sábado, 14 de novembro de 2020

Um Estalo




Duas semanas depois da minha "reestréia" (ver postagem anterior), estava voltando a São Paulo. Enquanto aguardava o ônibus, sentou ao meu lado um garoto que parecia bem bonitinho. Magrinho, de camiseta, bermuda e tênis, apesar do frio repentino daquela manhã de primavera. O ônibus das 8h estava quase vazio. Sentei na última poltrona da janela do lado direito, e o garoto magrinho foi sentar na última do lado esquerdo. Ninguém à nossa volta e minha imaginação é frouxa. Como tive a impressão de ser um rapaz bem jovem, evitei olhar muito pra ele. Acho escrotíssimo tiozão dando em cima de moleque. Aliás, quase sempre acho escrotíssimo qualquer um dando em cima de qualquer um. As coisas simplesmente acontecem. Forçar a barra é vulgar, deselegante, inconveniente. Esqueci do boy, me desliguei durante o percurso, mas, lá pro meio da viagem, me deu um estalo. Não entendo muito dessas coisas, mas não posso ignorar o fato de que sou "sensitivo". Tenho uma percepção muito aguda, ou ao menos muito mais aguçada que a maioria das pessoas, de algumas formas de energia. Não é algo consciente, que domino como ferramentas para me relacionar com o mundo, como são os cinco sentidos, por exemplo. Nem sempre é uma percepção tão nítida também. Mas nesse momento, foi. Veio o estalo, e meu pescoço girou na direção do menino. Que olhava fixamente para mim. Por alguns segundos nossos olhos se ligaram, mas fiquei tímido e virei o rosto para a janela. Foi difícil voltar a olhar pra ele, mas então constatei que continuava buscando meus olhos. Desta vez, não desviei. Mantive o olhar, encarei mesmo, e logo veio aquele gesto universal que todo viado que se preze conhece: a mão no pau. E minha reação foi pronta: soltei o cinto de segurança e me mudei para a poltrona ao lado da dele.  Talvez em menos de um minuto já estava debruçado sobre seu colo, com uma rola dentro da boca. Seu rosto sem máscara era um pouco diferente do que havia imaginado. Um rosto interessante, com traços indígenas e não tão jovem quanto havia suspeitado. O corpo era magro, bem equilibrado em proporções, liso e firme. Assim que sentei ao seu lado, pousei a mão esquerda sobre sua bermuda de surfista. Pau duro. Desceu a máscara ao queixo e me cumprimentou com voz forte, grave, e certa timidez. Fazia o gênero hétero esforçado, quase forçado. Pus a mão dentro da bermuda e puxei seu pau pra fora. A circuncisão tinha deixado cicatrizes bem visíveis na pele morena. Era um pau bonito, de bom tamanho e grossura. Nada excepcional, mas naquele momento, dada a surpresa, era bem além do que imaginei para aquela manhã. Seu abdômen definido sem vestígio de pelo, a cintura estreita, as coxas musculosas. Chupei calmamente sob o sol da manhã que entrava pela janela. Pau é macio e delicado, e como é bom constatar isso novamente. Adocicado na ponta da língua. Depois tirei o meu pra fora, e ele parecia hipnotizado. Observei que meu pau está menor, bem menor. Não é loucura minha, depois fui medir e vi que perdi 4cm de pau. Marquei urologista. Ele não sabia disso, claro. Segurou, lambeu os lábio, olhou pra mim, muito de perto, respirando face face, com um ar de riso desafiador nos lábios, os olhos cor de mel atravessados pela luz do sol. Olhou para a frente do ônibus, tudo tranquilo. As pessoas mais próximas de nós estavam a três poltronas de distância. Sorriu outra vez, só com o canto da boca, e deslizou o rosto sobre meu corpo até abocanhar minha glande. Fechei a cortina da janela e acariciei seus cabelos finos e brilhantes, massageando o crânio com as pontas dos dedos. Parecia calmo e satisfeito com os olhos fechados como numa oração. Eu monitorava o ônibus e recebia sua boca quente e úmida. Subiu a cabeça para espiar e voltou mais tranquilo ainda. Minha mão esquerda já estava dentro da bermuda, apalpando a bundinha macia e lisa, o cuzinho na ponta do meu indicador, relaxado. Sussurrei "deixa eu passar meu pau na sua bunda, deixa?". Sentou-se decidido "não viaja, isso não vai acontecer, você tá louco". Eu tava. Nada teria acontecido. Durante a viagem inteira ninguém saiu do lugar. Exceto eu. Mas não quis, ou não se permitiu. Chupei de novo. Puxei sua coxa sobre a minha, deslizava as mãos pelo seu corpo delgado. "Delícia", falou sem medir o tom de voz. Eu queria gozar. Sabia que não teria tempo de procurar sexo aquele dia. Gozei alí mesmo, pus o pau pra frente e gozei no chão. Ele olhava compenetrado. "Passa o pé, espalha", pediu. Passei o dedo na cabeça do pau, lambi e guardei. Uma grande paz acompanhava o sangue quente pelo meu corpo. Passei displicentemente o pé no chão pra espalhar o esperma no piso de aço com linhas em relevo. "Delícia" repetiu. Conversamos o resto da viagem. Está morando na minha cidade há poucos meses, tem 25 anos, nasceu no mesmo dia e mês que eu. Desempregado, gosta de cantar pop e sertanejo. Meu coraçãozinho caprichoso ficou desapontado com seu gosto musical. Passou seu número, disse que quer me rever, mas acho que eu não quero. Antes de desembarcamos, fez questão de esfregar o pé na minha porra, nóia do caralho. Nos despedimos no metrô, com um breve aceno.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Sete Meses

2020, um ano que provavelmente vai marcar a humanidade por muito tempo. Sobretudo pela pandemia do coronavírus que se alastrou mundo afora e cujos desdobramentos e sequelas ainda nos são desconhecidos. O fato é que, desde 03/03/2020, não tive qualquer contato físico. Solteiro e convivendo com parentes idosos (justamente o grupo mais vulnerável ao vírus), passei os últimos 7 meses sem tocar ou ser tocado por ninguém. Foram 7 meses sem ir a São Paulo, sem um beijo, um abraço, nada. Quando entro num Uber com um motorista bonitinho,  só penso em tocar sua pele. Momentos de desespero, desânimo, revolta, tesão louco, apatia, medo. Nunca tinha ficado tanto tempo sem sexo, sem me sentir desejado, sem trocar carinho. Foi duro e triste. A doença encontrou pelo mundo líderes absolutamente incapazes de gerir a crise sanitária e fez, até hoje, mais de um milhão de mortes. O Brasil teve a infelicidade de passar por esse momento tão delicado sob o comando de um dos seres mais abjetos e indignos do cenário político mundial. Têm sido meses de muito sofrimento, muitas mortes, muita loucura, desinformação e mau caratismo explícito. Chaturbate, um site de "lives" em que pessoas ao redor do mundo se despem, se exibem, se masturbam, fazem sexo, tudo em troca de tokens (que eu mal sei o que significam exatamente, mas são revertidos em dólares, descontando uma pequena comissão ao site), tem sido minha válvula de escape. Homens de todos os tipos fazem a vida lá e passam horas por dia com a câmera ligada. Corpos esculturais, rostos atraentes, closes íntimos, fetiches, conversas picantes, pitadas de vida real e baciadas de ilusões bem embaladas para o consumo. Nunca gastei um único centavo no site, até porque estive mais quebrado que nunca nestes tempos de distanciamento social e com o Real bastante desvalorizado, mas fiquei viciado em assistir ao conteúdo gratuito e, quando eles permitem, mandar mensagens adulando os meninos. Nas últimas semanas meu trabalho voltou a funcionar e precisei ir a SP. Quanta ansiedade me acometeu na noite anterior. As coisas estão voltando a funcionar com novas regras de segurança, e fiquei calculando o que seria menos arriscado. A 269 poderia ser uma furada ou uma excelente opção. O Cabine's Bar também. Onde ir sem me sentir culpado de pôr em risco a saúde, quiçá a vida, de familiares, e até mesmo a minha? Resolvi procurar um garoto de programa ou massagista. Restringir o contato íntimo a uma pessoa me pareceu sensato, visto que me seria impossível voltar pra casa sem saciar corpo e mente de sexo. Busquei no Google e salvei alguns contatos na agenda. Durante a viagem, mandei mensagens pedindo informações. Um deles é ator pornô cuja bundinha sempre cobiçei. Mas foi responder só no dia posterior. Outro era muito interessante, mas a mensagem sequer foi recebida. Uma casa de massagem masculina mandou mais de 50 fotos de garotos, mas nenhum me apeteceu. São geralmente bonitos, mas preciso sentir no olhar algo indefinível que me acende o desejo. Ou talvez todos tenham muita cara de garoto de programa e isso me desestimula. O ônibus estava chegando ao Tietê quando um cara respondeu. Simpático, atencioso e bem gato, massagista tântrico, cabeça raspada, corpo bonito, suave, (não suporto o tipo bombadão), rosto super interessante. Eu tinha muita coisa pra resolver durante o dia, tempo contado porque agora o último ônibus de volta é bem mais cedo. Desci na rodoviária apertadíssimo pra ir ao banheiro, um grande desconforto abdominal. Todas as cabines estavam ocupadas e, enquanto aguardava, um rapaz alto, puxando uma mala cinza de rodinhas, passou por mim, encarando, e dirigiu-se ao mictório. Fiquei lisonjeado porque ele parecia um garotão bonito, bem vestido. Mas não era o momento. Depois que consegui usar o banheiro, enquanto lavava as mãos, o mesmo cara se aproximou. Veio lavar as mãos quase ao meu lado e olhava com insistência. Aparentava ser bastante jovem, em torno de 23 anos, um tanto mais alto que eu, algo como 1,86m, pele de um moreno claro, cabelos escuros ondulados, fortão e um pouquinho acima do peso (notava-se um pouco de gordura na cintura). Sem dúvida, um rapaz bem interessante. Seu olhar era incisivo, mas, talvez pela carência, não me incomodava. Os últimos sete meses rodaram na minha cabeça numa fração de segundo e, automaticamente, fui para o mictório. O cara que cuida da limpeza estava presente, com uma postura desagradável, quase a expulsar todos os usuários que se demorassem no recinto. A maioria não estava ali exatamente para satisfazer às necessidades fisiológicas esperadas pelo funcionário. Muitos, como eu, estavam na seca há meses e a simples visão de uma rola dura valia arriscar-se ao vexame público. O menino logo veio pro meu lado. Deixou a mala numa posição que ocultasse um pouco nossas intimidades, e ficou de olho no meu pau, sem muito constrangimento. A situação toda me deixou um pouco nervoso, apesar de excitado. Estou definitivamente destreinado. Não foi tão fácil de conseguir uma ereção, mas olhar para o sexo de um homem a alguns palmos de distância dos meus olhos era um bálsamo. Fiquei morrendo de vergonha de ficar olhando, mas era tão bonitinho que aquele pau estivesse duro por minha causa. O faxineiro começou a berrar que tinha gente no banheiro havia mais de uma hora, e desisti. Guardei o pau, fechei a braguilha e, antes de sair, meti a mão e segurei o pau do moleque. Estava em São Paulo havia menos de 20 minutos e já tinha uma rola macia na palma da mão. Que terrinha generosa. Foram poucos segundos e nem me atrevi a bater uma punhetinha pra ele, mas foi  satisfatório. Fiquei tímido e saí apressado. Passei uma água nas mãos e me mandei. Observei que o garoto veio atrás. Parei na rampa que leva ao metrô por curiosidade, pra ver qual era. Ele me cumprimentou com o cotovelo, como se eu não tivesse acabado de pegar no seu pinto duro. Perguntou se eu chegava ou partia e contou que estava chegando de Frankfurt e em meia hora partiria para Santa Catarina, onde mora. Seu pai estava fazendo um trabalho na Alemanha e ele foi fazer companhia durante a pandemia. Desfeiteou nosso encontro chamando o banheiro de nojento e cheio de gente estranha. Era uma descrição até honesta, mas me pareceu um tanto vazia, visto que ainda guardava tão clara a sensação do seu pau pousado na minha mão. O calor, a pele macia e levemente úmida, a textura borrachuda de rola dura. Eu ainda estava mexido com essas sensações e ele veio com aquele papo careta e elitista. Logo nos despedimos e fui resolver minhas outras pendências. Corri bastante pela cidade toda e fui falando com o careca. Ele atendia no Paraíso, além de massagista, fazia sexo e o preço não era inviável. Pedi mais fotos e mandou um link. Que garoto bonito! Pedi pra me atender às 19h e ele deu o endereço. Nunca fui à casa de um garoto de programa e fiquei tenso, bem tenso. Todo mundo já ouviu histórias terríveis. Na saída da estação Paraíso, pedi informação sobre a rua para um funcionário do metrô, que consultou o mapa, indicou como chegar à rua e despediu-se com um "vai com Deus, boa sorte lá". Bastou isso pra que eu me sentisse reencorajado. Notei só ali que o endereço não era de apartamento, o que me deixou menos seguro novamente. O garotão pediu que eu ligasse assim que chegasse porque a campainha não estava funcionando. Não foi preciso porque a porta estava aberta. Dela saiu uma cara conhecida. Cara e corpo conhecidos. Sérgio, também massagista, que já me atendeu uma vez (e me comeu bem gostoso) numa casa de massagem da Vila Mariana. Depois vim a saber que se tornou ator pornô relativamente famoso sob o nome de Daniel Toro. Luzes acesas, porta escancarada, outros homens por ali e uma súbita calma me dominou. O que eu imaginava ser a residência do boy, era uma casa de massagem. A recepção estava vazia e aguardei um pouco antes de avisá-lo por whatsapp. O recepcionista retornou e me conduziu ao andar superior. Logo no topo da escadaria estava o quarto com o garoto. Pedi a direção do banheiro, mas o cumprimentei brevemente, e fiquei encantado com a sua beleza. Igualzinho à impressão que tive das fotos: jovem, sensual, olhos penetrantes e francos. Ao voltar do banheiro, entrei e passei a chave na porta. Era um quarto pequeno, uns 9m², em tons azulados. Tirei a roupa e larguei minhas coisas sobre uma pequena poltrona, inclusive a máscara. Ele pôs a indefectível música ambiente pra tocar (o que eu detesto) e trocou a iluminação do quarto pra uma lâmpada vermelho sangue que me assustou um pouco. Perguntou se eu preferia essa ou esta: mudou pra uma luz azul mais clara. Como esta me permitia vê-lo melhor e era mais agradável e relaxante, foi a escolhida. Pareceu surpreso com a escolha, talvez por ser preterida pela maioria dos clientes. Pediu que eu me deitasse de bruços e iniciou a massagem pelos pés, a mesma massagem que todos os caras dessas casas fazem. Mas tinha um toque agradável e alguma sensibilidade pra detectar pontos de tensão. Começam sempre pelos pés, depois pernas, glúteos, costas. Todos têm o péssimo hábito de deixar o celular ligado, as notificações chegando a cada minuto. Muitos inclusive continuam checando enquanto fazem a massagem. Sentou com o pau pousado na minha mão, e logo ficou duro. Não é a posição mais propícia e confortável pra masturbar um cara, mas que sensação de realização estar novamente assim com um garotão pelado na cama. A massagem foi se alongando e eu queria que sobrasse tempo pra um contato mais, digamos, interativo. Deitou sobre meu corpo e roçava o rosto na minha nuca quando pedi: posso te chupar? Agora ele estava deitado de costas, oferecido ao meu deleite, como bolas de sorvete numa taça. Homem bonito de cabeça raspada é foda. Beijei o peito, os mamilos, chupei a axila esquerda e desci. Chegou o momento aguardado há sete longos meses, quando teria finalmente uma rola pra mim, do jeito que eu mereço. Era, diga-se, uma belíssima rola. Grossa, bem tratada, macia, cheirosa, cabeçuda. Com que contida avidez desfrutei desse momento. Chupei e chupei, lambi e beijei, cheirei e olhei de pertinho cada detalhe, e voltei a chupar muitas vezes. O cara tava curtindo e sinalizou que também queria me chupar. Quando virei, observei que havia um espelho no canto, apoiado no chão, bem perto do colchão. Fiquei olhando ele me chupar no espelho e me senti lindo e feliz. Da maneira mais orgânica possível, logo estávamos num 69 gostoso. Em algum momento desci a um dos seus pés e chupei cada dedo, depois fui desbravar o cuzinho com a língua. Maravilhosa visão, aquele tipo de cu que parece até uma bocetinha rosada. No anúncio ele dizia ser exclusivamente ativo, mas estava bem receptivo à minha linguada profunda. Quando retornei ao pau, ele estava quase flácido. Soltou do meu pau e disse que ia pôr um anel peniano. "Põe não, eu gosto assim". Outra vez ele pareceu surpreso. "Ah, você gosta assim?" Nesse breve diálogo rolou um beijo bem gostoso e delicado. Teria sido desnecessário o anel, posto que seu pausão ficou duro em segundos. Pedi: "Posso te lamber de quatro?". Por um segundo respirou fundo e olhou pra cima. Soltou o ar respondendo "Pode, mas não vai muito fundo com a língua, tá?". Explicou que está fazendo um tratamento para fissuras anais. Morro de aflição e fiquei um pouco desestabilizado, mas a bundinha é tão incrível que logo estava me deliciando com seu cuzinho na minha boca. Entrei por entre suas pernas e dei meu pau pra ele chupar. Rodrigo é o nome dele. Nunca sei se é nome de guerra ou real. Viramos de lado pra seguir num 69 e eu precisava gozar, senti que nosso tempo ia acabar. Toquei uma punheta chupando a rola macia e gozei no seu abdômen musculoso. Era muita porra e a luz azul ressaltava o branco, parecia marshmallow. Foi um gozo intenso e demorado, meu corpo tremia em espasmos de prazer. "Sujei você todo". "Delícia", ele disse, sem muita convicção. Passou um lenço de papel e me ofereceu alguns para me limpar. Nos vestíamos quando senti necessidade de compartilhar: "cara, fazia sete meses que eu não tocava em ninguém". "Bastante tempo. Pandemia, né?", respondeu. Disse que ia tentar ir à academia ali perto. Era da área de TI, trabalha ali há 6 meses e achava que valia a pena, tanto financeiramente quanto em qualidade de vida, tinha agora mais tempo livre e menos encheção de saco. Paguei no cartão. Disse que era pra eu voltar sempre. Como se eu tivesse dinheiro pra isso.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

A Língua Dentro do Prepúcio


Era o começo do século 21.  Não fazia muito tempo que eu tinha computador em casa, com a infernalmente lenta e ruidosa internet discada. Foi, e é até hoje, 20 anos depois, uma revolução nos costumes e relações, na forma de se conhecer alguém. Para a comunidade LGBTQIA+ essa revolução foi ainda mais profunda. O que antes era apenas solidão, dúvida, sentimentos de inadequação, agora abria-se em inúmeras possibilidades de encontro, identificação e pertencimento. Era o chat do UOL, o Orkut, o MSN Messenger, ferramentas que aproximavam pessoas de uma forma muito nova. Por vezes bastante questionável, mas inegavelmente transformadora. Foi numa dessas que eu conheci um cara bastante simpático. Eu ria muito com as sacanagens que ele dizia. Era um pouco mais velho que eu, devia ter por volta de 30 anos, se dizia loiro, estatura mediana, boa aparência, fazia academia. Não lembro sua profissão, nem o nome, pois logo perdemos contato. Tenho quase certeza de que seu nome começava com a letra L. Vou chamá-lo L. Pois ele me disse que conhecia um lugar incrível, que eu deveria conhecer. Um bar de nudismo gay em plena Vila Mariana. Fiquei meio abestalhado, era uma realidade muito distante da minha de então. L parecia obstinado em me levar até o RG31 Bar. Fiquei bastante cismado com sua insistência, paranóico que sou. Mandou o link do site e fui ficando curioso. Ele dizia que havia uma festa semanal (ou era mensal? Não lembro) que reunia cerca de 200 caras pelados, usando apenas calçados e máscara. E dizia que aparecia muitos caras bonitos por lá. O site era feio mas interessante, lembro que tinha um texto muito engraçado que ditava as regras de convivência no bar, abordando desde o dress code até a chuca, passando por drogas e anonimato. Fui ficando muito tentado a aceitar o convite dele pra irmos lá numa sexta-feira. Abria no início da noite e fechava cedo. L disse que era pra usar meias para ter onde guardar camisinha, pois o calçado era a única coisa que não se tirava por lá. Parecia um sonho confuso, mas era real, agora eu tinha esse encontro marcado. Ia conhecer alguém da internet pela primeira vez na vida e iríamos a esse lugar totalmente inusitado e radical. A ansiedade e o medo eram tão grandes que eu mal dormi nas noites anteriores. Combinamos de nos encontrarmos ali perto (RG31 é referência ao próprio endereço do estabelecimento, rua Rio Grande, 31). Ele estaria vestindo uma camisa verde e eu, uma camiseta preta que eu adorava. Quase desisti no caminho várias vezes. Nosso encontro foi algo constrangedor e eu estava morrendo de medo de subir as escadas do bar. L era simpático, mas não fazia o meu tipo, e ele certamente também não morreu de amores por mim. Os donos do bar eram um casal, um cara mais velho e o outro bem gato, envolvido com cinema pornô.  O local era simples mas aceitável. Subindo a escadaria, havia uma porta, sempre fechada, que dava no bar. Um balcão e alguns bancos encostados nas paredes. Ao lado era a sala onde te levavam pra se despir e deixar tudo num saco preto com sua identificação. Dependendo do tamanho do seu pau, você ganhava um desconto (fiquei satisfeito com o meu). Agora que estou lembrando que você fazia um cadastro pelo site e mandava uma foto para ser aprovado. Sistema um tanto excludente. Atravessando o bar, havia um hall de distribuição: dava nos banheiros e duas escadas. A escada que subia, dava numa sala com uma grande cama; e a que descia, para um espaço um pouco maior com alguns aparatos sexuais, tipo aquelas cadeiras esdrúxulas de motel, um balanço etc. Quando chegamos havia pouca gente. No início era estranho e libertador andar nu em meio a desconhecidos, mas o clima da casa me tranquilizou bastante, não era o bicho de sete cabeças que se poderia supor. Todos os cômodos eram bem iluminados, limpos, e a máscara (preta, de plástico, que cobria o nariz e a parte superior do rosto, algo entre Batman e Tiazinha) contribuía com esse conforto. Em algumas dessas festas, eles contratavam um recepcionista ma-ra-vi-lho-so. Era um modelo que saiu na G Magazine e fez alguns filmes pornô chamado Tamas. Eu era fissurado nele e notava que ele me olhava bastante e com bastante, digamos, simpatia. Era um galalau bem alto, de cabeça completamente raspada, corpo musculoso na medida certa e desmedidamente tatuado. Rosto lindo, sorriso sexy, gostoso até dizer chega. Lembro de uma vez que ele estava atendendo no bar e fui comprar um suco. Lambi a latinha toda só por ter sido tocada por ele. Aliás, se os donos eram os únicos que permaneciam vestidos no recinto, o barman usual era outro gostoso, também ator pornô e já meio coroa, que nos atendia peladão, balangando uma jeba descomunal quando andava. Lá pelas tantas, a casa foi lotando mesmo, e a promessa de vários caras altamente apetecíveis se cumpria com louvor. Imagine uma casa de no máximo 150m² com 200 homens pelados de máscara. Era isso. Impossível evitar o contato. Era necessário um grande desprendimento para estar ali, o império da mão boba. Deslocar-se de um cômodo para outro era roçar o corpo todo por dezenas de outros corpos, diferentes texturas de pele, pêlos, músculos, gorduras, temperaturas, odores, suores etc. Podia ser adorável ou torturante. E a suruba rolava solta pra onde quer que se olhasse. Você podia chegar perto, olhar, tocar, participar. L era conhecido por lá. Um cara divertido e safado. Lembro de um cara bonitinho que ficava sentado num sofá, sem máscara, com um pau descomunal e todo mundo ia chupar. Fomos, L e eu, juntos, degustá-lo. Era enorme, branquinho de cabeça rosinha e com um prepúcio comprido, que a gente metia a língua dentro. Ficamos um bom tempo chupando o carinha e falando merda, demos muita risada. Lembro muito bem também do Marcelo. Um cara lindíssimo que apareceu por lá. Alto, corpo lindo, bronzeado, cara de moço de família, olhos verdes bem claros, uma barbinha por fazer. Fiquei imediatamente derretido e só queria saber dele. Felizmente, ele correspondia, me beijava, a gente se chupava e eu ia à loucura. Lembro de estar sentado batendo papo com o L e o Marcelo chegar com um amigo. Eu o puxei pra perto de mim e fiquei chupando o pau dele, L assumiu a rola do amigo, e continuamos conversando. E num momento em que nos vimos sozinhos no andar superior, já no fim da festa, e fizemos um 69, ele finalmente me deixou lamber o seu cuzinho enquanto chupava meu pau. Falei pro L que toda vez que encontrava esse Marcelo, meu pau ficava duro, que queria pedir o número dele. L me desestimulou, disse que ele "não tinha cara de alguém que fosse dar o telefone pra um desconhecido", e concordei. Voltei muitas outras vezes ao RG31, em festas ou dias comuns. Lembro muito de um cara de Ribeirão Preto, um cara baixinho e gato de uns 35 anos, uma bundinha peluda que deu trabalho pra conseguir lamber, mas depois que ele relaxou e curtiu, chupei ao lado do bar, sob os olhos sedentos do dono bonitão. E também de um altão loiro de pau grande que me deixou maluco. Nas festas tinha um cara também bem alto, esse moreno, muito bonito, que eu era louco pra lamber o cuzinho e meter o dedo. Ele encostava na parede e virava o cuzinho pra mim. Só não deixava meter dois dedos, ficava puto quando eu tentava. Uma vez ele estava ajoelhado chupando o pau de um cara, e eu deitei no chão pra chupar o cu dele. Logo veio gente por cima pra me chupar. Era esse o esquema, múltiplos estímulos o tempo todo. Pra mim, era o lugar mais incrível de SP na época, onde eu realizava muitas fantasias e encontrava os caras mais gostosos (não existia a 269 ainda). Fiz dupla penetração num cara. Vi uma fila de garotos fodendo a bunda de um gostoso que ficava de quatro esperando o que viesse. Dei pra um carinha bem interessante na frente de todo mundo. Beijei o dono bonitão. Me joguei num bololô de homens pelados e chupei vários paus e cus. Depois eles mudaram pro endereço vizinho, número 33 ou 35, mas era ruim o espaço, a frequência ficou ruim, e parei de ir há muitos anos. Mas não consigo estar na vila Mariana sem que passe na minha cabeça a tentação de ir até lá.

domingo, 2 de agosto de 2020

Cabeçona Cor de Rosa


Fazia muito calor em São Paulo naquela noite em que iria pro interior ver meus pais. No terminal rodoviário do Tietê tinha bastante movimento, como em toda sexta-feira. Acredito que essa história faça uns 10 anos já. Consegui passagem pra bem mais tarde e teria de esperar. Levava pouca bagagem na mochila, roupa para dois dias apenas. Fui me sentar próximo ao banheiro masculino, talvez já mal intencionado diante do tédio. Quase sempre mal intencionado. Percebi um cara sentado em frente que olhava pra mim insistentemente. Bonitão, loiro, forte, lembrava um pouco o Miguel Falabella quando jovem. Começou a se insinuar e não disfarçava. Na frente de todo mundo, na rodoviária lotada, segurava o pau gorducho sob a calça jeans justa. Achei cafajeste? Bastante. Fiquei interessado? Também. Cumprimentei com um sorriso discreto e fomos conversar um pouco.
Era engenheiro químico, gaúcho, casado, com filhos. Estava em São Paulo fazendo um curso de especialização pela fábrica de tintas em que trabalhava. Seu hotel era longe do centro, e tinha ido à rodoviária lotada a procura de pegação. Ó as ideia. Na época as coisas eram bem mais difíceis pras gays, mesmo em São Paulo. Era um caipirão e foi a única idéia que lhe ocorreu, pois na sua passagem pela rodoviária reparou no movimento, intenso na época, dos banheiros. Contou, fazendo agora cara de bom moço, que nunca tinha tido um contato mais íntimo com um homem, nada além de uma punhetinha no banheirão. Sentia remorsos pelos seus desejos, pensava na família. Elogiou minha aparência. Algo nele me soava pouco confiável. Tentamos o mictório, mas estava lotado demais, impossível se excitar ali. Apesar de ter ficado aguado com sua rola grossa e veiúda com uma cabeçona cor de rosa que saltava de dentro do prepúcio pálido. Ele estava tímido, mas de pau bem duro. Eu também. Não lembro bem como fomos parar num terraço que fica próximo ao desembarque. Hoje está fechado, e, sempre que passo por ali, lembro dessa história. Alguns bancos de madeira e arbustos contornavam o pequeno jardim em forma de meia lua, e uma árvore delimitava sua entrada.
Estávamos a sós e ficamos conversando. Não tinha iluminação no terraço e dali tínhamos uma boa visão daquela parte da rodoviária, com menos gente àquela hora porque São Paulo não recebe tanta gente no final de semana. É mais no embarque que o bicho pega. O único segurança à vista estava de costas para nós o tempo todo, a mais de 20 metros. Beijei o cara. Ele ficou sem graça, mas correspondeu. Era estranhíssimo dois homens se beijando em local público naquela época, mesmo que parcialmente escondidos. Em torno do jardim tinha um gradeado de ferro pintado de verde que dava para a rua, mas não havia ninguém andando por ali àquela hora. E a vegetação alta contribuía para nos sentirmos mais seguros. Um casal simples veio se sentar num dos bancos. Mexeram na bolsa da moça, procuraram algo e partiram. Pedi pra pegar no pau dele. Achou um absurdo! Mas abriu os botões da calça e meti a mão. Sua rola macia e quente pulsava na minha mão. Eu precisava sentir o gosto daquele pau. Perguntei se ele tinha vontade de dar a bunda. Ficou meio enrolado com a resposta, mas disse que talvez. Me deu seu e-mail e disse que a gente poderia tentar se ver no seu hotel. Pedi pra ele ficar atrás da árvore. Foi difícil de convencê-lo. Ajoelhei e chupei o cara ali, praticamente no meio da rua, em pleno terminal rodoviário do Tietê, salvo engano, o maior da América Latina. Com as mãos, girei seu quadril e lambi o cuzinho. Uma bela bunda! Mas foi rápido demais, ele ficou tímido. Ou talvez fosse apenas alguém mais razoável que eu. Voltou o pau pra minha boca, gozou, e engoli tudo. Caralho, que delícia! Me chamou de louco por engolir a porra de um desconhecido. Eu o beijei e me disse que minha boca estava com gosto de pinto. Tentei marcar durante a semana com ele, mas não deu certo. Apesar da impressão de desconfiança, fiquei louco pra estar com ele num quarto, saber dos seus desejos, me envolver. Mas logo foi-se embora e perdemos o contato.

domingo, 5 de julho de 2020

Mais de Meia Xícara de Porra


Sempre tive fantasias com porra. Acho lindo ver o cara gozar e acho fascinante a sensação de engolir uma secreção do corpo de uma pessoa. A primeira vez que gozaram na minha boca foi no susto, de surpresa. Foi num cinema pornô na rua Aurora. Acho que chamava cine Aurora. Estava na platéia com um boy bem gatinho e simpático, eu me curvei sobre o colo dele pra chupar e, de repente, o jato na boca. Eu não esperava, e tinha muito medo. Tenho ainda, por conta do HIV. Veio direto na garganta e quase engasguei. Fiquei sentindo o dia inteiro vestígios da porra do moleque no fundo da garganta. Mas me deu um tesão danado. Outra vez, no cine República, também na platéia, com um loiro bem gato. Eu estava excitadíssimo com o cara, com o pau dele e ele também estava quase gozando. Eu tinha muito medo e pedi que não gozasse na boca. Mas no fundo eu só pensava na porra dele na minha boca. Quando ia gozar, avisou, tirou da minha boca e continuou se masturbando, mas eu fiquei com a boca ali, lambendo a cabecinha. Ele gozou na barriga. O cheiro me deixou louco de tesão, lembrava um pouco o cheiro de abacate (por mais improvável que possa parecer, me excitou). Lambi toda a porra da barriga e o gosto era uma delícia, suave, morna. Eu queria muito engolir, mas acabei cuspindo no chão. Uns meses mais tarde, encontrei esse mesmo cara no RG31, clube nudista que merecerá um futuro  post aqui. Chupei ele outra vez até gozar, a porra era mesmo deliciosa como da primeira vez, mas não tive coragem de engolir.
Não lembro da primeira vez que eu engoli. Não foram muitas vezes porque sou cismado. Lembro de um cara de Brasília que conheci na 269 e me levou para o seu hotel, na Consolação. Era um moço muito bonito, forte, pai de uma menina linda. Estava em SP a trabalho. Ele estava deitado e eu chupando. Gozou e engoli tudo. Depois ele gozou na barriga e puxou minha cabeça pra lamber. Lembrei do loiro do cinema. Mais recentemente, no hotel 269 no centro, fiquei com um rapazinho paraguaio, lindo de doer. Um corpo, um rosto, um boy dos sonhos. Era bem jovenzinho, uns 23 anos no máximo. Levei pro meu quarto. Estava deitado na cama chupando ele, que estava de pé ao lado da cama. Quando foi gozar, não deixei tirar. Engoli tudo, tudo, um puta tesão. Ele falou que nunca tinham feito isso com ele. Uma vez, na For Friends, fiquei com um médico hematologista chamado Otávio, se não me engano. Ele era tão gentil e agradável quanto gostoso. Eu estava chupando e ele disse que queria gozar, mas que gozava muito e era pra eu "tomar cuidado". Fiquei louco de tesão e continuei. Nunca tinha visto nada parecido, e poucas vezes vi na vida, só em filme. O cara jorrava porra pra todo lado, em jatos grossos e longos, e não acabava mais. O primeiro jato, infelizmente, pegou meu olho, o que foi bem desagradável. Sem exagero, foi mais de meia xícara de porra! Fiquei encantado. Outra vez vi um cara gozar até mais que ele. Foi no shopping Frei Caneca. Não lembro como me aproximei do cara, mas ele era aluno da escola do Wolf Maia. Me chamou pra descer ao estacionamento. A gente se chupou numa escadinha lá embaixo. Lembro que ele era um tipo afobado, entusiasmado. Não exatamente bonito, mas interessante, alto, de traços fortes. Pediu pra eu me afastar: "só olha, você nunca viu nada assim". Batata. Os jatos voavam a mais de um metro de distância e pareciam não ter fim. Chegou uma hora que eu comecei a rir. Fiquei imaginando tomar tudo aquilo de porra. Era um namorado assim que eu queria, pensei. Também no shopping Frei Caneca, certa vez, chupei no banheiro, no mictório mesmo, um executivo bem bonito. Alto, loiro, de barba, cabelo curtinho, olhos verdes, pele corada de sol. Vestia um terno bege escuro que ficava lindo nele com uma camisa azul. Eu tava chupando e a babinha do pau dele era bem doce. Aquilo me deixou intrigado e doido de tesão. O pau não era muito grande, mas era tão bonito! E todo aquele mel que escorria e eu engolia. Chegou gente no banheiro e nos separamos. Alguns minutos depois, o reencontrei no banheiro grande perto do cinema e tinha um monte de cara lá se pegando. Chupei ele de novo, na frente de todo mundo. Tentei fazê-lo gozar, mas não rolou. Até hoje eu penso em como teria sido delicioso engolir a porra docinha. Uma vez eu o vi na rua e quase fui atrás, louco por porra.
Mas tem algumas porras que são repulsivas. Uma vez, no Cabines bar da Consolação, tava chupando um cara bem bonitão (mas meio babaca, infelizmente) pelo glory hole entre duas cabines e continuei até ele gozar. Mas quase vomitei. Era uma porra super salgada com uma textura gelatinosa, muito nojenta. Curiosamente, esse mesmo cara gozou na minha boca uma outra vez e foi daora. Também no Cabines, uma noite tinha um cara muito bonito. Um cara mais maduro, de barba e cabelos meio grisalhos, usava uma camisa de linho linda, um gato. Tinha um olhar bonito, profundo. Demoramos para nos aproximarmos, mas fomos parar numa cabine. Foi muito gostoso e afetuoso o contato com ele. Eu o chupei até gozar. Não cuspi e fui beijar sua boca, ficamos trocando a porra de uma boca para a outra, até a porra ficar fria e eu cuspir, meio enojado. Mas foi um tesão. A última vez que tomei porra, foi lá também. Um carinha cubano, lindo, loiro de olhos azuis, corpinho bem liso, uma delícia de menino. Comi ele bem gostoso enquanto lambia sua axila depilada, depois chupei seu pausão e tomei todo o leite de rola. Uma fantasia que eu tenho é chupar dois ou três caras ao mesmo tempo até o fim, me encher de porra e engolir tudo.

Resfolegantes

Outra história da lendária sauna 269, que funcionou em plena Bela Cintra por alguns anos. A vizinhança, totalmente residencial, tratou de comprar o espaço para construir um prédio. Era um lugar como nunca se tinha visto em SP, no Brasil. Imensa, com boa estrutura, moderna e cheia de homem bonito. Eu era assíduo. Tinha trinta e poucos anos, no auge da forma física, com alguma estabilidade financeira e a libido bombando. 
Eu estava, como de costume, numa carência braba, mas a tarde tinha sido fraca, chovia e não tinha gente muito interessante ali. O Fábio, que já apareceu em algumas histórias aqui, passou desfilando de mãos dadas com um garoto lindo pela área dos chuveiros. Parecia um príncipe o menino, e eu tinha a impressão de conhecê-lo, sem conseguir lembrar de onde.
Estatura mais para baixa, corpo perfeito, mais para magro, mas tudo muito proporcional e harmonioso. O rosto parecida desenhado a bico de pena. Cada traço minuciosamente encaixado na métrica da perfeição. Pele clarinha, cabelos escuros cacheados, de comprimento médio, olhos muito azuis, grossas sobrancelhas escuras, nariz meio arrebitado e a boca mais linda que se pode imaginar. Fiquei encantado e cismado com a impressão tão nítida de já ter visto toda aquela beleza e não lembrar de onde. Como isso seria possível? Seria alguém muito parecido ou alguém que teve uma grande mudança na aparência?
Os dois se enfiaram na suite do Fábio e demorou para rever o garoto. Fui reencontrá-lo no andar de cima, onde ficava o labirinto.  Ainda não tinha anoitecido e a luz azulada ainda entrava pela clarabóia. Ele estava sozinho, encostado numa divisória preta de madeira (divisórias que formavam uma série de cabines do labirinto). Parecia indeciso ou inseguro. Eu também me sentia indeciso e muito inseguro diante de sua beleza. Mas ele me olhou, e no fundo do azul dos seus olhos tristes, queimava a brasa desesperada. Era hipnotizante o seu olhar, e fui me aproximando como a lebre atraída pela imóvel serpente. Toquei seu corpo delicadamente, a pele suave, o corpo delgado se aninhava no meu calor. Eu, que me tremia a princípio, fui me empoderando e controlando a situação. Gosto tanto de corpos pequenos, que meu abraço podem conter. É outra sensação, completamente diferente de um homem grande em que eu poderia me aninhar ou de alguém do mesmo tamanho. Cada tipo estabelece uma relação diferente, com suas particularidades que enriquecem essa ideia que criamos de alguém ou de nós mesmos em relação a esse alguém. Isso foi em 2008, há 12 anos, e ainda lembro do seu cheiro, do seu hálito, do seu gosto. Nos beijamos e foi muito intenso, nossos corpos se enroscavam, ele tinha os cabelos e pele ainda úmidos do banho recente. Segurei seu rosto onde a luz da clarabóia incidia e tive que dizer: Como você é lindo! Ele falou com voz baixa e frágil no meu ouvido, enquanto apertava meu pau com a mão: Quero te chupar.
Parecia tímido. Fui conduzindo seu corpo para dentro de uma das cabines. Não tinha trinco para fechar a porta e fomos para a do lado. Tiramos as toalhas e as penduramos sobre a porta. Foi, sem dúvida nenhuma, das experiências mais intensas da minha vida toda. Tudo fluía com tanta naturalidade e tesão. Meu coração batia forte, a respiração funda. Seu corpo passou inteiro pela minha boca quente. Eu metia a língua naquele cuzinho rosado, abocanhava os dedos dos seus pés, seus mamilos eriçados, seu pescoço e pau, o abdômen definido (pela yoga, soube depois), as axilas, a boca fresca. Ele me chupou até eu quase gozar. E passou meu pau naquela bundinha arrebitada. Foi sem camisinha mesmo. Fodi o cuzinho em todas as posições possíveis naquela cabine. No final, eu estava agachado com ele sentado no meu pau, de frente pra mim. Gozamos muito e juntos, num abraço, passionais.
Demorou um pouco pra recobrarmos os sentidos. Ficamos ali, abraçados, calados, suados, resfolegantes. Numa sintonia muito forte, num daqueles momentos em que um desconhecido parece fazer parte de você. Depois fomos tomar um banho e conversamos. Fomos para o bar e finalmente descobri de onde o conhecia. Ele é ator, faz TV às vezes. Mas eu o tinha visto no teatro, 7 ou 8 anos antes. Ele fazia um adolescente rebelde. Na época, estava bem mais forte, musculoso, e usava o cabelo curtinho. A peça era ótima, tinha um jogo de cena muito interessante com a cenografia, elenco jovem e afinado. Quando ele apareceu no palco, fiquei pasmo. Era tamanha a sensualidade que aquele garoto exalava, seu andar, seu jeito com o corpo, sua beleza impressionante, que fiquei vidrado. Meses pensando nele, apaixonado mesmo, bobalhão que eu era. Assisti a uma das últimas apresentações da peça, então não pude voltar. Foi chocante descobrir que era o mesmo cara com quem eu tinha acabado de transar com aquela volúpia toda. Eu disse que o vira na peça, mas não contei dessa paixonite toda, claro. Ainda menti que tinha visto uma outra peça importante que sabia que ele tinha protagonizado. Ele morava no Rio e estava em SP com um Shakespeare ao lado de uma grande estrela, um grande ator que admiro muito. Disse que estivera na 269 na véspera de natal e foi divertidíssimo. Tomamos um drink, conversamos um pouco e nos separamos. Eu queria mais. Agora que sabia quem ele era, seria ainda mais emocionante tocar seu corpo. Ele se fez de difícil, blasé. E sou orgulhoso. Voltamos ao labirinto e ficamos nos olhando de longe, como dois bestas. Ele ria às vezes. Eu deveria ter ido, dado em cima. Fiquei intimidado provavelmente. Anos depois, ele estava fazendo uma novela das 21h, um papel meio polêmico, apareceu seu perfil no Facebook e mandei uma mensagem. Disse que estava gostando do trabalho, que estive com ele anos antes. Ele disse que eu parecia conhecido, mas fiquei com vergonha de contar essa história. Recentemente o vi no Sesc Pinheiros, saindo do elevador, ainda bonito, um tanto pálido com os cabelos descoloridos para um personagem. Parecia um desconhecido completo, e é.

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

As Três Cabeçonas Na Boca Ao Mesmo Tempo


Já faz alguns anos essa história. Nunca mais entrei no hotel 269 desde que seu proprietário declarou apoio ao então candidato Bolsonaro. Quase certo de que era uma segunda feira e percebi um burburinho logo que entrei: tinha uma obra no banheiro do térreo e uma sessão de fotos na piscina. Um modelo, bonitinho até, porém não muito talentoso, posava para a capa de uma revista gay. Aliás, "A Capa" era o nome da revista. Vi um cara que já conhecia da finada sauna 269 na Bela Cintra. Achava ele bem interessante, pelo que lembro seu nome é Sílvio. Bronzeado, de óculos, uns 35 anos,  corpo bonito, cabeça raspada, rosto harmonioso. Na sauna ele tinha um comportamento bem esquisito. A gente trocava ideia, mas ele só me chupava pelo glory hole. E nada mais rolava. Mesmo nas conversas, impunha seus limites - pelo que me lembro era enrolado com um namoro. Fiquei tomando sol numa espreguiçadeira, olhando a sessão de fotos, e ele veio sentar-se ao meu lado. Contou que também era fotógrafo (publicitário, acho) e comentou algo sobre a técnica de iluminação que estavam usando. Ficamos ali um bom tempo papeando, mas uns caras nada-a-ver vieram se chegando e fugi.  Logo o reencontrei no primeiro andar, no alto da escada próxima do banheiro. Ali o papo foi mais relaxado e nos beijamos, nos pegamos gostoso pela primeira (e última) vez. Tinha uma bundinha maravilhosa, do jeito que eu gosto: estreita, mas bem redondinha, polpuda. Meti a cara no meio dela ali mesmo onde estávamos, tamanho o tesão. Logo saquei que ele queria público. Me puxou para o corredor central, por onde todos circulam todo o tempo. Tinha bastante gente por ali. Continuei me esbaldando com aquela bundinha, e um cara chegou perto e botou o pau pro Sílvio chupar. Aí eu meti nele, sem camisinha mesmo. Ia juntando gente em volta, e eu  não tava nem aí. Havia, aliás, um certo prazer na exposição. Grande maioria de caras sem atrativos, mas tinha dois bem bonitões no meio: um mais moreno, de cabeça raspada e um branquelo de barba negra. Os dois eram altos e fortes. E começaram a se pegar ali do lado, ambos completamente nus. Não lembro bem como larguei da bundinha do Sílvio, mas logo eu tava me atracando com os dois grandões. Era feroz nossa interação. Íamos num fluxo gerado por muito tesão que anulava qualquer resquício de pudor. Nos beijamos, nos esfregamos, nos chupamos. Eu chupava o cu do careca que mamava a rola do barbudo. Lá pelas tantas, eu estava agachado chupando os dois pausões no meio do corredor dos quartos. Olhava pro lado e a turma se punhetava como se assistisse a um show erótico. Um garoto bonitinho, magrinho, se enfiou entre os dois e pôs o pau pra jogo. Eu tinha agora três paus lindos e grandes pra mim, e uma platéia. De vez em quando ainda uso essa cena pra tocar uma punheta até hoje. Lembro de enfiar as três cabeçonas na boca ao mesmo tempo. Era um esforço, nada confortável, mas a imaginação, a fantasia, voa longe. Eu já queria que eles gozassem pra mim, seria um banho de porra. Mas comecei a pensar bem, pesei o risco e a exposição desnecessários, e saí fora, de cabeça baixa ao passar pela frustrada platéia. É triste pensar que abandonei o Sílvio num momento de clímax e depois abandonei os três paus, e tantos outros pela vida.
Depois de uma ducha, um coroa bonitão começou a me olhar. Era alto, bronzeado, corpo ótimo, cabelos grisalhos bem aparados. Estava na porta do quarto e dividia as atenções a mim dirigidas com um jovem bonitinho. Confesso que fico envergonhado nessas situações, sobretudo quando tem gente olhando. O mais novo também olhava pra mim e sorria, entre tímido e safado. O coroa entrou no quarto, deixando a porta aberta e nos chamava para dentro com um gesto discreto de cabeça. Lá dentro descobrimos que o menino era argentino, de férias em SP, e que o coroa, além de gato, tinha uma bela jeba. O argentino deitou na cama e nós ficamos por cima dele. O coroa estava louco pela minha bunda. Não parava de lamber meu cu, com a cara toda enfiada no meio da minha bunda e isso foi me excitando. Ele metia a língua inteira em mim, se esfregava todo. O garoto era meio sem atitude mas se mantinha sempre atento e com um sorriso no rosto. O coroa pôs uma camisinha e me comeu. Eu deitado em cima do boy, cara a cara, e o outro me fodendo a bunda. O garoto dizia em espanhol clichês como "brasileiros são quentes!", mas parecia realmente maravilhado com o que via. Lembro bem pouco de detalhes dessa transa, mas foi uma das vezes em que eu adorei dar a bunda. O pau dele era grande mas estava tão bem encaixado, meu rabo o engoliu tão avidamente até o talo, eu arrebitava a bunda e o cara me fodia forte, até gozar.  Pedi pra ele deixar dentro e gozei também. É um tesão gozar com uma rola grande no cu. É difícil, mas o prazer é redobrado. Depois de toda a sacanagem, já cansado, tomei um banho e fui embora, parcialmente suprido de algo que busco no sexo anônimo, mas provavelmente nunca vou encontrar.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Uma Chupeta

Faz alguns anos que isso aconteceu. Era tarde da noite e eu estava voltando de São Paulo. Tinha descido do ônibus perto da minha rua e caminhava para casa, cansado de um dia de aulas, compras, muita correria. Chegando na esquina de casa, a menos de 30 metros do meu portão, percebi um carro negro de vidros filmados desacelerar e me acompanhar. Fiquei com medo, claro. A janela abaixou e o motorista me abordou com voz tímida. "Moço, por favor". Eu sentia que ele tinha medo de falar. "Sabe onde eu consigo..." Pensei que estava procurando droga. "Você conhece algum lugar por aqui onde eu possa fazer uma chupeta agora?" Uma chupeta. Talvez usasse esse termo pra se safar caso minha reação fosse ruim. Alegaria que o carro estava sem bateria. Talvez. Mas a minha reação foi surpreendentemente boa até para mim mesmo. "Vamos lá", eu disse, abrindo a porta e entrando no carro de um estranho. Ele também ficou bastante  surpreso. Era um homem comum, acho que tinha 28 anos na época. Loiro, barba rala, baixo, um pouco acima do peso, bem mauricinho. Não era feio, mas estava longe de ser alguém atraente. Entrei no carro pela aventura, pela surpresa do que me pareceu uma oportunidade divertida de sexo. Também pela situação constrangedora e triste em que vi o rapaz. Já fiz algo assim na minha adolescência. Devia ter menos de 18 anos e saí pelos bairros da cidade onde morava na época determinado a ter uma primeira experiência sexual. Eu não conhecia ninguém, vivia reprimido e sofria abuso sexual dentro de casa. A vida era dor, e eu queria que fosse mais.  Tinha todo o direito de querer mais. Só não tinha a menor idéia de como encontrar um ponto de virada. Passaram-se 20 anos e ainda não sei. Saí andando a esmo por horas sob o sol até avistar numa casinha azul, bem interiorana, um moço bonito carregando alguns tijolos. Ele estava sem camisa, de calça jeans baixa e surrada. Tinha os longos cabelos castanhos meio empoeirados pela obra. Corpo lindo, bem definido e bronzeado, pêlos no peito, traços finos e sobrancelhas espessas. Lembro nitidamente da sua aparência até hoje, embora só o tenha revisto, de relance, uma única vez, na mesma época. O desejo me dizia que ele era "o cara", e agora? Como notou que eu olhava, cumprimentou. Tremendo de medo e aflição, perguntei se era ali a casa da Débora. Débora Bloch era minha atriz favorita na época. Respondeu que não e tentou me ajudar a localizar a casa da minha "amiga". Fui embora quase flutuando de nervoso. Mas, feito o primeiro contato, não podia desperdiçar a investida. Parei numa sombra na rua de baixo, respirei, e voltei. Desta vez eu precisava ser definitivo. "Te ganhar ou perder sem engano". Entrei novamente no quintal tomado de material de construção e entulho. Ele estava com uma pá mexendo na terra ou cimento. Cheguei bem perto e perguntei. Eh... Posso chupar o seu pau? Foi o que consegui articular na época. E ninguém pode me acusar de não ter sido direto como intencionava. Engraçado que o rapaz não pareceu muito surpreso ou contrariado. Disse simplesmente que não podia, que estava trabalhando. Ainda insisti. Horrivelmente. Nunca faça isso diante de uma negativa!
-É rápido, vamos naquele banheiro ali.
Era uma porta entreaberta no quintal. Ele olhou pra onde eu indiquei e disse que não ia rolar, que tinha a dona da casa. Comecei a ouvir ruídos de cozinha e saí correndo. Voltei pra casa nervoso e toquei uma punheta pensando nessa história, lembrando de ter falado "posso chupar o seu pau?" pra um moço bonito, pensando no seu corpo e que ele só não aceitou porque estava trabalhando e a situação não contribuía. Por incrível que possa parecer, toda essa história de quase 20 anos antes me fez entrar no carro do carinha que queria fazer uma "chupeta". Ele estranhou a naturalidade com que agi. Então é assim?! Vamos lá?! Fácil assim?! Ele perguntava, chato pra caralho. Acho que o nome dele era Mário, ou talvez Mauro, advogado, filho único de um casal idoso. Perguntou se o carro estava cheirando a pizza, porque a pizza dos pais estava no porta-malas. Tinha saído pra comer com amigos do tempo de escola e me pareceu deprimido com esse reencontro. Fiquei imaginando que ele reviu um crush antigo e ficou mal, mexido. A rua estava bem deserta e paramos um pouco mais pra frente. Perguntou de onde eu era, achou que era forasteiro por causa da mochila cheia. Me abordou só por pensar que eu estava na cidade de passagem... Contou que era noivo. Uma vidinha de merda como a de todo mundo. Quis beijar, encheu minha bola e pediu pra pegar no meu pau. Tirei pra fora e ele chupou rapidamente, sem muito jeito. Achou meu pau grande e bonito. Como apareceu gente na rua, fomos pra uma mais tranquila. A polícia apareceu. Fomos pra outra e um mendigo começou a gritar. Tentamos uma última. Estávamos tensos. Minha mãe ligou perguntando por que eu ainda não tinha chegado. Ali estava tranquilo e chupou com mais calma e elogiou até a baba do meu pau.  Pediu  que o chupasse também. Era um pau pequeno e bem fino. Lembro que depois que estávamos ali um tempo, o carro da frente acendeu o farol bem alto na nossa cara e saiu disparado. Depois ele me levou pra casa, passou seu celular e foi embora. Nunca mais nos falamos. Lembro de tê-lo visto no shopping pouco tempo depois com, suponho, a noiva e seus pais.



sexta-feira, 15 de setembro de 2017

É Meio Nojento Mas Me Deu Tesão

Começo da noite do dia 13 de junho de 2013, uma quinta-feira tensa na avenida Paulista, quando era esperada uma das já históricas manifestações daquele período. Por onde quer que se olhasse na região, sobretudo na rua Augusta por onde passei, a população assustada ia dando lugar à tropa de choque que em minutos tomou todo o espaço público com capacetes e escudos, helicópteros e centenas de motos, criando um cenário angustiante. Os comércios iam fechando e viaturas desesperadamente tentavam incrementar o clima de terror com alta velocidade, sirenes e gritaria. Eu tinha ido encomendar uns cartões de visita numa gráfica que fica na galeria em frente ao Espaço Itaú de Cinema e tinha ingresso para ver um show mais tarde. A dona da gráfica estava muito nervosa, desculpou-se e desceu a porta. Até me decidir se valeria a pena ir ao show tão aguardado, abriguei-me no Shopping Center 3. Fui fazer um lanche e dar uma checada nos banheiros, onde sempre se encontravam garotos bem animadinhos. O banheiro da praça de alimentação foi reformado alguns anos depois para impedir essa prática e conseguiram acabar com a alegria. Enquanto comia, a confusão foi tomando conta do shopping também. Seguranças corriam e gritavam com seus ternos pretos e intercomunicadores, as pessoas sobressaltadas esgueirando-se pelas paredes. A manifestação vinha pela Paulista em direção à Consolação e fecharam as imensas portas de aço do shopping, que eram estrondosamente golpeadas por alguns grupos de manifestantes. Nada a fazer senão esperar. No tal banheiro da praça de alimentação, antes da maldita reforma, encontrei um cara que já tinha visto no Shopping Frei Caneca e tocado uma punheta no banheiro do terminal rodoviário do Tietê. Um dos caras mais interessantes que já encontrei nessas situações. Uns 25 anos, sempre bem vestido, rosto muito bonito, cabeça completamente raspada, corpo sexy e um belíssimo pau. Eu tinha muita vontade de chupar aquele garoto, que exalava sensualidade e magnetismo, mexendo com minhas emoções em míseros segundos na sua presença. Estava no mictório de pau duro. Quando se masturbava, notei um pouco de esmegma na glande. É meio nojento, claro, mas confesso que me deu tesão. O jeito como segurava a rola e o movimento que fazia me excitavam. Tinha um grupinho ali nos mictórios, mas ninguém interessante, exceto dentro de uma das cabines, um cara grisalho que se masturbava com a porta entreaberta e de olho no careca. Esse eu também já conhecia de vista, da extinta sauna 269, e depois encontrei várias vezes nos banheiros e escadas do Frei Caneca e até eventualmente na academia onde eu treinava. É gato, charmoso, chama Cristiano e soube que morava nos arredores com um cara bem mais novo. Achei ótimo ter dois gostosos no mesmo banheiro, mas a verdade é que o Cristiano estava a fim do careca e, não só me ignorou, como o levou embora. Veio até ele, deu uma chupada no cara, cochichou no seu ouvido e partiram. Eu me senti totalmente excluído e não tinha mais o que fazer ali. Dei uma andada pelo shopping e a confusão continuava. Cerca de 20 minutos depois, lembrei de visitar o banheiro do andar superior, próximo às salas de cinema. Mal sabia o que me aguardava atrás daquela porta. Quem conhece, sabe que é um espaço exíguo, praticamente um corredor estreito de talvez 10m². Na parede da direita de quem entra uns cinco mictórios e duas cabines ao fundo e, na parede oposta, o grande espelho dos lavatórios. Com a confusão na rua, o banheiro estava esquecido pelos seguranças, mas espremiam-se lá dentro mais de quinze caras, incluindo o careca e o Cristiano. Logo que perceberam que não me choquei com o ambiente, voltaram às suas atividades. Era uma orgia sensacional. Eu não me atrevia a atravessar todo o banheiro, mas do outro lado tinha um outro cara bem bonito. Altão, moreno cor de canela, vestindo terno cinza claro e gravata, pau gigante. Ninguém dava a mínima atenção para ele, que me olhava sacudindo a jeba meia bomba e sorrindo maliciosamente. Ao seu lado, o centro das atenções era o boy careca. O Cristiano ajoelhou e o chupava, assim como a todos que chegassem perto. Encostei na pequena parede que encobre a porta, abri a calça e comecei a tocar uma punheta. Logo as duas cabines abriram e mais dois caras sairam para a festinha. Só os dois já conhecidos e o altão me atraiam, então tinha que me manter afastando mãos e bocas dos outros caras. Agora todos olhavam pra mim e senti o careca ficar meio ressentido. O próprio Cristiano chupava o cara olhando pra mim. Era uma cena de sonho, despertou um frenesi estranho ver toda aquela sacanagem rolando solta bem ali num shopping em plena avenida Paulista. Tinha um gordinho que se dispôs a ficar de vigia na porta. O Cristiano atravessou o banheiro e veio me chupar, enquanto dois garotos assumiram juntos o pau lindo do careca, que olhava séria e simultaneamente pra meus olhos e pro meu pau. Queria muito ver a bundinha daquele cara. O Cristiano chupava muito bem, beijava minha boca e eu apalpava sua bundinha musculosa. Voltou ainda a chupar o careca, mas logo veio insistir pra irmos só nós dois para a escadaria de incêndio ali ao lado. Achei um tanto despropositado deixar aquele banheiro incrível, mas fui. Talvez tenha ido só por ter me sentido preterido e ignorado no outro banheiro, mas é verdade também que ele é bem o tipo de cara que me atrai. Na escada, a sensação de estar num local público era mais clara e isso foi um tanto excitante. Ele me chupava e beijava e começou a me masturbar, pedindo porra na boca. Não demorei a gozar violentamente. Ficamos pouco tempo ali, mas quando voltei ao banheiro, já não havia mais ninguém. A manifestação já tinha passado, a rua estava quase vazia e as portas foram abertas para liberar o público. Achei curiosa a disparidade de ação entre a acuada grande maioria do público do shopping, a multidão nas ruas e nós dentro do banheiro. Pelos resultados que a manipulação dessas manifestações trouxe para o cenário político brasileiro, tenho orgulho do atentado ao pudor. E sim, ainda consegui assistir a um dos mais lindos shows da minha vida naquela mesma noite.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Todos os Paus que Já Existiram e Existirão


Ainda morava no interior quando comecei a estudar em São Paulo, então passava quase diariamente pelo Terminal Rodoviário Tietê. Antes das últimas reformas nos banheiros masculinos dali, rolava uma pegação pesada, apesar da constante grosseria e falta de tato dos funcionários. As reformas visaram, além da revitalização, evitar áreas mais escondidas. Ainda assim, toda vez que passo por lá, vejo muita coisa rolando.
Uma vez, há uns 10 anos, logo de manhã cedo a caminho da aula, passei num dos banheiros, o único que era gratuito na época (hoje todos o são, exceto o que serve para tomar banho).  Ficava ao lado da lan house, que nem existe mais, e hoje encontra-se desativado. Na parede do fundo tinha uma parte do mictório que ficava oculta por um muro de aproximadamente um metro de largura (lateral das bancadas onde ficavam as cubas e espelhos). Ficou bem manjado esse esconderijo e ali atrás os caras se mostravam, tocavam, chupavam e cheguei a ver uma penetração atrás da paredinha. Nessa manhã havia alguns caras por ali, e é desnecessário mencionar o quanto a grande maioria era desinteressante. Eu observava enquanto fingia lavar as mãos até que, pelo espelho, vi um moço que me chamou a atenção imediatamente. Todo vestido de preto, sapato e calça social, um tricô ajustado, cabeça bem desenhada, cabelo curto com o topo meio bagunçado, ainda molhado do banho recente. Era moreno, de estatura baixa, corpo gostosinho e um rosto muito bonito: olhos amendoados, nariz fino e um pouco arrebitado, boca sexy, covinha no queixo, barba por fazer. Tinha um jeito bem masculino, até meio ostensivo. Andava pra lá e pra cá sem rumo e comecei a desconfiar de que também estivesse procurando sacanagem. Parou na área da paredinha pra usar o mictório e fui lá. Meio tímido, olhei pro pau dele e fiquei aturdido. Mais pra curto e muito grosso, circuncidado com uma cabeçona gorducha, morena, de onde jorravam fartos jatos de mijo. Veias grossas sob a pele delicada. Já vi milhares de pênis na vida (sem contar fotos e filmes, claro) e nunca tinha visto nada sequer parecido com aquele. Aliás, minto: trazia vagamente a lembrança do pinto do meu pai quando eu era criança e o via sair do banho, e foi imediata a conexão. Mas o formato, cor, tamanho, textura, eram únicos, e enlouquecedores aos meus olhos. Imagino qual era a minha expressão diante daquela beleza toda. Percebi que ele estava correspondendo. Quando terminou de mijar, começou a tocar uma punheta olhando pra mim. Meu coração disparado já precisava daquele pau, tocar, vê-lo de perto (e a minha aula que se fodesse). O tiozinho que cuidava do banheiro entrou pra limpar e tivemos que sair, mas o cara me deu uma olhada, como se dissesse "vem comigo". Fui seguindo pela imensa rodoviária de concreto aparente, e dava pra sacar, pelo trajeto errante, que ele não sabia pra onde ir. Do nada, subiu uma escadaria. Eu ia atrás, trêmulo, imaginando que chegara a hora. O desejo mal nascido já me consumia. A escada parecia levar a lugar algum e no meio dela chegamos a uma plataforma com guarda-corpo de alvenaria que nos cobria até a cintura. Ele já estava com o pau pra fora. Era meio vertiginoso tocá-lo enquanto via a vida correr noutro ritmo lá embaixo.  Como era lindo o pau daquele cara. Infelizmente não tenho capacidade de descrição pra algo tão único. Até porque a comoção que me causava era algo muito íntimo e pessoal. Lembro que conversamos um pouco e eu disse que estava "louco pra chupar esse pau". Incentivou, meio enlevado também "chupa, aqui mesmo, chupa", mas tive medo. Um segurança apareceu subindo a escada e pediu que descêssemos. Continuamos caminhando, agora juntos, e ele ia me explicando o seu plano. Descemos para o desembarque, onde se encontra um banheiro menor e mais tranquilo que até hoje não foi reformado. Explicou que esperaríamos a última cabine estar desocupada e entraríamos juntos nela. Eu flutuava, sem entender direito o que estava acontecendo, só pensando naquele naco de carne humana. Entrou na minha frente, pagou a entrada e apontou para mim, indicando que também a minha estava paga. Quando cheguei ao corredor onde ficam as cabines, ele já estava diante da última, com expressão maliciosa ao constatar que estava vazia. Fui me aproximando e tentando entender o que fazer. Entrou, deixando a porta entreaberta e posicionou-se atrás dela. Estava tudo muito calmo ali, ninguém por perto, e entrei também, rápido e decidido. A proximidade dos nossos corpos naquele ambiente estreito, com menos luz, me atravessava, no que costumo chamar "felicidade".  Ele cheirava a sabonete, shampoo e creme dental. Fechei a tampa do vaso e me sentei com as pernas cruzadas para evitar que se pudessem ver quatro pés pelo vão abaixo da porta. Mas a verdade é que as dobradiças da porta deixavam um vão bem grande e qualquer um com um pouco de curiosidade poderia nos ver do lado de fora. Diante do meu rosto eu o tinha agora, todo meu. Abriu meu zíper e puxou o meu pra fora também. Sussurrei meio infantil "como é lindo o seu pau!". Era de fato ainda mais impressionante visto tão de perto. Era como se contivesse todos os milhares de paus que já passaram pelas minhas mãos, todos os bilhões de paus do mundo, da história, todos os paus que já existiram e existirão. Fico agora pensando se esse aspecto arquetípico de "rei de paus" tem relação com o que me lembrou do pênis do pai. Como o primeiro pau adulto que se vê, a figura paterna inevitavelmente fundida ao masculino ancestral. Mas sou um péssimo psicólogo, como se pode perceber. Foi um momento de grande impacto emocional e tesão. Eu engolia e beijava a gigantesca glande de formato arredondado. Tinha um aspecto rústico aquele pau, uma beleza agressiva. E triste. Embora estivesse duro e babando de tesão, era um pau tristonho, cuja angústia se irmanava à minha. Tinha nele algo de fruto proibido, condenável, mas que me atraía irresistivelmente. O rapaz puxou minha cabeça e me beijou a boca, com desespero. Me chupou com tanta avidez quanto a minha. De vez em quando andavam e falavam ali fora, mas estávamos em outra dimensão, nada poderia interromper aquilo. Depois o segurei pelos quadris e o virei de costas pra mim. Ele mesmo abaixou a calça e mostrou aquela bundinha musculosa. Posicionei suas mãos abrindo a bunda pra mim, e abocanhei o cuzinho pálido e diminuto. Fiquei de pé atrás dele e passei o pau na bunda. Ele correspondeu jogando a cabeça pra trás. Mordi sua nuca, virei seu rosto de lado, beijei a orelha direita e sussurrei "gosta de dar?". Ele não respondeu. Eu poderia estourar de desejo a qualquer momento. Apareceu outra vez gente do lado de fora e voltei à posição sentada. Abaixou e voltou a me chupar com grande perícia. A excitação era tamanha que em poucos segundos eu estava próximo do clímax "velho, tô gozando...". Ele continuou até o fim, até eu encher sua boca de porra. Meu corpo ainda sacudia em transe e ele se encostou na porta com a cabeça pra cima, de olhos fechados. Voltou a me beijar, com muito carinho. Era um beijo normal inicialmente, até que sinto minha boca ser inundada de porra. Não entendi até hoje como ele fez aquilo, pois no início do beijo eu não sentia nada e, de repente, estávamos nos beijando e trocando minha porra de uma boca para a outra. Foi um dos momentos mais surpreendentes e excitantes de que consigo me lembrar. Tentava assimilar o que nunca me teria passado pela cabeça. Depois, tendo gozado havia pouquíssimo tempo, fui perdendo o tesão e cuspi a porra na lixeira. Disse que queria gozar na minha boca também. Eu não soube dizer não, nem tinha como, depois de tudo aquilo. Pediu pra ocupar o meu lugar sentado. Masturbava-se chupando meu pau, agora flácido. Puxou minha cabeça e gozou forte dentro de mim. Mesmo sendo aquele cara lindo, aquele pau, já tinha perdido parte do tesão e senti uma certa repugnância. Cuspi imediatamente no lixo. Não sei se o ofendi. Já limpos e recompostos, nos despedimos com um olhar cúmplice e e minhas mãos seguravam seu corpo sólido. Lembrei da aula, mas precisava tanto ainda da sua presença. Ele saiu primeiro e avisou que estava tudo tranquilo pra eu sair. Conversamos brevemente. Ele também estava atrasado para o trabalho, era segurança do Shopping Center Norte, ali perto da rodoviária. Eu disse que queria muito vê-lo novamente naquela tarde mesmo e pedi o número. Disse que era comprometido e passou um número que nunca respondeu. Típico.