A Novela da Sauna Gay - Jornalismo Parcial - Terapia a Custo Zero - Exercício Literário - Diário Sacana Posto a Público - Cápsula do Tempo
sábado, 7 de agosto de 2021
sexta-feira, 30 de julho de 2021
Putona Safada
Numa quinta-feira das últimas semanas estive em São Paulo. Ainda de manhã, visitando uma instituição em São Bernardo, fui atendido por um homem muito atraente (apesar da máscara, era impossível ignorar que tratava-se de um puta dum gostoso), e pensei o seguinte: se de noite aparecer um cara desse tipo no Cabine's, vou dar a bunda pra ele com certeza. Pensamento aleatório. Porque era um homem grandão, barbudo, alto, forte, tatuado, roupas justas e provocantes, atitude descaradamente cafajeste, agressiva. Um combo excessivamente hetero e vulgar para o meu gosto, mas despertou esse pensamento, esse desejo. É curioso que eu tenha tantas fantasias relacionadas a ser passivo e tamanha dificuldade de realiza-las quando as oportunidades surgem. Faz uns 2 anos que não sou penetrado. Também porque com a pandemia minha atividade sexual diminuiu muito.
Agora já estamos no horário de almoço, no Shopping Metrô Santa Cruz. Logo que cheguei, vi um garoto muito bonitinho andando sozinho. Em torno de 22 anos, pele clara, cabelo castanho escuro com um corte meio moicano, olhos de um azul faiscante, baixinho e com um corpinho muito interessante, uma jaqueta jeans desbotada, barba, tatuagens, piercings, bem estilozinho. Reparei que ele também olhou pra mim, mas segui para o andar superior para procurar um lugar onde pudesse almoçar. Não estava com muita fome e não encontrava nada que me despertasse o apetite. Exceto o próprio moleque, que também subiu e agora se dirigia para o banheiro. Saquei que ele sacou que eu o acompanhava. O grande banheiro estava absolutamente vazio e dirigiu-se para o último dos mictórios, no fundo do banheiro. O mictório ao seu lado estava desativado, e me posicionei no seguinte. Logo já estávamos mantendo contato visual, mas aquelas barreiras entre os mictórios atrapalhavam para nos vermos. As cabines com os vasos sanitários ficam em frente aos mictórios, num corredor estreito. Entrou o funcionário responsável pela limpeza lá na frente, na área dos lavatórios, e fui para uma cabine quase em frente ao garoto. Deixei a porta aberta e botei o pau pra fora. Toda a situação e o tesão no moleque me deixaram louco, e meu pau estava completamente duro, como se tivesse tomado um Viagra. O moleque estava hipnotizado olhando pro meu pau e, sem pensar muito, chamei. Fiz um aceno de cabeça, mais pensando em que ele ficasse na porta e batesse uma pra mim. Mas ele veio pra dentro da cabine comigo. Meu coração acelerou, e meu pau pulsava. Ajoelhei sobre a tampa da privada e ele agarrou meu pau. Seus olhos profundamente azuis me olhavam com lascívia e curiosidade. A juventude pode ser comovente. Tudo nele me dava tesão. Levantei a camiseta de malha justinha pra ver os mamilos. A pele era muito delicada, poucos pêlos apenas em volta dos pequenos mamilos rosados atravessados por piercings negros. Na lateral esquerda do dorso, nas costelas, uma tatuagem vertical, tomando quase todo o comprimento do tronco. Era bem bonita, com a forma de um DNA em tinta preta. Lambi um mamilo, a pele quente e adocicada, um pouco de gosto de desodorante. Seu abdômen não era exatamente magrinho e saradinho, e exatamente por isso me excitou. Era uma barriguinha pequena e sexy. Abraçava seu corpo macio e morno. Segurei a bundinha e puxei a calça pra baixo. Virei seu corpo um pouco e abri a bundinha pra olhar. Ao contrário do peito, tinha uns pelinhos no cu, uma bunda deliciosa. O pau era mais para pequeno, mas foi crescendo e crescendo, e ficando grosso. Totalmente circuncidado, com uma glande pálida que me deu água na boca. Abaixei pra chupar. Menino cheiroso, todo gostosinho, pau bom de se chupar. Mas logo avisou: Assim eu vou gozar. Até pensei em continuar até o fim, mas ele puxou da minha boca e gozou na mão em concha. Tanta porra que encheu a mão. Porra branquinha, bem fluida, foi lindo vê-lo gozar. Limpou a mão e o pau com papel higiênico e saiu apressado. Minha ereção continuava imperturbável, mas não queria gozar ali sozinho. Tinha meus planos para concretizar no bar, de noite. Quando saí, o cara da limpeza ficou me encarando, viu que saímos da mesma cabine. E foda-se. O garoto desapareceu completamente e fui almoçar.
Dito e feito. Tomei um Viagra e desta vez cheguei mais cedo ao Cabine's Bar, antes das 17h, o que me dava duas horas e meia de diversão. Achei sintomático que desta vez a grande maioria dos frequentadores usassem máscara o tempo todo, um alívio. Já os funcionários continuam sem máscara, como se nada estivesse acontecendo no mundo. Não tinha muita gente, quinta-feira não é muito concorrida, mas o movimento aumentou um pouco depois das 18h. Tinha uma cabine aberta com dois caras dentro. Um de pé e o outro ajoelhado no chão, chupando. Estava um pouco escuro, mas o que estava de pé parecia gostoso e com uma bela rola. Ficou olhando para mim fixamente, demonstrando interesse. Um pouco mais tarde nos encontramos sozinhos e fomos para a salinha com a maca de massagem. É mesmo um cara bem gostoso, corpo musculoso, boa altura, barba curta preta, corpo lisinho de pele morena, braços tatuados. Foi bem simpático e carinhoso. Tirei seu pausão pra fora e era irresistível. Caí de boca, mesmo lembrando que o outro cara tinha chupado havia pouquíssimo tempo e provavelmente não tinha sido lavado. Infelizmente saliva alheia hoje é sinal de perigo. Mas chupei gostoso aquele pintão pesado. O cara tava muito excitado e gemia furiosamente. Seu pau babava, salgando meu paladar. Depois me levantou e chupou meu pau. Elogiou meu corpo e meus pêlos, me virou de costas e chupou meu cu. Lembrei imediatamente da "promessa" de dar a bunda caso aparecesse um cara gostosão no bar. Apareceu e já tava metendo a língua dentro de mim. Tenho um puta tesão em lambida no cu. É sem dúvida nenhuma o melhor jeito de relaxar pra ser enrabado. Ele sabe disso e logo forçou a cabecinha da rola pra dentro de mim, sem camisinha. Me deu tesão sentir o pau entrando, pele com pele, molhado de cuspe. Mas não dá, é muito arriscado. Tirei de dentro e dei uma camisinha pra ele. Vi gente do lado de fora, olhando pelo glory hole, e me aproximei. Quando ele meteu em mim, pus o pau no glory pro cara chupar. Não foi tão confortável, até porque era uma rola grossa e grande. Mas estávamos muito excitados. Quando eu tocava sua virilha para conter seus movimentos, dava pra sentir sua circulação sanguínea pulsando na minha mão, o que me pareceu bastante impressionante. Ele mesmo perguntou "sente meu pau pulsando dentro de você?". E dava pra sentir. Virou minha cabeça, puxou a máscara e me beijou na boca. Naquele momento eu não seria capaz de negar nada. Me desliguei do cara de fora, que não sabia chupar, e deixei o garotão foder um bom tempo. Às vezes incomodava, mas ele era super atencioso e percebia. Paramos, tirei o pau de dentro e nos beijamos. Eu queria foder também. Sua bunda era uma delícia, musculosa e estreitinha, bundinha de macho. Ele tava obviamente querendo rola. Apoiou os cotovelos na maca e meti sem camisinha. Pra foder não sei ter o mesmo cuidado. Que pena. Fodi aquele rabo com gosto. As costas super largas, a cintura fina, a bunda redondinha. Tava quase gozando, mas ele foi mais rápido. Estrangulou meu pau na contração do gozo. Estávamos alterados pelo tesão, respirando profundamente. Ele ficou sem graça, eu também, ambos tínhamos notado o incidente. Olhou no relógio, tenho que ir. Eh... acho que sujei você. Sem problema, normal, tranquilizei. Ele partiu e fui andando de pau pra fora até uma cabine para me limpar com papel. Embalei o pau com papel e fui para o banheiro para lavar na pia. Sentei numa poltrona perto do bar e esperei um pouco. Vi chegar um cara que me atraiu. Não era bonito, mas tinha um corpo que me dá muito tesão. Magrinho, baixinho, o corpo todo certinho. Parecia bastante jovem de longe, mas o rosto era mais maduro, com um ar cansado, gasto. Entramos cada um numa das cabines interligadas pelo glory hole e ele me chupou. Não muito bem. Queria me dar, mas eu não estava a fim, apesar da bunda ser lindinha. Até tentei ir para a sua cabine, mas ele não quis, tinha que ser pelo glory hole. Tinha uma rolona bem grande e grossa, bonitona, mas perdi o interesse, já era.
Passando pelo bar, vi dois caras sentados nas poltronas, conversando. Chamaram a minha atenção. Eram ambos bem grandões, musculosos, um tipo de cara que não costuma me atrair. Conversavam com evidente intimidade, usavam máscaras o tempo todo. Um deles usava óculos de armação metálica, cabelos lisos claros, pele bronzeada, estatura mediana, e passava a sensação de estar muito à vontade e vigilante, procurando alguém pra transar. O outro era negro, alto, corpo também forte, porém mais natural que o do outro, conversava quase se jogando sobre o amigo. Mesmo de máscara, era evidente que os dois tinham rostos interessantes, tipos bonitos, apesar do excesso de músculos. Eventualmente olhavam para mim, mas ficavam mais ouriçados mesmo quando viam algum rapaz igualmente musculoso chegar. Percebendo esse padrão, deixei de prestar atenção nos dois. O movimento havia aumentado, mas não tinha tantos caras que me interessassem. Os dois grandões então passaram a comentar entre si quando eu passava e se aproximaram quando eu estava encostado na parede do corredor das cabines. O de óculos me abordou um pouco titubeante e o outro ficou meio de lado, sem falar um "A". Queriam entrar numa cabine comigo. Confesso que a atitude de ambos me deixou apreensivo, desconfiado, mas aceitei. A cabine estava iluminada pela tela de vídeo pornô, e o espaço parecia suficiente para os dois gigantes e eu. Fiquei de costas para a tela e de frente para a porta, com os dois me ladeando. Ambos tiraram suas máscaras e camisas e tiraram as minhas também. Os três paus se uniam no centro da cabine. Os dois tinham paus grandes, mas o do negro era imenso e grosso. O cara de óculos era mais efusivo, parecia animado, rindo o tempo todo, alisando meu corpo. Era bonitão sem máscara e tinha pêlos bonitos no peito absurdamente hipertrofiado. O negro tinha o rosto belíssimo, anguloso e elegante, parecia um artista de cinema. Cabelos e barba levemente grisalhos, mas o corpo não me atraiu tanto, tinha um pouco de barriga. Um tipo de barriga meio de tiozão. Sua atitude era estranha, talvez um pouco arrogante, ou mesmo hostil. Eu não sabia nada da relação entre eles. Abaixei e chupei. Tem essa fantasia de chupar duas rolas ao mesmo tempo, é interessante se sentir uma putona devoradora de rola. Comecei a pensar se eles estavam pensando em me comer e avaliei o tamanho dos paus. Já tinha cumprido minha promessa, mas dois garotões querendo me comer era uma ideia excitante. Tentei lamber a bunda do cara de óculos, mas ele se fez de desentendido. Começaram a se beijar enquanto eu os chupava. Quando me levantei, ambos começaram a pôr camisinha. Eu ri, incrédulo. "Agora já era", eles diziam. Eu disse que não costumava dar, mas não comentei que já tinha levado rola havia pouco mais de uma hora. "Ah, você demorou muito pra dizer... Agora já estamos prontos". É asqueroso esse tipo de papo, mas a verdade é que eu queria me testar mais como passivo e no papel da putona safada. Expliquei que precisava de um pouco de paciência. O negro pegou um envelope de lubrificante, o que me tranquilizou um pouco. Bezuntou aquele poste e me virou. Fiquei excitado com o peito do outro, e a rola foi entrando em mim. Ele não era paciente, típico de cara que não sabe foder. Aguentei enquanto me excitou a situação e logo mandei tirar. O de óculos já me virou e meteu em mim. Também não rolou por muito tempo. Dois brutamontes que não sabem transar. O outro quis me comer de novo. Deixei mais uma vez. Era uma sensação de ser "usado" por dois caras a fantasia que me instigava. O de óculos fala comigo "parece que foi dessa varona preta que você gostou mais. Toma essa rola preta na bunda. Tá gostando?". Desta vez durou um pouco mais, e tirei. O cara foi tirar a camisinha e estava com dificuldade. O outro deu um grito "tira essa porra direito!". Eu já estava bem incomodado. Vocês são namorados? Não, amigos. Nenhum dos dois gosta de dar? Nem sempre. Mas até que você foi bem, aguentou nós dois. É.. fui bem... Foi um alívio sair dali. Fui gozar um pouco depois, com um cara, que nem sei quem era, tentando meter no meu cuzinho. Uma gozada impessoal pra fechar a noite. Era hora de ir. Pedi minha mochila na chapelaria. "Já vai, onde você estava que não te vi?", perguntou um cara encostado no balcão. "Se tivesse visto, teria te chupado inteiro, teu pau, teu peito, até os dedos do pé". Ri, um pouco constrangido. No metrô, um rapaz alto falava ao celular de olho em mim. Seus braços e mãos me excitaram, meu pau ficou duro e ele viu. Ele tinha alguma timidez que o fazia desviar o olhar quando eu o encarava. Depois conversamos um pouco e trocamos whatsapp. É um cara casado, com filhos, que vive uma vida miserável como todos nós. Mas vida dupla a esta altura dos século 21, não dá, não...
quarta-feira, 7 de julho de 2021
Momento Virilha
Era 2015 - Um conhecido, pelo Facebook, fazia loas a um massagista. Eu nunca tinha ouvido falar em ayurveda, mas o tal massagista na foto da postagem parecia ser tão bonitinho que fui fisgado pela ideia de experimentar, criei uma fantasia. Como minhas experiências anteriores com massagem tinham um caráter sexual, achei interessante ser massageado sem essa intenção explícita, mas por alguém atraente. Reconheço a perversidade do meu plano. Salvei o contato do rapaz e, assim que deu, marquei uma sessão. Era um estúdio de yoga perto do Centro Cultural Vergueiro, subi uma escadinha e lá estava ele, me esperando - um exemplar clássico do cirandeiro gratiluz: magrinho, roupas displicentes, barbinha rala, olhar calmo, voz baixa, modos suaves. Bem bonitinho como nas fotos. Conversamos um pouco, pediu que eu tirasse as roupas e me deitasse na maca. Mas eu fico como? Pode ficar de cueca. Era um quartinho de 3m x 3m, pintado de azul clarinho, de uma simplicidade espartana. Uma maca ao centro e um abajur com uma lâmpada azul num dos cantos. Começou pela cabeça, usava óleo de gergelim (dificílimo de tirar depois). Era bom o contato das mãos, relaxante. Ia deslizando com o óleo pelo corpo todo. Respeitosamente enfiou minha cueca no meu cu e massageou a bunda com vigor. Depois, pediu que me virasse e massageou toda a frente. Quando tocou minha virilha, não pude conter uma ereção que me deixou um tanto encabulado. E ainda mais excitado pelo constrangimento. Era um toque muito específico, duvido que qualquer homem do mundo não ficasse de pau duro. O moço parecia interessado, dava sempre um jeito de relar a mão boba no meu pau, e chegou a levantar minha cueca para acessar a outra virilha por dentro da cueca. Eu estava cheio de óleo nos olhos e não dava pra saber exatamente o que se passava. Acabada a massagem, indicou o banheiro para eu me lavar e tirar ao menos a maior parte do óleo. Algumas semanas depois, retornei. Ele me recebeu muito mais relaxado, deu um beijo no rosto, conversamos mais um pouco, e a coisa rolou mais ou menos como da primeira vez, incluída aí a ereção semi involuntária quando me tocou a virilha. Mas tudo bem menos tenso. Na terceira vez, a sintonia era ainda maior. Eu estava certo de que finalmente ia rolar, e ele parecia ter essa intenção desde que entrei. Foi muito mais sedutor ao me receber, e a própria massagem era muito mais sensual. Ao massagear minha bunda, eu conseguia sentir sua mão lubrificada deslizando no meu cu. Lá pelas tantas, abri um pouco os olhos, e vi que ele tinha tirado a camisa. Foi chegando a fatídico "momento virilha". Quando meu pau ficou duro, deixei a mão ao lado da maca, perto do pau dele. Eu queria que ele me mostrasse se também estava de pau duro. Entendeu o recado e imediatamente encostou o pau na minha mão. Era arriscado, não dava para ter 100% de certeza, mas assim que senti a rola durona batendo nas costas da minha mão, sem pensar mais que um segundo, virei a mão e segurei firme. Ele foi igualmente decidido: abaixou minha cueca e começou a me chupar. Mesmo com todo esse histórico e o clima sedutor daquela tarde, eu mal podia acreditar. Meu coração acelerou. Lembrou de trancar a porta da sala e voltou em segundos pra me chupar. Fiz com que subisse na maca e nos envolvemos num 69. O pau dele era grande, não muito grosso, mas bem bonito e gostoso. Tirei sua roupa e seu corpo era mais que delicioso. Eu estava excitado, mas sentia minha ereção agora bastante inconsistente. Lambi seu cuzinho e tentei penetrar, mas sem sucesso. Ele queria me comer, chegou a pôr a cabecinha e eu fiquei muito excitado, teria sido delicioso, mas não me senti seguro (estava com um desconforto intestinal). Fiz ele gozar e voltou a me chupar, "quero que você goze também". Consegui sozinho, depois de muito esforço, e lembro de ter gozado pouco. Foi tomar banho primeiro e depois foi minha vez. Ele parecia agora frio e distante. Deixei o pagamento da massagem numa estante do quarto. Na saída forcei a barra e dei um beijo nos lábios. Fiquei chateado com esse clima. Perguntei por whatsapp se ele tinha ficado encanado com alguma coisa, e disse que para mim tinha sido delicioso. Respondeu que estava preocupado por estar atrasado para um encontro com seu namorado e uma amiga. Muitas vezes quis voltar, mas fiquei com vergonha. Às vezes ele me marcava no Facebook em alguma publicação sobre sua massagem, oferecia descontos, mas nunca mais voltei.
sábado, 12 de junho de 2021
Que Só Quando Cruza a Paulista e a Consolação
Uma pff2 na cara e a insustentável situação doméstica me expeliram para São Paulo na sexta-feira da semana passada, pós feriado de Corpus Christi. Era uma manhã ensolarada de um outono que tem feito bastante frio. Sofro nesta época porque detesto frio. Sentei na última poltrona do ônibus, que estava bem mais vazio que de costume, sobretudo numa sexta-feira. Um pouco antes da partida, um rapaz alto veio se aproximando pelo corredor, já de olho em mim, e sentou-se ao meu lado. A máscara nos dificulta um pouco compreender as feições alheias, mas tinha um tipo interessante. Rosto arredondado, corpo forte, cabelo escuro bem curto. Foi logo puxando papo e se encostava em mim a qualquer oportunidade. No meio da viagem fechei os olhos e ele simplesmente pegou no meu pau. Era uma situação um pouco desconfortável porque, apesar de o ônibus estar vazio, na fileira em frente da nossa havia um funcionário da viação e um senhor. Meu pau ficou meio duro e ficamos brincando ali, discretamente. Quando o ônibus fez uma parada na entrada de uma cidade, o tal funcionário desceu, e o carinha meteu a mão dentro da minha calça e puxou meu pau pra fora. Chegou bem perto de chupar, mas não ousou tanto. Quis meu whatsapp, queria me encontrar outro dia. Eu não tinha certeza se ele me atraía ou não, mas dei o número. Depois que chegamos a SP e descemos do ônibus, a conversa mudou de tema, e pude constatar que se tratava de uma aberração que me enche de asco: o viado bolsonarista. Com uma dúzia de palavras bem escolhidas, afastei o babaca.
Tinha marcado um compromisso no shopping do metrô Corinthians-Itaquera. Depois de tudo resolvido, almocei na praça de alimentação e procurei um banheiro para observar o movimento. Bingo! Era um daqueles banheiros em que o arquiteto ajudou a viadagem. Uma planta quase perfeita para evitar ser pego desprevenido. E, ao menos naquela tarde, nenhum segurança ou funcionário circulava por ali. Mal pus o pau pra fora no mictório, saiu um rapaz de uma das cabines. Alto, agasalho esportivo preto, boné virado pra trás. Ficou zanzando aleatoriamente sem desgrudar os olhos do meu pinto. Não havia mais ninguém ali. Fez um gesto insinuando um boquete, a clássica mímica de uma punhetinha na frente da boca aberta. Assenti com a cabeça e ele entrou na última cabine, deixando espaço para eu entrar. Dá um pouco de medo, mas assumi que ele conhece o local e que tava tudo favorável. Foi jogo rápido: agachou, mamou rapidinho, levantou minha camiseta e chupou meu mamilo e saiu esbaforido. Esperei um pouco e, quando saí, já havia dois caras de pau duro no mictório. Um magrinho moreno e o outro fortão e loiro, ambos bem pegáveis. Fiquei um pouco envergonhado, saí do banheiro mas voltei em 2 minutos. O loiro estava saindo da mesma cabine onde eu tinha sido chupado. Fui para o mictório, e ele veio pegar no meu pau. Fiquei olhando para o lado da porta e ele deu uma chupadinha. "Vamo ali?" "Vamo". Era a mesma cabine, e lá dentro já estava o cara mais magrinho encostado na parede e de pau duro. Era uma situação esdrúxula, três marmanjos de pau duro dentro de uma exígua cabine de banheiro num shopping da zona Leste. A porta da cabine não é daquelas que vão até o chão, portanto daria para ver pelo lado de fora as 6 pernas de calças arriadas. O mais forte chupou os dois paus como se fosse a sua missão no mundo. Foi rápido também e saiu, o que me fez pensar que o local talvez não fosse tão tranquilo assim. Fiquei com o outro cara ali. Era bonitinho, mas o pau dele não me deu tesão. Era fino, tinha uma mancha acastanhada na glande e escorria uma baba abundante. Fui embora. Resolvidas mais algumas pendências pela cidade e cheguei ao Cabine's Bar às 17h. Alguma coisa acontece no meu coração/Que só quando cruza a Paulista e a Consolação... Tenho sido tomado por um turbilhão de emoções sempre que consigo chegar ao Cabine's. Com tudo de ruim e tosco e bagaceira que tem ali, sobretudo durante a pandemia, é atualmente um dos únicos lugares em que me sinto vivo. E isso não é pouco. Às sextas costuma lotar, mas estava tranquilo depois do feriado. Desta vez tinha bem mais gente usando máscara, e eu mesmo me cuidei melhor, evitando tirar a máscara em ambientes com muita aglomeração. Tinha um garoto muito bonitinho, que me chamou atenção imediatamente assim que cheguei. De estatura baixa, corpo fortinho, pele dourada, cabelos lisos de um loiro escuro sob um boné preto. Obviamente bastante jovem, por volta dos 20 anos, e olhos verdes muito expressivos. Seu jeito de se vestir, de andar, tudo era encantador. Aquele tipo de menino que parece ser super fofo por natureza. Ele também se mostrou muito interessado em mim e logo estávamos sozinhos no quartinho que tem um pouco de iluminação e uma cama (mais precisamente uma maca de massagem). Eu só queria saborear o momento de tocar o garoto, queria sossego. Tirei o pau dele pra fora da bermuda e era lindo, grosso, macio, dourado. O corpo também era muito lindo, a pele sedosa. Chupei o moleque e foi uma delícia. Mas tínhamos deixado aporta aberta e entrou um cara. Eu já o tinha visto no banheiro logo que entrei. Um coroa de uns 60 anos, bem alto, magro, bem vestido, de óculos, cabelo todo branco curtinho. Não era bonito, mas tinha uma presença. Veio ansioso, queria me chupar e deixei. O garoto parecia incerto se queria o intruso ali, e voltei a chupar aquela rola macia pra não perdê-lo tão logo. Mas bastou fazer uma pausa e ele se foi. Eu não queria cortar o barato do coroa, e estava chupando gostoso, mas também não queria gozar logo nem com ele, pois tinha acabado de chegar. Dei um tempinho e saí. Passava toda hora um rapaz de rosto muito bonito que eu já tinha visto no Cabine's num outro dia. Boa altura, cabelos longos castanhos, mas algo nebuloso no jeito dele me desinteressou. Talvez sua caçada ansiosa. Ansiedade me desestabiliza. O garoto de boné sempre passava me olhando nos olhos, parecia estar me chamando, mas não fui atrás. Depois me arrependi porque ele logo foi embora. Também vi um cara que tenho visto sempre que vou lá, acho que o chamei de "árabe". Já fiquei com ele uma vez e o acho muito bonitão. Vi que entrou com outro cara no dark room menor e fui atrás. Não conseguia distinguir direito entre os dois no escuro. Um deles abaixou pra chupar o outro e depois partiu. Fiquei apalpando o que tinha restado, mas logo perdi o interesse. Geralmente me dá aflição não saber com quem estou. Um pouco mais tarde reencontrei o "árabe" no claro e entramos juntos no mesmo dark room. Da outra vez que fiquei com ele, foi um tanto frustrante porque ele só queria ser chupado. E ponto. Foi inclusive meio ríspido quando passei a mão na sua bunda. Desta vez, apesar de não ter ido muito além de oferecer a rola pra ser chupada, foi mais simpático, reagiu com entusiasmo ao oral e pirou quando chupei seu mamilo. Eu adoro mamilos, adoro que estimulem os meus, e acabei desenvolvendo uma técnica que a maioria dos caras adora. Ele não me chupou, não me beijou. Pelo menos estava de máscara, o que é uma desculpa aceitável pra eu não me sentir tratado como apenas uma boca talentosa. Depois que saí dali, sentei numa das poltronas que ficam de frente para o bar e fiquei observando os caras que iam chegando da rua e quem ficava no balcão. Os três atendentes são simpáticos, mas é um tanto decepcionante que nenhum deles use máscara, em nenhum momento. Eu já tinha visto ali um dos rapazes que estavam no balcão. É bem bonitinho, vestia uma calça de moletom com estampa de oncinha que, pasme, ficava bem nele. Sempre fica me olhando de longe, mas não tem nenhuma atitude e quando tento me aproximar, se faz de desentendido. Tinha um outro cara que eu nunca tinha visto por ali. Corpo muito bonito, jeans, sem camisa. Depois tirou também a calça e a deixou na chapelaria. O rosto não é exatamente belo, mas bastante interessante, me lembrou o Bruce Springsteen jovem, que era um gostoso, diga-se. Passou no telão um clipe de alguma cantorazinha pop e ele começou a dançar a coreografia sozinho no meio do bar. Não dançava especialmente bem para quem, mais tarde, ouvi contando que é gogo boy (além de ator pornô), mas seu corpo em movimento era perturbadoramente atraente. O carinha da calça de oncinha começou a ir a todos os lugares onde eu ia, sempre com cara de paisagem, sem olhar pra mim. No dark room pequeno eu me aproximei. Sua atitude desperta uma insegurança em mim e fui chegando com toques delicados e leves. Ele segurando no meu pau, eu na sua bundinha de onça, beijando a orelha e o pescoço. Tudo muito suave, e era óbvio que não tava rolando. Logo nos separamos. Duvido que volte a me aproximar dele. O "árabe", sempre que me encontrava, pegava em mim, dizia coisas como "boca gostosa", "delícia de chupada no peito". Fui ficando com vontade de ficar com ele de novo. Mesmo sabendo que é o tipo de cara que está só pensando no que ELE quer que eu faça NELE. Conheço bem o tipo. Mas... Como é beeem gostoso, releva-se. No dark maior, vi chegar o dançarino, outro egocêntrico. Tinha um grupinho ali, ele ficou parado na minha frente, e eu hipnotizado com a sua bunda perfeita. Usava uma sunga listrada de preto e branco e era óbvio que tinha consciência de que eu estava ali, e louco pela sua bunda. Puxei a cava da sunga e fui subindo, como se fosse uma calcinha enfiada no rego. Que bundinha macia, toda lisinha! Não demorou muito pra eu agachar, descer a sunga e levar a boca pro meio daquele maravilha. Como eu amo chupar cu! Era uma bundinha estreita, bem redondinha e arrebitada, mas não excessivamente musculosa, tinha um toque suave e macio. Em volta do cuzinho tinha uns pêlos meio compridos, em contraste com a bunda totalmente lisa como de um garoto. Eu metia a língua até o fundo e ele gemia e arrebitava o cuzinho na minha boca. Eu mordia a polpa da bunda e enfiava a cara no meio dela. Foi muito maravilhoso, desses pequenos momentos que fazem a vida valer a pena. Depois me levantei e fiquei passando o pau no rego e beijando sua nuca. Ele virava a cabeça, sorrindo pra mim. Tava fácil de comer aquela bunda, mas foi ficando muito cheio ali e fiquei apreensivo. Quando estava saindo, um cara me puxou. Ele estava se pegando com alguém, eu não sabia quem eram e não gostei da forma autoritária como puxou meu braço. Segui andando e ele me puxando, insistindo. Acabou abandonando o outro cara e veio atrás de mim, achando talvez que eu quisesse ir com ele pra outro lugar. Parei diante das cabines e ele ficou ali se insinuando até desistir. Na luz pude ver que era um cara até bonitão, mas absolutamente sem tato. Um pouco depois nos aproximamos no dark estreitinho. Ele estava de pé e um cara o chupava. Ficamos nos tocando por um tempo e, quando o outro começou a me chupar, ele foi embora. O cara chupava bem, mas tinha uma pegada forte, meio grosseira. Eu sabia quem ele era, tinha visto antes de entrarmos ali. Eu estava o tempo todo quase gozando, mas tinha um pouco de contato dos seus dentes inferiores que causavam uma dorzinha na parte inferior do meu pau. Um rapaz magrinho ficou ao meu lado passando a mão na minha bunda e lambendo meu mamilo. Às vezes o cara largava meu pau pra lamber meu saco, eu adoro isso e imaginei que ele pudesse me machucar se fizesse na mesma pegada, mas foi extremamente delicado com meus ovos. O Viagra estava funcionando muito bem naquele dia, meu pau seguia imperturbável e gozei intensamente na boca dele. Fiquei com as pernas bambas e quase despenquei no chão. O cara engoliu a porra toda e continuou me chupando, talvez pensando numa segunda rodada, numa segunda leitada, só que meu pau estava sensível, eu só queria sair dali. Dei mais um tempinho no bar, observando o movimento. Encontrei novamente com o "árabe". Eu estava sozinho encostado numa parede perto da salinha iluminada e ele veio até mim, me tocou afetuosamente, nos abraçamos bem apertado. Foi muito gostoso receber um abraço "sincero". Talvez esse seja o máximo de doação a que o moço se permite. Perguntei seu nome - Paulo. Ele não quis saber o meu. Parecia cansado, ou talvez frustrado com alguma investida mal sucedida. Falou outra vez da minha boca no peito e toquei seu mamilo por baixo da camiseta. Ele me pegou pela mão e me conduziu ao quartinho. Nos fechamos lá dentro (embora isso não seja sinônimo de privacidade, já que as paredes têm aberturas por onde as pessoas podem ver tudo o que rola lá dentro). Dei-lhe o que tanto queria, a chupada no peito. Ele tem os peitorais bem desenvolvidos, costas e ombros largos e musculosos, um corpão. Levantou a camiseta e tirou um braço da manga. "Tesão essa boca no peito!" - só agora eu reparava no seu sotaque carioca bem carregado. Aproveitei que já estava ali e fiz um boquete também. No dark room eu já tinha explorado o cuzinho com o dedo, e saquei que ele não era indiferente, e nem contra. Aliás, quando eu ia com o dedo era que ele mais gemia e elogiava minha chupada. A bunda dele é bem musculosa e dura como pedra. Uma bunda poderosa. Agora que estávamos ali sozinhos, fui mais enfático com o dedo, entrei um pouco mais e ele não teve qualquer reação negativa. Estávamos num clima de envolvimento bacana e, já que ele não me chupava, nem beijava, arrisquei: posso chupar seu cu? Foi uma frase até difícil de dizer a um estranho. Essas coisas não precisam ser ditas geralmente, mas a experiência anterior foi uma advertência e preferi perguntar. Ele riu, expirando pela boca e virando a cabeça para o lado. Que foi, não curte? Até curto, mas... aqui? Aqui ué.. deixa? Ainda sorrindo, como se eu o estivesse forçando a fazer algo contra sua vontade, virou-se de costas para mim. Uma puta bunda gostosa, máscula, um enorme tesão de lamber aquele cuzinho de macho. Com as mãos eu abria a bunda pra sorver o calor daquele cuzinho, metendo a língua. Ele foi ficando bem relaxado. Vem aqui - me levou até a maca de massagem instalada no meio do cômodo. Subiu na maca de joelhos e ficou de quatro pra mim. Aquele puta machão gostoso do caralho arregaçando o cuzinho de quatro para a minha boca foi uma realização. Dei tudo de mim e tirei tudo o que pude daquele rabo. Que sensação fantástica sentir o anel de músculo em torno da língua. Quase não tem pêlos na bunda nem no cu, só uma fina penugem. Esfreguei meu rosto inteiro no rabinho, que ia ficando cada vez mais relaxado. Meu pau estava para estourar de tanto tesão. Fazia muito tempo que não ficava de pau tão duro e por tanto tempo, mesmo com o Viagra. Nessa posição de quatro, eu metia a língua bem no fundo e o cara gemia grosso e longamente, alongando as costas ia abrindo ainda mais o cu pra mim. Eu arregaçava o buraquinho com os dedos e metia a língua inteira dentro dele. O pau dele tava bem duro também e o puxei pra trás e chupei. Naquele momento eu queria que ele gozasse na minha boca, teria engolido tudo. Meti meu polegar quase inteiro no rabo enquanto lambia as bolas e o períneo intumescido. Eram muitas emoções que se passavam por mim, impossíveis de serem decodificadas racionalmente. Era quase como um daqueles sonhos super realistas que a gente acorda achando que foi de verdade. Mas uma ideia luziu na minha mente. Eu queria meter nele. Porque a gente sempre quer meter num cu gostoso desses. Não que tenha realmente acreditado que fosse acontecer ali, naquela hora e lugar. Mas fui subindo a boca, beijando seu cóccix, a lombar, as costas largas, e encostei a cabeça do pau na portinha do cu. Safado, ele disse, já se levantando. Foi uma grande pena. Eu queria ter ao menos deixado o pau ali, roçando o botãozinho, ou meter a cabecinha. Tenho certeza de que ele teria curtido. Eu o abracei e disse: você é muito gostoso, mano! Ele se fez de modesto: se você diz, então tá, né... Perguntei se queria gozar e disse que já tinha gozado. Mais uma vez não se interessou pelo meu lado. São pequenos detalhes que vão formando uma personalidade no nosso imaginário. Dei mais uma circulada, mas estava chegando minha hora de ir embora. Fui pegar minhas coisas na chapelaria. O atendente achou que era muito cedo para eu partir "agora que tá ficando bom". Enquanto eu vestia a jaqueta, o Paulo "árabe" carioca também pediu sua mochila. Conversamos um pouco e me despedi apertando a mão na sua bundona de mármore. Desci as escadas e ele veio atrás. Conversamos um pouco, ele estava indo nadar, parecia querer companhia, mas eu estava atrasado. Sentia-me feliz como há muito tempo não me sentia. Só quero uma vida com muitos cus na boca.
sexta-feira, 28 de maio de 2021
Valentino, Nureyev e um Violoncelo
O sex club gay mais icônico de São Paulo, ao menos neste século, foi a sauna 269, que funcionou entre 2007 e 2011 na rua Bela Cintra, 269, na Consolação. Além do endereço estratégico (perto da Paulista, dos Jardins, da Consolação, da Frei Caneca, da Augusta, do Centro), era um conceito novo no Brasil e que foi muito bem sucedido em atrair seu público alvo, garotões das academias e baladas, mais especificamente da The Week, e tornar este próprio público em seu principal chamariz.
Fui assíduo frequentador e seu fechamento foi um dos motivos que me levaram a iniciar este blogue. Existe hoje o hotel 269 no centro, em quase tudo superior a ela estruturalmente, mas falta, na minha opinião, aquela aura. Claro que em uma década todo o contexto é outro, e eu mesmo sou bem outro também. As memórias estão ligadas àquele cara que eu era, àqueles valores, àquelas descobertas, àquela maturidade (ou falta de).
Lembro da primeira vez que ouvi falar dela, numa piadinha de um amigo. Na época eu vivia na academia, gastava horrores com roupas das lojas phinas dos jardins, me entupia de suplementos alimentares duvidosos, e esse amigo me comparou ao público da nova sauna. Na semana seguinte, lá estava eu diante da grossa porta de ferro tocando a campainha. Após passar pelo balcão de atendimento, logo do lado esquerdo ficavam os lockers vermelhos onde a gente deixava as roupas e pertences. A chave do cadeado ficava pendurada numa pulseira elástica para ser presa ao braço ou tornozelo. Passava-se por uma cortina de contas pretas para os dois corredores pintados de um vermelho fogo com as várias portas dos quartinhos, também vermelhas. Pelo que lembro, no corredor da direita havia um banheiro com uma pequena sauna seca. Ao fim dos corredores, chegava-se a uma área grande de convivência. Logo à direita, a escada para o labirinto e a porta da sauna a vapor. Os chuveiros ficavam ali também, quase todos sem nenhuma cobertura (sempre um desfile de belos corpos), além de uma jacuzzi. Nos fundos ficavam o grande balcão do bar e dois computadores. Nos últimos anos também era no fundo o acesso ao subsolo. Lá embaixo havia mais alguns quartos e algumas salas e celas, um ambiente mais fetichista. Lembro pouco desse espaço porque não o frequentava muito. Subindo a enorme e estreita escadaria que levava ao primeiro andar, tinha uma sala de vídeo e o labirinto. Ambiente escuro, com uma grande cama (que esteve lá apenas nos primeiros meses de funcionamento) e várias cabines de livre acesso. Tudo bastante simples, feito com divisórias de madeira compensada pintadas de preto. O labirinto em si era uma estrutura de marcenaria com glory holes, vãos, corredores etc. Este piso também contava com dois banheiros, estes com iluminação normal.
Tinha dias péssimos, em que eu passava horas sem encontrar um único cara minimamente interessante, mas geralmente, e sobretudo aos domingos, era um festival de corpos esculturais e peles bronzeadas. E lotava. Foi num domingo que conheci um homem que me pareceu bastante interessante a princípio. Pus na cabeça que tratava-se de um bailarino russo, simplesmente porque me lembrou muito o belíssimo Rudolf Nureyev, que povoava minhas fantasias desde que, ainda adolescente, o tinha visto nú numa cinebiografia do Rodolfo Valentino. Mas o suposto bailarino russo era um médico recém retornado de muitos anos na Europa. Tivemos um breve relacionamento, mas ele se mostrou uma pessoa chatérrima, que só sabia falar em dinheiro e trabalho. Nesse dia em que nos conhecemos nossa transa foi muito quente. Cheguei a ter uma pequena lesão interna no pau, que sangrou ao urinar após o sexo, tamanha a violência com que fodemos (ele por cima e sem noção). Antes dele, tinha ficado com um cara que tinha me excitado muito. Alto, musculoso, de cavanhaque, corpo liso de pêlos e todo tatuado, com grossas correntes no pescoço e boné na cabeça. Típico machão, mas fiquei enlouquecido com seu corpo. Tinha um pau bem grande e uma bundinha maravilhosa, que me deixava lamber, mas não abria o cuzinho por nada, todo travadão. Depois ainda me chupou gostoso e gozou em mim.
Passei várias noites hospedado nos quartos da 269, transando até amanhecer. Numa dessas noites, eu tinha ficado no quarto de um cara. Ele me enganou sobre o horário e perdi a hora de ir embora. Durante a noite, ele tentou me drogar com ecstasy, mesmo eu tendo recusado. Tentou passar o comprimido num beijo. Sempre tive medo de drogas e fiquei puto com ele. Teve uma vez que vi um rapaz lindo parado no corredor. Cabelo na altura dos ombros, corpo fantástico, rosto muito bonito. Ficamos nos olhando um tempão e nenhum conseguia tomar uma atitude. Nem lembro como nos aproximamos. Ele era DJ e estava num quarto grande, com cama de casal Quando me beijou, senti meus lábios amortecerem. Ele estava com muita cocaína no quarto e mais um cara (que não me atraia). Consegui fazer com que se livrasse do outro (que, além de tudo, estava fedido) e passamos um bom tempo juntos. Ingeri um monte de cocaína nos seu beijos, mas não senti nenhum outro efeito além dos lábios anestesiados.
Num domingo, vi um grupo de caras bonitões papeando animadamente numa mesa. Um deles me deixou eufórico, era certamente um dos homens mais bonitos que já tinha visto na vida. Olhava para mim também, de longe, mas nada aconteceu. Algumas semanas depois, num dia de semana, mais tranquilo, o reencontrei e conversamos. Era um rapaz interessante, arquiteto, baiano. Fiquei tão nervoso na hora da transa que broxei completamente. Tentamos muito, mas a penetração não rolou. Fiz ele gozar com minha língua dentro dele, mas me senti bastante frustrado. Uma outra vez, tive um breve encontro muito marcante, um cara com uma habilidade extraordinária. Ele chupava muito bem. Quando se virou, e encostei o pau no cuzinho, a impressão era como se fosse uma boca, que ia engolindo meu pau aos poucos, fazia todos os movimentos exatamente como uma boca. Nunca entendi aquilo e nunca mais senti nada parecido. Numa madrugada, conheci um rapaz adorável. Tinha o mesmo nome que eu, era cabeleireiro e morava em Paris. Bonito, charmoso, educadíssimo. Conversamos longamente, rimos um bocado e trocamos contato, Orkut na época, e nos seguimos por anos até perdermos contato completamente. Ele até tentou me aproximar de um amigo dele de SP, um judeu bonito, mas bem esquisito, cheio de nove horas. Numa outra madrugada conheci um holandês bem gato. Grandão, alto, forte, tatuafo, cabeça raspada, olhos verdes. Achou o meu inglês ótimo e me levou pro seu apartamento. Que, na verdade, não era dele. Era do ex, o designer gráfico com quem ainda trabalhava. Quando entramos, fiquei encantado com um violoncelo encostado num canto e ele disse que também era do seu ex. Fui ligando os pontos e dei a ficha completa do tal ex que já conhecia de outras aventuras. Eu tinha gozado dentro dele na sauna e agora ele estava com gazes. Dizia que era por causa da minha porra, mas desconfio que era desculpa pra ficar peidando na minha frente. Estava fazendo tratamento para depressão nessa época e, quando comentei sobre isso, o babaca passou a me tratar de outra forma, foi péssimo.
Uma boa lembrança da 269 foi ver um gogoboy da The Week e capa da G Magazine por lá. Era um rapaz que eu achava lindíssimo, ia para a The Week e ficava horas de frente para ele só olhando ele dançar. Era hetero e estava na 269 para um evento, mas não pude ficar. Um dos pontos altos era o massagista da casa. Um loiro maravilhoso que me olhava com bastante simpatia, mas nunca pude experimentar sua massagem porque era uma pequena fortuna. O pessoal dizia que ele era bem sério durante as sessões. Coitado, imagino o que tinha de aturar, ainda mais sendo lindo daquele jeito.
Teve outro cara que me marcou bastante. Era bem bonito, moreno, boca carnuda, biólogo, morava nos EUA. Nos aproximamos lentamente no banheiro do labirinto. Ambos inseguros, sem saber se o outro estava a fim. Quando nos tocamos, foi uma explosão. Um dos melhores sexos da minha vida. Uma interação muito intensa e relaxada, franca, de igual pra igual. Conversamos bastante, ele foi muito carinhoso e simpático. Tinha uma tatuagem estranha nas costas e perguntei o que era. Não lembro direito do desenho nem da explicação, mas era um símbolo, algo como lixo biológico ou lixo hospitalar. Fiquei encanadíssimo com isso, achando que era um sinal de que ele era doente. Trocamos telefone e durante a semana mandei uma mensagem que ele não respondeu. Na outra semana, o encontrei novamente na própria 269. Cumprimentei friamente como se nada tivesse acontecido. Sou vingativo. Ficou com uma cara de tacho me olhando de longe e depois foi embora.
Uma vez encontrei um amigo da internet lá. A gente se falava muito por MSN, às vezes íamos à Loca juntos, mas nunca tínhamos ficado. Rolou na sauna a vapor e foi uma delícia. Encontrei alguns conhecidos lá, era o point da época, quase sempre era constrangedor. Até um ex analista eu vi por lá.
Num domingo, conheci um rapaz lindo. Era de outro estado, dono de restaurante. Alto, bronzeado, corpo perfeito, pêlos bonitos no peito, rosto de galã de cinema. Ele me levou pro seu quarto e não lembro direito como aconteceu, mas eu o fistei. Começou com um dedo, depois dois dedos, ele foi gostando e acabei com o punho dentro dele. Uma sensação esquisitíssima. Nunca tinha feito isso antes e é algo bem extremo. Foi excitante até certo ponto, mas fiquei bem nervoso. Broxei e não consegui penetrar. Foi uma pena porque ele era muito lindo.
Tinha muitos halterofilistas que frequentavam, nunca fui atraído por esses caras muito grandes, mas teve um que tinha o rosto bonito e ficava no labirinto chupando todo mundo. Dei meu pau pra ele e me pediu pra ser enrabado na frente dos caras. Foi um dos passivos mais ávidos e quentes que eu já vi. Chupava duas rolas enquanto eu fodia sua bundona musculosa.
Uma das únicas vezes que fiquei no andar de baixo, foi com um tenor lírico. Era um homem bastante interessante, acho que chamava Fernando. Ruivo de longos cabelos ondulados, físico muito bonito, malhadão mas sem exageros, morava na Alemanha e cantava pelo mundo todo. Foi muito gostoso ficar com ele e o papo também foi ótimo.
Tinha um funcionário bastante interessante com quem me enfiei no quarto duas vezes e foi muito bom. Uma vez resolvi passar a noite na sauna porque tinha um compromisso em SP de manhã. Mas quem disse que eu conseguia dormir? Lá pelas tantas da madrugada, vi um senhor idoso caído no labirinto. Era magrinho, careca. Os meninos foram acudí-lo e me afastei. Pra não atrapalhar e porque não lido nada bem com essas situações. Depois vi que o carregaram. Não soube o que houve, mas fiquei com a impressão de que ele morreu ali, deve ter tido um mal súbito. Achei muito triste e solitário morrer na sauna. A sauna é um dos lugares mais solitários do mundo.
terça-feira, 4 de maio de 2021
Mr Frieza Loiro de Cueca
Sábado, 24 de abril de 2021
Talvez nunca tenha estado mais solitário na vida. Os rumos políticos do país tornaram-se tão caóticos que impactam nossas relações, nossos afetos. A pandemia descontrolada traz medo e desesperança, fanatismo e negacionismo corroem as estruturas de toda a sociedade. No último mês tenho estado absolutamente só. Abandonei meu trabalho de mais de 20 anos, deixei de falar com minha família, e nunca tive amigos próximos. Neste sábado estou de volta a SP depois de quatro meses. Apenas hoje, e não sei quando virei novamente. Fiquei num dilema pesado por alguns dias e acabei decidindo pelo risco. Pegar ônibus cheio, metrô. Subir a escadaria vermelha do Cabine's Bar. Já é noite, estou cansado de um dia de compras e tenho pouco tempo, noventa minutos, para desafogar um mar de solidão, revolta e desamparo. Felizmente não estava lotado. Sinto-me culpado o tempo todo. Por cada centavo gasto, pelo risco assumido, por não ter alternativa. Culpado por procurar homens tão solitários e miseráveis quanto eu, inseguros e absolutamente impermeáveis a qualquer possibilidade de sentimento na busca pelo sexo (dito) fácil. Há um imenso vazio e também a existência profundamente humana do corpo. A falta de sexo regular há mais de um ano vai minando minha energia. Tinha tomado um Cialis depois de anos tomando Viagra. Não senti quase nenhum efeito. Havia uns caras interessantes. Nenhum que fosse especialmente bonito inicialmente, mas alguns que eu desejava tocar, por quem desejava ser desejado. Entrei na cabine com glory hole duas vezes, mas nada aconteceu. O primeiro de quem me aproximei foi no dark room maior. Não o tendo visto no claro, não sei quem é esse homem parado diante de mim. Alto, magro, loiro e tem um pau grandão. É uma abstração, um corpo indefinido, sem história, sem personalidade, sem rosto ou expressão. Eu o chupei e não senti tesão, uma ação totalmente mecânica e desprovida de sentido. Preciso saber um mínimo pra ter tesão. O saco dele formava grandes dobras (era uma noite meio fria) e me dava uma sensação estranha, quase como se fosse um bebê. Não me demorei com ele. O segundo encontro foi no outro dark, o estreito que fica perto das janelas. Aliás, todos os encontros dessa noite rolaram nos dark rooms. Curioso. Esse segundo também foi sem saber muito bem quem era, mas aqui temos um pouquinho mais de luz. Nos aproximamos e rolou. Bem mais envolvente que o primeiro. Ele era baixinho, de corpo mais fortinho, parecia ser jovem, de pele morena. Eu podia enxergar suas reações e fui me excitando, mas tinha muita gente interferindo, e isso me deixa perdido, confuso. Demos uns pegas e o chupei um pouco, mas logo desisti também. Ali mesmo reconheci um cara que já tinha visto no claro e ficado bem interessado. Também mais para baixo, moreno, tipo árabe, cabelos escuros lisos, cortados curtos, corpo muito gostoso, rosto jovem e bonito, olhos amendoados, maxilar largo, a barba aparente, roupa esportiva. Foi rápido que nos aproximamos e foi uma delícia encher a mão com seu corpo. Acabei tirando a máscara e nos beijamos. Que coisa boa é um beijo de verdade! E como faz falta. E como eu me senti um verme por me expor dessa forma. Mas que bunda do garoto! Que beleza de corpo e como era macio! Chupei o pau um pouco, mas tinha um cheiro meio desagradável na virilha. Logo nos separamos. Eu o vi mais uma vez no bar, me olhou e sorriu, todo gatinho, mas passei timidamente com um meio sorriso de canto de boca. Tinha um outro baixinho fortinho que estava me olhando fazia tempo toda vez que eu passava pelo bar. Ficamos um pouco no mesmo dark estreito, mas quando chegou gente perto, ele se retirou. Continuei ali, onde entrava um pouco mais de luminosidade, tentando me entender com tantos corpos a minha volta, quando vi parar na porta um corpo escultural quase nú, o perfil apolíneo em silhueta, uma visão realmente inesperada que fez ferver meu sangue. Parou com os braços erguidos apoiados no batente, com modos suaves e felinos. Um pouco da luz que vinha do lado de fora e o duro contraste das sombras do lado oposto desenhavam cada músculo do seu corpo. Quem seria aquela beleza perturbadora? Por quê, se tão belo, vestia apenas uma cuequinha preta naquele inferninho vagabundo? Um garoto afoito logo se aproximou dele e em poucos segundos estava chupando seu pau grande e grosso. Mais uns dois ou três minutos e a beldade estava exatamente ao meu lado, com as costas na parede, fodendo a bunda do moleque. Sua atitude era extremamente fria e distante, mas fodia com força. Sinto um pouco de medo de gente assim. Na verdade sinto bastante medo. Mas era excitante tê-lo ali tão perto, encostando seu corpo seminu e morno ao meu. Alisei seus braços, o tronco. Desci para a bundinha e ele puxou minha mão com certa grosseria. Acho detestável um viado não permitir que se aproxime de sua bunda. Dois caras estavam ao meu lado e pegavam no meu pau, estava gostoso, mas saí dali. Um pouco depois, ele caminhava de costas indo para o banheiro e desejei vê-lo no claro. Vi que foi para as duas pequenas pias ao lado dos mictórios, dei um tempinho e entrei. Outro cara saía apressadamente e demos um encontrão. Fiquei até sem jeito quando pus meus olhos sobre o gajo. Era até acintoso o que a luz de uma simples lâmpada fazia sobre sua figura. A torneira aberta jorrava sobre o pênis gorducho e rosado que repousava pesadamente murcho na pequena cuba branca da direita. Ele me olhou também e pareceu curioso, com seus grandes olhos azuis bem abertos e atentos. Era louro, pele cor de pêssego, lábios bem vermelhos. Magro, corpo perfeito, bem mais jovem do que tinha imaginado, acredito que tenha em torno de 23 anos. O rosto era inacreditavelmente belo e hipnotizante, dos quais não se tem forças pra tirar os olhos, apesar de a impressão de frieza se manter intacta e incômoda. Quis que ele me visse também e desci a máscara, me olhei no espelho fingindo a maior calma do mundo, e ele o tempo todo de olho em mim. Fiz um bochecho na pia e saí. Estava nervoso. A beleza me incomoda, perturba. É um ponto fraco. Pensando um pouco, talvez seja aquela frieza (ou o que leio como frieza) aliada à beleza o que me desestabiliza. Preciso observar melhor se existe um padrão pra entender que significado pode ter. Aquela imagem ficou marcada na minha retina. Dois, três segundos foi o tempo que olhei para ele. Três segundos e eu só pensava nele. Fico admirado com o quanto um homem de 47 anos, razoavelmente esclarecido, pode se portar como uma besta. O rapaz lembra bastante o ator Fábio Assunção quando jovem, ouso dizer que ainda mais bonito. E o Fábio Assunção foi uma paixão inatingível da minha juventude. Mesmo agora enquanto escrevo, dez dias depois, fico mexido quando penso em seu olhar faiscante. Azul transparente contra o pêssego cálido da pele. Vi insegurança, arrogância, curiosidade, desafio, tristeza, calculismo, solidão. Muita coisa pra três segundos. Tendo a achar que tudo isso está presente em qualquer um e o que acredito ter visto nele, vi foi em mim mesmo. Talvez o incomodo venha dessa constatação, desse espelho que podemos ter em cada rosto humano. Já era hora de me preparar para ir embora, e estava de volta ao dark maior, ali perto do banheiro, e o baixinho que me olhava bastante veio a mim novamente. Estávamos sozinhos. Ele é bem bonitinho e foi gostoso ficar com ele num canto no fundo da sala. Mais uma vez tirei a máscara e nos beijamos. Bunda musculosa, lisinha, boa de apertar, cuzinho lubrificado. Ele tinha uma atitude cautelosa. Me chupou com a maior delicadeza. Meu pau não estava 100%, mas isso não era o ponto, nunca é na real. O Mr-Frieza-Loiro-de-Cueca entrou e parou do outro lado, olhando pra nós. Parecia se masturbar. Eu sabia que ele estava ali por minha causa. Veio o nervoso, a ansiedade, o desejo, a insegurança. Acho que o garoto percebeu que me desconectei dele e foi-se embora. Agora eu estava sozinho novamente com um dos homens mais bonitos que vi nos últimos anos, num quarto escuro e ele tava tocando uma punheta e olhando pra mim. Havia pouco tempo, muito pouco. Cruzei a sala e fui me chegando. Segurei seu pau macio. Eu queria muito abraçá-lo, beijar, receber um carinho seu. Um papo seria pedir muito? Pois eu queria conversar, saber quem ele é, ouvir sua voz. Porra, faz mais de um mês que não converso com ninguém, não tenho ninguém. Queria muita coisa naquele momento apressado. O que consegui fazer foi agachar e chupar, desautorizado de tocar sua bunda, com medo de esboçar um carinho e ser repelido. Era um pau gostoso na boca, um corpo bom de tocar, mas era sim extremamente frio e distante. Por mais que ele gemesse e respirasse fundo, que puxasse minha cabeça pra foder (coisa que detesto e acho bastante grosseira), não senti que tinha uma relação comigo como indivíduo, sequer como ser humano. Eu era uma boca, um buraco aleatório para o seu prazer. Isso me broxa totalmente, e esse é o ponto, sempre. É bem pior que a broxada física. "Você é muito bonito, menino", eu disse para me despedir, com uma voz que quase não saiu. Consegui suportar sua frieza por pouquíssimos minutos.
sábado, 16 de janeiro de 2021
Como uma Versão Masculina da Jovem Brooke Shields
quarta-feira, 16 de dezembro de 2020
Cinco Minutos
domingo, 29 de novembro de 2020
Encoxando Mesmo
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
Como Duas Maçãs em Minhas Mãos
Voltei a SP no dia 20 de novembro para ir ao urologista. Há anos venho enfrentando problemas de ereção, mas agora está pior que nunca. Quando iniciei minha vida sexual, por volta dos 25 anos, era tão fácil e natural, a energia era tamanha que achava estranhos os relatos de impotência, me parecia algo que jamais me ocorreria. Aos 30 anos já comecei a perceber algumas alterações. Se muito ansioso com o parceiro, oi se acaso percebesse alguma desatenção ou rejeição, como não querer me chupar, perdia a ereção. E vem progressivamente piorando com os anos. Hoje tenho quase 47 e minhas ereções são inconsistentes até numa masturbação solitária e a penetração é difícil. Já tinha ido a um urologista anos atrás, mas nada foi constatado. Fui encaminhado para terapia, tomei antidepressivos. É um problema difícil de se resolver. Hoje acredito que tenha causas físicas envolvidas. O jovem médico que me atendeu era um homem bonito, apesar de a máscara só deixar à mostra os seus olhos (claro que depois procurei fotos dele na internet, e é realmente bem gato). Olhos grandes e escuros, em contraste com a pele clara, expressivos com seus longos cílios por toda a volta. As mãos também eram muito bonitas. Tenho fixação em mãos e pés bonitos. Conversamos um pouco, me examinou muito rapidamente, pediu 11 exames clínicos iniciais, aumentou a dosagem de sildenafil (Viagra) e recomendou voltar à terapia. Fiz mais de 10 anos de terapia e não sinto vontade de voltar. Também não estou em condição financeira propícia. Vou agendar os exames esta semana.
Depois de resolver mais algumas pendências, fui até a estação Hebraica-Rebolças da CPTM, porque na internet é famosa por ter o banheirão mais movimentado de SP. Olha só a que ponto chegamos! É um banheiro minúsculo e não tinha ninguém, uma grande decepção. Fui para o Cabine's Bar, onde cruza a Paulista com a Consolação, em cima duma sexshop. Nos últimos anos, é geralmente ali onde faço sexo. Conheci pesquisando pela internet. É barato para entrar (20 reais hoje em dia) e menos trabalhoso que uma sauna. Saunas são mais confortáveis, claro, mas são caras e você precisa tirar a roupa, se molhar. Não me sinto mais tão a vontade em estar sem roupa em público. Estou ótimo para a minha idade, mas não faço exercícios há muito tempo e me sinto constrangido diante dos garotões de corpos quase perfeitos. Em compensação, o Cabine's Bar é um ambiente decrépito. Sempre fazem reformas, mas sem o investimento e senso estético necessários para torná-lo minimamente atraente. Com um bom projeto arquitetônico e luminotécnico, fariam fortunas com aquela espelunca. Na área das cabines propriamente, o piso é de uma chapa metálica, que duvido que vá suportar o peso de tantos homens por muito tempo. Dá medo daquilo. No mais, é tão nojento quanto qualquer cinemão do centro, mas a frequência é muito melhor. Sempre aparece ao menos um ou dois caras interessantes. E dependendo do horário e do dia da semana (ou da sua sorte), tem vários. Geralmente as sextas, segundas e quintas-feiras, nesta ordem, são os melhores dias, sobretudo entre 17h e 20h. Tem a área do bar (cafonérrimo), a área do banheiro (assim mesmo, no singular, pois só tem um banheiro, e bem podre), um corredor com as cabines (acho que são oito, sendo dois pares de cabines interligadas por glory holes), 2 dark rooms (horrendas e sufocantes), uma sala para exibicionismo e alguns corredores. Durante o dia, as grandes vidraças iluminam bastante o ambiente (eu prefiro), mas de noite é bem escuro. Parece o próprio inferno, mas onde tem uns caras bonitinhos, fica tudo bem melhor. Era sexta feira, 19h, no meio de uma pandemia de proporções catastróficas, na cidade mais atingida do segundo país mais atingido do mundo. E ali a aglomeração era intensa, a maioria dos caras sem máscara. Ao subir a estreita escadaria vermelha e me deparar com tal cenário, quase desisti. Eu teria menos de uma hora e meia para estar ali e vi alguns boys apetitosos. Tinha tomado 100mg de sildenafil e queria me testar. Paguei a entrada e deixei a mochila na chapelaria. Fazia nove meses que não entrava ali. A sensação de estar de máscara era diferente. Ao mesmo tempo em que meu rosto, que é bonito e ajuda a me dar bem, fica escondido, senti uma certa liberdade nova, uma sensação de anonimato reconfortante. Calculo que a área total da casa tenha menos de 150m² e devia ter pelo menos 100 caras naquela noite. Assim que entrei, vi um carinha que é muito meu tipo. Bem parecido com o médico, diga-se. Ele estava conversando num grupinho perto do banheiro e nos olhamos. Bonito de verdade, apesar de algumas marcas na pele do rosto. De jeans preto surrado e sem camisa, corpinho delicioso, estatura mediana pra baixa, magrinho na medida, ombros largos, pele lisinha, clara, sem vestígio de pêlos. Cabelos escuros, olhos verdes claros, cílios fartos, lábios rosados, cara de moleque. Virou minha obsessão instantaneamente. Dei uma geral na casa toda e parei numa salinha que tem uma iluminação vermelha, a tal que chamei "sala para exibicionismo", porque tem iluminação e as paredes têm buracos para quem quiser espiar o que se faz lá dentro. Tinha um cara gato ali, que estava de olho num ursão, que por sua vez ficou dividido entre mim e o carinha. Deixei-os a sós. Não é tão simples voltar a socializar. Sou tímido e introspectivo, tenho medo de ser contaminado e transmitir para minha mãe. Sou meio brocha e tenho sede de sexo. Dilemas de gente branca de classe média. Todas as cabines estavam ocupadas, os dark rooms lotados e meus olhos ainda se acostumavam lentamente com a escuridão. Fiquei andando, escolhendo meus supostos alvos. Voltei para perto do banheiro e tinha um círculo em torno de um bombadinho dando a bunda em pleno corredor. Todos conversavam e interagiam com naturalidade enquanto o cara fodia com força. O garoto bonito tava no mictório, as costas macias à mostra. Veio para o grupinho e pôs o pau pro bombadinho chupar. Algum tempo depois, estavam todos e mais alguns num outro corredor, fazendo as mais altas sacanagens. Fiquei por trás de um magrinho peludo, passando a mão na sua bundinha. Meu pau estava correspondendo bem. Voltei às cabines e fui verificar se uma daquelas com glory hole estava vazia. Abri a porta e vi um garoto alto e magro, de moletom e capuz, encostado na parede, com o pau dentro do glory. Ele se assustou e fechei a porta, fui pra um dos dark rooms. Numa espécie de antes-sala, tinha um cara bem atraente. Alto, pele bem morena, tipo de árabe, forte, barba negra e cabelo bem curto. Percebi que ele também se interessou. Foi se encaminhando para o dark e fui atrás. Estava totalmente escuro e lotado. É um cômodo minúsculo, como um corredor de 4x1m. Fui seguindo o cara até o fundo e nos tocamos. Corpo grande, sólido. O pau não era grande, chupei agachado enquanto metia a mão por dentro da bermuda e apertava suas nádegas redondas e duras como pedra. Depois ele abaixou a bermuda e se virou de costas. Fui lamber a bunda, mas ele me afastou. Estava dando o pau pra um outro chupar. Demorou pra eu entender o que se passava e o que ele queria. Hora de vazar. Quando passei pelo corredor das cabines, uma delas vagou. Justamente a que é interligada com aquela que eu havia aberto. O mesmo garoto estava lá e passou o pau pelo glory. Um SENHOR pau. Gigante, grosso, lindo de morrer, todo depilado. Mesmo sabendo que o cara que tinha acabado de sair dali estava chupando momentos antes, e que sua saliva era um meio de contágio muito eficiente, quis chupar o moleque. Delicioso. Uma rola de uns 22cm, com aquele design dos filmes da Belami. Ele queria foder minha boca, mas não dava, eu engasgo fácil. Botei o pau no glory, e ele veio me chupar. Momentos depois, estava esfregando o cuzinho no meu pau. Não conseguia penetrar, estava difícil. Eu já estava com muito tesão. Botei a calça e fui para a cabine dele. Recebeu-me com certa surpresa. Sempre de capuz, os cabelos longos. Sua imagem era interessante, andrógena, me lembrou um pouco Michael Jackson. A iluminação era parca e virei sua bundinha pra continuar metendo. Ele era apertado e minha ereção já estava falha. Não era bem a pessoa que eu tinha imaginado. Meu pau começou a entrar, e ele disse algo que não entendi. "O quê?"
-Só não goza dentro. Tira antes de gozar.
-Tá
Não tava rolando. Tava sem camisinha, meia bomba, sem entender direito quem era a pessoa ali comigo. Segurei pela cintura, puxando a bundinha pra mim. Quis tocar seus mamilos com as duas mãos. Um choque percorreu meu corpo. Fiquei assustado com o formato e textura dos seus peitos. Eram muito redondos e duros, como duas maçãs em minhas mãos. Eu estava muito confuso e minha ereção degringolando. Compreendi que era uma travesti disfarçada de rapaz. Aquela história do capuz, as roupas largas. Eu não quis ser grosseiro e que ela se sentisse repelida, mas não tinha mais resquício de tesão. Tirei o pau (tinha entrado só a cabeça) e fui me vestindo. Muita coisa passava pela minha cabeça naquele momento e eu não conseguia organizar as ideias. Tentei ser simpático e fazer algum carinho nela antes de sair. É costume meu nesses casos dar uma apertadinha no peito do cara e fiz essa merda de gesto nela, no peito siliconado. Olhava para mim aparentemente apreensiva. Seu rosto muito magro parecia ter sofrido várias cirurgias plásticas. Saí da cabine com enorme alívio. Fui lavar o pau na pia. Os dados que indicam que as travestis são dos grupos sociais mais afetados pelo HIV davam um nó na minha mente. Como se aqueles garotos devassos que me dão tesão não pertencessem ao mesmo grupo. Como se eu próprio não tivesse recorrentes comportamentos de alto risco. Fiquei pensativo e me achando injusto, preconceituoso e hipócrita. Raramente uma mulher me atrai sexualmente, e acho que nunca a ponto de fazer sexo com ela. Talvez com um cara junto, um casal. Mas ali, eu mal sabia o que pensar sobre ela. Tentava entender o que fazia ali e disfarçada. Estaria destransicionando? Ou era mais fácil obter sexo anônimo como garoto que como uma mulher trans? Fiquei bastante curioso e um tanto triste com essas conjecturas, mas não a vi mais.
Tinha dois caras que eu já conhecia dali mesmo, habitués da casa. Ambos bonitos, interessantes. Um é bastante jovem, belíssimo, alto, negro, musculoso, e o outro é mais baixo, bem bonito também, com quem já fiquei algumas vezes. Mas ele é bem esquisito. Num dia gosta de conversar, no outro faz que não me conhece. Meu tempo tava acabando, devia ter meia hora no máximo. Fui para o dark maior, e na porta estava o garoto de olhos verdes com o bombadinho. Passei a mão no seu peito macio e entrei. Eles entraram depois e fiquei por perto. Logo eu estava chupando o garoto. Seu pau não estava totalmente duro, mas era muito gostoso na boca. Ele se virou pra falar com o fortinho e me deixou beijar sua bundinha deliciosa. Eles estavam sempre com um celular apontado pra algum lugar, não tenho certeza se era pra iluminar ou filmar algo, mas continuei chupando quando o bombadinho começou a foder a bundinha dele. Eu chupava e abria sua bundinha com as mãos - auxiliar de foda. Virou a cabeça pra trás pra beijar o outro e levantou o braço, deixando as axilas expostas. Mesmo no escuro eu via os pelos castanhos na pele clara. Levantei e fui chupar a axila e os peitinhos. Meti a língua pra sentir a pele por baixo dos pêlos, chupei os mamilos. Ele era 100% tentador para mim. Depois fiquei ao lado do fortinho e a gente ia interagindo enquanto ele fodia. Meti dois dedos no cuzinho apertado dele, depois três, e ele seguia fodendo e pegando no meu pau. Eu tava quase gozando, e o pau duraço. Depois eles se viraram e fui tentar foder o fortinho, mas não consegui, meu pau tava meia bomba e ele era bem apertado. Ele continuava fodendo o boy de olhos verdes, que chupava outros caras. Eu estava para estourar de tesão, mas tinha muita gente em volta, fiquei nervoso. Saí dali e chequei as horas: 20h30, estava perto de perder meu ônibus, última chance pra voltar pra casa. Ao caminhar para o metrô, minhas bolas doíam. Eu pensava que o médico provavelmente me considerou deprimido. Mas eu me sentia encantado pelas experiências miseráveis que tinha acabado de viver.
