quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Ativão Heteronormativo

Junho de 2023, voltei a SP depois de 4 meses para uma consulta médica. Agora tenho quase certeza de que meus problemas de ereção têm origem na apneia do sono, doença lenta e silenciosa (ao menos para o paciente, porque geralmente vem associada ao ronco) que vai destruindo todo o organismo. Infelizmente é muito comum e pouco se fala nas suas consequências. Talvez não haja uma campanha séria de conscientização desses males porque os tratamentos são bem caros e difíceis. Depois da consulta e de resolver algumas outras pendências, além de me endividar um tantinho mais com compras, fui, como de costume, ao Cabine's Bar. Era sexta feira e agora está bem claro que está decaindo bastante a frequência. Estava fraco, e não houve nenhum momento de pico. Calculo que havia sempre entre 20 e 35 caras em média. Cheguei às 17h30, ainda sob o sol de inverno, e logo um rapaz se aproximou insinuante. Eu já tinha observado todo o elenco disponível e saquei que ele era o único razoável por enquanto. Cumprimentou e puxou papo. Estávamos encostados na janela do corredor das cabines. É do Matogrosso e está por aqui fazendo um curso. Logo me beijou, inicialmente o encaixe não estava rolando, mas depois acertamos e o beijo ficou ótimo. O papo era um infinito clichê do gay classe média do interior misturado com aquela conversinha iludida de coach motivacional neoliberal. Pavoroso. Mas ele era bonitinho, cheiroso e a sua boca tornou-se simplesmente deliciosa. Entramos numa cabine. Fazia dois meses  que não beijava uma boca, e o último beijo tinha sido algo decepcionante. Agora a coisa fluía lindamente, nossas bocas se engoliam mutuamente e eu flutuava de prazer. Tinha tomado um Viagra, mas o efeito é fraco para mim hoje em dia, sobretudo na dosagem que tomei, então minha ereção estava bastante inconsistente, mas o garoto não se incomodava com isso e achei essa atitude excitante e, de certa forma, nobre da parte dele. Não precisava de um pau duraço para que ele estivesse entregue e excitado comigo. Ficamos ali bastante tempo e rolou de tudo um pouco, depois sentamos no bar para conversar. Ali compreendi, não sem tristeza, que o buraco era mais fundo, tratava-se de um bolsomínion, insensível e ignorante sobre o Brasil, sem condição alguma de análise sobre a política e o mundo como ele é  para a maioria fora da sua bolha narcisista. Mas minha carência e tesão eram tão avassaladores que relevei até esse caráter, duvidoso para dizer o mínimo. Observamos um garoto bem gatinho no bar e fomos atrás dele, mas não conseguimos nada, pois o garoto era esquisito, pegava na gente com a mão mole, sem tônus, sem interesse e depois fugia. Eu tenho nervoso de gente assim. Mas o "meu" boyzinho matogrossense encontrou outro carinha bem mais animado, ficaram se pegando no corredor que dá acesso ao dark e me aproximei. Em segundos já estávamos nos beijando a três e foi muito bom. Chegou um cabeludinho gostoso que está sempre por lá e se enfiou no meio, ficamos os quatro nos pegando no corredor estreito. Eu morro de tesão no cabeludo. Ele é  bem bonito, tem um corpo tesudo, bemdefinido, peito peludo e um pau maravilhoso. A gente sempre acaba se esbarrando junto com outros caras e eu tiro umas casquinha, mas ele não se interessa muito por mim. Fomos para uma salinha que não é  muito movimentada e foi maravilhoso, chupei o cacete do cabeludo junto com os dois carinhas e um monte de caras em volta. O garoto do matogrosso adorou minha boca e meu pau, preferiu até ao do cabeludo. Depois continuamos andando juntos, pegamos mais um cara numa cabine. Era careca, olhos verdes, parrudão e muito animado. Chupava e beijava com muita energia, muito fofo, apesar de estar com a pele oleosa e suada. Depois entramos no dark e um cara veio pegar na minha bunda enquanto eu beijava o boy, toquei uma punheta e gozei loucamente.  O boy mato-grossense ficou bravo, disse que era pra ter gozado dentro dele. Eu estava me divertindo, fazia anos que não me sentia tão aberto à  pura sacanagem, o que se chama propriamente putaria. Voltamos à  salinha mais calma e o garoto se aproximou de um coroa muito bonito. Tinha mais de 50 mas jeito de garotão,  corpo incrível e um senhor pau. Fazia o gênero ativão heteronormativo, mas curtiu muito meu dedo no cuzinho.  E me beijava deliciosamente.  Beijamos a três,  chupamos o pau do coroa juntos, passei meu pau no cu dele, a putaria continuava comendo solta. Acho que se eu não tivesse gozado e meu pau estivesse um pouco mais duro, teria conseguido comer o coroa. Seu corpo era sensacional, a bunda perfeita e o cuzinho tava aceitando dois dedos numa boa. Paulo, o nome dele. Fui fazer um bochecho no banheiro e ele estava na pia ao lado, lavando o rosto. Fiquei surpreso ao vê-lo no claro: bonito, hein! Até  olho verde você têm! Pedi seu WhatsApp,  ele preferiu me adicionar, para nunca mandar sequer um oi. Já  o boyzinho do Mato Grosso me seguiu no Instagram e nos falamos eventualmente. 

Os Encantos dos Meus Dedos

Há algumas semanas, voltei a São Paulo.  Precisava muito sair, mesmo sem grana, mesmo sem ânimo, mesmo sem ter muito o que fazer. Assisti no shopping Frei Caneca ao documentário Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você e chorei pra caralho. A beleza e o talento me comovem. Caminhei até a Roosevelt e não vi um único conhecido. Os anos se passaram. No Sesc Anchieta estava rolando uma estreia de peça da Christiane Jatahy,  muito burburinho,  também não vi nenhum conhecido, exceto Dr. Dráuzio Varela e Regina Braga (que conheço só de vista), sempre adoráveis. Desisti de ver a peça por conta do horário e fui ao Dédalos Bar. Estava lotado como da última vez e tão agitado quanto. Mas não era um clima muito agradável para mim. Talvez o problema fosse eu, cansadissimo,  provavelmente deprimido e brocha. Até tinha tomado a dose de Viagra,  mas tomei errado, umas 3h antes de chegar ao local.  O calor era asfixiante em alguns pontos da casa, e ver os caras se pegando em qualquer lugar, como cachorros no cio, me pareceu um tanto grosseiro. Talez até  porque ninguém estava lá muito interessado em mim. A todo momento eu pensava que deveria ter ido ao Cabine's.  Tinha um rapaz muito bonito que parecia tímido ou retraído. Estava de bermuda, sem camisa (a maioria fica sem camisa, de jockstrap ou pelado mesmo). Corpo lindíssimo,  com uma tatuagem que traçava uma linha em torno dos seus ombros, peito e costas, alguns pelos no peito, barba dourada, olhos verdes, rosto muito interessante. Era um gato, lembrava um guerreiro romano de alguma superprodução hollywoodiana dos anos 60,  mas se esgueirava pelos cantos sem deixar que ninguém se aproximasse. Entrou numa salinha vazia e olhou para mim, desabotoou a bermuda e tirou o pau mole pra fora. Fui me aproximando e lambi seu mamilo protuberante. Pegou no meu pau sobre a bermuda e, logo que entendeu que seria difícil uma ereção, foi-se. É terrível ser desprezado porque seu pau está mole. E é até compreensível. E  terrível justamente por ser compreensível. O resto de autoestima que ainda preservava foi-se com o gato. Música alta me desnorteia. Tinha vários caras bonitos, atraentes. Tem um corredor com uma espécie de nicho com um colchão.  Sobre ele, um corpo deslumbrante na posição de quatro chupava um cara magrelo. A bundinha bem arrebitada na entrada desse nicho, no meio do corredor. Uma senhora bunda. Perfeita, irretocável. Apalpei, abri com as mãos para ver o cuzinho.  Lindo botãozinho rosado no meio da musculatura firme, macia e arredondada. Tanta beleza que quase lambi, mas fiquei com receio e nojinho porque o cu estava úmido e havia enormes possibilidades de ser porra. Jamais lamberia porra sem saber de quem. Depois sentou no pausão do magricela. Visto de costas, era um corpo impressionante,  pele lisa e clara, cabelos escuros, musculatura lindamente desenvolvida, ombros e costas largos, cintura fina e aquela bunda de moleque que me endoideceu. Mas visto de frente era um cara mais velho, talvez da minha idade ou um pouco mais, cabelo nitidamente tingido de escuro,  rosto não muito harmonioso e uma barriguinha de tiozão. Mais tarde voltei ali e ele estava agora de pé em frente ao colchão e comendo o magrela. E era hipnotizante seu corpo, e sobretudo a bundinha. Os caras iam parando no corredor pra ver aquele corpo se movendo, bundinha pra frente, bundinha pra trás.  Cheguei perto, alisei e dei-lhe um tapa na bunda. Arranhei com as unhas a pele macia e meti um dedo no cuzinho. "Ai, que tesão ", ele disse. Meti dois dedos e o cara quase largou a bunda do magrelo pelos encantos dos meus dedos massageando sua próstata. Fiquei andando de cima pra baixo e, pelo que consigo me lembrar, saí  como entrei, sem pegar ninguém.

Cartão Bloqueado

Fazia muitos anos que eu via um anúncio de um massoterapeuta nos sites de garotos de programa, já tinha até falado rapidamente por whatsapp. Tinha algo nele que me atraía profundamente. Alto, forte, barba, rola grandona, pelos, cuzinho gostoso. E um jeito de homem real e corriqueiro, embora bonitão, poderia ser um marceneiro, um eletricista, um bancário, um motorista de Uber ou o novo vizinho. Sei lá, sempre me vinha a vontade de marcar com ele e, não sei porquê, mesmo endividado e sem ânimo para sexo, marquei um horário. Tive dificuldade para encontrar o endereço, mas ele saiu ao jardim só de roupão para me chamar. É  mesmo bonitão, mas seu jeito não me pegou como imaginava. Parece de saco cheio de fazer programa,  então quer terminar tudo rapidinho pra embolsar a grana e dispensar o cliente. Tirou o roupão e me despi também.  Eu estava quase arrependido. Acho que eu que pedi que ele se deitasse na maca de massagem no centro da pequena sala. O pau era enorme e bonito. Chupei um pouco e quis chupar o cuzinho também.  Logo ele deu um jeito de se virar pra meter meu pau no cu dele e começou a falar, muito falsamente, algo como: "que tesão de pau,  assim eu vou gozar". Minha ereção já  era. Detesto me sentir ludibriado.  Me levou para o sofá e pediu que me sentasse sobre seu pau e foi tentando pôr aquele poste dentro de mim. E acabou entrando. Foi excitante em certa medida, mas não estava pensando nisso e um pautao grande é  inevitavelmente incômodo.  Houve alguma dor, e também estava sem camisinha, o que me incomoda muito. O cara queria que eu gozasse e fosse embora logo, era óbvio.  "Quer gozar onde?" "Pode ser na sua barba?" "Goza". E assim foi feito. "Não se preocupe, eu tomo Prep". Fui ao lavabo me limpar, havia sangue no papel higiênico.  E um pouco de fezes. Fiquei com vergonha e preocupado. Conversamos um pouco, contou que é casado com dois caras, mostrou a foto de um deles, tinha morado em Paris fazendo programa, agora pretende ser massagista apenas. Paguei com o cartão de crédito e ele ficou olhando eu digitar a senha. Falou sobre isso, pediu desculpas. Deixei o cartão bloqueado por 2 meses. 

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Opulência

Já fazia uns dois meses que não ia a SP.  Acordei muito cedo, graças à ansiedade que me acomete quando chega um dia muito aguardado. É  completamente brochante a vida que tenho levado, e não ter como sair com mais frequência,  por falta de tempo e de dinheiro, vai minando minhas energias, me enchendo de maus sentimentos de raiva e frustração. Detesto meu trabalho, detesto minha casa, detesto a convivência forçada com gente insuportavelmente baixa e inconveniente, detesto minha cidade, detesto a minha letargia e impotência diante de tudo isso, e do mundo todo.  A vida resume-se a correr atrás de dinheiro para custear o básico do básico, deixando de lado minhas paixões e anseios, minha sensibilidade, meus propósitos,  para esgotar minhas energias em tarefas domésticas e trabalho  estressante ou monótono até o corpo inteiro estar dolorido, e então passar as noites e madrugadas assistindo a recortes ficcionais sobre a vida alheia diante da tela do celular. Isso está me matando em vida.  Mas voltemos a São Paulo. Não houve mais nada interessante durante o dia (exceto o fato de estar finalmente sozinho numa cidade cheia de possibilidades) até  estar diante de uma bunda absolutamente deslumbrante. E há quanto tempo não desfrutava pacientemente de uma bela bunda! Era o Cabine's Bar numa sexta-feira fria e chuvosa. Cheguei às 17h, mas só apareceu o dono da bunda por volta das 19h. Era um rapaz interessante, uns 25 anos, boa altura, corpo bem trabalhado, fortinho, pele morena, todo vestido de preto, com roupas esportivas, boné também preto, cabelos escuros, barba por fazer. Não era exatamente bonito, mas tinha todo o ziriguidum que me interessou imediatamente.  A mim e a todos os presentes.  Tenho uma teoria de que o homem que tem uma rola grande transmite uma confiança, uma notável sensualidade em qualquer situação. O carinha era um gostoso, e isso estava no seu andar, no modo de olhar, de parar, em cada movimento de seu corpo. Não conseguia entender se estava interessado em mim. Eu estava me sentindo bonito, cabelo bem cortado, rosto corado de sol, bem vestido e perfumado. Ele olhava de longe,  encarava, mas não  fazia nenhum sinal. É  bem verdade que eu também não fazia, embora já estivesse com bastante tesão nele. Vi que entrou numa cabine de glory hole e fiquei bisbilhotando pela fresta da porta. A bundinha já me encantou logo ali. Um cordão preto de amarrar a calça passava entre as nádegas  e achei que estivesse de calcinha ou jockstrap. Essa confusão me deixou completamente transtornado de tesão.  Continuei no corredor das cabines e, quando ele saiu, ficou por perto, rondando. Ia se aproximando lentamente, encarando e  pegando no pau. Mas, por algum motivo,  parecia temeroso de chegar em mim. Mais tarde fui ao dark room e ele estava parado no corredor que antecede a entrada.  Me viu entrar e me posicionar bem à sua vista.

 Veio. Lento e hesitante como um menino, encostou na parede bem ao meu lado. Eu mal conseguia respirar, tamanha a emoção de ter seu corpo assim, ao alcance de um gesto. Havia um campo de calor ao seu redor. Cheguei perto, encostando o corpo delicadamente no dele, seu calor me aquecendo, a maciez da pele e das roupas deslizavam sob as palmas de minhas mãos. Ele foi ficando molinho, se derretendo para mim, sobretudo quando eu roçava e mordiscava sua nuca tensa. Levantei a camiseta e lambi os peitos musculosos, os pelos raspados espetando minha língua, e os mamilos adocicados e quentes foram ficando eriçados. Puta que pariu, sussurrou com voz rouca. Minhas mãos, por dentro de suas calças,  apertavam as generosas nádegas,  também recém raspadas. Puta que pariu, repetia. Tentei beijar sua boca e ele desviou. Era precisamente aquele momento em que fico com medo do cara me abandonar. Ajoelhei para conferir a rola e não encontrei no local esperado, acomodada de ladinho como quase todo cara usa. Era um cacete gigantesco voltado para baixo, por dentro da calça, descia ao longo da coxa direita até quase sua metade. Levantei, virei seu corpo de costas para mim e pedi no ouvido: deixa eu lamber esse cuzinho? Ele pareceu ao mesmo tempo encantado com a ideia e desconfortável de fazer ali no meio do pessoal. Segurou minha mão com força e me puxou para fora, me levou a uma cabine. Era tudo o que eu queria. Com a luz da cabine ele não  decepcionou, era um carinha bem acima da média. Tirou o pausão pra fora. Tentei novamente beijar sua boca, mas o garoto realmente não beijava. Acho o fim esse tipo que diz que não beija. Antigamente era até  comum, geralmente casados que não beijavam por "respeito" à esposa. Até levavam rola no cu numa boa, mas beijar, jamais. Hipocrisia ou autocensura, são sempre uns chatos. Abaixei e dei um trato na rola, o que foi delicioso.  Fazia muito tempo que não chupava um pau grande e gostoso como aquele. Grosso, pesadão, um prepúcio bem macio, soltinho, que eu ia lambendo e mordiscando com os lábios. Gosto bom de pica. Lambi as bolas e notei que curtiu quando desci ao períneo.  Lembrei da vontade de lamber sua bunda e o virei de costas. Não  tenho capacidade de descrever aquela bunda. Mas que maravilha única é  o corpo humano! A musculatura de um homem jovem pode ser algo de uma beleza sobrenatural, ou hipernatural, sobretudo se analisada tão de perto e tocada. A bundinha do tamanho ideal. Mesmo com a musculatura bem desenvolvida, o que lhe confere um formato arredondado e voluptuoso,  não  há excessos deselegantes. Os quadris são relativamente estreitos para um garotão de porte atlético, com glúteos salientes e bem arredondados, firmes e lisos, macios e hipnotizantes. Pois duvido que alguém neste planeta tivesse a capacidade de rejeitá-los. Qualquer ser humano vivo que estivesse do meu ponto de vista diante daquela maravilha ficaria salivando pra meter a língua dentro daquele furinho. O machão se debruçou sobre a banqueta e abriu a bunda pra mim.  A minha vontade era de começar simplesmente olhando para aquele cuzinho por horas a fio, mas se não entrasse em ação  o cara não ia entender. E adorou o toque da minha boca no rabo. Cheguei à conclusão de que este é  o meu maior talento.  Se não for o meu único talento realmente excepcional. E, com certeza, chupar cu é das atividades mais gratificantes da minha existência. É assim o meu grande momento na vida. Apesar do desconforto da posição em que estava, agachado, minhas emoções eram tão fortes quanto confusas. Queria engolir o rapaz inteiro como forma de tê-lo sempre a minha disposição. Como não é  possível,  nem muito recomendável, ou mesmo justo do ponto de vista humanitário, me esforcei para aproveitar da melhor forma o contato com seu corpo. O tempo todo com a sensação de que ele me escaparia a qualquer momento.  Beijei, lambi, chupei, abri, meti língua, estapeei,  esfreguei meu rosto todo no meio do cu, olhei, vi, enxerguei, observei cada mínimo detalhe, massageei,  apalpei, alisei, arranhei, mordi,  cheirei, elogiei, agradeci, e tudo mais que me ocorresse. E tudo era lindo e bom, e tudo o carinha curtia e gemia e relaxava, e se abria mais e mais, e arregaçava aquele cuzinho com as mãos fortes e másculas. Pra mim... era tudo pra mim naquele momento.  Eu queria tanto meter meu pau naquela bunda e foder até enchê-la de porra. Mas o cara sequer aceitou me beijar. E, na real, meu pau não estava muito duro, mesmo com a notável excitação e tendo tomado viagra.  Tampouco o clima  era propício.  Puxei a rola dele para trás e chupei. Também não estava mais dura, mas foi se reanimando. Lembrei da calcinha que achei que ele estava vestindo,  procurei, mas só encontrei uma prosaica boxer, que até pensei em vestir nele. É curioso, mas tenho tesão em chupar o cu pela cava da cueca, em enfiar ela na bunda como se fosse uma calcinha, em ir tirando lentamente. Não fiz nada disso. Devo ter demorado uns 20 minutos lambendo a bunda do cara, mas agora minhas pernas doíam terrivelmente. Tive que me levantar: meu deus, que delícia de bunda! Ele pareceu lisonjeado: gostou, né? Mas você também tem uma bunda mó gostosa, deixa eu ver. Já imaginei que fosse tentar me comer. Agachou para olhar minha bunda, abriu meu cu, já levantou de camisinha no pau. E era aquele pausão lindo, mas desafiador, sobretudo pelo comprimento. Fiquei com um certo receio. Só consigo relaxar se me lambem bem o cu, e esse cara sequer me beijou.  Veio com aquela conversa de: "não vou meter, só brincar". Me queria numa determinada posição, abrindo a bunda com as mãos.  E foi logo tentando meter. Eu ia tentando relaxar o quanto conseguia, mas ele não era paciente e gentil como um bom ativo tem que ser. Senti dor, desconforto, mas acabou entrando. Fodeu um pouco, foi até excitante mas nunca gostoso, e logo acabei tirando, pois estava incômodo. Conversamos brevemente, ele não era muito bem articulado,  e pedi pra lamber o cu outra vez. Quer mais, é? Ficou de quatro no banquinho e ofereceu toda aquela opulência.  Me esbaldei por mais um bom tempo, até as pernas voltarem a doer. Levantei pra passar o pau nele. Eu ia, de fato, só brincar, mas se assustou e levantou quase desesperado. Tinha terminado, era evidente, hora do adeus. Eu precisava gozar. Vi entrando nas cabines com glory hole um cara razoavelmente bonitinho, mas nada sexy. Estava com o braço numa tipóia. Pus o pau no glory e ele mamou. Depois pôs o cuzinho no glory. Era um cu bem bonito, totalmente depilado, pequeno e bem rosadinho. Meti e bombei até  gozar. Meu pau não estava muito duro, mas rolou até que bem. Enquanto me limpava e vestia, o cu continuava exposto no glory, a minha porra escorrendo de dentro. Fiquei um pouco enjoado com essa imagem. Sentei numa poltrona perto do bar e cheguei a cochilar. Um cara começou a ter um surto, não sei que tipo de problema ele tinha, mas chorava compulsivamente e falava como criança.  Não entendi uma sílaba.  Por sorte estava acompanhado por um outro rapaz que estava no telefone tentando obter ajuda. Começou a chover, mas mesmo assim preferi ir embora. 

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Pelos no Cuzinho



  Acordei mais cedo do que precisava para o horário da minha viagem. Já havia comprado a passagem no dia anterior para pegar o ônibus no ponto do mercado, sem precisar ir até a rodoviária. Escolhi, estrategicamente, a mesma poltrona de sempre, para a ida e para a volta, 45, janela, a última do lado esquerdo. Tinha consulta marcada para às 11h em SP, e meu ônibus, das 9h30, demorou um pouco para chegar ao ponto. Quase todas as poltronas estavam ocupadas. Na 46, ao lado da minha, um jovem super bonitinho que me lembrava, nebulosamente, de já tê-lo visto por aí. Talvez até tenha sido em outras viagens. Magrinho de corpo bem feito, ombros largos, cabelos claros lisos, olhos verdes. Um tipo bonito, mas um tanto sem sal, sem personalidade. Havia, desde o início, uma tensão sexual entre nós, algo inexplicável que a gente sente, mesmo que a pessoa não dê qualquer mostra de interesse. Nossos corpos se tocavam gentilmente o tempo todo, mas havia gente por perto. A última poltrona do lado direito é separada de nós apenas pelo corredor estreito, mas fica posicionada um pouco mais à frente, dificultando um pouco a visão. Era ocupada por um cara grandão de cabelos cacheados e óculos escuros. O garoto e eu íamos colando cada vez mais nossos corpos, mas foi um processo lentíssimo, de uns 40 minutos. Só então, totalmente do nada, ele mostrou seu pau duro sob a calça colada, olhando em meus olhos por sobre a máscara protetora, ainda obrigatória em transportes públicos. Sorri maliciosamente e agarrei a rola bojuda com força. Não pensei para agir, como imagino que deva ser para se jogar de paraquedas. Logo estava com a mão dentro da calça do moleque. Mantinha a atenção no cara da poltrona ao lado, seria bastante constrangedor se ele virasse o rosto em nossa direção. Mas foi a senhora que estava sentada na poltrona à frente da minha que levantou-se para descer em Guarulhos. Então o moleque pegou sua mochila e pôs no colo para ocultar nossas safadezas. Fui descendo a mão pelo períneo e cheguei ao buraquinho. Depois meti a mão por trás, por baixo dele, e fiquei brincando só no cuzinho. Ele deu uma pegada no meu pau, mas estava meio mole. Cheguei a dar uns beijinhos nele, no pescoço, orelha, mas o cara era frio, distante. Ou talvez estivesse nervoso com a situação. Perguntei se ele era da minha cidade e apenas disse que não. Seguimos o resto da viagem em silêncio e restringiu-se a dizer tchau quando se levantou. 
   Minha consulta era com urologista numa clínica que trata de disfunção erétil. Nas consultas que fiz até hoje (dr. Consulta) apenas sugerem uso de Viagra e Cialis, não pedem exames mais específicos, não sei o que tenho, é sempre um atendimento displicente e frustrante. E não há melhora alguma. Só piora, na verdade. O médico foi atencioso, fez um exame para verificar a sensibilidade do pênis, que está muito boa, nem em excesso (o que pode gerar ejaculação precoce), nem falta de sensibilidade, está no nível considerado ótimo. Já o exame da circulação (doppler peniano) mostrou que há uma obstrução nas artérias que fazem a irrigação do órgão, comprometendo em mais de 50% o fluxo sanguíneo necessário para uma boa ereção. Depois da consulta, o médico me encaminhou a uma sala onde um carinha com uma vibe constrangedora de coach tentou me convencer a pagar 10K por medicamentos manipulados para 3 meses de tratamento e prometendo algo como 90% de recuperação nesses 90 dias e "cura" completa em até 1 ano. Assim mesmo, sem apresentar qualquer estudo científico que embasasse a experiência nem explicar porque a droga custaria essa fortuna. Fui pego desprevenido e na hora não pude confrotá-lo, mas saí de lá com o estômago revirado de imaginar quantos homens, desesperados com toda a pressão que nossa cultura joga sobre a performance sexual masculina, acabam caindo nessa conversa e vão enchendo os bolsos desse pessoal inescrupuloso. Mas agora tenho ao menos uma direção para me tratar. Já mudei bastante minha alimentação no último mês e, da próxima vez que for a SP, vou procurar outro médico para um tratamento que ajude a desobstruir essas artérias e meu corpo todo, pois tenho certeza de que muito do cansaço extremo que sinto nos últimos anos deve ter relação com isso.
   Fui, como de praxe, ao Cabine's. Nada muito promissor, ninguém que tenha me interessado realmente, mas fiquei com um carinha gostosinho, alto, barba espessa, bom porte físico, uma bundinha deliciosa, com uns pelos no cuzinho que me deixaram com muito tesão. Meti a língua e fodi gostoso até encher de porra dentro. Mas foi a única transa pelo que me lembro, e não houve entre nós nada além da pegação. Sequer conversamos.
   Era sexta-feira pré carnaval, 17/02/2023 e a rodoviária estava lotada na hora da volta. Esperei mais de uma hora até chegar o horário da passagem que consegui trocar para mais cedo, porque estava muito cansado e resolvi voltar antes. Consegui o mesmo número 45. Fiquei sentado observando dois jovens de por volta dos 20 anos conversando. Ambos eram muito bonitos. Um deles era bem tipo garotinho, branquinho, cabelos sedosos castanhos claros, rosto perfeito, com sorriso doce e encantadoramente imaturo. Lábios de um vermelho vivo, nariz com uma curvatura elegante que o torna levemente arrebitado, olhos escuros e vivos, quase sem vestígios de barba. O corpo era fortinho e sensual, contrastando com a doçura do rosto. O outro garoto era  quase oposto ao primeiro, mas igualmente delicioso. Bem mais alto e magro, tinha musculatura bem definida e pêlos escuros e finos nas pernas, braços, axilas (estava de regata) e no abdômen definidíssimo (que exibiu algumas vezes ao passar a mão de forma muito sensual, para delírio e tortura dos meus olhos). Os pés e mãos eram hipnotizantes, de formas perfeitas, de extrema masculinidade em ossos, músculos, tendões e veias. Apesar de ser muito jovem, tinha um tipo mais "homão", com rosto de traços bem mais finos e fortes que do outro menino, com bastante barba que, apesar de raspada, era impossível esconder. Sobrancelhas grossas sobre olhos sérios e espertos, nariz pontiagudo, queixo quadrado, pele bronzeada, todo ele malícia e malandragem. Uma delícia. Foi até difícil abandoná-los quando se aproximava a hora da viagem. Ao chegar à plataforma de embarque, soube que os ônibus estavam atrasados. Muita gente amontoada aguardando e vi um cara que me pareceu familiar. Alto, corpo forte e com um pouquinho de barriga, grisalho, rosto interessante com um certo prognatismo. Um tipo bonito, charmoso. Ele também me olhou, nos cumprimentamos de longe, meio sem graça, e ficamos nos olhando durante a espera. Felizmente o ônibus, apesar do tumulto, não ficou muito cheio. Por coincidência, esse cara estava sentado na poltrona na frente da minha. Sem ninguém ao meu lado e nem no dele. Parecia indócil olhando para mim, desconfortável por não estarmos juntos. Quando o ônibus ia partir, entrou uma família e foram sentando em poltronas separadas ao longo do ônibus.  Um menino pequeno veio sentar ao lado do cara e uma senhora idosa, que devia ser avó do menino, estava se preparando para sentar-se ao meu lado quando o cara se ofereceu para trocar de lugar com ela, assim ela cuidaria do garoto (e ele de mim). Não demorou muito para puxar assunto. Mora em SP, 40 anos, tem um cargo alto numa instituição financeira poderosa, casado com um cara mais velho. Eles têm casa na minha cidade e passam os finais de semana aqui. Para minha surpresa, o cara me conhece, sabe da minha profissão e até depois descobri que me segue no Instagram com uma conta profissional. Foi logo dizendo que o seu casamento é antigo e que hoje não são monogâmicos. Não demorou muito para rolar um beijo e ficamos nos pegando sem lembrar da vovó com o menino sentados a dois palmos na nossa frente. Logo estava com o pau pra fora, um puta pausão grosso da porra. Detesto cara que empurra minha cabeça pra chupar, fico enojado com esse comportamento. Sobretudo num ambiente público, com gente em volta. Mas, ainda assim, um tanto contrariado,  dei uma chupada naquele tolete e fiquei com tesão. Quis que eu virasse a bunda pra passar o pau em mim, mas fiquei com vergonha. Tentou diversas vezes dizer algo no meu ouvido, mas tive cócegas e um ataque de riso irreprimível e escandaloso todas as vezes. Quando estávamos chegando à rodoviária, sugeriu que eu pegasse uma carona com o marido, mas declinei, fiquei tímido. Falamos um pouco por whatsapp, pensamos em marcar algo, mas não rolou. E não senti confiança. Essa história de querer colocar o marido no rolo, que nunca vi nem sei como é, me deixa com o pé atrás.

sábado, 25 de março de 2023

Tempestade Elétrica



Quando você chega à meia idade sem ter conseguido estabelece um único relacionamento romântico mais íntimo, um namoro, a sensação de desamparo e solidão torna-se incômoda, sobretudo porque vai-se tornando mais "invisível" com a idade, cada vez menos desejável.  Mas desde a puberdade desenvolvo paixões platônicas, crio histórias mirabolantes, muitas vezes com absolutos desconhecidos ou caras que conheço muito superficialmente. Nos últimos anos, fiz 49 recentemente, a frequência diminuiu bastante, mas ainda acontece. Por questões profissionais, passei a frequentar uma rua da minha cidade por onde nunca passava. Já na primeira vez que tive que andar por ali, olhei para dentro de um café e vi, atrás do balcão, um rapaz que me chamou a atenção imediatamente. Ele também me viu pela vidraça, senti uma coisa em seu olhar (claro que provavelmente essa "coisa" só existe na minha cabeça) e, impetuosamente, entrei. Nos segundos em que caminhei da porta até o balcão, nossos olhares se tocavam sensivelmente, ele me deu uma piscadinha antes de iniciar o atendimento. Havia também uma senhora uniformizada dentro do balcão. Escolhi um doce, mudei de ideia, pedi outro, ele me serviu e me sentei para comer. Não conseguia desgrudar os olhos do rapaz. É jovem, menos de 30, cabelos escuros bem curtos, pele clara, grossas sobrancelhas, expressivos olhos escuros, com longos cílios de poeta atormentado. A mim, parece ter ascendência ibérica ou talvez até no oriente médio. Acho que os traços e proporções do seu nariz me trazem alguma informação nesse sentido. Ou seus grandes olhos amendoados. Sua beleza me intriga. A elegância do perfil, o formato dos dedos, a barba escura que atravessa a pele e, sobretudo, aquele algo que transborda, indefinível e impossível de ser ignorado. Tem um jeito reservado, sério, e uma delicadeza nos modos, algo quase adolescente na maneira como se move. Percebi que ficou incomodando ou talvez constrangido com meus olhares. Disfarcei, me contive. Comi rapidamente, paguei e fui embora. Mas com a sensação de que tinha deixado qualquer coisa de muito minha naquele café. Essa é a dimensão da minha loucura, da minha carência. É assim que começa uma obsessão, que se autodestruirá em, no máximo, alguns meses. Baixei o Grindr na próxima esquina e o procurei. Falei com um cara, perguntando se era ele. Louco, louco, louco. Um imbecil completo. Aliás, como odeio o Grindr e afins, desinstalei logo em seguida. Desde então, sempre que sei que vou passar pelo café, fico ansioso, tenho vergonha de entrar, de olhar pela vidraça. Semanas depois, entrei. Fui atendido por uma moça, tomei um suco e fui embora. Nada dele. Entrei no Instagram do café, tem um vídeo dele falando sobre tipos café, um tanto tímido e sempre seríssimo. Com muita dificuldade encontrei seu perfil pessoal, mas é fechado. Na Bio diz ser pai de uma criança. Com migalhas de informações produzo um banquete, e já me vi criando uma família com o rapaz, ganhando um filhinho aos quase 50 anos. Que criança adorável ele era nos meus devaneios, e que pai maravilhoso eu seria! (provavelmente a criança sofreria horrores com dois pais tão travados, inseguros e fechados). Rio da minha estupidez, mas é extremamente prazeroso criar uma história sobre o nada. Ou quase nada. Vou pinçando apenas o que me convém para que o engodo não me traia. A impossibilidade prática de que qualquer coisa aconteça é minha vasta margem de segurança. Acredito que nem seja capaz de me envolver de fato com alguém, aturar e oferecer tudo o que nos torna insuportáveis uns aos outros. E morro de pavor de rejeição. Talvez este seja o grande nó da minha existência: nunca me senti amado, e a busca por esse amor, por aceitação e pertencimento, se misturam ao medo de constatar que é inatingível para a maioria das pessoas. Algumas semanas depois voltei para outro suco. Ele estava sozinho nessa tarde. Usava uma bermuda sob o avental e observei seu corpo, seu andar, enquanto atendia outras mesas. Fiz questão de focar em suas pernas enquanto o via descer a pequena escada de 3 ou 4 degraus à frente da minha mesa. Certamente notou meu interesse em suas pernas. Num outro momento, eu estava virado de costar para observar um quadro na parede e, pelo reflexo no vidro que protegia a ilustração, vi quando se aproximou e seus olhos percorreram meu corpo de cima a baixo, com curiosidade. Não sei o que motivou essa curiosidade. Eu também estava de bermuda e ele também observou bastante as minhas pernas. Quando fui pagar, perguntou despretensiosamente: mais alguma coisa, chefe? Sim, o cara me chamou de "chefe". Nesse momento, todas as minhas ilusões ruíram estrepitosamente. Outro dia nos cruzamos na mesma rua do café, ele falava ao celular andando apressado e fiquei com vergonha de encarar. Foi um encontro estranho. Parecia contrariado na conversa, ou preocupado. Tive uma outra impressão do seu corpo nessa situação, me pareceu menos idealizado talvez, mais comum. Talvez ele não ter dado atenção tenha disparado a necessidade de rejeitá-lo de alguma forma. E na semana passada, outra vez um encontro, em outra rua. Eu o reconheci de longe e fiquei envergonhado, tentei evitar, fingindo olhar as vitrines. Mas logo nossos olhos estavam conectados. Eu não sabia o que fazer, nunca sei o que fazer, e deixei assim, olhos nos olhos ("Quero ver o que você faz"), aguardando. Ele parecia bastante empenhado em manter seus olhos nos meus, parecia querer se comunicar. Provavelmente fora do ambiente de trabalho seria mais propício para uma abordagem. Fomos nos aproximando muito, nossos rostos chegaram a ficar numa distância de dois palmos, viramos levemente as cabeças em direção ao outro, como quem diz: estou olhando para você, quero olhar para você, vejo que você está me olhando também e sabe que estou te olhando, "quero ver o que você faz". Se eu tivesse um mínimo de atitude, teria parado e olhado para trás. Não sei se ele fez isso, mas com certeza se eu tivesse feito, ele teria percebido e poderia escolher parar também. Fiquei perturbado com esse encontro. Fantasiando milhões de conjecturas. No dia seguinte, ao passar pelo café, nos olhamos pela vidraça, como no primeiro dia. Meu coração batendo forte, ele parecia nervoso também. Talvez a gente imagine perceber nos outros o que nós mesmos estamos sentindo e desejando. Dias depois, fui todo arrumado e perfumado, decidido a entrar novamente, mas a vergonha me impediu. Passei reto na ida e na volta. Ontem, entrei. Ele estava de costas no balcão e um senhor de idade o acompanhava. Os traços evidenciavam o parentesco, com certeza é seu pai. Ele se virou, cumprimentou, pedi meu suco e sentei numa mesa. Olhava para ele timidamente, de canto de olho. Quando trouxe o suco, que estava delicioso, senti nossos dedos se tocarem quando me passou um canudo. E vi, na mão direita, a aliança de ouro. Um homem comprometido e com filho não parece promissor, mas eu queria saber apenas do momento presente. Uma tempestade elétrica em um toque de dedos, numa fração de segundo, mínimos milímetros de contato, e a maciez da sua pele me transmitiu tamanha energia e emoção. Tudo fruto da minha imaginação, provavelmente. Mas era assim que o tal "momento presente" se manifestava.  Bebi o suco como se lambesse seus dedos cabeçudos que tocaram aqueles morangos e laranjas durante o preparo. O desejo é doce e ácido como laranja com morango. Quando fui deixar o copo no balcão, ele veio buscar, olhando para minhas mãos e o tomou de mim, resvalando o dedo extremamente macio novamente na lateral da minha mão esquerda. "Mais alguma coisa, chefe?". A mesmíssima sensação. Impossível não pensar em como seria tocar seu corpo inteiro, tocar seu corpo todo com o meu corpo todo, pele com pele, e toda essa energia poderosa tomando conta de nós. Uma vez conheci pela internet um cara de família russa que morava em Londres e estava em São Paulo de férias, visitando a família. Nos encontramos para um cinema, e toda vez que nossas peles se esbarravam, eu sentia essa mesma energia faiscante. Fiquei fascinado quando ele disse espontaneamente que sentia essa mesma energia em minha pele. Ou seja, não era coisa da minha cabeça. O segundo encontro foi no apartamento onde estava hospedado, e transamos. Foi péssimo. Zero química, zero tesão, zero faíscas. Não há como prever como seria com o boy do café, não há como saber o que se passa dentro dele, e não sei me aproximar nessas situações, puxar assunto. Até tentei fazer uma pergunta sobre a decoração do café, mas a resposta foi seca e breve. Irei atualizando o conteúdo deste POST se houver motivo. O que você faria nessa situação? Tentaria esquecer ou se aproximar? Ou apenas viveria esse prazeroso frisson de mais uma paixão platônica para preencher a tristeza dos dias?

Atualização besta #1: tenho evitado passar na frente do café e, quando passo, não olho pra dentro. Fiquei um tanto antipatizado com a atitude do menino porque sinto que há um interesse, mas ele não faz um mínimo esforço para se conectar. E eu entendo perfeitamente, já estive nesse lugar de restrição, e no caso dele há um provável relacionamento hétero e um filho para dificultar, mas, para um coroa tímido como eu, é angustiante tentar estabelecer algum contato e levar vácuo sempre. Minha reação natural é passar a ignorar, para ferir deliberadamente ou cortar de vez o que pode vir a me machucar - por não existir de fato ou não poder se concretizar, por indisponibilidade emocional ou seja lá o que for. Mas tem um ímã naquele café que ainda me envolve e puxa meu corpo sem dó. É vontade de olhar para ele e ser impactado por sua passividade nervosa, sua inquietação ostensivamente velada em calma, indiferença e seriedade. Há esse grande prazer em olhar, observar detalhadamente sua figura e tentar entender porquê me toca tão fundo. Muitas vezes me interesso por alguém em quem consigo vislumbrar a mim mesmo em algum momento em que precisei de ajuda e não tive ninguém. Ou seja, qualquer momento da minha vida. Na sexta-feira passada ia passando pelo café, mas pela rua lateral, não a da frente da loja (fica numa esquina). Atravessei a rua diante da grande vidraça. Do outro lado da rua já vi seu vulto inconfundível. Havia uma mesa ocupada por duas senhoras e ele estava em pé diante da mesa ao lado, de costas, arrumando uma bandeja, provavelmente para recolher ao balcão. Virou-se e me viu atravessar a rua. Parou. Parou para olhar para mim. Fiquei nervoso, excitado, todo meu plano de vingança destruído, de certa forma enternecido por ele parar para me ver, sem se preocupar com as clientes ao lado. Senti uma coisa forte no ar, que preciso repetir que não passa de loucura da minha cabeça, mas era quase que um pedido de socorro, era quase como visualizar finalmente essa poderosa força de atração, era quase como imaginar que ele pensa em mim durante seus dias, que eu existo para ele como ele existe para mim, era quase como uma promessa louca e inescapável enquadrada pela janela indiscreta numa tarde nublada qualquer. Era quase e não era nada. Que o quase, concretamente, não é, não existiu. Foi difícil atravessar aquela rua olhando os seus lindos olhos, me sentindo exposto, ridículo, desejado. E triste. 

Atualização mais besta ainda #2: esperava para ir ao dentista e, mesmo não tendo comigo nada para fazer a higiene bucal, fui ao café fazer hora. Tinha várias mesas ocupadas e o garoto estava no mezanino atendendo um casal que falava bastante. A senhora estava no balcão e me atendeu. Sentei numa das poucas mesas que ficam próximas do balcão e ela me serviu. Observei o garoto atendendo, seu perfil bonito, seu sorriso simpático. E na hora de pagar, era com ele. Havia uma pequena fila e esperei ao seu lado, um pouco desconfortável. Foi breve, corriqueiro, "mais alguma coisa, chefe" e coisa e tal. Ou seja, nada. Ou nada do que eu esperava. E entendi que não há nada e que o que eu quero é na verdade um escape de uma vida monótona e absolutamente desinteressante e desinteressada que estou levando. Não tenho uma única atividade que me apaixone, não convivo com quase ninguém e vivo soterrado por pessoas tóxicas e afazeres tediosos. Mesmo que eu seja bastante privilegiado por poder trabalhar relativamente pouco, minha vida é uma merda e me perdi de quem eu sou. Isso num momento crítico em que me aproximo dos 50 anos. Não sou um jovem perdido, sou um cinquentão que não consegue mais viver sua própria vida. Só me restou um relacionamento imaginário para me sentir minimamente interessante para alguém. E talvez o menino tenha me olhado com atenção algumas vezes por pena ou algo assim. Espero nunca mais voltar ao café, ao menos não com a intenção de vê-lo.

sábado, 11 de março de 2023

Whatever

 

Tenho ido muito raramente a SP. Estou passando por um momento difícil. A questão financeira é muito importante, mas também há sérias questões familiares, políticas, profissionais e pessoais. Sinto-me desanimado e triste. Como se minha vida tivesse chegado a um ponto definitivo que me desagrada quase completamente. Tenho estado bastante desinteressado por sexo e tido pouquíssimas experiências na minha cidade. Mas há momentos em que a libido explode e não tenho com quem extravasar. É angustiante. Num desses episódios, me mandei pra SP à procura de alguma aventura que me saciasse. Era um sábado e fui ao Cabine's bar sonhando em rever alguns caras que já encontrei por lá. Geralmente sábado é uma noite ótima, bem animada, mas estava horrível. Pouca gente e ninguém interessante. Uma imensa decepção para mim, depois de meses sem sexo. Eram mais de 18h quando decidi ir para outro lugar. Aos sábados meu último ônibus para voltar para casa é ainda mais cedo. Corri pro Dedalos Bar, na República. Estive lá logo que inaugurou, mas estava completamente vazio e não fiquei. Alguns caras têm me falado de lá, e tinha alguma esperança, mas também medo de outra decepção e de ter que voltar para casa sem nada na lembrança. Nos arredores, inúmeros traficantes me ofereceram padê aos gritos. Fiquei um pouco desconcertado. A revista para entrar na casa é praticamente na rua, o que também é algo constrangedor para tímidos como eu. O clima é totalmente diferente do Cabine's. É mais festivo, clima de balada, garotada animada. Estava bem cheio. A casa até que tem uma boa estrutura e o público é bem diverso. Todos os tipos de homens aparecem por lá, mas a grande maioria é de jovens. No térreo tem um bar simpático, circulado por uma espécie de arquibancada e uma área de armários com senha para o cliente guardar suas coisas e suas roupas, se quiser ficar sem elas. Muitos caras ficam sem camisa, outros de sunga ou jockstrap. O andar superior é o labirinto. Dificílimo de entender a geografia por enquanto. Algumas áreas sem luz, outras a meia luz, algumas cabines privativas. Estar num lugar novo já é estimulante. Não vi um único conhecido. E felizmente havia alguns caras muito interessantes. Fiquei bastante atraído por um moço de longos cabelos claros e ondulados. Estava só de sunga e tênis, rosto lindo, corpo gostoso, bronzeado. Sequer reparou na minha existência. Tinha também um coroa bonito, cara de safado. Ficou me olhando com bastante interesse. Comeu um cara no meio do corredor, olhando nos meus olhos. Outro bonito era loiro, baixinho, musculoso, talvez por volta dos 40 anos. Olhou pra mim diversas vezes, mas era o tipo fugido. Estava acompanhando também, não sei se eram amigos ou namorados. Eu não estava muito para ferveção ou "putaria". Como eu odeio essa palavra! Mas eu não estava pra putaria, sacanagem, zoeira... whatever. Queria me sentir desejado, olhado com atenção e respeito, receber e dar carinho, e uma boa transa. Do nada, me apareceu um cara olhando para mim, sorrindo. Mais ou menos da minha altura, rosto simpático, harmonioso, cabelo liso escuro, com uma franja meio de lado, corpo absurdo de lindo. Foi simples e fácil nossa aproximação, ele me levou para uma cabine espaçosa e bem iluminada. Fiquei muito satisfeito quando ele fechou a porta, nos isolando da bagunça. A porta fechada criara um mundinho particular para dois estranhos. Foi delicioso conversar com ele, acariciando sua pele e cabelos macios, beijando sua boca fresca e apertando sua musculatura vigorosa. Seu corpo se tornava mais deslumbrante a cada minuto em que o conhecia um pouco mais. Perfeição de formas e proporções. É um homem doce, cheio de sonhos, potencialidades e ambições. Tem uma trajetória de superação, com episódios sofridos e muita luta. E sua doçura permanece intacta. De toda a sua beleza, a bunda e o peito sobressaem. Entre eles, a cintura fina que me deixa doido de tesão. Lambi seus peitos redondos, seus pequenos mamilos rosados. Meti a língua naquele cuzinho delicado e ele delirou. Seu pau era bem pequeno e não tinha ereção. 

Fiquei excitado como há muito tempo não ficava. A penetração foi sem camisinha e um pouco difícil para ele, mas meu pau estava ótimo quase o tempo todo. Depois de um tempo me desconcentrei e perdi a ereção. Voltei a lamber aquele cu maravilhoso, coisa que nunca tinha feito na vida (lamber depois de ter penetrado), porque me causa má impressão. A ereção voltou boa e prosseguimos. Quero uma leitada, me marca. Fiquei um tanto cabreiro com esse "me marca", expressão usada por quem deseja ser contaminado com HIV. Mas eu já estava muito perto de gozar e gozei. Conversamos mais um pouco, mas não tive coragem de questioná-lo sobre isso. É um assunto que evito ao máximo infelizmente. Ele foi embora e fiquei sentado um tempinho no bar. Um cara simpático veio conversar, era engraçado mas não me atraiu. Tive muito medo de caminhar até o metrô tão tarde de noite naquela região. O centro de São Paulo está muito triste e abandonado, como há muito tempo não se via.

quinta-feira, 9 de março de 2023

Esfinge Sorridente

 Uma terça feira de calor no meio do último inverno. De tarde, tive que voltar à rodoviária para guardar algumas compras no guarda volume. Antes de pegar o metrô de volta, fui checar o banheirão. Logo que me aproximei dos mictórios, vi dois caras saindo meio afobados. Um garoto jovem, negro, bonitinho, e um cara maravilhoso. Era bastante jovem também, alto e com um puta corpo incrível. Usava máscara contra covid, mas o rosto era muito chamativo. Olhou para mim com extremo tesão enquanto arrumava o pau duro na calça jeans e voltou para o mictório do meu lado. Que homem lindo, que rola linda. Meu pau estava mole, tranquilão, e não era isso o que ele queria, claro. Sinalizei querer tocar seu pau e ele deixou. Mas logo saiu um cara de uma cabine e o garotão ficou nervoso e foi embora. No início da noite fui para o Cabine's Bar, como tem sido meu hábito sempre que vou a SP há alguns anos já. Quero conhecer lugares novos, rotina é quase sempre angustiante e burra, mas fico preso a boas memórias do Cabine's e parece que, se eu não for, vou perder uma grande transa.  Achei que estivesse vazio por ser terça-feira, mas tinha bastante gente até. Fiquei surpreso com mais uma reforma que fizeram no ambiente, desta vez com evidente melhora, finalmente uma reforma bem pensada. Agora as cabines são mais espaçosas e confortáveis, há iluminação, os monitores de vídeo funcionam. Infelizmente o piso de metal não foi soldado, reformado como deveria, só o recobriram com piso emborrachado, aquele preto de moedas. Foram alteradas as divisórias dos ambientes e custo a entender onde estou. Tive um primeiro encontro num dark Room que está realmente muito escuro, sequer consegui distinguir quem era o cara, mas tinha um pau gostoso e dei-lhe uma chupada. Não gosto dessa sensação de tocar intimamente alguém que não sei quem é. De homem bonito mesmo, acho que só tinha um nessa noite. Estatura baixa, pele morena, barba e cabelos castanhos, corpo bom e um rosto lindo. Ficava parado com ar blasé, como se não estivesse ali pra trepar, como todo mundo. Não olhava para mim nunca. Mas o reconheci no dark, estava em pé de frente para a entrada, e atrás dele um cara fodia sua bundinha. Sua camisa branca estava desabotoada e toquei seu peito, o abdômen. Não esboçava reação alguma. Fui beijando seu corpo até chegar ao pau. Tudo cheirosinho e delícia. Fiquei chupando e abrindo a bunda dele pro cara socar. Voltei aos mamilos, beijei seu pescoço e saquei que ele estava curtindo tudo que eu fazia, mas não demonstrava nada. Como saquei? Talvez seja apenas fantasia da minha cabeça. Mas não curto gente que não sabe retribuir. Larguei mão e saí. Um pouquinho mais tarde, nos cruzamos no corredor das janelas e dessa vez ele me olhou com interesse evidente. Olhei para trás e ele também se virou, com olhos que gritavam "vem ni mim". Aí eu fui, né... Entrou numa cabine e o segui. Fechei o trinco, um pouco trêmulo de insegurança, e me virei para ele. Sua atitude era amistosa, mas tinha voltado o mesmo ar indiferente que identifiquei logo de cara. Eu o beijava, acariciava, enchia de elogios, mas se mantinha qual uma esfinge sorridente. Nenhuma atitude, nenhum afago. Curiosamente seu pau estava o tempo todo absolutamente ereto, ao contrário do meu, que não esboçava qualquer energia. Eu sabia que essa atitude dele era definitivamente brochante para mim, mas fiquei com vergonha, menti que já havia gozado há pouco. Ele não pareceu se incomodar com meu pau mole. A única atitude que teve nos, digamos, 30 minutos em que estivemos na cabine, foi abaixar minha calça e mordiscar meu pau por sobre a cueca. Foi excitante em alguma medida e quando fui segurar sua cabeça, repeliu minhas mãos, me queria agora impávido como ele. Chegou a tirar meu pau pela cava da cueca e dar uma chupada gostosa, mas meu pau não correspondeu muito. Ainda conversamos um pouco enquanto eu o abraçava e beijava, mas fui ficando sem graça, como se estivesse tomando o tempo do cara, pois entendi que não ia progredir para nada além daquele lenga-lenga. Antes de nos despedirmos, quis passar seu Instagram para que eu o seguisse. Jamais contem comigo para adular macho na internet. Passamos a nos ignorar quando nos encontrávamos. 

O movimento foi minguando e eu não teria mais tanto tempo ali. Aproximou-se um cara em quem eu já havia reparado. Boa estatura, cabelos longos meio claros, corpo um pouco "acima do peso", modos ostensivamente masculinos (o que geralmente detesto). Me encarava. Havia qualquer coisa nele que me interessou. Um lance de energia talvez. Não era bonito, tampouco feio. Encarava sem medo, quase agressivamente, e quando eu mantive os olhos nele, me deu um beijo na boca. Um bom beijo. De gosto bom, com energia e gentileza. Entramos numa cabine. O cara era super simpático e safado. Gente que gosta de contato, de sexo, é outra coisa. Quando tiramos os paus pra fora, observou que eram bem parecidos, em forma, cores, tamanho. Cada um deu uma boa mamada no outro. Virei ele de costas e meti a língua no cuzinho deliciosamente rosado. O cara não esperava por isso e ficou louco de tesão. Ou talvez porque esperasse por isso secretamente. Meu pau ficou bem duro e comecei a roçar a cabecinha na rosquinha rosada. Ele ria, dizendo que não costumava dar. Posso tentar? Bem devagar? E assim fui entrando no cuzinho apertado e umedecido pela minha língua. Ele me xingava sorrindo e, depois que me alojei todo dentro dele, queria que fodesse com força. Era uma bela visão a bundinha de macho, muito branca e totalmente desprovida de pelos, aparecer entre as aberturas da camiseta e da bermuda pretas. Seus braços musculosos, as mãos másculas abrindo a bunda, o cu cada vez mais vermelho engolindo minha rola. Pediu porra dentro. Virava o rosto para trás e pedia pra bombar cada vez mais forte. Tirei o pau algumas vezes só pra ver aquele cu lindo abrindo pra mim. Dava umas palmadas na bundinha e voltava a meter  Fiquei cansado de foder com tanta força e rapidez, a idade e sedentarismo cobram seu preço, mas fui até o fim, jorrei porra dentro do furico quente. É tão bonito te ver fodendo, me disse. "Da próxima vez, eu que vou te comer". Também passou o Instagram, e também não segui.

sábado, 26 de março de 2022

FodeEsseCuGozaDentroDoMeuCu



Sexta-feira, 11/03/2022, dia chuvoso e cansativo. Eram 17h30 quando cheguei ao Cabine's Bar. Para uma sexta, tinha pouca gente. Chuva dá mesmo uma desanimada no pessoal. E muitas vezes prefiro com menos gente. Da última vez, quase todos usavam máscara, agora quase nenhum. E não solicitam comprovante de vacinação para entrar. Ou seja, bem uó. Logo que cheguei, reparei num cara alto, de jeans e sem camisa. Era muito interessante, rosto expressivo e cativante. Mesmo com seus pneuzinhos, seu corpo também era atraente, com algumas tatuagens e pêlos castanhos no centro do peito. Devia ter trinta e poucos anos, uma bonita barba aloirada e os cabelos, meio ralos, um pouco mais escuros. Fui ao quartinho com luz vermelha e parei na porta pra bisbilhotar. Tinha uns caras se pegando lá dentro. Logo ele apareceu e entrou no quarto, deslizando a pele dourada "do seu corpo contra o meu". Tinha um coroa com o pau pra fora, uma belíssima rola, e o barbudo ficou interessado. Parou bem perto de mim e pegou no pau do tiozão. Dei uma apalpada na bundinha dele e botou a outra mão no meu pau. Tentava abrir o botão da minha calça. Tirei o pau pra fora e ele abaixou pra me chupar. Porra, que boca maravilhosa daquele cara! Chupava calmamente, com vontade, e me fazia quase flutuar. O coroa se aproximou oferecendo aquela rola bonitona, mas o barbudo tava curtindo a minha. Fiquei lisonjeado. Um carinha bonitinho chegou perto também, eu o toquei e fiz com que se aproximasse de nós, mas a coisa era mesmo entre mim e o barbudo gostoso. O coroa puxou a bundinha do barbudo e passou-lhe o cacete no rego, ele deu uma rebolada no pau do cara, mas não meteu. Chegou um sem noção por perto, super escroto, querendo se meter entre nós, e saí dali. Parei no corredor das cabines e o barbudo tinha vindo atrás, chamou para entrarmos numa cabine. A luz do vídeo me permitia vê-lo melhor agora, e é um homem bonito sim, com lábios de um rosa muito vibrante que se abriam num sorriso encantador e olhos cor de mel que me transmitiram honestidade e confiança. Tem carisma o danado. Tirei a máscara e sorriu "Que bonito que você é". "Você também, sorriso lindo". "O seu também". Não preciso dizer que minhas inseguranças adoraram seus elogios. A gente se beijou, ele estava salgado, pois fazia muito calor, e o beijo foi gostoso. Levantou minha camiseta pra lamber meus mamilos e se ajoelhou pra me chupar. Era muito excitante ele olhando nos meu olhos e engolindo meu pau. Eu segurava sua cabeça e massageava o couro cabeludo com as pontas dos dedos. Deliciosa a maneira como ele chupa. Quanta coisa se passava com o meu corpo e minhas emoções pelo simples contato da sua boca com o meu pau. Levantou-se e se virou de costas. Abria com as mãos a bundinha pequena, redonda, cuzinho cor de rosa com pêlos castanhos. O cara estava me deixando louco e sabia disso. Olhava pra trás sorrindo, me oferecendo o cuzinho. Foi tão bom me sentir dentro daquele cara. Continuava olhando pra mim e dizia "fode esse cu, fode". Essa frase, dita daquela forma tão entregue e decidida, foi demais para mim. "Tô quase gozando". "Goza, goza dentro do meu cu". Por alguns segundos meus bloqueios resfriaram meus ânimos. Minhas mãos apertavam sua cintura, num gesto que está perdendo o sentido para mim, mas ao qual recorro sempre que estou penetrando alguém - exceto se a posição me impossibilitar. Fode esse cu. Goza dentro do meu cu. Fode esse cu. Goza dentro do meu cu. É tão bonito um homão daquele se entregar a alguém dessa forma, a um desconhecido. Claro que é irresponsável sob muitos aspectos, mas é bonito também por essa irresponsabilidade e estranhamente elegante: Fo-de-es-se-cu-Go-za-den-tro-do-meu-cu. Tudo perde o sentido com o tempo e a repetição. Eu  só queria inundar aquele cu de porra. Retomei o movimento, olhos nos olhos, ambos escorrendo suor naquela cabine minúscula e escaldante. E veio, numa leve vertigem, com coração disparado, já sem fôlego, toda a porra dentro. Goza dentro do meu cu. Goza dentro. Do meu cu. Meu cu. Cu. Cu. Cu. Cu. Eu respirava com força, tentando recobrar os sentidos. "Gozei também". Eu sorri. Reclamou do calor, disse que é de Santo André e que fazia três anos que não pisava ali. Esqueci seu nome completamente. Seria André? Sei lá, esqueci. Foi simpático mas estava com pressa e foi embora. Suas frases ficaram comigo, seu olhar, seu sorriso. Eu estava morto de calor e comecei a ficar com muito sono. Aquele relaxamento que uma bela gozada proporciona. Fui sentar um pouco no bar e diversas vezes quase adormeci. Vi chegar um carinha muito interessante, usava bermuda jeans e uma camisa estampada preto e branco. Cabelo quase raspado, uma barbinha rala, traços bonitos, corpinho gostoso. Chegaram dois amigos dele e ficaram conversando e rindo muito. Às vezes ele saía e ia olhar de longe os caras se pegando. Tinha mais uns caras interessantes, um cabeludo com um pau grandão e um barbudo de rosto muito bonito. Cheguei a me aproximar deles, mas não rolou nada de muito memorável. O garoto de camisa preto e branco e seus amigos começaram a me notar e comentar quando eu passava. E depois eu o vi entrar no dark Room e ficar parado num canto. Senti o impulso de chegar nele, um pouco impaciente com sua enrolação. Fui me aproximando, encostei na lateral do seu corpo. Percebi que ele pensou em sair, mas ficou. Trocamos um longo e delicioso beijo, que se alternava em dinâmicas e intensidade. Foi muito bom tocar suavemente seu corpo, desabotoar sua camisa e lamber seus mamilos, a axila, o pescoço. Ele me chupou, retribuí e chupei seu cuzinho também. Ele estava com o corpo arqueado, parecia chupar um cara bonitinho a sua frente. Quando toquei esse cara, o garoto de camisa foi embora. Eu já estava pensando em ir com ele para uma cabine e fiquei chateado. Mas não me abalei tanto porque o carinha que ele estava chupando já estava na minha e catou meu pau. Em poucos minutos ele já tinha virado a bundinha e metido meu pau no cu até o talo. Fodi com força até gozar dentro dele. Fode esse cu, goza dentro do meu cu. Nunca mais usei camisinha e isso me deixa triste. Minha ereção, mesmo com Viagra, não é tão consistente, e sinto que parar para pôr a camisinha poria tudo a perder. Estou sem grana para voltar ao médico, e desanimado porque só prescrevem Viagra e pedem que volte para a terapia. Nunca solicitaram um exame no pênis, algo que me desse uma ideia do que está acontecendo realmente. O bonitinho de camisa voltou e me viu quando estava fodendo o cara, pareceu decepcionado. Um pouco depois tentei me aproximar dele novamente, mas me repeliu como se eu fosse apenas um pernilongo inconveniente. Que gente esquisita.

sábado, 12 de março de 2022

Galãs Feios


Mal publiquei sobre o Hotel 269, voltei a ele na sexta-feira, 18/02/2022. Até que tinha bastante gente, cerca de 200 homens. Mas nada bate com o que o site do hotel indica sobre cuidados para contenção da pandemia. Os armários estão sim à disposição, mas preferi uma cabine simples, justamente para poder me recolher e descansar. Tinha muito cara sem máscara, muita aglomeração. É verdade que solicitarem a carteirinha de vacinação na entrada, já dá alguma tranquilidade, e também vi um funcionário se enfiar no corredor lotado e ficar solicitando que usassem máscara, mas foi só por alguns minutos. Nos últimos tempos a decepção com a espécie humana é tão contundente que viver tornou-se um desafio diário, e uma reafirmação insistente de minha vocação para resistir. Mas muito do prazer se esvai. Estou muito desinteressado de sexo e de gente, ainda mais retraído e desiludido. Sei (aos quase 48 anos deu pra finalmente cair na real) que não terei relacionamentos mais profundos, um namoro ou casamento, e morrerei só. Não gosto de muita intimidade, não tenho tesão por quem conheço a ponto de sentir dó ou vergonha ou enfado. E sou tão pretensioso que esses sentimentos se estabelecem em pouquíssimo tempo de convivência. Além de estar ficando velho, brocha e só, irremediavelmente só. O bom é que me dou muito bem comigo mesmo e com minha solidão. Achei o hotel um ambiente estranho. É feio de doer. A parte externa, onde tem duas piscinas, ficou horrorosa com a reforma. Usaram revestimentos medonhos nas paredes (um porcelanato cor de burro quando foge) e em volta da piscina maior (pastilhas douradas, brega pra caralho), umas paredes de cobogós pretos totalmente sem propósito. A nova ala está funcionando e só tem um longo corredor com as portas dos quartos, tudo feio, frio e sem personalidade. Não é fácil tirar a roupa num lugar como esse quando se está sem fazer exercícios físicos há pelo menos 10 anos. Mesmo sabendo que não estou com "má" aparência, "fora de forma", não consigo me habituar com a ideia de não ser mais quem eu era. Mudei, envelheci, e não atraio mais todos os olhares, não sou o garotão gostoso que pegava quem bem quisesse. E também não sou o coroa rico e seguro de si por quem muitos ficariam interessados. Nada disso tem grande importância na real, exceto a parte da grana, que é melhor para a autoestima que a própria juventude, mas o ponto é que me ressinto de não ser tão desejado como era antigamente. Sei o quanto sou ridículo e que reclamo de boca cheia, sendo homem, cis, branco, com um biótipo bastante valorizado, boa altura, não gordo, não PCD, não tão velho, que recebo bem mais atenção do que deveriam merecer todos esses atributos. Mas sinto assim. E é uma merda. 


(Parênteses: nesse dia, ali mesmo enquanto descansava no meu quartinho, ressignifiquei uma história antiga. Por muitos anos sofri por ter revidado um tapa no rosto do meu pai. Eu tinha 11 anos, estava rindo, brincando, e ele queria dormir. Como minha mãe tinha viajado, achou-se no direito de virar um tapa forte no meu rosto. Sempre entendi o que esse tapa significava para ele e para mim. Rejeitar e punir um filho, uma criança, por não performar suas expectativas de gênero e sexualidade, por vergonha, por não aceitar que essa criança indesejável tenha sido formada a partir dele mesmo. Meu pai era um grande filho de uma puta. Com tudo de bacana que ele foi um dia, nunca deixou de ser um grandessíssimo filho de uma puta. E se, semanas depois, em resposta a uma discussão sem importância, desferi um tapa em seu rosto, cujo semblante desconcertado me aparece nitidamente até hoje, foi das coisas mais certas que fiz na vida. Ele se fez de vítima para minha mãe quando ela voltou (que bem ou mal era ela quem me defendia de sua filhadaputice), mas nunca mais, nem por um segundo, pensou em levantar novamente a mão para mim. Aquele viadinho de 11 anos me enche de orgulho e gratidão. Por muitos anos senti vergonha e arrependimento por ter batido em meu pai. Não sei o que esse retorno à sauna depois de vários anos tem a ver com a lembrança dessa história, mas meu sentimento mudou quase completamente)


Logo que cheguei, um cara ficou bastante interessado. Não era feio, mas eu não quis. Depois fiquei um pouco arrependido. Podia ter sido legal. Ou não. Gosto de confiar na minha intuição porque quase nunca fico sabendo o que teria acontecido se enfrentasse outra alternativa. O cara era insistente e invasivo, provavelmente seria uma porcaria de sexo. Passando pelo cinema, vi um rapaz muito bonito sentado na primeira fileira, se masturbando completamente nú. Era bastante jovem, estatura mais para baixa, corpo bem trabalhado mas magro, negro, rosto belíssimo. Todo mundo estava alvoroçado por causa dele, mas não olhava para ninguém, não tirava os olhos do filme. Alguns minutos depois fui revê-lo numa área que foi reformada, uma antessala da sauna seca, onde agora tem uma daquelas cadeiras que ficam penduradas no teto, próprias para sexo. Ele estava fodendo com muita força um cara que estava na cadeira. Sumiu logo depois. 

Vi por lá alguns conhecidos da época em que eu era frequentador. É um pouco deprimente pensar que nesses anos todos eles estão ali. Mas eu também estou ali, na mesma de sempre esteja onde estiver. O clima do local é um tanto deprimente, e eu nunca havia reparado nisso antes. Tinha alguns homens bastante bonitos, um era especialmente lindo. Bem alto, forte, não era muito o tipo de corpo que me atrai, mas o rosto era lindíssimo, o tipo dele no geral. Houve um tempo em que eu me interessava por homens grandes, forte e altos. Hoje não é uma prioridade, e até prefiro caras mais suaves, magros, estatura baixa a mediana. Não me atraem homens que fisicamente sejam muito grosseiros, com pés muito grandes, excesso de músculos ou pêlos. Estava lá também um coroa italiano que eu via muito na For Friends. Ainda bem bonito, corpaço, mas bem envelhecido. Nunca me deu bola, não seria agora. Fiz a chuca na esperança de dar a bunda, mas, como sempre, foi desperdiçada. Acho que nunca rolou quando fiz a chuca, é sempre de surpresa que acontece. Fiquei alguns dias depois com algum desconforto e problemas intestinais, tudo à toa. Tinha um gringo que ficava andando pra lá e pra cá sem roupa e parava oferecendo a bunda pra quem quisesse. Era até bonitão, bem alto, corpo completamente liso de pêlos, meio loiro, mas estava meio barrigudo, mas essa sua postura me pareceu muito triste. Estralei uns tapas na sua bunda gostosa. Logo reparei num garoto de corpo excepcional, bem o tipo de corpo que mais me atrai. Devia ser bastante jovem, uns 22 anos, 1,7m de altura aproximadamente, magrinho com uma musculatura bem desenhada, todos os músculos bem arredondados sob a pele fina, aquela bundinha arrebitada, bem redondinha e estreita que me deixa maluco. Cintura fina, ombros largos, pernas bem torneadas, uma delicinha. O rosto, mesmo de máscara, dava pra sacar que era bonito também. E também me olhou com interesse, e arrebitava ainda mais a bundinha quando passava por mim. Depois de algumas vezes que nos cruzamos, demos um encontrão numa esquina da sauna e já nos agarramos. Não foi tão impetuoso como a expressão "nos agarramos" sugere, foi mais contido e frio. Mas entramos numa cabine sem iluminação alguma. Entrava um mínimo de luz pelas frestas da porta, mas foi uma pena não ver aquele carinha tão bem quanto eu queria. Tocar seu corpo, tão jovem e vigoroso, tudo tão certinho, me deixou maravilhado e sinceramente tocado. É duro ficar tantos meses sem contato com um corpo humano, sem sexo, sem troca. Abracei seu pescoço e o beijei com suavidade. Você curte o quê?,  perguntou, sinalizando uma certa ansiedade. Curto tudo, sussurrei. Eu sou só passivo, só gosto de dar, tudo bem?. Tudo ótimo. Que coisa linda é a sua bunda. Meti. Nem pensei direito, não tinha camisinha, não quis saber de mais nada. E nem estava de pau muito duro, mas foi. E que delícia de cuzinho. O garoto abria a bundinha com uma mão e na outra segurava o celular, que estava ligado (é proibido andar com celular nesses lugares, por motivos óbvios) e mostrava uma imagem em preto e branco. Fiquei imaginando se ele estava me filmando, pois parecia preocupado com a posição do aparelho. Recoloquei a máscara e foquei naquele corpo lindo que era "meu" por alguns minutos. Fodi com força, enquanto ia alisando suas costas, apertando a cintura com as duas mãos, massageando a parte de baixo das coxas, puxando seus ombros para beijar seu pescoço, o maxilar. Ele estava usando um anel peniano, seu pênis era pequeno e o saco estava redondo, não sei se por causa do anel. Fiquei com um pouco de aflição do anel, qualquer coisa que prenda a circulação me dá nervoso. Sua juventude pulsava em minhas mãos, no meu pau, que já sentia uma leve ardência pelo atrito. Foi muito gostoso, mesmo que minha ereção não estivesse tão rígida, demorei um tanto fodendo o moleque. Gozei dentro. Nos despedimos e ele voltou sozinho para a mesma cabine mexendo no celular. Foda. É quase impossível ter privacidade hoje em dia. Tem muito mau caráter desejando visibilidade na internet. E muito otário como eu. Depois de satisfeita a libido, vem a ressaca moral. O medo de ter me deixado filmar, de ter feito sem camisinha. No dia seguinte, sábado, busquei PEP na minha cidade, mas o posto estava fechado. É tudo uma grande merda. Voltei para meu quarto todo macambúzio, ri assistindo a um vídeo do canal Galãs Feios no YouTube, que eu amo, assisto todo dia, e adormeci. Foi aí que me peguei pensando na história do meu pai e tive o insight. Devo ter dormido mais de uma hora.

Fiquei zanzando a maior parte do tempo. Algumas interações não muito dignas de menção. Teve um cara que chegou em mim no corredor e me chamou para o seu quarto. Não era feio, muito menos bonito: meio loiro, baixinho, bronzeado de sol, corpo musculoso, bunda gostosa, cabelos ralos, óculos. Queria poppers, e eu não uso, não me interesso por drogas, além de ser bastante perigoso usar poppers junto com Viagra. Como ele só queria dar a bunda, sem muito envolvimento, brochei em poucos minutos após a penetração. 

Algum tempo depois, passando pelo corredor próximo do labirinto, vi dentro de uma cabine aberta, um homem alto. Apesar do escuro, me pareceu interessante. Estava parado, olhava para mim, convidativo. Entrei. Era estrangeiro, mas trocamos poucas palavras. Logo ele se abaixou e me chupou demoradamente, porém sem muito talento. Seu pau não era grande, mas tinha um prepúcio enorme, molinho, e isso me deixa muito feliz. Quis chupar também. O pau não estava duro, mas o prepúcio me deu muito tesão, apesar de estar meio melado e salgado. Houve mais alguns encontros breves e sem importância. Não sei quanto tempo vou demorar a retornar, mas não sinto vontade. Achei mais triste que o Cabine's. E isso não é pouco.