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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Gosta de Pau Preto?


   Depois de muito procurar algo que valesse a pena, eu estava sentado numa espreguiçadeira,  enfastiado com o tão famoso "domingo na sauna". Não é um dia que eu costume me abalar a esse tipo de programa, mas realmente o que tinha de homem bonito na 269 aos domingos era de fazer cair o queixo. Pelo menos nesse dia específico, a For Friends tava bem meia-boca. Sentei perto da jacuzzi, de olho num carinha que conversava com um grupo lá dentro. Esperava ele sair pra avalia-lo melhor. Do nada surgiu um cara e parou na minha frente, em pose exibicionista com as mãos nos quadris. Realmente era um belo homem: bem mais alto que eu, corpo forte, moreno de olhos verdes, barba por fazer, cabelos molhados, jogados para trás. Ficou ali na minha frente por um minuto e entrou na sauna. Não tive vontade de ir atrás. Mais tarde o vi tomando banho no andar de cima. O coroa que tomava banho do lado dele puxou conversa. Não ouvi direito, mas ficou claro que fez um grande elogio. Ele riu e perguntou se já podia "ficar metido".

   -Não, isso não pode.

   Ele era bonito pelado, pau grande, bunda gostosa, pés bonitos. E o sorriso era encantador. Ficou embevecido com o elogio. Mais tarde nos encontramos na sauna seca, que estava lotada. Nos olhamos de perto. Só pelo modo dele parar, já se via que era um "pavão". Mas não era só isso, tinha alguma coisa que me chamava atenção e eu não entendia. Saí e voltei um pouco depois a essa mesma sauna. Ele estava na área dos chuveiros ali fora e entrou também, logo depois de mim. Tinha pouca gente agora. Encostei na parede de madeira do fundo, oposta à porta, e ele parou no meio da sala, na minha frente mas não muito perto. Breve cumprimento. Depois começou um movimento incerto de aproximação: ia até a porta e voltava, cada vez mais perto de mim. Eu me perguntava: se o cara é tão bonito e parece tão cheio de si, por que isso tudo? Será que minha cara é tão fechada assim? Por fim, sentou-se ao meu lado, no terceiro degrau da bancada de madeira. Entreabriu a toalha, deixando o sexo quase à mostra. Parecia um pouco nervoso, evitando me olhar. Talvez minha leitura das suas atitudes seja apenas baseada na minha própria insegurança, e, no fim, não entendi nada do que realmente se passava com ele. Mas de qualquer forma, ter pensado que ele estava inseguro, me deixou mais confiante. Eu o olhava de perto, descaradamente. E meu pau ficou duro. Ele olhou pra mim e sorrimos em cumplicidade. Alisei suas pernas úmidas. Rocei meu rosto no seu e nos beijamos. Enfiei a mão entre suas pernas e segurei o pau e as bolas.

   -Como é seu nome? - sussurrei.

   -Paulo, e o seu?

   Ele entendeu errado meu nome (meu nome verdadeiro) e rimos do que ele tinha entendido, um apelido meio ridículo.

   -Quantos anos você tem?

   -Quantos anos? (pausa) Muitos!

   -Ah, vá! Quantos?

   Relutou mas respondeu:

   -44

   -Caralho!

   Era absurdo. Eu nunca poderia imaginar que ele tivesse mais de 35, achei que fosse mais novo que eu.

   -Vamos sair daqui, estou derretendo.

   Tomamos uma ducha para refrescar. Durante o banho me contou que mora no ABC e é artista plástico. Paramos na entrada dessa ala para mais uns beijos. Ele insinuou que eu beijasse seu mamilo e disse depois:

   -Já vi que voce gosta de um peito duro, né?

   -Gosto...

   -E de que mais?

   -Gosto de tudo duro. Você não?

   -Eu também, tudo duro.

   Pelo que entendi, ele tentava descobrir se eu era passivo ou ativo. Acho simplista demais esse tipo de approach. Entendi ainda que ele obviamente queria dar pra mim. Mal peguei na sua bunda e logo me chamou pra subir. Ia na frente na escada caracol e eu ia brincando de beliscar-lhe a bunda. Ele ria alto.

   Entramos na cabine e ele me chupou. Não muito bem. Virou de costas pra mim, oferecendo-se. Passei meu pau naquela bunda bonita, agachei pra lamber. Um buraquinho bem gostoso, mas quando minha língua entrava mais, eu sentia uma aspereza ou rugosidade no esfíncter, que me deixou meio de sobressalto - pensei que pudesse ser uma verruga ou coisa assim. O virei de frente pra mim, chupei o pau dele. Eu estava bem excitado por ele ser muito bonito, mas sentia um clima estranho. E ele nunca ficava de pau completamente duro. Continuamos ali, nos pegando, até ficar bem claro pra mim que ele não estava curtindo. Será que a minha frase tosca sobre "gostar de tudo duro" o tinha deixado encanado?!

   -Voce quer parar?

   -Não!

   Disse que não, mas 5 minutos depois me convidou pra tomarmos um refrigerante no bar. Descemos. No caminho ele caçoava dos coroas que andavam na nossa frente. Achei grosseiro. Sentei na mesinha do bar e ele foi ao balcão. Voltou logo:

   -Está demorando pra atenderem. Espera aí que vou ver meu celular e já volto.

   Eu já sabia que não voltaria, mas sou educado... Fiquei ainda alguns minutos na mesa e fui deitar na espreguiçadeira da piscina. Ele voltou depois, me procurou rapidamente no bar. Eu estava semi-oculto por um vaso. Vi que passou para a ala escura, provavelmente tão aliviado quanto eu do "desencontro".

   Tinha mais uns caras interessantes, era de tarde ainda. Um deles eu já conhecia, sempre achei gostoso, mas não me dá bola. Tá ficando horroroso de rosto e as pernas são esquisitas - tortas e meio finas. Mas eu pegava ainda - ô, se pegava! O outro era bem bonito, de corpo e de rosto, mas antipaticíssimo, com um semblante pesado, negativo. Mais de noite o vi novamente na Bela Paulista, tão sozinho quanto na sauna, e com a mesma cara de otário.

   E tinha outro rapaz. Não é o tipo de cara que me atrai geralmente. Aliás, esse foi um dia de revelações para mim sobre homens que me atraem e homens com quem o sexo funciona. Ele tem um tipo interessante: jovem, moreno, de barba, baixinho (geralmente gosto de caras da minha altura ou mais altos), corpo bem bonitinho, definido; mas não é um homem exatamente bonito. E seu comportamento era esquisito, dava impressão de estar interessado, mas nunca olhava diretamente pra mim. Nem pra ninguém. Não parecia tímido, não parecia chato. Era intrigante. O encontrei várias vezes, em vários pontos da sauna, sempre da mesma forma: eu parava perto e esperava algum sinal para avançar. E nada vinha. Ele parecia querer se comunicar por telepatia. Parecia sempre atento em mim, mas é difícil chegar em alguém que não te olha diretamente. Mais tarde eu subi ao escuro, ele tinha passado a maior parte do tempo por ali. Parei perto e resolvi testar sua resistência. Estávamos a dois palmos de distância um do outro, perto da escada, ambos encostados na mesma  coluna. Apesar da pouca luz, eu o olhava nos olhos, e isso me excitou. Ele olhava em minha direção, mas nunca diretamente. Virou o corpo de frente para a coluna, e quase nos tocamos. Já estávamos ambos de pau duro. E ele simplesmente não tinha atitude alguma, parecia um menino abobalhado. A essa altura, eu já estava certo de que ele queria, era só pegar. Não sei se eu tentei ser bonzinho e dar a ele uma chance de tomar uma atitude, ou se, por maldade, me diverti um pouco com a situação. Parecia aflito e arruinado com a própria insegurança. Eu sempre acho que as pessoas são inseguras, mas serão mesmo? Ou era só um capricho? Ou um jogo e ele queria ser "pego de jeito"? Ficamos nesse lenga-lenga por uns 10min. Decidi que se eu me afastasse e ele viesse atrás, eu o abordaria de alguma forma. Fui até a última sala, ele veio também e encostou numa parede. Foi rápido o bote. Em segundos estávamos unidos. E houve aquele encaixe de corpos que funciona magicamente. Ele cheirava minha pele milímetro a milímetro, concentrado. E me lambia com delicadeza. Como de praxe, fomos pro banheiro iluminado.

   Escolhi uma das cabines com luz azulada. Foi muito bom poder olhar pra ele no claro. Foi tudo muito gostoso. Ele não tinha resquício do abobado por quem o tomei, nem de timidez ou insegurança. Era educado, gentil, sabia o que fazia! Chupou meu pau muito bem, enquanto me lançava um dos olhares mais impressionantes, dos quais jamais me esquecerei. Era lindo chupando o meu pau. Retribuí. Ele era pequeno mas o pau era do tamanho do meu, e bonito, gostoso de chupar. Conversamos um pouco: seu nome é Jonas, 30 anos, recifense, mora ali perto do Ibirapuera com um amigo e trabalha para uma grande grife francesa. Segunda vez na sauna. Gemeu quando enfiei minha língua na sua bundinha. Ele é todo cheiroso e macio. Coloquei a camisinha e tentei a penetração mas estava difícil. Só a saliva parecia insuficiente como lubrificante.

   -Acho que preciso de gel, seria mais gostoso. Voce me espera?

   -Claro! Pega lá.

   Eu só tinha aquela camisinha e enquanto ele desceu, pensei que perder a ereção agora, seria péssimo: eu teria de descer em busca de outra camisinha e talvez a transa fosse pro vinagre. Voltou com o gel e eu ainda estava durão, louco de tesão e ainda com a camisinha. Foi ótimo, tudo funcionou lindamente, ele era delicioso. Gozei e ainda mantive meu pau dentro dele e duro até que ele gozasse. Apesar de caras grandes serem mais atraentes pra mim, acho que funciona muito melhor comer um cara menor que eu. Pode parecer ridículo e boçal, mas a verdade é que me sinto muito mais dono da situação. E no sexo preciso me sentir assim, no comando. Lembro de várias situações semelhantes com caras mais baixos e muito excitantes, e lembro de vários caras grandes com quem me senti um pouco desprivilegiado ou numa situação desconfortável de subjugado. Claro que tem muitas outras coisas envolvidas, e que vários caras altos e grandes eu comi com furor e sensação de domínio, e outros menores que me deixaram acanhado. Mas quero prestar mais atenção a isso daqui pra frente. Homem é bicho besta. Estatura não quer dizer NADA. Acho cafonérrimo que essas construções sociais e conceitos vazios nos dominem. Mas dominam.

   Ele disse que precisava tomar um banho e ir pra casa rápido. As 3 duchas do andar superior estavam ocupadas e eu sugeri que fossemos pra baixo.

   -Nem sei onde tem chuveiro lá embaixo.

   -Eu te mostro.

   Tinham largado algumas necessaires por ali, e eu descolei um sachê de xampu pra gente tomar banho. Ele acabou o banho rápido, falou alguma coisa que não entendi sobre a toalha dele e foi embora se trocar, sem se despedir. Achei tão estranho, sem sentido. Fiquei quase chocado, mas a gente se acostuma a relevar a esquisitice humana. Dei mais uma geral rápida pela sauna toda e resolvi ir embora. Quando estava chegando na região dos armários, encontrei com ele, já vestido, me procurando pra se despedir. Achei muito fofo.

   -Vai ficar por ai ainda? - perguntou

     -Vou indo, me espera e a gente sai junto?

   -Aham.

   Meu armário tinha o sugestivo número 24. Do lado dele um cara se despia. Posso dizer que é EXATAMENTE o tipo de cara que me deixa louco. Dos pés à cabeça, eu olhava e não acreditava que já tinha dito ao Jonas que ia embora. Era gringo o cara, mas não identifiquei a língua. Aliás, não identifiquei porque ele só falava por sinais com o atendente, que tinha dado um chinelo pequeno para ele. Ou seria mudo? Eu me vestia e ele se despia, nos olhávamos e o Jonas nos olhava de longe. O gringo me sorriu e eu quase fui dizer que tinha desistido de ir embora. Seria um papelão, não seria? Que se fodesse, eu deveria ter ficado. Talvez até o Jonas não estivesse realmente me procurando, só pensando em ficar mais um pouco por causa do gringo maravilhoso e inventou essa desculpa. Não podia acreditar em cada peça que me forçava a vestir. Nem em cada parte de corpo que o gringo despia. Caralho, que moleque lindo! E parecia ser simpático também, um pouco tímido. Gosto de homem tímido. Já tinha mais uns caras em volta dele, claro, e o Jonas parecia impaciente. Ou talvez vivenciando a mesma tortura que eu. Era encarar os fatos:

     Perdeu, Yuri, se manda!

   Pagamos nossas contas e saímos. Ele ia tomar um táxi na esquina. Fomos conversando. Não tinha nenhum carro no ponto e ficamos esperando algum livre passar. Me senti feliz de estar com ele ali naquela esquina ensolarada, debaixo duma árvore.

   -Voce é muito bonitinho, sabia?

   -Voce que é um gostoso, todo branquinho - disse alisando meu braço.

   -Gosta de branquinho?

   -Gosto. E você?

   -Gosto também.

   -Eu sou moreno. Gosta de pau preto?

  -Adoro! Rimos. Apareceu um táxi livre, nos despedimos e perguntei como o encontrava no Facebook. Eu o adicionei no mesmo dia e mandei uma mensagem, dizendo que tinha gostado muito de conhecê-lo. Ele me aceitou só dois dias depois. O resto é silêncio.