O recinto tem aproximadamente 12 m², dos quais um futon bem espaçoso, coberto com toalha descartável, ocupa a maior parte. Decoração clean em estilo indiano concentrada na parede oposta à da porta de entrada (se bem me lembro, ocultando uma janela para evitar a claridade excessiva). Um lustre de palha pende do teto desenhando arabescos por todo o ambiente. Ao lado da porta, no chão, um pequeno aparelho de som tocava uma música indiana de acento pop enquanto emitia luzes de todas as cores.

Sentei numa poltrona encurralada no canto ao lado do som e ele me ofereceu água. Voltou com um copo envolto em guardanapo de papel, desculpando-se por não haver água gelada. Eu entendi, provavelmente fruto da minha insegurança, que tinha dito que minhas mãos estavam geladas.  Ele sorriu com a confusão. Era educado, gentil. Talvez excessivamente. Mas olhava firmemente nos meus olhos e isso me hipnotiza. Falava com delicadeza, timbre bem grave e fala relaxada, de garotão.

Saiu do quarto pedindo que me despisse e me deitasse. Fiquei ali, nú, perdido no imenso futon, em expectativa, sem saber o que fazer ou que posição assumir. Achei meu pau minúsculo, como quando estamos constrangidos. Voltou em alguns minutos, conversando calmamente e despindo-se. Tinha grandes tatuagens negras pelas costas, peito e braços. Belo corpo. Aproximava-se do futon, já completamente nú, deslumbrante, pedindo que eu me virasse de bruços. Seu pau e bolas balançavam pesados ao jogo dos quadris.

Alisou-me levemente as pernas e estendeu-se sobre meu corpo, cobrindo-o com delicadeza, vindo roçar a barba na minha nuca enquanto perguntava se havia algum toque a evitar ou alguma parte do meu corpo à qual eu queria que ele desse maior atenção. Ali eu já confirmei que não seria exatamente uma sessão de massagem. Ou não só isso. Ou que a massagem nem era a principal atração.

Iniciou propriamente a massagem com uma técnica muito suave, com as pontas dos dedos, que eles chamam de feelings, concentrando-se primeiro nos membros inferiores. Massageou um pouco minhas costas também, com mais pressão, sobretudo em alguns pontos. Voltou à parte inferior e com maior vigor. A música me irritava um pouco. Eu devia ter pedido para desligar ou abaixar o volume, mas fiquei com vergonha. Música geralmente me absorve muita atenção, seja ela qual for. Voltava a deitar-se sobre mim, com cuidado para não fazer peso, apoiando um dos lados do próprio corpo no futon. Não pude resistir e acariciei suas pernas, timidamente. Cheirava e beijava minhas costas e pressionava o quadril contra o meu. Sentou-se ao meu lado e massageou minha bunda com mais atenção. Era muito excitante quando seus dedos deslizavam pelo meu anus. Suas mãos grandes tinham uma certa aspereza nas palmas que atritava minha pele. Percebi que ele estava sentado com os genitais muito próximos da minha mão direita. Como não havia qualquer acordo com relação a sexo, fico constrangido de tocá-lo, mas entendi que ele estava construído um ambiente propício. Venci o medo (de quem sofreu abuso sexual e sabe o quanto essa dor é destrutiva) e o toquei. A princípio, sem jeito, canhestramente. Depois fui me adaptando à posição e logo ele estava de pau duro. Brinquei com as bolas e afaguei o períneo. Quando foi sentar do meu lado esquerdo, dei um jeito de alcançar o seu cuzinho. Minha mão estava lubrificada com o óleo que espalhava pelo meu corpo e o toque foi agradável, dava pra sentir que ele relaxava o anus e se excitava. Confirmei segurando no seu pau, que estava bem duro outra vez. Depois fez uma carícia muito delicada me percorrendo o corpo todo com a barba, desde os pés até a nuca. O chumaço de pêlos era surpreendentemente eficaz para estimular minha pele. Eu já estava bem excitado quando pediu que me deitasse de costas. Por um lado, foi uma pena que ele não tenha dado continuidade à massagem na parte da frente do meu corpo. Começou uma etapa de sedução mais propriamente e atacou meu pau. Não sei se é assim que são orientados ou se a minha excitação o levou àquilo. Certamente eu poderia ter relaxado mais e termos tido um tempo para criar uma aproximação mais natural, mais cumplicidade, intimidade. Deslizava o corpo sobre o meu e me beijou a boca docemente. Era muito excitante beijar o emaranhado da sua barba. Mantinha os olhos sempre conectados aos meus. Olhos claros e expressivos. "Com seus olhinhos infantis/Como os olhos de um bandido". Sem experiência nesse universo, sou um patinho perfeito para acreditar em quase tudo. Ou confundir as coisas. Sim, eu estava achando que ele estava me curtindo de verdade. Mesmo levando em conta minha intuição e capacidade de observação privilegiadas, reconheço que posso, e devo, ter me enganado. Fidelização de cliente. Eu continuava deitado de costas. Depois dos longos beijos, foi erguendo o corpo e o oferecendo aos meu lábios. Eu beijava o pescoço, os mamilos, os pelos do peito, axilas, ventre, umbigo. Chegamos à inevitável exploração da virilha e dos genitais. Era tudo bonito, limpo, de aparência saudável. Deslizei sob ele e alcancei o cu. Ficou então sentado na minha cara e quando meti a língua, gemeu com prazer que parecia genuíno.

Há alguns anos tenho tido problemas sexuais. Falta de libido, ereções inconsistentes, às vezes ejaculação precoce etc Fiz exames, terapias por anos seguidos e nada resolve. Eventualmente, quando o parceiro me atrai particularmente ou quando a situação me excita a imaginação, tudo rola sem problema algum, mesmo sem viagra. Ultimamente estou ligando os pontos. Hoje, por exemplo, não tomei e não houve falha. Relaxei, fiquei à vontade e rolou tudo lindamente. Foi a massagem? Foi o fato de estar com alguém profissionalmente, tão empenhado em me agradar que não precisei acionar minhas inseguranças com tanto afinco? Foi a atração que esse rapaz me despertou? Ou as fantasias sobre quem ele seria que eu já formulava desde a visão das fotos? Um pouco de tudo isso. Ele me chupou e foi delicioso. Depois, sentou no meu pau e começou a botar pra dentro. Sempre me olhando profundamente nos olhos. Veio me beijar outra vez, agora com mais volúpia. Eu disse baixo:

Como você é lindo.

Colou o ouvido na minha boca e pediu pra repetir, não tinha entendido. Suas orelhas me davam um puta tesão, não sei explicar exatamente o porquê. 

Você que é uma delícia, Yuri. Vou pegar uma camisinha. 

Estava no bolso da calça que havia pendurado num gancho de parede. Voltou, montou em meu peito e ofereceu o pau. Virei-o de quatro sobre mim. O cuzinho na minha boca e ele chupando o meu pau. Tateando, eu sentia a sua pele toda arrepiada, e dizia:

Puta que pariu, que tesão essa língua, cara

Nessa posição eu podia vê-lo muito bem. Tão lindo o buraquinho, pequeno, cor-de-rosa. Abria a bunda com as mãos e metia a língua. Depois, um dedo. Dois dedos entraram fundo, procurando sua próstata. Sentou no meu pau outra vez, a camisinha abandonada no futon, agora de costas pra mim. Meteu tudo e cavalgou. Ainda se virava pra me olhar nos olhos. Virou de frente depois de um tempo e continuou cavalgando. Vez ou outra eu ouvia gente se mexendo no corredor do apartamento. Há outros quartos e devia ter outros garotos, outros clientes ali. Mal toquei no pau dele e: Não, assim eu gozo. E veio abundante. Ficou com raiva de ter gozado, jogou a cabeça pra trás, desapontado. Provavelmente porque assim ficaria mais difícil outro programa naquele dia, outra grana. Puxei rapidamente pelo pau e deixei gozar na minha boca. Delícia de porra. Deu vontade de engolir tudo, mas cuspi no meu peito. Empenhou-se então em me fazer gozar me masturbando. Perguntou se podia e meteu um dedo em mim. Eu sentei e o beijei enquanto isso. Ele já não estava mais excitado, claro. Pedi que metesse a língua na minha boca e assim gozei. Levou-me ao banheiro e tomei um banho. Fiquei um tanto chateado por ter feito sexo sem camisinha, mas sai dali flutuando de felicidade.