Mostrando postagens com marcador 10/11/2011. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 10/11/2011. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Tesão no Joelho


   Passei o dia todo pensando em ir à sauna mas só consegui chegar depois das oito da noite. A sauna fecha às 23:00h e eu estava certo de que seria uma ótima noite. O otimismo arma ciladas. Logo no vestiário um senhor alto de cabelo grisalho cacheado, com uma barrigona peluda, pernas finas e cara de pato, se engraçou pro meu lado. Foi como uma punhalada pro meu coraçãozinho esperançoso. Não tinha quase ninguém. Se muito, 25 homens; destes, 22 repulsivos. Perambulei pela sauna, antes mesmo de tomar banho, e nada que abrandasse minha inquietação. Um rechonchudo jovem japonês me seguia onde eu fosse, em seus passos e olhares feminis. Pensei em me mandar.

   Fui olhar a parte escura. Até a TV estava desligada nessa noite e só a mangueira luminosa da escada trazia uma mínima iluminação para o ambiente. O que se conseguia ver não era nada animador. Desci correndo, fui escovar os dentes e tomar um banho pra pensar melhor. O Japonês veio junto e ligou a ducha ao lado da minha. Ele me secava tão insistentemente e ostentava a própria bunda com tamanha desfaçatez que demorei a perceber um carinha que estava tomando banho na última ducha. Primeiro o vi de costas e fiquei apreensivo esperando que se virasse. Bem baixinho, mas o corpo era bonito, bem equilibrado, com quadris estreitos, nemhuma gordurinha fora do lugar, costas largas, pernas bem feitas. Quando virou, parecia muito mal humorado, cenho franzido. Mas era um tesãozinho. Tinha alguns pelos curtos no peito musculoso e um pouco de gordura na região do umbigo. Uma barriguinha muito discreta e que me pareceu tremendamente sexy, masculina. Não olhava pra mim nunca, concentrado no seu banho. Terminei o meu e fui me secar na sauna seca. O japonês já estava lá, sentadinho, pernas curtas cruzadas, balançando o pé gorducho em ritmo acelerado. Tinha também outro cara sentado perto, que me pareceu familiar. Era até um tipo interessante, mas eu não conseguia lembrar quem era. Só tinha a certeza de que era furada. Fechei a porta e parei bem na entrada, de pé. É um cara bem alto, de cabeça raspada. Olhando melhor, era meio acabadão. Ele e o japonês me olhavam. O careca abriu a toalha, o japonês o imitou e começou a se masturbar de um jeito tão esquisito que mais parecia estar retirando uma dúzia de alfinetes espetados no pau. Fui lembrando aos poucos do careca. Encontro com ele em vários lugares e sempre é muito insistente, chato, forçado.

   Fui andar mais um pouco. O baixinho emburrado lia jornal numa mesinha no corredor, continuava sério, e tentava me ignorar a todo custo, parecia até hostil. Eu já estava desanimado quando vi de relance um cara saindo do banho e que parecia atraente. Era chamativo de onde eu o vi, mas pra ter certeza de que valia a pena, tive de chegar mais perto. Lembrei imediatamente de um  conhecido: amigo lindo do meu irmão, mas uma figura detestável. Este era alto, acredito que em torno de 35, 40 anos, tinha traços bonitos, embora um pouco enjoativos. Soube depois que chama Mauro, é gaúcho, de passagem pela cidade. Pele excessivamente escurecida pelo sol e/ou bronzeamento artificial, musculatura típica de quem toma bomba, inteiro depilado, cabelo curtinho totalmente descolorido, expressão botulinizada: uma "beleza" artificial, produzida. Ponho beleza entre aspas não porque ele não fosse belo, mas porque seria muito mais se não fizesse tudo isso. Ele me olhou com interesse também, era só esperar a oportunidade. Mais tarde eu entrei na salinha do saco de pancadas e ele vinha saindo. Passou por mim no estreito corredor, nos olhamos e em poucos segundos ele voltou para o interior da sala e parou perto de mim. Visto bem de perto, era um cara interessante, sem dúvida. Seu peito, duas bolas douradas e macias. Nariz arrebitado, boca bonita, mas... É terrível escrever isto, mas eu senti um cheiro muito desagradável. Tinha passado perto do Rio Pinheiros naquela tarde. Sempre me impressiona o cheiro do Pinheiros. Pra quem não conhece, é um rio importantíssimo na cidade de São Paulo que há décadas recebe poluentes de todo tipo. O cheiro é insuportável, parece uma mistura de excrementos com thinner. Eu até teria uma definição mais precisa, mas fiquemos com esta, menos grotesca. Pois não sei se o cheiro ainda estava na minha cabeça, mas a verdade é que senti o mesmo cheiro, idêntico. Tinha fortes suspeitas de que vinha do bonitão. Fiquei atônito. O que fazer? O cara bem acima da média dando mole pra mim, numa sauna minguada, só com gente feia, perto do horário de fechar... como dispensar?! Em contrapartida, como lidar com a situação? Confirmei que era sua bonita boca que exalava o mau cheiro. Estávamos perto da porta e entrou um outro cara. Aproveitei a deixa e saí, abandonei o barco.

   Dei mais uma volta pela sauna toda, que desespero! Só gente horrorosa: raquíticos esquisitos, gordos sem expressão, tiozões relaxados, ninguém que me despertasse um mínimo interesse sexual. O careca que eu já conhecia de vista tinha uma cara de doido quando me olhava. Não tenho nada contra cara de doido, em alguns caras cai bem. Nele, definitivamente, não.

   -E aí, beleza?

   -Tudo bom? - saí de fininho.

   Subi de novo pro andar claro, tudo vazio. Sentei sozinho na sala de vídeo e tentei me concentrar numa cena S&M. Sempre me parece meio ridículo, meio patético: um barbudo vestido de couro dava choque no pinto de outro barbudo semi-vestido de couro. Caras&bocas.

   O gostosão gaúcho estava na porta, pegando no pau e olhando pra mim - vi com o canto dos olhos. Como continuei olhando o vídeo, ele saiu. Voltou depois e bastou olhar em sua direção pra vir sentar do meu lado. Sentou bem junto e tirou o pau duro pra fora. De boca fechada ele era um gostoso. Nos tocamos. Pau macio, todo depilado. Saco grande, pele fininha, bolas graúdas. Eu estava com vontade de chupar seu pau, mas só de entreabrir a boca pra sorrir, o cheiro reapareceu. Senti com o dedo uma bolinha na ponta do pau dele. Fiquei ainda mais encanado, mas continuei punhetando o gauchão. Olhava-me a um palmo de distancia, como se quisesse me beijar. Brinquei com as bolas e deslizei o dedo pro cuzinho. Apareceu outro cara e sentou do meu lado. Feioso, desengonçado, cara de bobo. Levantei. Quando desci, o baixinho enfezado passou por mim e me olhou diferente, parecia interessado agora. Sentei e esperei um pouco. Em alguns minutos ele voltou, já acompanhado pelo gaúcho. Olhava pra mim, como se me chamasse. Subiram juntos, o baixinho me olhava a cada volta na escada caracol. Fui atrás. Eles já tinham se enfiado numa cabine do banheiro, as duas toalhas penduradas na porta. Ficaram lá bastante tempo, uns 45 minutos. Eu tentava imaginar como o baixinho, que dava pra ver só de olhar pra ele que resplandecia limpeza, como ele aguentava aquele cheiro por esse tempo todo. Fiquei muito irritado. Naqueles 45 minutos eu rodei a sauna, marchando de raiva por só ter homem feio naquela noite. Um moço magricelo chegou perto, passou a mão no meu peito. Pensei que se ele me chupasse, não seria má ideia. Mas não dava pra encarar. Tenho péssima impressão de segurar num corpo magrinho, fininho.

     -Ó, vou dar um rolê.

     -Beleza.

   Felizmente o careca já tinha ido embora. O japonês também. Dois caras interessantes apenas naquela noite. Os dois trancados num banheiro e eu ali, sozinho. Se fosse calcular melhor, um tinha um hálito insuportável e àquela hora ninguém mais chegaria ali, já ia fechar. Se depois dessa canseira o baixinho ficasse satisfeito e fosse embora, eu tava fodido. No mau sentido.

   Sentei numa mesinha e fiquei lendo jornal. Mesinha estratégica, de cara pra escada caracol por onde eles provavelmente desceriam. Primeiro veio o fortão gaúcho que fiz questão de ignorar. Demorou um pouco e o baixinho desceu também. Desceu escorrendo água do banho recente, e me lançou um olhar cheio de intenção. Dirigiu-se à área dos armários, lá na frente, e gelei pensando que pudesse estar indo embora também! Mas voltou, passou por mim, me encarando e entrou na salinha do saco de pancadas. Não era hora para orgulhos e brios. Abandonei os jornais desarrumados em cima da mesa e entrei logo em seguida. Ele estava parado no meio da saleta, me esperando. Ai, que imenso alívio saber que ele tinha o halito intacto mesmo depois de ficar quase uma hora beijando aquele boeiro. E que beijo bom! E que mãos!  Ele me segurava e era como se cem mãos me massageassem. Um toque que parecia intencional, consciente, talvez alguma técnica de massagem. Ele estava encharcado de água fresca e eu o lambia todo. Entrou um coroa barbudo e parou do nosso lado. Fomos lá pra cima, pro banheiro. Ele me chupou, nos beijamos muito. Eu o chupei também e lambi sua bunda. Minha língua entrava no cuzinho dele, macio, molhado, quente, doce. Agarrava meus cabelos e puxava minha cabeça contra a bundinha musculosa. Nunca perdia o contato com sua boca, que parecia me querer tragar. Excitava-se   enfiando a boca nas minhas axilas, abocanhava-as e depois ia afastando a boca, até que os ultimos pelos escapassem de entre seus lábios. Olhava pra mim, me convidando. Fui lamber minha própria axila junto dele. Me virou de costas e lambeu minha bunda também. Ele era safado, mas nunca vulgar, ou forçado - era guiado apenas pelos próprios instintos e desejo, e isso me excita. Seu olhar profundo e honesto, o toque seguro e carinhoso me deixavam muito à vontade. Perguntou se eu queria que ele pegasse camisinha e gel no armário. Eu disse que estava com a camisinha ali, mas ele achou que precisaria do gel. Saiu e deixou a porta do banheiro aberta. Sensação estranha de estar ali, sem roupa e de pau duro sem qualquer proteção. Resolvi sair um pouco e circular pela casa, aproveitando que não tinha mais ninguém naquele andar inteiro. Encostei na porta da sala de vídeo. Quando ele voltou, sugeri que fizéssemos ali mesmo, no sofá. Ele topou nas hora. Pus a camisinha e ele arcou o corpo sobre o braço do sofá, ficando com a bunda bem alta. Eu comi o cara ali, no meio da sala. Lá pelas tantas um cara que eu não tinha visto antes chegou perto e ficou do nosso lado, querendo entrar na dança. Eu, que já tinha perdido um pouco a sensibilidade no pau, perdi o tesão e parei, constrangido. O cara percebeu e saiu. Deitei no sofá e pedi pra ele deitar em cima de mim. Foi antes ao banheiro e pediu pra eu olhar suas coisas que estavam em cima de um banquinho (toalha, gel, camisinha). Voltou e retomamos os carinhos. Ele por cima de mim, me beijava inteiro. Ergueu minhas pernas e lambeu minha bunda. Massageou meus pés e depois o joelho esquerdo. Senti o que nunca imaginaria sentir na vida: tesão no joelho! Uma sensação totalmente nova pra mim, e muito intensa.

   -Quer dar pra mim?

   Eu ri.

   -Só estou perguntando, não se sinta pressionado - voz bonita, segura, reconfortante. Sotaque carregado.

   -Carioca?

   -Sou do interior do Rio, mas moro em Copacabana.

   Eu o olhava e me sentia à vontade. O pau dele era pequeno, não seria um grande esforço.

   -Voce tem mais camisinha aí?

   Ele pegou no banquinho, colocou e se lubrificou.

   -Vai com calma, tá? Não sei se vai rolar...

   Foi assim, com calma, e gostoso. Uns cinco minutos. Até que passou alguém e eu me contraí.

   -Está doendo?

   -Tá meio incômodo agora.

   Ele tirou. Nos beijamos mais, na mesma posição, eu deitado e ele por cima. Me masturbei passando o pau naquela bundinha. Gozei, na minha barriga. Ele também se masturbou e gozou em mim, quase juntos.

   -Se fodeu, ficou todo sujo.

   -Isso não é sujeira.

   -Quero ver voce limpar esses pelos agora.

   -Vamos tomar um banho?

   Saímos nus, despreocupadamente, com a tolha na mão. Peguei sabonete liquido na pia e fui para a ducha me lavar. Ele veio também e conversamos mais. Médico, 33 anos, chama Davi. Estava em SP para o feriado de 15 de novembro. Me contou que o fortão era Gaúcho e que entramos os três quase juntos na sauna. Descemos e ficamos conversando bastante, sobre medicina, a doença que ele estuda (de nome complicadíssimo que não guardei), filmes, teatro, a programação dele em SP nos dias subsequentes. Estava na minha hora e ele quis ir embora junto. Fomos conversando ainda até o metrô, pedi seu telefone e ficamos meio conversados de irmos à festa Gambiarra antes do feriado, na The Week. Mais tarde trocamos algumas mensagens mas não consegui revê-lo antes do retorno. Uma pena.