Esta história aconteceu em 2013, mas volta à minha cabeça muitas vezes. No dia anterior, eu tinha pego uma moto táxi pra ir ao
médico. Não existia Uber na minha cidade e táxi comum era muito caro, então eu usava
bastante esse serviço, apesar do nojo de usar os capacetes (geralmente com um
cheirinho azedo). Desta vez, era um carinha muito bonitinho: loiro, olhos claros, bronzeado de sol, magrinho, tatuado. Era de manhã bem cedo e eu estava
morrendo de sono. Fez questão de me esperar (eu só ia entregar uns
exames) e me trouxe de volta. No dia seguinte eu precisava ir ao banco sacar
dinheiro pra pagar o pedreiro que estava reformando minha loja. Era bem no meio
da tarde, fazia calor. Fui tomar uma moto pra voltar logo, e o mesmo motoboy me
atendeu. Mal saímos, o contato da sua bundinha com o meu pau me deixou duro. Ficou uma situação constrangedora porque ficou evidente que ele sentiu minha ereção. Olhava pra trás, pra minha
virilha. Inicialmente eu não estava entendendo qual seria sua reação. Depois ficou de pé na moto, não sei se pra mostrar a bundinha pra mim ou pra
voltar a sentar, quase no meu pau, deslizando no meu colo. E veio
sentar bem junto de mim, colando as costas no meu peito. Eu estava meio
tímido, mas fui forçando o corpo contra o seu. Forçando MESMO, ficamos colados, com uma pressão forte entre nossos corpos. Ali eu já estava bem mais seguro. O trânsito era intenso àquela
hora, e os carros passavam por nós, naquela situação e fazendo cara de paisagem. Numa subida, ele resolveu
passar por entre os carros e me pediu pra fechar as pernas, encoxando mesmo. Era
uma desculpa pra aumentar o contato dos nossos corpos ou estratégia pra proteger meus joelhos de se chocarem contra os carros? Nunca saberei. Eu só pensava em abraçar seu corpo e tocar sua pele. Lembrando hoje, pela distância da minha casa ao banco, foram dos 5 minutos mais longos da minha vida. Tanta coisa se passou no meu corpo, na minha cabeça, nas minhas emoções. Quando chegamos, ele perguntou se queria que ficasse esperando para me trazer de
volta. Meu cálculo foi o seguinte: 1- eu tinha mais alguma bobagem para resolver
no centro, nada urgente. 2- Eu tinha que voltar logo pra liberar o pedreiro. 3- Eu
queria continuar me roçando no menino, mas se a gente - sei lá, vai que - se a
gente fosse pra algum lugar se pegar, eu estaria com a grana do pedreiro e não
conhecia o garoto. Como confiar? Em resumo, dispensei. Senti que ele ficou um pouco
decepcionado. Nunca mais o encontrei, infelizmente. Mas consigo sentir seu corpo
juntinho do meu sempre que lembro dessa história.
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