terça-feira, 5 de setembro de 2023

Opulência

Já fazia uns dois meses que não ia a SP.  Acordei muito cedo, graças à ansiedade que me acomete quando chega um dia muito aguardado. É  completamente brochante a vida que tenho levado, e não ter como sair com mais frequência,  por falta de tempo e de dinheiro, vai minando minhas energias, me enchendo de maus sentimentos de raiva e frustração. Detesto meu trabalho, detesto minha casa, detesto a convivência forçada com gente insuportavelmente baixa e inconveniente, detesto minha cidade, detesto a minha letargia e impotência diante de tudo isso, e do mundo todo.  A vida resume-se a correr atrás de dinheiro para custear o básico do básico, deixando de lado minhas paixões e anseios, minha sensibilidade, meus propósitos,  para esgotar minhas energias em tarefas domésticas e trabalho  estressante ou monótono até o corpo inteiro estar dolorido, e então passar as noites e madrugadas assistindo a recortes ficcionais sobre a vida alheia diante da tela do celular. Isso está me matando em vida.  Mas voltemos a São Paulo. Não houve mais nada interessante durante o dia (exceto o fato de estar finalmente sozinho numa cidade cheia de possibilidades) até  estar diante de uma bunda absolutamente deslumbrante. E há quanto tempo não desfrutava pacientemente de uma bela bunda! Era o Cabine's Bar numa sexta-feira fria e chuvosa. Cheguei às 17h, mas só apareceu o dono da bunda por volta das 19h. Era um rapaz interessante, uns 25 anos, boa altura, corpo bem trabalhado, fortinho, pele morena, todo vestido de preto, com roupas esportivas, boné também preto, cabelos escuros, barba por fazer. Não era exatamente bonito, mas tinha todo o ziriguidum que me interessou imediatamente.  A mim e a todos os presentes.  Tenho uma teoria de que o homem que tem uma rola grande transmite uma confiança, uma notável sensualidade em qualquer situação. O carinha era um gostoso, e isso estava no seu andar, no modo de olhar, de parar, em cada movimento de seu corpo. Não conseguia entender se estava interessado em mim. Eu estava me sentindo bonito, cabelo bem cortado, rosto corado de sol, bem vestido e perfumado. Ele olhava de longe,  encarava, mas não  fazia nenhum sinal. É  bem verdade que eu também não fazia, embora já estivesse com bastante tesão nele. Vi que entrou numa cabine de glory hole e fiquei bisbilhotando pela fresta da porta. A bundinha já me encantou logo ali. Um cordão preto de amarrar a calça passava entre as nádegas  e achei que estivesse de calcinha ou jockstrap. Essa confusão me deixou completamente transtornado de tesão.  Continuei no corredor das cabines e, quando ele saiu, ficou por perto, rondando. Ia se aproximando lentamente, encarando e  pegando no pau. Mas, por algum motivo,  parecia temeroso de chegar em mim. Mais tarde fui ao dark room e ele estava parado no corredor que antecede a entrada.  Me viu entrar e me posicionar bem à sua vista.

 Veio. Lento e hesitante como um menino, encostou na parede bem ao meu lado. Eu mal conseguia respirar, tamanha a emoção de ter seu corpo assim, ao alcance de um gesto. Havia um campo de calor ao seu redor. Cheguei perto, encostando o corpo delicadamente no dele, seu calor me aquecendo, a maciez da pele e das roupas deslizavam sob as palmas de minhas mãos. Ele foi ficando molinho, se derretendo para mim, sobretudo quando eu roçava e mordiscava sua nuca tensa. Levantei a camiseta e lambi os peitos musculosos, os pelos raspados espetando minha língua, e os mamilos adocicados e quentes foram ficando eriçados. Puta que pariu, sussurrou com voz rouca. Minhas mãos, por dentro de suas calças,  apertavam as generosas nádegas,  também recém raspadas. Puta que pariu, repetia. Tentei beijar sua boca e ele desviou. Era precisamente aquele momento em que fico com medo do cara me abandonar. Ajoelhei para conferir a rola e não encontrei no local esperado, acomodada de ladinho como quase todo cara usa. Era um cacete gigantesco voltado para baixo, por dentro da calça, descia ao longo da coxa direita até quase sua metade. Levantei, virei seu corpo de costas para mim e pedi no ouvido: deixa eu lamber esse cuzinho? Ele pareceu ao mesmo tempo encantado com a ideia e desconfortável de fazer ali no meio do pessoal. Segurou minha mão com força e me puxou para fora, me levou a uma cabine. Era tudo o que eu queria. Com a luz da cabine ele não  decepcionou, era um carinha bem acima da média. Tirou o pausão pra fora. Tentei novamente beijar sua boca, mas o garoto realmente não beijava. Acho o fim esse tipo que diz que não beija. Antigamente era até  comum, geralmente casados que não beijavam por "respeito" à esposa. Até levavam rola no cu numa boa, mas beijar, jamais. Hipocrisia ou autocensura, são sempre uns chatos. Abaixei e dei um trato na rola, o que foi delicioso.  Fazia muito tempo que não chupava um pau grande e gostoso como aquele. Grosso, pesadão, um prepúcio bem macio, soltinho, que eu ia lambendo e mordiscando com os lábios. Gosto bom de pica. Lambi as bolas e notei que curtiu quando desci ao períneo.  Lembrei da vontade de lamber sua bunda e o virei de costas. Não  tenho capacidade de descrever aquela bunda. Mas que maravilha única é  o corpo humano! A musculatura de um homem jovem pode ser algo de uma beleza sobrenatural, ou hipernatural, sobretudo se analisada tão de perto e tocada. A bundinha do tamanho ideal. Mesmo com a musculatura bem desenvolvida, o que lhe confere um formato arredondado e voluptuoso,  não  há excessos deselegantes. Os quadris são relativamente estreitos para um garotão de porte atlético, com glúteos salientes e bem arredondados, firmes e lisos, macios e hipnotizantes. Pois duvido que alguém neste planeta tivesse a capacidade de rejeitá-los. Qualquer ser humano vivo que estivesse do meu ponto de vista diante daquela maravilha ficaria salivando pra meter a língua dentro daquele furinho. O machão se debruçou sobre a banqueta e abriu a bunda pra mim.  A minha vontade era de começar simplesmente olhando para aquele cuzinho por horas a fio, mas se não entrasse em ação  o cara não ia entender. E adorou o toque da minha boca no rabo. Cheguei à conclusão de que este é  o meu maior talento.  Se não for o meu único talento realmente excepcional. E, com certeza, chupar cu é das atividades mais gratificantes da minha existência. É assim o meu grande momento na vida. Apesar do desconforto da posição em que estava, agachado, minhas emoções eram tão fortes quanto confusas. Queria engolir o rapaz inteiro como forma de tê-lo sempre a minha disposição. Como não é  possível,  nem muito recomendável, ou mesmo justo do ponto de vista humanitário, me esforcei para aproveitar da melhor forma o contato com seu corpo. O tempo todo com a sensação de que ele me escaparia a qualquer momento.  Beijei, lambi, chupei, abri, meti língua, estapeei,  esfreguei meu rosto todo no meio do cu, olhei, vi, enxerguei, observei cada mínimo detalhe, massageei,  apalpei, alisei, arranhei, mordi,  cheirei, elogiei, agradeci, e tudo mais que me ocorresse. E tudo era lindo e bom, e tudo o carinha curtia e gemia e relaxava, e se abria mais e mais, e arregaçava aquele cuzinho com as mãos fortes e másculas. Pra mim... era tudo pra mim naquele momento.  Eu queria tanto meter meu pau naquela bunda e foder até enchê-la de porra. Mas o cara sequer aceitou me beijar. E, na real, meu pau não estava muito duro, mesmo com a notável excitação e tendo tomado viagra.  Tampouco o clima  era propício.  Puxei a rola dele para trás e chupei. Também não estava mais dura, mas foi se reanimando. Lembrei da calcinha que achei que ele estava vestindo,  procurei, mas só encontrei uma prosaica boxer, que até pensei em vestir nele. É curioso, mas tenho tesão em chupar o cu pela cava da cueca, em enfiar ela na bunda como se fosse uma calcinha, em ir tirando lentamente. Não fiz nada disso. Devo ter demorado uns 20 minutos lambendo a bunda do cara, mas agora minhas pernas doíam terrivelmente. Tive que me levantar: meu deus, que delícia de bunda! Ele pareceu lisonjeado: gostou, né? Mas você também tem uma bunda mó gostosa, deixa eu ver. Já imaginei que fosse tentar me comer. Agachou para olhar minha bunda, abriu meu cu, já levantou de camisinha no pau. E era aquele pausão lindo, mas desafiador, sobretudo pelo comprimento. Fiquei com um certo receio. Só consigo relaxar se me lambem bem o cu, e esse cara sequer me beijou.  Veio com aquela conversa de: "não vou meter, só brincar". Me queria numa determinada posição, abrindo a bunda com as mãos.  E foi logo tentando meter. Eu ia tentando relaxar o quanto conseguia, mas ele não era paciente e gentil como um bom ativo tem que ser. Senti dor, desconforto, mas acabou entrando. Fodeu um pouco, foi até excitante mas nunca gostoso, e logo acabei tirando, pois estava incômodo. Conversamos brevemente, ele não era muito bem articulado,  e pedi pra lamber o cu outra vez. Quer mais, é? Ficou de quatro no banquinho e ofereceu toda aquela opulência.  Me esbaldei por mais um bom tempo, até as pernas voltarem a doer. Levantei pra passar o pau nele. Eu ia, de fato, só brincar, mas se assustou e levantou quase desesperado. Tinha terminado, era evidente, hora do adeus. Eu precisava gozar. Vi entrando nas cabines com glory hole um cara razoavelmente bonitinho, mas nada sexy. Estava com o braço numa tipóia. Pus o pau no glory e ele mamou. Depois pôs o cuzinho no glory. Era um cu bem bonito, totalmente depilado, pequeno e bem rosadinho. Meti e bombei até  gozar. Meu pau não estava muito duro, mas rolou até que bem. Enquanto me limpava e vestia, o cu continuava exposto no glory, a minha porra escorrendo de dentro. Fiquei um pouco enjoado com essa imagem. Sentei numa poltrona perto do bar e cheguei a cochilar. Um cara começou a ter um surto, não sei que tipo de problema ele tinha, mas chorava compulsivamente e falava como criança.  Não entendi uma sílaba.  Por sorte estava acompanhado por um outro rapaz que estava no telefone tentando obter ajuda. Começou a chover, mas mesmo assim preferi ir embora. 

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Pelos no Cuzinho



  Acordei mais cedo do que precisava para o horário da minha viagem. Já havia comprado a passagem no dia anterior para pegar o ônibus no ponto do mercado, sem precisar ir até a rodoviária. Escolhi, estrategicamente, a mesma poltrona de sempre, para a ida e para a volta, 45, janela, a última do lado esquerdo. Tinha consulta marcada para às 11h em SP, e meu ônibus, das 9h30, demorou um pouco para chegar ao ponto. Quase todas as poltronas estavam ocupadas. Na 46, ao lado da minha, um jovem super bonitinho que me lembrava, nebulosamente, de já tê-lo visto por aí. Talvez até tenha sido em outras viagens. Magrinho de corpo bem feito, ombros largos, cabelos claros lisos, olhos verdes. Um tipo bonito, mas um tanto sem sal, sem personalidade. Havia, desde o início, uma tensão sexual entre nós, algo inexplicável que a gente sente, mesmo que a pessoa não dê qualquer mostra de interesse. Nossos corpos se tocavam gentilmente o tempo todo, mas havia gente por perto. A última poltrona do lado direito é separada de nós apenas pelo corredor estreito, mas fica posicionada um pouco mais à frente, dificultando um pouco a visão. Era ocupada por um cara grandão de cabelos cacheados e óculos escuros. O garoto e eu íamos colando cada vez mais nossos corpos, mas foi um processo lentíssimo, de uns 40 minutos. Só então, totalmente do nada, ele mostrou seu pau duro sob a calça colada, olhando em meus olhos por sobre a máscara protetora, ainda obrigatória em transportes públicos. Sorri maliciosamente e agarrei a rola bojuda com força. Não pensei para agir, como imagino que deva ser para se jogar de paraquedas. Logo estava com a mão dentro da calça do moleque. Mantinha a atenção no cara da poltrona ao lado, seria bastante constrangedor se ele virasse o rosto em nossa direção. Mas foi a senhora que estava sentada na poltrona à frente da minha que levantou-se para descer em Guarulhos. Então o moleque pegou sua mochila e pôs no colo para ocultar nossas safadezas. Fui descendo a mão pelo períneo e cheguei ao buraquinho. Depois meti a mão por trás, por baixo dele, e fiquei brincando só no cuzinho. Ele deu uma pegada no meu pau, mas estava meio mole. Cheguei a dar uns beijinhos nele, no pescoço, orelha, mas o cara era frio, distante. Ou talvez estivesse nervoso com a situação. Perguntei se ele era da minha cidade e apenas disse que não. Seguimos o resto da viagem em silêncio e restringiu-se a dizer tchau quando se levantou. 
   Minha consulta era com urologista numa clínica que trata de disfunção erétil. Nas consultas que fiz até hoje (dr. Consulta) apenas sugerem uso de Viagra e Cialis, não pedem exames mais específicos, não sei o que tenho, é sempre um atendimento displicente e frustrante. E não há melhora alguma. Só piora, na verdade. O médico foi atencioso, fez um exame para verificar a sensibilidade do pênis, que está muito boa, nem em excesso (o que pode gerar ejaculação precoce), nem falta de sensibilidade, está no nível considerado ótimo. Já o exame da circulação (doppler peniano) mostrou que há uma obstrução nas artérias que fazem a irrigação do órgão, comprometendo em mais de 50% o fluxo sanguíneo necessário para uma boa ereção. Depois da consulta, o médico me encaminhou a uma sala onde um carinha com uma vibe constrangedora de coach tentou me convencer a pagar 10K por medicamentos manipulados para 3 meses de tratamento e prometendo algo como 90% de recuperação nesses 90 dias e "cura" completa em até 1 ano. Assim mesmo, sem apresentar qualquer estudo científico que embasasse a experiência nem explicar porque a droga custaria essa fortuna. Fui pego desprevenido e na hora não pude confrotá-lo, mas saí de lá com o estômago revirado de imaginar quantos homens, desesperados com toda a pressão que nossa cultura joga sobre a performance sexual masculina, acabam caindo nessa conversa e vão enchendo os bolsos desse pessoal inescrupuloso. Mas agora tenho ao menos uma direção para me tratar. Já mudei bastante minha alimentação no último mês e, da próxima vez que for a SP, vou procurar outro médico para um tratamento que ajude a desobstruir essas artérias e meu corpo todo, pois tenho certeza de que muito do cansaço extremo que sinto nos últimos anos deve ter relação com isso.
   Fui, como de praxe, ao Cabine's. Nada muito promissor, ninguém que tenha me interessado realmente, mas fiquei com um carinha gostosinho, alto, barba espessa, bom porte físico, uma bundinha deliciosa, com uns pelos no cuzinho que me deixaram com muito tesão. Meti a língua e fodi gostoso até encher de porra dentro. Mas foi a única transa pelo que me lembro, e não houve entre nós nada além da pegação. Sequer conversamos.
   Era sexta-feira pré carnaval, 17/02/2023 e a rodoviária estava lotada na hora da volta. Esperei mais de uma hora até chegar o horário da passagem que consegui trocar para mais cedo, porque estava muito cansado e resolvi voltar antes. Consegui o mesmo número 45. Fiquei sentado observando dois jovens de por volta dos 20 anos conversando. Ambos eram muito bonitos. Um deles era bem tipo garotinho, branquinho, cabelos sedosos castanhos claros, rosto perfeito, com sorriso doce e encantadoramente imaturo. Lábios de um vermelho vivo, nariz com uma curvatura elegante que o torna levemente arrebitado, olhos escuros e vivos, quase sem vestígios de barba. O corpo era fortinho e sensual, contrastando com a doçura do rosto. O outro garoto era  quase oposto ao primeiro, mas igualmente delicioso. Bem mais alto e magro, tinha musculatura bem definida e pêlos escuros e finos nas pernas, braços, axilas (estava de regata) e no abdômen definidíssimo (que exibiu algumas vezes ao passar a mão de forma muito sensual, para delírio e tortura dos meus olhos). Os pés e mãos eram hipnotizantes, de formas perfeitas, de extrema masculinidade em ossos, músculos, tendões e veias. Apesar de ser muito jovem, tinha um tipo mais "homão", com rosto de traços bem mais finos e fortes que do outro menino, com bastante barba que, apesar de raspada, era impossível esconder. Sobrancelhas grossas sobre olhos sérios e espertos, nariz pontiagudo, queixo quadrado, pele bronzeada, todo ele malícia e malandragem. Uma delícia. Foi até difícil abandoná-los quando se aproximava a hora da viagem. Ao chegar à plataforma de embarque, soube que os ônibus estavam atrasados. Muita gente amontoada aguardando e vi um cara que me pareceu familiar. Alto, corpo forte e com um pouquinho de barriga, grisalho, rosto interessante com um certo prognatismo. Um tipo bonito, charmoso. Ele também me olhou, nos cumprimentamos de longe, meio sem graça, e ficamos nos olhando durante a espera. Felizmente o ônibus, apesar do tumulto, não ficou muito cheio. Por coincidência, esse cara estava sentado na poltrona na frente da minha. Sem ninguém ao meu lado e nem no dele. Parecia indócil olhando para mim, desconfortável por não estarmos juntos. Quando o ônibus ia partir, entrou uma família e foram sentando em poltronas separadas ao longo do ônibus.  Um menino pequeno veio sentar ao lado do cara e uma senhora idosa, que devia ser avó do menino, estava se preparando para sentar-se ao meu lado quando o cara se ofereceu para trocar de lugar com ela, assim ela cuidaria do garoto (e ele de mim). Não demorou muito para puxar assunto. Mora em SP, 40 anos, tem um cargo alto numa instituição financeira poderosa, casado com um cara mais velho. Eles têm casa na minha cidade e passam os finais de semana aqui. Para minha surpresa, o cara me conhece, sabe da minha profissão e até depois descobri que me segue no Instagram com uma conta profissional. Foi logo dizendo que o seu casamento é antigo e que hoje não são monogâmicos. Não demorou muito para rolar um beijo e ficamos nos pegando sem lembrar da vovó com o menino sentados a dois palmos na nossa frente. Logo estava com o pau pra fora, um puta pausão grosso da porra. Detesto cara que empurra minha cabeça pra chupar, fico enojado com esse comportamento. Sobretudo num ambiente público, com gente em volta. Mas, ainda assim, um tanto contrariado,  dei uma chupada naquele tolete e fiquei com tesão. Quis que eu virasse a bunda pra passar o pau em mim, mas fiquei com vergonha. Tentou diversas vezes dizer algo no meu ouvido, mas tive cócegas e um ataque de riso irreprimível e escandaloso todas as vezes. Quando estávamos chegando à rodoviária, sugeriu que eu pegasse uma carona com o marido, mas declinei, fiquei tímido. Falamos um pouco por whatsapp, pensamos em marcar algo, mas não rolou. E não senti confiança. Essa história de querer colocar o marido no rolo, que nunca vi nem sei como é, me deixa com o pé atrás.

sábado, 25 de março de 2023

Tempestade Elétrica



Quando você chega à meia idade sem ter conseguido estabelece um único relacionamento romântico mais íntimo, um namoro, a sensação de desamparo e solidão torna-se incômoda, sobretudo porque vai-se tornando mais "invisível" com a idade, cada vez menos desejável.  Mas desde a puberdade desenvolvo paixões platônicas, crio histórias mirabolantes, muitas vezes com absolutos desconhecidos ou caras que conheço muito superficialmente. Nos últimos anos, fiz 49 recentemente, a frequência diminuiu bastante, mas ainda acontece. Por questões profissionais, passei a frequentar uma rua da minha cidade por onde nunca passava. Já na primeira vez que tive que andar por ali, olhei para dentro de um café e vi, atrás do balcão, um rapaz que me chamou a atenção imediatamente. Ele também me viu pela vidraça, senti uma coisa em seu olhar (claro que provavelmente essa "coisa" só existe na minha cabeça) e, impetuosamente, entrei. Nos segundos em que caminhei da porta até o balcão, nossos olhares se tocavam sensivelmente, ele me deu uma piscadinha antes de iniciar o atendimento. Havia também uma senhora uniformizada dentro do balcão. Escolhi um doce, mudei de ideia, pedi outro, ele me serviu e me sentei para comer. Não conseguia desgrudar os olhos do rapaz. É jovem, menos de 30, cabelos escuros bem curtos, pele clara, grossas sobrancelhas, expressivos olhos escuros, com longos cílios de poeta atormentado. A mim, parece ter ascendência ibérica ou talvez até no oriente médio. Acho que os traços e proporções do seu nariz me trazem alguma informação nesse sentido. Ou seus grandes olhos amendoados. Sua beleza me intriga. A elegância do perfil, o formato dos dedos, a barba escura que atravessa a pele e, sobretudo, aquele algo que transborda, indefinível e impossível de ser ignorado. Tem um jeito reservado, sério, e uma delicadeza nos modos, algo quase adolescente na maneira como se move. Percebi que ficou incomodando ou talvez constrangido com meus olhares. Disfarcei, me contive. Comi rapidamente, paguei e fui embora. Mas com a sensação de que tinha deixado qualquer coisa de muito minha naquele café. Essa é a dimensão da minha loucura, da minha carência. É assim que começa uma obsessão, que se autodestruirá em, no máximo, alguns meses. Baixei o Grindr na próxima esquina e o procurei. Falei com um cara, perguntando se era ele. Louco, louco, louco. Um imbecil completo. Aliás, como odeio o Grindr e afins, desinstalei logo em seguida. Desde então, sempre que sei que vou passar pelo café, fico ansioso, tenho vergonha de entrar, de olhar pela vidraça. Semanas depois, entrei. Fui atendido por uma moça, tomei um suco e fui embora. Nada dele. Entrei no Instagram do café, tem um vídeo dele falando sobre tipos café, um tanto tímido e sempre seríssimo. Com muita dificuldade encontrei seu perfil pessoal, mas é fechado. Na Bio diz ser pai de uma criança. Com migalhas de informações produzo um banquete, e já me vi criando uma família com o rapaz, ganhando um filhinho aos quase 50 anos. Que criança adorável ele era nos meus devaneios, e que pai maravilhoso eu seria! (provavelmente a criança sofreria horrores com dois pais tão travados, inseguros e fechados). Rio da minha estupidez, mas é extremamente prazeroso criar uma história sobre o nada. Ou quase nada. Vou pinçando apenas o que me convém para que o engodo não me traia. A impossibilidade prática de que qualquer coisa aconteça é minha vasta margem de segurança. Acredito que nem seja capaz de me envolver de fato com alguém, aturar e oferecer tudo o que nos torna insuportáveis uns aos outros. E morro de pavor de rejeição. Talvez este seja o grande nó da minha existência: nunca me senti amado, e a busca por esse amor, por aceitação e pertencimento, se misturam ao medo de constatar que é inatingível para a maioria das pessoas. Algumas semanas depois voltei para outro suco. Ele estava sozinho nessa tarde. Usava uma bermuda sob o avental e observei seu corpo, seu andar, enquanto atendia outras mesas. Fiz questão de focar em suas pernas enquanto o via descer a pequena escada de 3 ou 4 degraus à frente da minha mesa. Certamente notou meu interesse em suas pernas. Num outro momento, eu estava virado de costar para observar um quadro na parede e, pelo reflexo no vidro que protegia a ilustração, vi quando se aproximou e seus olhos percorreram meu corpo de cima a baixo, com curiosidade. Não sei o que motivou essa curiosidade. Eu também estava de bermuda e ele também observou bastante as minhas pernas. Quando fui pagar, perguntou despretensiosamente: mais alguma coisa, chefe? Sim, o cara me chamou de "chefe". Nesse momento, todas as minhas ilusões ruíram estrepitosamente. Outro dia nos cruzamos na mesma rua do café, ele falava ao celular andando apressado e fiquei com vergonha de encarar. Foi um encontro estranho. Parecia contrariado na conversa, ou preocupado. Tive uma outra impressão do seu corpo nessa situação, me pareceu menos idealizado talvez, mais comum. Talvez ele não ter dado atenção tenha disparado a necessidade de rejeitá-lo de alguma forma. E na semana passada, outra vez um encontro, em outra rua. Eu o reconheci de longe e fiquei envergonhado, tentei evitar, fingindo olhar as vitrines. Mas logo nossos olhos estavam conectados. Eu não sabia o que fazer, nunca sei o que fazer, e deixei assim, olhos nos olhos ("Quero ver o que você faz"), aguardando. Ele parecia bastante empenhado em manter seus olhos nos meus, parecia querer se comunicar. Provavelmente fora do ambiente de trabalho seria mais propício para uma abordagem. Fomos nos aproximando muito, nossos rostos chegaram a ficar numa distância de dois palmos, viramos levemente as cabeças em direção ao outro, como quem diz: estou olhando para você, quero olhar para você, vejo que você está me olhando também e sabe que estou te olhando, "quero ver o que você faz". Se eu tivesse um mínimo de atitude, teria parado e olhado para trás. Não sei se ele fez isso, mas com certeza se eu tivesse feito, ele teria percebido e poderia escolher parar também. Fiquei perturbado com esse encontro. Fantasiando milhões de conjecturas. No dia seguinte, ao passar pelo café, nos olhamos pela vidraça, como no primeiro dia. Meu coração batendo forte, ele parecia nervoso também. Talvez a gente imagine perceber nos outros o que nós mesmos estamos sentindo e desejando. Dias depois, fui todo arrumado e perfumado, decidido a entrar novamente, mas a vergonha me impediu. Passei reto na ida e na volta. Ontem, entrei. Ele estava de costas no balcão e um senhor de idade o acompanhava. Os traços evidenciavam o parentesco, com certeza é seu pai. Ele se virou, cumprimentou, pedi meu suco e sentei numa mesa. Olhava para ele timidamente, de canto de olho. Quando trouxe o suco, que estava delicioso, senti nossos dedos se tocarem quando me passou um canudo. E vi, na mão direita, a aliança de ouro. Um homem comprometido e com filho não parece promissor, mas eu queria saber apenas do momento presente. Uma tempestade elétrica em um toque de dedos, numa fração de segundo, mínimos milímetros de contato, e a maciez da sua pele me transmitiu tamanha energia e emoção. Tudo fruto da minha imaginação, provavelmente. Mas era assim que o tal "momento presente" se manifestava.  Bebi o suco como se lambesse seus dedos cabeçudos que tocaram aqueles morangos e laranjas durante o preparo. O desejo é doce e ácido como laranja com morango. Quando fui deixar o copo no balcão, ele veio buscar, olhando para minhas mãos e o tomou de mim, resvalando o dedo extremamente macio novamente na lateral da minha mão esquerda. "Mais alguma coisa, chefe?". A mesmíssima sensação. Impossível não pensar em como seria tocar seu corpo inteiro, tocar seu corpo todo com o meu corpo todo, pele com pele, e toda essa energia poderosa tomando conta de nós. Uma vez conheci pela internet um cara de família russa que morava em Londres e estava em São Paulo de férias, visitando a família. Nos encontramos para um cinema, e toda vez que nossas peles se esbarravam, eu sentia essa mesma energia faiscante. Fiquei fascinado quando ele disse espontaneamente que sentia essa mesma energia em minha pele. Ou seja, não era coisa da minha cabeça. O segundo encontro foi no apartamento onde estava hospedado, e transamos. Foi péssimo. Zero química, zero tesão, zero faíscas. Não há como prever como seria com o boy do café, não há como saber o que se passa dentro dele, e não sei me aproximar nessas situações, puxar assunto. Até tentei fazer uma pergunta sobre a decoração do café, mas a resposta foi seca e breve. Irei atualizando o conteúdo deste POST se houver motivo. O que você faria nessa situação? Tentaria esquecer ou se aproximar? Ou apenas viveria esse prazeroso frisson de mais uma paixão platônica para preencher a tristeza dos dias?

Atualização besta #1: tenho evitado passar na frente do café e, quando passo, não olho pra dentro. Fiquei um tanto antipatizado com a atitude do menino porque sinto que há um interesse, mas ele não faz um mínimo esforço para se conectar. E eu entendo perfeitamente, já estive nesse lugar de restrição, e no caso dele há um provável relacionamento hétero e um filho para dificultar, mas, para um coroa tímido como eu, é angustiante tentar estabelecer algum contato e levar vácuo sempre. Minha reação natural é passar a ignorar, para ferir deliberadamente ou cortar de vez o que pode vir a me machucar - por não existir de fato ou não poder se concretizar, por indisponibilidade emocional ou seja lá o que for. Mas tem um ímã naquele café que ainda me envolve e puxa meu corpo sem dó. É vontade de olhar para ele e ser impactado por sua passividade nervosa, sua inquietação ostensivamente velada em calma, indiferença e seriedade. Há esse grande prazer em olhar, observar detalhadamente sua figura e tentar entender porquê me toca tão fundo. Muitas vezes me interesso por alguém em quem consigo vislumbrar a mim mesmo em algum momento em que precisei de ajuda e não tive ninguém. Ou seja, qualquer momento da minha vida. Na sexta-feira passada ia passando pelo café, mas pela rua lateral, não a da frente da loja (fica numa esquina). Atravessei a rua diante da grande vidraça. Do outro lado da rua já vi seu vulto inconfundível. Havia uma mesa ocupada por duas senhoras e ele estava em pé diante da mesa ao lado, de costas, arrumando uma bandeja, provavelmente para recolher ao balcão. Virou-se e me viu atravessar a rua. Parou. Parou para olhar para mim. Fiquei nervoso, excitado, todo meu plano de vingança destruído, de certa forma enternecido por ele parar para me ver, sem se preocupar com as clientes ao lado. Senti uma coisa forte no ar, que preciso repetir que não passa de loucura da minha cabeça, mas era quase que um pedido de socorro, era quase como visualizar finalmente essa poderosa força de atração, era quase como imaginar que ele pensa em mim durante seus dias, que eu existo para ele como ele existe para mim, era quase como uma promessa louca e inescapável enquadrada pela janela indiscreta numa tarde nublada qualquer. Era quase e não era nada. Que o quase, concretamente, não é, não existiu. Foi difícil atravessar aquela rua olhando os seus lindos olhos, me sentindo exposto, ridículo, desejado. E triste. 

Atualização mais besta ainda #2: esperava para ir ao dentista e, mesmo não tendo comigo nada para fazer a higiene bucal, fui ao café fazer hora. Tinha várias mesas ocupadas e o garoto estava no mezanino atendendo um casal que falava bastante. A senhora estava no balcão e me atendeu. Sentei numa das poucas mesas que ficam próximas do balcão e ela me serviu. Observei o garoto atendendo, seu perfil bonito, seu sorriso simpático. E na hora de pagar, era com ele. Havia uma pequena fila e esperei ao seu lado, um pouco desconfortável. Foi breve, corriqueiro, "mais alguma coisa, chefe" e coisa e tal. Ou seja, nada. Ou nada do que eu esperava. E entendi que não há nada e que o que eu quero é na verdade um escape de uma vida monótona e absolutamente desinteressante e desinteressada que estou levando. Não tenho uma única atividade que me apaixone, não convivo com quase ninguém e vivo soterrado por pessoas tóxicas e afazeres tediosos. Mesmo que eu seja bastante privilegiado por poder trabalhar relativamente pouco, minha vida é uma merda e me perdi de quem eu sou. Isso num momento crítico em que me aproximo dos 50 anos. Não sou um jovem perdido, sou um cinquentão que não consegue mais viver sua própria vida. Só me restou um relacionamento imaginário para me sentir minimamente interessante para alguém. E talvez o menino tenha me olhado com atenção algumas vezes por pena ou algo assim. Espero nunca mais voltar ao café, ao menos não com a intenção de vê-lo.

sábado, 11 de março de 2023

Whatever

 

Tenho ido muito raramente a SP. Estou passando por um momento difícil. A questão financeira é muito importante, mas também há sérias questões familiares, políticas, profissionais e pessoais. Sinto-me desanimado e triste. Como se minha vida tivesse chegado a um ponto definitivo que me desagrada quase completamente. Tenho estado bastante desinteressado por sexo e tido pouquíssimas experiências na minha cidade. Mas há momentos em que a libido explode e não tenho com quem extravasar. É angustiante. Num desses episódios, me mandei pra SP à procura de alguma aventura que me saciasse. Era um sábado e fui ao Cabine's bar sonhando em rever alguns caras que já encontrei por lá. Geralmente sábado é uma noite ótima, bem animada, mas estava horrível. Pouca gente e ninguém interessante. Uma imensa decepção para mim, depois de meses sem sexo. Eram mais de 18h quando decidi ir para outro lugar. Aos sábados meu último ônibus para voltar para casa é ainda mais cedo. Corri pro Dedalos Bar, na República. Estive lá logo que inaugurou, mas estava completamente vazio e não fiquei. Alguns caras têm me falado de lá, e tinha alguma esperança, mas também medo de outra decepção e de ter que voltar para casa sem nada na lembrança. Nos arredores, inúmeros traficantes me ofereceram padê aos gritos. Fiquei um pouco desconcertado. A revista para entrar na casa é praticamente na rua, o que também é algo constrangedor para tímidos como eu. O clima é totalmente diferente do Cabine's. É mais festivo, clima de balada, garotada animada. Estava bem cheio. A casa até que tem uma boa estrutura e o público é bem diverso. Todos os tipos de homens aparecem por lá, mas a grande maioria é de jovens. No térreo tem um bar simpático, circulado por uma espécie de arquibancada e uma área de armários com senha para o cliente guardar suas coisas e suas roupas, se quiser ficar sem elas. Muitos caras ficam sem camisa, outros de sunga ou jockstrap. O andar superior é o labirinto. Dificílimo de entender a geografia por enquanto. Algumas áreas sem luz, outras a meia luz, algumas cabines privativas. Estar num lugar novo já é estimulante. Não vi um único conhecido. E felizmente havia alguns caras muito interessantes. Fiquei bastante atraído por um moço de longos cabelos claros e ondulados. Estava só de sunga e tênis, rosto lindo, corpo gostoso, bronzeado. Sequer reparou na minha existência. Tinha também um coroa bonito, cara de safado. Ficou me olhando com bastante interesse. Comeu um cara no meio do corredor, olhando nos meus olhos. Outro bonito era loiro, baixinho, musculoso, talvez por volta dos 40 anos. Olhou pra mim diversas vezes, mas era o tipo fugido. Estava acompanhando também, não sei se eram amigos ou namorados. Eu não estava muito para ferveção ou "putaria". Como eu odeio essa palavra! Mas eu não estava pra putaria, sacanagem, zoeira... whatever. Queria me sentir desejado, olhado com atenção e respeito, receber e dar carinho, e uma boa transa. Do nada, me apareceu um cara olhando para mim, sorrindo. Mais ou menos da minha altura, rosto simpático, harmonioso, cabelo liso escuro, com uma franja meio de lado, corpo absurdo de lindo. Foi simples e fácil nossa aproximação, ele me levou para uma cabine espaçosa e bem iluminada. Fiquei muito satisfeito quando ele fechou a porta, nos isolando da bagunça. A porta fechada criara um mundinho particular para dois estranhos. Foi delicioso conversar com ele, acariciando sua pele e cabelos macios, beijando sua boca fresca e apertando sua musculatura vigorosa. Seu corpo se tornava mais deslumbrante a cada minuto em que o conhecia um pouco mais. Perfeição de formas e proporções. É um homem doce, cheio de sonhos, potencialidades e ambições. Tem uma trajetória de superação, com episódios sofridos e muita luta. E sua doçura permanece intacta. De toda a sua beleza, a bunda e o peito sobressaem. Entre eles, a cintura fina que me deixa doido de tesão. Lambi seus peitos redondos, seus pequenos mamilos rosados. Meti a língua naquele cuzinho delicado e ele delirou. Seu pau era bem pequeno e não tinha ereção. 

Fiquei excitado como há muito tempo não ficava. A penetração foi sem camisinha e um pouco difícil para ele, mas meu pau estava ótimo quase o tempo todo. Depois de um tempo me desconcentrei e perdi a ereção. Voltei a lamber aquele cu maravilhoso, coisa que nunca tinha feito na vida (lamber depois de ter penetrado), porque me causa má impressão. A ereção voltou boa e prosseguimos. Quero uma leitada, me marca. Fiquei um tanto cabreiro com esse "me marca", expressão usada por quem deseja ser contaminado com HIV. Mas eu já estava muito perto de gozar e gozei. Conversamos mais um pouco, mas não tive coragem de questioná-lo sobre isso. É um assunto que evito ao máximo infelizmente. Ele foi embora e fiquei sentado um tempinho no bar. Um cara simpático veio conversar, era engraçado mas não me atraiu. Tive muito medo de caminhar até o metrô tão tarde de noite naquela região. O centro de São Paulo está muito triste e abandonado, como há muito tempo não se via.

quinta-feira, 9 de março de 2023

Esfinge Sorridente

 Uma terça feira de calor no meio do último inverno. De tarde, tive que voltar à rodoviária para guardar algumas compras no guarda volume. Antes de pegar o metrô de volta, fui checar o banheirão. Logo que me aproximei dos mictórios, vi dois caras saindo meio afobados. Um garoto jovem, negro, bonitinho, e um cara maravilhoso. Era bastante jovem também, alto e com um puta corpo incrível. Usava máscara contra covid, mas o rosto era muito chamativo. Olhou para mim com extremo tesão enquanto arrumava o pau duro na calça jeans e voltou para o mictório do meu lado. Que homem lindo, que rola linda. Meu pau estava mole, tranquilão, e não era isso o que ele queria, claro. Sinalizei querer tocar seu pau e ele deixou. Mas logo saiu um cara de uma cabine e o garotão ficou nervoso e foi embora. No início da noite fui para o Cabine's Bar, como tem sido meu hábito sempre que vou a SP há alguns anos já. Quero conhecer lugares novos, rotina é quase sempre angustiante e burra, mas fico preso a boas memórias do Cabine's e parece que, se eu não for, vou perder uma grande transa.  Achei que estivesse vazio por ser terça-feira, mas tinha bastante gente até. Fiquei surpreso com mais uma reforma que fizeram no ambiente, desta vez com evidente melhora, finalmente uma reforma bem pensada. Agora as cabines são mais espaçosas e confortáveis, há iluminação, os monitores de vídeo funcionam. Infelizmente o piso de metal não foi soldado, reformado como deveria, só o recobriram com piso emborrachado, aquele preto de moedas. Foram alteradas as divisórias dos ambientes e custo a entender onde estou. Tive um primeiro encontro num dark Room que está realmente muito escuro, sequer consegui distinguir quem era o cara, mas tinha um pau gostoso e dei-lhe uma chupada. Não gosto dessa sensação de tocar intimamente alguém que não sei quem é. De homem bonito mesmo, acho que só tinha um nessa noite. Estatura baixa, pele morena, barba e cabelos castanhos, corpo bom e um rosto lindo. Ficava parado com ar blasé, como se não estivesse ali pra trepar, como todo mundo. Não olhava para mim nunca. Mas o reconheci no dark, estava em pé de frente para a entrada, e atrás dele um cara fodia sua bundinha. Sua camisa branca estava desabotoada e toquei seu peito, o abdômen. Não esboçava reação alguma. Fui beijando seu corpo até chegar ao pau. Tudo cheirosinho e delícia. Fiquei chupando e abrindo a bunda dele pro cara socar. Voltei aos mamilos, beijei seu pescoço e saquei que ele estava curtindo tudo que eu fazia, mas não demonstrava nada. Como saquei? Talvez seja apenas fantasia da minha cabeça. Mas não curto gente que não sabe retribuir. Larguei mão e saí. Um pouquinho mais tarde, nos cruzamos no corredor das janelas e dessa vez ele me olhou com interesse evidente. Olhei para trás e ele também se virou, com olhos que gritavam "vem ni mim". Aí eu fui, né... Entrou numa cabine e o segui. Fechei o trinco, um pouco trêmulo de insegurança, e me virei para ele. Sua atitude era amistosa, mas tinha voltado o mesmo ar indiferente que identifiquei logo de cara. Eu o beijava, acariciava, enchia de elogios, mas se mantinha qual uma esfinge sorridente. Nenhuma atitude, nenhum afago. Curiosamente seu pau estava o tempo todo absolutamente ereto, ao contrário do meu, que não esboçava qualquer energia. Eu sabia que essa atitude dele era definitivamente brochante para mim, mas fiquei com vergonha, menti que já havia gozado há pouco. Ele não pareceu se incomodar com meu pau mole. A única atitude que teve nos, digamos, 30 minutos em que estivemos na cabine, foi abaixar minha calça e mordiscar meu pau por sobre a cueca. Foi excitante em alguma medida e quando fui segurar sua cabeça, repeliu minhas mãos, me queria agora impávido como ele. Chegou a tirar meu pau pela cava da cueca e dar uma chupada gostosa, mas meu pau não correspondeu muito. Ainda conversamos um pouco enquanto eu o abraçava e beijava, mas fui ficando sem graça, como se estivesse tomando o tempo do cara, pois entendi que não ia progredir para nada além daquele lenga-lenga. Antes de nos despedirmos, quis passar seu Instagram para que eu o seguisse. Jamais contem comigo para adular macho na internet. Passamos a nos ignorar quando nos encontrávamos. 

O movimento foi minguando e eu não teria mais tanto tempo ali. Aproximou-se um cara em quem eu já havia reparado. Boa estatura, cabelos longos meio claros, corpo um pouco "acima do peso", modos ostensivamente masculinos (o que geralmente detesto). Me encarava. Havia qualquer coisa nele que me interessou. Um lance de energia talvez. Não era bonito, tampouco feio. Encarava sem medo, quase agressivamente, e quando eu mantive os olhos nele, me deu um beijo na boca. Um bom beijo. De gosto bom, com energia e gentileza. Entramos numa cabine. O cara era super simpático e safado. Gente que gosta de contato, de sexo, é outra coisa. Quando tiramos os paus pra fora, observou que eram bem parecidos, em forma, cores, tamanho. Cada um deu uma boa mamada no outro. Virei ele de costas e meti a língua no cuzinho deliciosamente rosado. O cara não esperava por isso e ficou louco de tesão. Ou talvez porque esperasse por isso secretamente. Meu pau ficou bem duro e comecei a roçar a cabecinha na rosquinha rosada. Ele ria, dizendo que não costumava dar. Posso tentar? Bem devagar? E assim fui entrando no cuzinho apertado e umedecido pela minha língua. Ele me xingava sorrindo e, depois que me alojei todo dentro dele, queria que fodesse com força. Era uma bela visão a bundinha de macho, muito branca e totalmente desprovida de pelos, aparecer entre as aberturas da camiseta e da bermuda pretas. Seus braços musculosos, as mãos másculas abrindo a bunda, o cu cada vez mais vermelho engolindo minha rola. Pediu porra dentro. Virava o rosto para trás e pedia pra bombar cada vez mais forte. Tirei o pau algumas vezes só pra ver aquele cu lindo abrindo pra mim. Dava umas palmadas na bundinha e voltava a meter  Fiquei cansado de foder com tanta força e rapidez, a idade e sedentarismo cobram seu preço, mas fui até o fim, jorrei porra dentro do furico quente. É tão bonito te ver fodendo, me disse. "Da próxima vez, eu que vou te comer". Também passou o Instagram, e também não segui.