domingo, 29 de novembro de 2020

Encoxando Mesmo

Esta história aconteceu em 2013, mas volta à minha cabeça muitas vezes. No dia anterior, eu tinha pego uma moto táxi pra ir ao médico. Não existia Uber na minha cidade e táxi comum era muito caro, então eu usava bastante esse serviço, apesar do nojo de usar os capacetes (geralmente com um cheirinho azedo). Desta vez, era um carinha muito bonitinho: loiro, olhos claros, bronzeado de sol, magrinho, tatuado. Era de manhã bem cedo e eu estava morrendo de sono. Fez questão de me esperar (eu só ia entregar uns exames) e me trouxe de volta. No dia seguinte eu precisava ir ao banco sacar dinheiro pra pagar o pedreiro que estava reformando minha loja. Era bem no meio da tarde, fazia calor. Fui tomar uma moto pra voltar logo, e o mesmo motoboy me atendeu. Mal saímos, o contato da sua bundinha com o meu pau me deixou duro. Ficou uma situação constrangedora porque ficou evidente que ele sentiu minha ereção. Olhava pra trás, pra minha virilha. Inicialmente eu não estava entendendo qual seria sua reação. Depois ficou de pé na moto, não sei se pra mostrar a bundinha pra mim ou pra voltar a sentar, quase no meu pau, deslizando no meu colo. E veio sentar bem junto de mim, colando as costas no meu peito. Eu estava meio tímido, mas fui forçando o corpo contra o seu. Forçando MESMO, ficamos colados, com uma pressão forte entre nossos corpos. Ali eu já estava bem mais seguro. O trânsito era intenso àquela hora, e os carros passavam por nós, naquela situação e fazendo cara de paisagem. Numa subida, ele resolveu passar por entre os carros e me pediu pra fechar as pernas, encoxando mesmo. Era uma desculpa pra aumentar o contato dos nossos corpos ou estratégia pra proteger meus joelhos de se chocarem contra os carros? Nunca saberei. Eu só pensava em abraçar seu corpo e tocar sua pele. Lembrando hoje, pela distância da minha casa ao banco, foram dos 5 minutos mais longos da minha vida.  Tanta coisa se passou no meu corpo, na minha cabeça, nas minhas emoções. Quando chegamos, ele perguntou se queria que ficasse esperando para me trazer de volta. Meu cálculo foi o seguinte: 1- eu tinha mais alguma bobagem para resolver no centro, nada urgente. 2- Eu tinha que voltar logo pra liberar o pedreiro. 3- Eu queria continuar me roçando no menino, mas se a gente - sei lá, vai que - se a gente fosse pra algum lugar se pegar, eu estaria com a grana do pedreiro e não conhecia o garoto. Como confiar? Em resumo, dispensei. Senti que ele ficou um pouco decepcionado. Nunca mais o encontrei, infelizmente. Mas consigo sentir seu corpo juntinho do meu sempre que lembro dessa história.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Como Duas Maçãs em Minhas Mãos

Voltei a SP no dia 20 de novembro para ir ao urologista. Há anos venho enfrentando problemas de ereção, mas agora está pior que nunca. Quando iniciei minha vida sexual, por volta dos 25 anos, era tão fácil e natural, a energia era tamanha que achava estranhos os relatos de impotência, me parecia algo que jamais me ocorreria. Aos 30 anos já comecei a perceber algumas alterações. Se muito ansioso com o parceiro, oi se acaso percebesse alguma desatenção ou rejeição, como não querer me chupar, perdia a ereção. E vem progressivamente piorando com os anos. Hoje tenho quase 47 e minhas ereções são inconsistentes até numa masturbação solitária e a penetração é difícil. Já tinha ido a um urologista anos atrás, mas nada foi constatado. Fui encaminhado para terapia, tomei antidepressivos. É um problema difícil de se resolver. Hoje acredito que tenha causas físicas envolvidas. O jovem médico que me atendeu era um homem bonito, apesar de a máscara só deixar à mostra os seus olhos (claro que depois procurei fotos dele na internet, e é realmente bem gato). Olhos grandes e escuros, em contraste com a pele clara, expressivos com seus longos cílios por toda a volta. As mãos também eram muito bonitas. Tenho fixação em mãos e pés bonitos. Conversamos um pouco, me examinou muito rapidamente, pediu 11 exames clínicos iniciais, aumentou a dosagem de sildenafil (Viagra) e recomendou voltar à terapia. Fiz mais de 10 anos de terapia e não sinto vontade de voltar. Também não estou em condição financeira propícia. Vou agendar os exames esta semana. 

Depois de resolver mais algumas pendências, fui até a estação Hebraica-Rebolças da CPTM, porque na internet é famosa por ter o banheirão mais movimentado de SP. Olha só a que ponto chegamos! É um banheiro minúsculo e não tinha ninguém, uma grande decepção. Fui para o Cabine's Bar, onde cruza a Paulista com a Consolação, em cima duma sexshop. Nos últimos anos, é geralmente ali onde faço sexo. Conheci pesquisando pela internet. É barato para entrar (20 reais hoje em dia) e menos trabalhoso que uma sauna. Saunas são mais confortáveis, claro, mas são caras e você precisa tirar a roupa, se molhar. Não me sinto mais tão a vontade em estar sem roupa em público. Estou ótimo para a minha idade, mas não faço exercícios há muito tempo e me sinto constrangido diante dos garotões de corpos quase perfeitos. Em compensação, o Cabine's Bar é um ambiente decrépito. Sempre fazem reformas, mas sem o investimento e senso estético necessários para torná-lo minimamente atraente. Com um bom projeto arquitetônico e luminotécnico, fariam fortunas com aquela espelunca. Na área das cabines propriamente, o piso é de uma chapa metálica, que duvido que vá suportar o peso de tantos homens por muito tempo. Dá medo daquilo. No mais, é tão nojento quanto qualquer cinemão do centro, mas a frequência é muito melhor. Sempre aparece ao menos um ou dois caras interessantes. E dependendo do horário e do dia da semana (ou da sua sorte), tem vários. Geralmente as sextas, segundas e quintas-feiras, nesta ordem, são os melhores dias, sobretudo entre 17h e 20h. Tem a área do bar (cafonérrimo), a área do banheiro (assim mesmo, no singular, pois só tem um banheiro, e bem podre), um corredor com as cabines (acho que são oito, sendo dois pares de cabines interligadas por glory holes), 2 dark rooms (horrendas e sufocantes), uma sala para exibicionismo e alguns corredores. Durante o dia, as grandes vidraças iluminam bastante o ambiente (eu prefiro), mas de noite é bem escuro. Parece o próprio inferno, mas onde tem uns caras bonitinhos, fica tudo bem melhor. Era sexta feira, 19h, no meio de uma pandemia de proporções catastróficas, na cidade mais atingida do segundo país mais atingido do mundo. E ali a aglomeração era intensa, a maioria dos caras sem máscara. Ao subir a estreita escadaria vermelha e me deparar com tal cenário, quase desisti. Eu teria menos de uma hora e meia para estar ali e vi alguns boys apetitosos. Tinha tomado 100mg de sildenafil e queria me testar. Paguei a entrada e deixei a mochila na chapelaria. Fazia nove meses que não entrava ali. A sensação de estar de máscara era diferente. Ao mesmo tempo em que meu rosto, que é bonito e ajuda a me dar bem, fica escondido, senti uma certa liberdade nova, uma sensação de anonimato reconfortante. Calculo que a área total da casa tenha menos de 150m² e devia ter pelo menos 100 caras naquela noite. Assim que entrei, vi um carinha que é muito meu tipo. Bem parecido com o médico, diga-se. Ele estava conversando num grupinho perto do banheiro e nos olhamos. Bonito de verdade, apesar de algumas marcas na pele do rosto. De jeans preto surrado e sem camisa, corpinho delicioso, estatura mediana pra baixa, magrinho na medida, ombros largos, pele lisinha, clara, sem vestígio de pêlos. Cabelos escuros, olhos verdes claros, cílios fartos, lábios rosados, cara de moleque. Virou minha obsessão instantaneamente. Dei uma geral na casa toda e parei numa salinha que tem uma iluminação vermelha, a tal que chamei "sala para exibicionismo", porque tem iluminação e as paredes têm buracos para quem quiser espiar o que se faz lá dentro. Tinha um cara gato ali, que estava de olho num ursão, que por sua vez ficou dividido entre mim e o carinha. Deixei-os a sós. Não é tão simples voltar a socializar. Sou tímido e introspectivo, tenho medo de ser contaminado e transmitir para minha mãe. Sou meio brocha e tenho sede de sexo. Dilemas de gente branca de classe média. Todas as cabines estavam ocupadas, os dark rooms lotados e meus olhos ainda se acostumavam lentamente com a escuridão. Fiquei andando, escolhendo meus supostos alvos. Voltei para perto do banheiro e tinha um círculo em torno de um bombadinho dando a bunda em pleno corredor. Todos conversavam e interagiam com naturalidade enquanto o cara fodia com força. O garoto bonito tava no mictório, as costas macias à mostra. Veio para o grupinho e pôs o pau pro bombadinho chupar. Algum tempo depois, estavam todos e mais alguns num outro corredor, fazendo as mais altas sacanagens. Fiquei por trás de um magrinho peludo, passando a mão na sua bundinha. Meu pau estava correspondendo bem. Voltei às cabines e fui verificar se uma daquelas com glory hole estava vazia. Abri a porta e vi um garoto alto e magro, de moletom e capuz, encostado na parede, com o pau dentro do glory. Ele se assustou e fechei a porta, fui pra um dos dark rooms. Numa espécie de antes-sala, tinha um cara bem atraente. Alto, pele bem morena, tipo de árabe, forte, barba negra e cabelo bem curto. Percebi que ele também se interessou. Foi se encaminhando para o dark e fui atrás. Estava totalmente escuro e lotado. É um cômodo minúsculo, como um corredor de 4x1m. Fui seguindo o cara até o fundo e nos tocamos. Corpo grande, sólido. O pau não era grande, chupei agachado enquanto metia a mão por dentro da bermuda e apertava suas nádegas redondas e duras como pedra. Depois ele abaixou a bermuda e se virou de costas. Fui lamber a bunda, mas ele me afastou. Estava dando o pau pra um outro chupar. Demorou pra eu entender o que se passava e o que ele queria. Hora de vazar. Quando passei pelo corredor das cabines, uma delas vagou. Justamente a que é interligada com aquela que eu havia aberto. O mesmo garoto estava lá e passou o pau pelo glory. Um SENHOR pau. Gigante, grosso, lindo de morrer, todo depilado. Mesmo sabendo que o cara que tinha acabado de sair dali estava chupando momentos antes, e que sua saliva era um meio de contágio muito eficiente, quis chupar o moleque. Delicioso. Uma rola de uns 22cm, com aquele design dos filmes da Belami. Ele queria foder minha boca, mas não dava, eu engasgo fácil. Botei o pau no glory, e ele veio me chupar. Momentos depois, estava esfregando o cuzinho no meu pau. Não conseguia penetrar, estava difícil. Eu já estava com muito tesão. Botei a calça e fui para a cabine dele. Recebeu-me com certa surpresa. Sempre de capuz, os cabelos longos. Sua imagem era interessante, andrógena, me lembrou um pouco Michael Jackson. A iluminação era parca e virei sua bundinha pra continuar metendo. Ele era apertado e minha ereção já estava falha. Não era bem a pessoa que eu tinha imaginado. Meu pau começou a entrar, e ele disse algo que não entendi. "O quê?"

-Só não goza dentro. Tira antes de gozar.

-Tá

Não tava rolando. Tava sem camisinha, meia bomba, sem entender direito quem era a pessoa ali comigo. Segurei pela cintura, puxando a bundinha pra mim. Quis tocar seus mamilos com as duas mãos. Um choque percorreu meu corpo. Fiquei assustado com o formato e textura dos seus peitos. Eram muito redondos e duros, como duas maçãs em minhas mãos. Eu estava muito confuso e minha ereção degringolando. Compreendi que era uma travesti disfarçada de rapaz. Aquela história do capuz, as roupas largas. Eu não quis ser grosseiro e que ela se sentisse repelida, mas não tinha mais resquício de tesão. Tirei o pau (tinha entrado só a cabeça) e fui me vestindo. Muita coisa passava pela minha cabeça naquele momento e eu não conseguia organizar as ideias. Tentei ser simpático e fazer algum carinho nela antes de sair. É costume meu nesses casos dar uma apertadinha no peito do cara e fiz essa merda de gesto nela, no peito siliconado. Olhava para mim aparentemente apreensiva. Seu rosto muito magro parecia ter sofrido várias cirurgias plásticas. Saí da cabine com enorme alívio. Fui lavar o pau na pia. Os dados que indicam que as travestis são dos grupos sociais mais afetados pelo HIV davam um nó na minha mente. Como se aqueles garotos devassos que me dão tesão não pertencessem ao mesmo grupo. Como se eu próprio não tivesse recorrentes comportamentos de alto risco. Fiquei pensativo e me achando injusto, preconceituoso e hipócrita. Raramente uma mulher me atrai sexualmente, e acho que nunca a ponto de fazer sexo com ela. Talvez com um cara junto, um casal. Mas ali, eu mal sabia o que pensar sobre ela. Tentava entender o que fazia ali e disfarçada. Estaria destransicionando? Ou era mais fácil obter sexo anônimo como garoto que como uma mulher trans? Fiquei bastante curioso e um tanto triste com essas conjecturas, mas não a vi mais. 

Tinha dois caras que eu já conhecia dali mesmo, habitués da casa. Ambos bonitos, interessantes. Um é bastante jovem, belíssimo, alto, negro, musculoso, e o outro é mais baixo, bem bonito também, com quem já fiquei algumas vezes. Mas ele é bem esquisito. Num dia gosta de conversar, no outro faz que não me conhece. Meu tempo tava acabando, devia ter meia hora no máximo. Fui para o dark maior, e na porta estava o garoto de olhos verdes com o bombadinho. Passei a mão no seu peito macio e entrei. Eles entraram depois e fiquei por perto. Logo eu estava chupando o garoto. Seu pau não estava totalmente duro, mas era muito gostoso na boca. Ele se virou pra falar com o fortinho e me deixou beijar sua bundinha deliciosa. Eles estavam sempre com um celular apontado pra algum lugar, não tenho certeza se era pra iluminar ou filmar algo, mas continuei chupando quando o bombadinho começou a foder a bundinha dele. Eu chupava e abria sua bundinha com as mãos - auxiliar de foda. Virou a cabeça pra trás pra beijar o outro e levantou o braço, deixando as axilas expostas. Mesmo no escuro eu via os pelos castanhos na pele clara. Levantei e fui chupar a axila e os peitinhos. Meti a língua pra sentir a pele por baixo dos pêlos, chupei os mamilos. Ele era 100% tentador para mim. Depois fiquei ao lado do fortinho e a gente ia interagindo enquanto ele fodia. Meti dois dedos no cuzinho apertado dele, depois três, e ele seguia fodendo e pegando no meu pau. Eu tava quase gozando, e o pau duraço. Depois eles se viraram e fui tentar foder o fortinho, mas não consegui, meu pau tava meia bomba e ele era bem apertado. Ele continuava fodendo o boy de olhos verdes, que chupava outros caras. Eu estava para estourar de tesão, mas tinha muita gente em volta, fiquei nervoso. Saí dali e chequei as horas: 20h30, estava perto de perder meu ônibus, última chance  pra voltar pra casa. Ao caminhar para o metrô, minhas bolas doíam. Eu pensava que o médico provavelmente me considerou deprimido. Mas eu me sentia encantado pelas experiências miseráveis que tinha acabado de viver.


sábado, 14 de novembro de 2020

Um Estalo




Duas semanas depois da minha "reestréia" (ver postagem anterior), estava voltando a São Paulo. Enquanto aguardava o ônibus, sentou ao meu lado um garoto que parecia bem bonitinho. Magrinho, de camiseta, bermuda e tênis, apesar do frio repentino daquela manhã de primavera. O ônibus das 8h estava quase vazio. Sentei na última poltrona da janela do lado direito, e o garoto magrinho foi sentar na última do lado esquerdo. Ninguém à nossa volta e minha imaginação é frouxa. Como tive a impressão de ser um rapaz bem jovem, evitei olhar muito pra ele. Acho escrotíssimo tiozão dando em cima de moleque. Aliás, quase sempre acho escrotíssimo qualquer um dando em cima de qualquer um. As coisas simplesmente acontecem. Forçar a barra é vulgar, deselegante, inconveniente. Esqueci do boy, me desliguei durante o percurso, mas, lá pro meio da viagem, me deu um estalo. Não entendo muito dessas coisas, mas não posso ignorar o fato de que sou "sensitivo". Tenho uma percepção muito aguda, ou ao menos muito mais aguçada que a maioria das pessoas, de algumas formas de energia. Não é algo consciente, que domino como ferramentas para me relacionar com o mundo, como são os cinco sentidos, por exemplo. Nem sempre é uma percepção tão nítida também. Mas nesse momento, foi. Veio o estalo, e meu pescoço girou na direção do menino. Que olhava fixamente para mim. Por alguns segundos nossos olhos se ligaram, mas fiquei tímido e virei o rosto para a janela. Foi difícil voltar a olhar pra ele, mas então constatei que continuava buscando meus olhos. Desta vez, não desviei. Mantive o olhar, encarei mesmo, e logo veio aquele gesto universal que todo viado que se preze conhece: a mão no pau. E minha reação foi pronta: soltei o cinto de segurança e me mudei para a poltrona ao lado da dele.  Talvez em menos de um minuto já estava debruçado sobre seu colo, com uma rola dentro da boca. Seu rosto sem máscara era um pouco diferente do que havia imaginado. Um rosto interessante, com traços indígenas e não tão jovem quanto havia suspeitado. O corpo era magro, bem equilibrado em proporções, liso e firme. Assim que sentei ao seu lado, pousei a mão esquerda sobre sua bermuda de surfista. Pau duro. Desceu a máscara ao queixo e me cumprimentou com voz forte, grave, e certa timidez. Fazia o gênero hétero esforçado, quase forçado. Pus a mão dentro da bermuda e puxei seu pau pra fora. A circuncisão tinha deixado cicatrizes bem visíveis na pele morena. Era um pau bonito, de bom tamanho e grossura. Nada excepcional, mas naquele momento, dada a surpresa, era bem além do que imaginei para aquela manhã. Seu abdômen definido sem vestígio de pelo, a cintura estreita, as coxas musculosas. Chupei calmamente sob o sol da manhã que entrava pela janela. Pau é macio e delicado, e como é bom constatar isso novamente. Adocicado na ponta da língua. Depois tirei o meu pra fora, e ele parecia hipnotizado. Observei que meu pau está menor, bem menor. Não é loucura minha, depois fui medir e vi que perdi 4cm de pau. Marquei urologista. Ele não sabia disso, claro. Segurou, lambeu os lábio, olhou pra mim, muito de perto, respirando face face, com um ar de riso desafiador nos lábios, os olhos cor de mel atravessados pela luz do sol. Olhou para a frente do ônibus, tudo tranquilo. As pessoas mais próximas de nós estavam a três poltronas de distância. Sorriu outra vez, só com o canto da boca, e deslizou o rosto sobre meu corpo até abocanhar minha glande. Fechei a cortina da janela e acariciei seus cabelos finos e brilhantes, massageando o crânio com as pontas dos dedos. Parecia calmo e satisfeito com os olhos fechados como numa oração. Eu monitorava o ônibus e recebia sua boca quente e úmida. Subiu a cabeça para espiar e voltou mais tranquilo ainda. Minha mão esquerda já estava dentro da bermuda, apalpando a bundinha macia e lisa, o cuzinho na ponta do meu indicador, relaxado. Sussurrei "deixa eu passar meu pau na sua bunda, deixa?". Sentou-se decidido "não viaja, isso não vai acontecer, você tá louco". Eu tava. Nada teria acontecido. Durante a viagem inteira ninguém saiu do lugar. Exceto eu. Mas não quis, ou não se permitiu. Chupei de novo. Puxei sua coxa sobre a minha, deslizava as mãos pelo seu corpo delgado. "Delícia", falou sem medir o tom de voz. Eu queria gozar. Sabia que não teria tempo de procurar sexo aquele dia. Gozei alí mesmo, pus o pau pra frente e gozei no chão. Ele olhava compenetrado. "Passa o pé, espalha", pediu. Passei o dedo na cabeça do pau, lambi e guardei. Uma grande paz acompanhava o sangue quente pelo meu corpo. Passei displicentemente o pé no chão pra espalhar o esperma no piso de aço com linhas em relevo. "Delícia" repetiu. Conversamos o resto da viagem. Está morando na minha cidade há poucos meses, tem 25 anos, nasceu no mesmo dia e mês que eu. Desempregado, gosta de cantar pop e sertanejo. Meu coraçãozinho caprichoso ficou desapontado com seu gosto musical. Passou seu número, disse que quer me rever, mas acho que eu não quero. Antes de desembarcamos, fez questão de esfregar o pé na minha porra, nóia do caralho. Nos despedimos no metrô, com um breve aceno.