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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Na Maior Sem-Cerimônia


   Finalmente consegui conhecer o Chilli Pepper Single Hotel. Tive a visita a um cliente desmarcada de última hora e cheguei em torno das 17h duma quinta feira fria. Já havia estado lá (dei com a cara na porta), por isso o encontrei facilmente, mas da primeira vez havia rodado várias vezes o Largo do Arouche inteiro até encontrar o número 610. Nem parece fazer parte do Largo, fica bem embaixo do Minhocão, a alguns metros do metrô Santa Cecília. Logo na recepção, via-se que a obra ainda não estava terminada. Entra-se num pequeno recinto e através de um vidro preto, o atendente entrega um envelope plástico (providencial para guardar preservativos), amarrado a um cordão de silicone, contendo uma plaquinha com código de barra. Optei pelo armário (locker) e esse código de barra é que abre e fecha a porta. Acredito que os quartos funcionem da mesma forma. É um vestiário imenso, com centenas de portas. Não vi o código de barra, não entendi como abrir o meu armário e fui procurar alguém para me ajudar. Achei o bar. O barman é um negócio! Gatão mesmo. Pelo menos o que atendia naquela tarde (a casa funciona 24h). Tinha outro funcionário ao seu lado, e era óbvio que era este quem deveria me ajudar, mas perguntei ao barman como abrir o armário. Vi pedreiros andando pra todo lado, barulho de obra. Tirei a roupa e logo me dei conta de que era o único cliente naquela imensidão.

   Ainda é difícil analisar o empreendimento como um todo, pois está inacabado e nada está funcionando 100%. Por exemplo, não há uma mísera sala de vídeo (próximo ao vestiário tem uma telinha passando pornô, num lugar em que ninguém nunca vai parar para assistir - e provavelmente todos os quartos sejam equipados com uma), tem um andar inteiro fechado, não tem piscina ainda. Pelo que pude entender, uma das saunas também está inacabada. No térreo, além da área com os armários e o bar, tem um amplo banheiro e uma imensa sauna a vapor. Os chuveiros são melhores que os da 269, acionados com o pé do usuário num botão de borracha que fica no chão, mas a regulagem de temperatura deixa muito a desejar. As torneiras funcionam da mesma forma, acionadas com o pé. Quase tudo é preto e vermelho fogo, como na 269. A sauna a vapor é labiríntica, inteira revestida de pastilhas de vidro azul. Tem uma jacuzzi transparente e iluminada que dá um efeito surpreendente - infelizmente estava gelada. Quando cheguei, esta sauna estava insuportavelmente aquecida e empoçada. Na frente da jacuzzi, ao longo do ralo, formava uma poça gelada muito desagradável. São bonitas as janelinhas redondas (tipo de navio) que ligam a sauna ao bar e corredores. O contraste da iluminação azulada do interior da sauna, com a externa, predominantemente vermelha, é interessante. O bar também é bacaninha, especialmente a estante formada de módulos enviesados revestidos com um tecido que parece lurex.

   No andar superior, muitos, muitos quartos. Um labirinto semelhante ao da 269, outro banheiro parecido com o do térreo, e a sauna seca. Acho que este é o único ambiente que estava muito bem resolvido para o meu gosto. O projeto é bonito, a forma como foi feito o revestimento de madeira e a iluminação embutida. Não gosto de sauna muito quente, e a temperatura estava bem amena (mais para um ambiente com aquecedor que uma sauna propriamente). Ao seu lado, algumas cabines, muitas faltando portas, e todas ABSOLUTAMENTE escuras. Nada pior que pegar um boy bonitão e ficar com ele no escuro, sem conseguir vislumbrar um milímetro sequer do seu corpinho. Tem um ambiente muito bem iluminado e azulejado de branco, parece uma futura cozinha. Perto da escada, três poltronas remanescentes da 269, ESFARRAPADAS, dava aflição de sentar. O som da casa é bacana, muitas vezes excessivamente alto e com longas pausas entre as faixas, mas o repertório Rocker é bem mais interessante do que o que se ouve em casa gays por aí.

   Éramos eu (de toalha e chinelo) e os pedreiros (vestidos, claro). E só, mais ninguém. Nenhum dos pedreiros me pareceu interessante, e todos pareciam muito bem instruídos em não olhar para os clientes. Era um tanto constrangedor e fiquei zanzando para me familiarizar com a "geografia" do lugar. Fiquei até com medo de andar por ali sozinho: é muito grande, muito escuro, muito novo, sem uso, sem vida ainda. Mas dá pra imaginar o que vai ser daquilo em alguns meses. Um sucesso inevitável e importante para aquela parte da cidade. Salivo só de pensar em quando os meninos do Mackenzie e da FAAP o descobrirem. Deitei na sauna seca e quase adormeci. Por volta das 18h, todos os operários se mandaram e começou a chegar gente. Não tardou a ficar bem mais animado.

   E um dos primeiros caras que pintaram era uma gracinha. Mesmo no escuro, fiquei feliz de vê-lo chegar. No breu daquele corredor (logo depois de ter dado uma topada animal num degrau triangular e muito mal localizado) o vi aparecer. Seu andar e silhueta já denunciavam exatamente de quem se tratava. Não é uma beleza clássica, de perfeição de linhas e traços. Mas era o que muito cara lindo não consegue ser: GATO. Bem alto, robusto, um pouco fora de forma, barba por fazer, cabelo castanho claro, liso, de comprimento médio, repartido ao meio, olhos verdes. Garotão, desses que encantam pela simplicidade de caráter, como uma elaboração do que é o ser masculino - ou do que deveria ser. Venho pensando bastante nisso: o que é masculino em essência, o que faz alguns homens terem essa aura de masculinidade que atrai, enternece. Talvez essa noção seja muito subjetiva, pois não falo de "macheza", de estereótipos. A mim não encanta um homem mal cuidado, falando alto, cuspindo e arrotando. Nem uma sexualidade agressiva, ou violência de qualquer espécie. Pra mim tem muito mais a ver com autenticidade, respeito, gentileza... sobriedade, leveza, despreocupação... Não seriam essas características facilmente atribuídas a uma mulher também? Não sei! Mas o garoto tinha esse "não sei o quê" de sobra. Um belo exemplo de homem jovem. Voltei à sauna seca e ele apareceu por lá, puxou papo:

   -É grande isto aqui, hein! - disse olhando pela janela.

   -Grande mesmo. E tem muitas partes fechadas ainda. Parece que vai ter mais um andar.

   -Porra!

   -Primeira vez também?

   -Aqui é, primeira vez. Mas tinha ido na 269. Logo tenho que ir embora. Demorei muito pra encontrar isto aqui.

   -Eu também. Na hora em que cheguei, não tinha mais ninguém, acredita?

   -Ninguém, ninguém? Está vazio mesmo...Achei que fosse estar bombando.

   Eduardo, 23 anos, mora em Ribeirão Preto, apenas de passagem por SP, a trabalho. Já estava sentado ao meu lado e conversava pegando no pau, com a mão por baixo da toalha. Era um pau grande, grosso, bonito. Estávamos os dois com a toalha aberta, sentados na bancada, nos masturbando e conversando. É um ambiente pequeno e os caras que iam chegando passavam por ali, e iam ficando, nos olhavam com curiosidade, e começou a ficar desconfortável. Procuramos uma cabine ali perto. São muito escuras, não há ganchos onde pendurar as toalhas, nem uma mísera cadeira: não tem nada. Nada. Pus as camisinhas no chãos e nos beijamos. Nosso contato foi muito prazeroso, tudo funcionava, fluía. A gente se chupou várias vezes e ele queria me comer. Perguntei se ele me deixava lamber sua bunda e ele respondeu que brocharia.

   -Deixa eu por a camisinha e ficar brincando nesse cuzinho? - perguntou.

   -Seu pau é muito grande, cara...

   -Não vou te machucar.

   Ele pôs a camisinha. E o discurso mudou, agora queria pôr "só a cabecinha". Sussurrava no meu ouvido, beijava minha nuca. Eu estava encostado com o rosto voltado para a parede negra de madeira, imerso no absoluto escuro. Comecei a sentir vontade de que ele me comesse. Foi difícil e demorado, e ele manteve a ereção imperturbável por todo o tempo. Lá pela metade, pedi que parasse. Tirou o pau de dentro e voltou, deslizando suavemente. Quando me dei conta, já estava inteiro acomodado dentro de mim. Só quando se movia, eu não suportava a dor, mas de resto era muito excitante. Eu sentia meu esfíncter esticado, sentia a pressão do membro em meu interior. É estranho, mas excita. Tenho pouca experiência mas venho praticando muito mais que em qualquer época da minha vida. Acho que no último ano, dei mais que no resto da vida toda. Ele me masturbava:

   -Consegue gozar com meu pau dentro?

   -Você não quer gozar?

   -Não consigo assim. Demoro muito.

   Eu gozei, urrando de tesão, foi muito intenso. Tomamos banho, conversamos um pouco, demos umas bandas pela sauna e nos separamos. Sempre que nos cruzávamos, ele me fazia um carinho, me beijava.

   -Que beijo bom! - dizia.

   Uma graça de menino.

    O segundo tinha chegado mais ou menos na mesma hora que o Eduardo. Garoto ainda, era bem bonito de rosto, corpo OK, mas com uma barriguinha esquisita. Nos encontramos nos corredores onde fica a maioria dos quartos e ele me guiou à mesma cabine em que havia estado com o Eduardo havia poucos minutos.  Não conversamos, não sei seu nome. Também não houve beijo. Assim que nos fechamos na cabine, ele abaixou para me chupar. Depois, eu o fodi com ímpeto surpreendente para quem tinha acabado de gozar. Claro que foi difícil gozar outra vez, com um intervalo tão curto. Voltou a me chupar e me masturbava com uma mão, enquanto a outra explorava minha bunda. Eu segurava seu crânio e o guiava para onde queria que sua boca se dirigisse, entre meu pau e os testículos. Algumas vezes não sinto nada quando me lambem o saco, no entanto muitas vezes fico enlouquecido de tesão. Meu coração disparava quando o menino lambia minhas bolas. Eu me masturbava e ele introduziu um dedo em mim. Quando percebeu que eu estava perto de gozar, meteu dois dedos e me fodeu com vigor. Gozei na sua boca. Pôs-se então de costas para mim, se masturbava. Eu o abracei por trás, mordiscando sua nuca e costas, até ele gozar. Seu corpo desgovernado sacudia, jogando todo seu peso em todas as direções. Eu tentava contê-lo em meus braços. A respiração funda e ofegante foi acalmando com a massagem que fiz em suas costas, nas nádegas, no pescoço. Ficamos assim por uns dez minutos, até nos despedirmos.

   Tinha mais uns caras interessantes na sauna quando voltei a circular: um alto, com tipo de gringo e rosto muito bonito (apesar de o corpo ser meio desproporcional); um garoto moreno, de corpo bem bonitinho.  E outro novinho, loiro. Apareceu no corredor e me chamou para uma cabine perto do labirinto. Pus a camisinha e comi. Mas eu tinha gozado duas vezes em pouco tempo e perdi a ereção. Ele veio me chupar e lambeu minha bunda. Não percebi quando tentou meter o pauzinho em mim. Assim, sem aviso, sem camisinha, sem lubrificação - e sem noção. Apesar de ser um pau pequeno e fino como uma salsicha, que dor lascada! E que ódio!
 
   -Porra moleque, não faz isso, caralho! - gritei.

   Ele não se deu por vencido e voltou a me chupar. Até conseguiu me reanimar e eu fiz bobagem. Meti nele sem camisinha. Dei umas estocadas e tirei, saí da cabine.

   Desci, precisava descansar e ver as horas. Passando pelo bar, vi um dos funcionários da casa, que tinha trabalhado na 269. Ele é bonitinho, fiquei com ele algumas vezes nos quartos da 269. Dentro da sauna a vapor, tinha um coroa até interessante, saradão. Reparei mais num outro cara, de barba bonita, escura. Bem alto, costas largas, corpo razoável, rosto bonito. Tinha um pouco de barriga, talvez mais um problema postural que de gordura. Voltei ao primeiro andar e pouco depois ele veio sentar junto de mim numa das poltronas esfarrapadas do corredor. Roberto, 28 anos, mineiro, faz pós em SP duas vezes por mês. Visto bem de perto, conversando (apesar do sotaque mineiro pelo qual tenho uma incorrigível e gratuita antipatia) era muito agradável e seu rosto, encantador. Ficamos excitados e apareceu um outro cara, que parou diante de nós. Corpo bonito, nada extraordinário, mas bastante desejável. Magro, claro, todo lisinho, pés bonitos. Como paramos para olhá-lo, ajoelhou, na maior sem-cerimônia possível, e engoliu meu pau. Roberto olhava tudo com atenção e pôs o pau pra fora. Lindo. Eu acho lindo o pau com prepúcio volumoso. Nos beijamos, suavemente de início. Conforme o beijo foi esquentando, e consequentemente fomos perdendo contato com o cara que me chupava, este nos deixou a sós. Procuramos por uma cabine, várias delas não tinham trinco. Quando encontramos uma que fechava, Roberto observou:

   -Não tem luz alguma aqui... venha aqui, quero te ver no claro.

   Me levou a um dos banheiros. Foi meio difícil encontrar um que estivesse limpo, em condições de uso. Realmente era uma outra coisa chupar aquele pau no claro.

   -Ele não abre todo? - perguntei.

   -Não, só até aqui. Vou operar. Na verdade isto é uma despedida.

  Pela fimose, a glande não se expunha completamente. Deve dar um trabalhão pra deixar limpinho como estava.

   -Mas não tira tudo, é tão bonito assim.

   -Não, não vão tirar. Acho que vai ficar quase igual. Também gosto assim.

   Ele me chupou também e eu quase gozei. O virei de costas e lambi a bunda dele. Cuzinho apertado, quase oculto por pelos que se agrupavam só ali, entre as nádegas. Saquei que ele não ia dar pra mim. Em mais alguns minutos nos separamos.

   Eu tinha hora, ia assistir a um show do Arrigo Barnabé, ali perto, no Sesc Anchieta, às 9h. Fui me trocar. Quando eu estava quase completamente vestido, no armário exatamente ao lado do meu, chegou um cara beeem interessante. Gostoso pra caralho - pra ser mais preciso.

   -Cara, como será que abro este armário? - perguntou.

   -Empresta aqui o cartão - ensinei.

   -Pô, valeu! Tá indo embora?

   -Tô, tenho um compromisso. Cheguei na hora errada, né? Que droga...

   -Agora é a hora, fica aí! - disse rindo.

   -Tenho que ir mesmo.

   -Como está a coisa aí dentro?

   -Fraco.

   -Eu queria que tu ficasse. Você é lindo.

   Me beijou. Muito bem, diga-se. Eta homem cheiroso! Eta boca gostosa! Estava só de jeans e chinelo, e era visível que seu pau já estava em ponto de bala. O meu também. Enquanto nos beijávamos, peguei no pau dele, sobre a calça.

   -Eu queria te chupar.

   -Você tá me deixando louco.

   Terminei de me vestir, peguei minhas coisas no armário e o chamei para irmos ao banheiro, ali ao lado. Tirou a calça, enrolou-se na toalha e me seguiu. No térreo, os banheiros também estavam meia-boca. Peguei o mais espaçoso deles, destinado a cadeirantes, que estava OK. O nome dele é William, clínico, 40 anos. Ficou satisfeito por eu dizer que não aparentava essa idade, mas era uma meia verdade. É um homem bem bonito, alto, um touro de forte. Corpo largo, maciço, naturalmente sem pelos. Os cabelos, cortados rente, começam a branquear. Ele aparenta a idade que tem, mas em ótima forma. E tem um pau delicioso. Talvez eu não seja tão exigente, pois acho a maioria dos paus dos caras que me atraem, deliciosos. Ou talvez eu tenha um radar pra escolher caras com paus deliciosos.

   -Levanta, vira aqui que eu quero ver a tua bunda. Olha que bundinha gostosa. Quer dar pra mim? - perguntou.

   -Não. Seu pau é muito grande.

   -É nada. Devia ter pego uma camisinha... Pega lá.

   -Tenho que ir.

   -Só a cabecinha, deixa.

   Ele já estava quase metendo em mim. Virei de frente pra ele.

   -Já deu pra alguém aí hoje?

   -Até dei. Não sou de dar, mas dei.

   -Pegou vários caras?

   -Peguei os que me interessaram.

   -Você pega mesmo, pega quem você quiser. Você é lindo.

   -Até parece.

   Minha voz estava sumindo. Acho que fiquei um pouco tímido. Era estranho estar vestido na sauna, de pegação com um desconhecido pelado. Estranho e excitante. Fico constrangido quando o cara chega dominando geral, como se pudesse fazer comigo o que bem quiser. Agachei outra vez pra chupar.

   -Peraí que assim eu gozo!

   -Goza.

   -Agora não, tô chegando, bonitão. E você tá indo embora.

   -Vem aqui, deixa eu te chupar mais um pouco.

   Ele veio, eu chupei e me masturbei até gozar. Ofereceu sua toalha para eu me enxugar. 

   -Vou indo então... Estou atrasado.

   -Espera, eu saio com você.

   Foi mijar. Jorrava com muita força, demorado. 

   -Pega meu celular, quero te ver outra vez. Você me dá um puta tesão.

   Anotei seu nome e celular na minha agenda. Me despedi com uma palmada na sua bunda e um beijo na nuca.

   Arrigo Barnabé é o cara!